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Apontamentos e Resumos

de Economia - 10º Ano

 

A Moeda e a Inflação

Autores: Joana Duque

Escola: [Escola não identificada]

Data de Publicação: 12/04/2012

Apresentação: Resumo/Apontamentos sobre a Moeda e a Inflação, realizado no âmbito da disciplina de Economia (10º ano).

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A Moeda e a Inflação

Resumos de economia

1. Diga em que consiste a distribuição

A distribuição abrange o conjunto de operações que permitem deslocar o produto desde a fase final da sua produção are as mãos do consumidor ou utilizador, consoante se trate de bens de consumo ou de produção.

A distribuição engloba duas actividades, ambas produtoras de serviços: o comércio e os transportes.

2. Explique a importância do comércio e dos transportes

O comércio permite que aquilo que foi produzido antes, esteja disponível no momento em que os consumidores precisam. O comércio aumenta a utilidade dos bens deslocando-os no tempo.

Os transportes permitem que o que foi produzido num determinado local esteja disponível nos locais em que é consumido. Os transportes aumentam a utilidade dos bens deslocando-os no espaço.  

3. Relacione a evolução dos transportes com o alargamento geográfico dos mercados

A evolução dos transportes é responsável pelo alargamento geográfico dos mercados. Uma vez que hoje os transportes não só são rápidos e baratos como permitem transportar os produtos em perfeitas condições de conservação.

Isso permite a existência nos mercados de produtos vindos das mais variadas partes do mundo, em perfeito estado de consumo mesmo quando são perecíveis.

4. Distinga os 3 circuitos de distribuição estudados

Circuito ultracurto (directo) – quando são os próprios produtores que vendem os seus produtos aos consumidores, suprimindo qualquer intermédio. 

Produtor – consumidor

Circuito curto – quando são os próprios produtores que desempenham a função de armazenistas vendendo directamente aos comerciantes retalhistas que vão disponibilizar o produto ao consumidor. 

Produtor – retalhista – consumidor

Circuito longo – quando a função de armazenista é desempenhada pelos comerciantes grossistas, os quais, por sua vez, revendem aos retalhistas que irão disponibilizar o produto junto dos consumidores. 

Produtor – armazenista – retalhista – consumidor

5. Relacione o desenvolvimento tecnológico com o aparecimento de novos tipos de comércio

O desenvolvimento tecnológico permitiu ultrapassar a venda direta, dando origem a uma multiplicidade de métodos de distribuição: venda automática, venda á distancia e comercio eletrónico.

6. Distinga os vários tipos de comércio

Venda automática – é feita através de máquinas que disponibilizam os produtos em troca de um pagamento antecipado.

Venda á distância – os produtos são apresentados através da televisão, de um catálogo, telefone, etc., e é enviado ao consumidor. 

Comércio electrónico – funciona como o anterior mas tem por base o computador e o acesso á internet.

Alguns dos comércios tradicionais associam também aos seus serviços algum tipo de comércio mais moderno. É o caso de alguns supermercados em que o cliente pode fazer as compras na internet e os produtos são posteriormente entregues no domicílio.

7. Justifique o aparecimento da moeda

Cada pessoa produzia apenas parte dos produtos de que necessitava.

Depois, tinha de procurar outra pessoa que necessitasse do sue produto e que tivesse, ao mesmo tempo, em excesso o produto de que carecia. Ou seja, inicialmente as trocas eram feitas produto por produto. Era a fase da troca direta.

Mas cedo depararam dificuldades, e estas dificuldades foram resolvidas pela introdução da moeda. 

8. Descreva a evolução da moeda

A troca direta de produtos por produtos foi substituída pela troca monetária.

Depois veio a moeda mercadoria, depois a moeda metálica, depois a moeda papel, depois a moeda representativa, depois a moeda fiduciária, depois o papel moeda e por fim a moeda escritural.

9.     Caracterize os vários tipos de moeda, dando maior importância á moeda actual

Troca direta – é a troca de produto por produto. Este sistema foi o primeiro sistema de troca utilizado mas tinha vários inconvenientes. Mesmo assim foi utilizado durante séculos. 

Troca indireta – é a troca de produtos por moeda.

. Moeda mercadoria – há um determinado bem que por ser necessário a toda a gente, passa a ser aceite por todos como bem a ser utilizado nas trocas. (exemplo: sal, conchas, chá, etc.)

. Moeda metálica – os metais precisos, ouro e prata são utilizados como instrumentos monetários e são cunhados (fazer) medas nestes metais. Estas moedas têm um valor intensivo correspondente ao valor em metal preciosos que contem.

. Moeda representativa - esta moeda dá origem ao sistema bancário atual. As notas em circulação representam igual valor de moeda metálica depositada no banco. A moeda metálica era de difícil transporte e de difícil ocultação pois, para além de ocupar muito espaço fazia barulho.

. Moeda de papel – Alguns indivíduos lembraram-se de criar um certificado representativo dessas moedas. O dono das moedas dirigia-se a um desses indivíduos que estava sentado num pequeno banco de madeira na praça ou nas ruas da cidade, entregava-lhe as moedas que tinha e o banqueiro passava-lhe um certificado representativo do valor depositado que podia ser trocado por qualquer pessoa e a qualquer momento em moeda. Esta moeda representativa evitava que as pessoas andassem a circular com a moeda metálica.  

. Moeda fiduciária – é uma moeda que deriva do termo confiança em latim. Com esta moeda, a moeda de papel ou notas em circulação excedem o valor do ouro depositado. Esta moeda é ainda uma moeda convertível. Têm um valor superior ao depositado.

. Papel - moeda – esta moeda é uma moeda de curso forçado no qual o banco esta dispensado de fazer a sua conversão. O papel - moeda deixa então de ser convertível em metal precioso. Atualmente o papel - moeda é a única espécie de moeda de papel que circula em todo o mundo. 

. Moeda escritural – é uma das moedas utilizadas nos nossos dias, provavelmente a mis utilizada, e consiste na movimentação dos depósitos á ordem efectuados no banco através de quatro tipos de instrumentos: cheques, cartões de crédito e a moeda informática, moeda eletrónica.

Os cheques consistem em ordem de pagamento dados pelo titular da conta ao banco para efectuar o pagamento a um indivíduo ou a uma instituição, da quantia discriminada no cheque.  

Os cartões de débito são os cartões que vulgarmente chamamos de cartões de multibanco e que permite o levantamento de dinheiro e o pagamento de despesas em caixas automáticas que existem para esse efeito ou através de máquinas disponíveis nos estabelecimentos comercias. Estes cartões permitem movimentar a nossa conta ordem ate ao montante que temos depositado.

Os cartões de débito permitem efectuar levantamentos ou pagamentos a crédito. Ao atribuir o cartão o banco estabelece um valor limite de crédito, variável consoante a pessoa. Ao utilizar o cartão de crédito podemos ter que pagar um juro ao banco se na data convencionada não tivermos a quantia a pagar disponível na nossa conta.

Os cartões de crédito e de débito também são chamados de moeda electrónica ou dinheiro de plástico. No entanto os cartões não são moeda são meios de pagamento e são também um suporte de moeda escritural.

. Moeda electrónica – resultante da utilização de cartões informatizados fornecidos pelas instituições bancárias aos seus cliente, os quais permitem o levantamento de dinheiro a qualquer hora em diferentes locais.

. Moeda informática – é a designação que damos á moeda que resulta de ordens de pagamento dados por computadores ao banco, através da utilização das funcionalidades que o banco dispõe pela internet.

A moeda atual é composta por:

- Papel-moeda (notas)

- Moeda metálica (trocos)

- Moeda escritural

10. Explicar as funções da moeda

Meio de pagamento – a moeda, por ser aceite por todo, é um meio de pagamento geral e definitivo.

Medida comum de valores – a moeda funciona como um padrão que mede o valor pelo qual é transacionado tudo o que esta disponível no mercado.

Intermediaria geral de trocas – é com a moeda que os indivíduos trocam entre si bens e serviços.

Instrumento de reserva de valor – pode ser guardado para ser utilizada no futuro.

Unidade de cálculo e padrão de pagamento diferidas – estas funções estão relacionadas com o conceito de unidade monetária (euro, dólar, etc.). Nas relações internacionais e na transacção de determinado produtos (petróleo, ouro, etc.) são utilizadas uma ou duas moedas que funcionam como referência nos preços e como meio de pagamento.

Para além destas funções, a posse da moeda caracteriza a liquidez que permite às pessoas reservar a moeda por 3 motivos: Transacção, precaução ou especulação.

A especulação está relacionada com os ganhos que eventualmente podem decorrer com situações que fazem variar o valor de uma moeda.

11. Relacionar a evolução tecnológica com o aparecimento da moeda escritural

Mais tarde, as empresas que tinham de efectuar volumosos pagamentos adoptaram um processo mais fácil: passaram a movimentar os seus depósitos bancários através de cheques ou de ordens de pagamento. O pagamento faz-se, assim, por um simples jogo de escrita nos bancos – o banco debita a conta do devedor e credita a conta do credor. Estamos perante uma nova forma de moeda, a moeda escritural, em que o saldo credor de uma conta bancária passa para a conta de outrem, sem efectiva movimentação de moeda no sentido material.

12. Relacionar a moeda escritural com a desmaterialização da moeda

Como as pessoas aderiram á / usam a moeda escritural deixa de haver um contacto físico com a moeda, pois as pessoas começam a utilizar a moeda bancária, havendo assim uma desmaterialização da moeda.

13.Explicar em que consiste o preço de um bem

Preço de um bem / custo de produção:

- Matérias – primas

- Mão – de – obra

- Inovação/tecnologia

Preço de um bem:

A todos os bens e serviços é atribuído um valor, valor esse expresso em moeda. O preço de um bem não é mais que a quantidade de moeda que estamos dispostos a oferecer por um determinando bem ou serviço.

Esse preço varia de acordo com inúmeros factores e esta relacionado com a quantidade que existe disponível desse e com os custos associados a essa produção.

14. Relacionar as despesas/custos de produção com o preço de um bem

O preço está diretamente relacionado com os custos de produção e inclui ainda a remuneração do empresário designada de lucro. Os custos ou despesas de produção podem ser:

. Custos ou despesas directas – que estão diretamente ligadas com a produção como por exemplo os salários dos trabalhadores, as despesas com matérias-primas e com matérias subsidiarias, etc.

Ex: agua, energia, matérias-primas indispensáveis á produção do produto final.

. Custos ou despesas indirectas – que incluem outros encargos que a empresa tem em virtude da sua actividade mas que não está diretamente relacionadas com a produção. 

Ex: telefone, iluminação, agua para as casas de banho, pessoal administrativo.

15. Referir os factores que influenciam os preços

O preço de um bem ou serviço vai determinar a competitividade desse produto no mercado logo tem que existir uma boa relação entre a qualidade e o preço bem como alguma aproximação ao preço que os produtos similares têm no mercado.

Hoje o preço de um bem é ainda determinante para o seu sucesso no mercado e de forma a tornar esse preço mais competitivo as empresas têm duas soluções ou diminuem os custos ou aumentam a produtividade.

A solução correcta é obviamente aumentar a produtividade, ate porque isto conduz inevitavelmente a uma redução dos custos unitários. Ao procedermos a uma restauração na empresa que conduza a melhores resultados, os custos quer com o capital humano quer com o capital circulante diminuem o quer permite conseguir não só preços mais competitivos como uma remuneração mais elevada para o empresário e, eventualmente, para os trabalhadores.

Outros factores, além do custo de produção são:

- Publicidade

- Número de vendedores

- Prestígio de marca

- Número de compradores

- Saldos

- Datas especiais

16. Definir inflação

A inflação corresponde a uma subida anormal dos preços dos bens e serviços. Essa subida ocorre por razoes como o aumento da procura, o aumento dos custos de produção, etc.

A inflação, em termos económicos é diferente da evolução geral dos preços uma vez que a inflação está relacionada com algum acontecimento específico que procura uma subida de preços. Mas, na pratica é impossível distinguir uma subida normal dos preços de uma subida anormal pelo que se mede todo a variação positiva de preços como se de inflação se trata-se.

17. Relacionar a inflação com o valor da moeda

Ora, sendo o preço expresso em moeda, numa situação de inflação torna-se necessário despender mais moeda para adquirir o mesmo volume de bens, ou seja, a moeda perde valor pois, com a mesma quantidade de moeda, adquirem-se menos bens. Dizemos, assim, que a inflação provoca a depreciação do valor da moeda.

18. Relacionar a inflação com o poder de compra

Ora, o poder de compra está relacionado, não só com o rendimento auferido, mas também com os preços dos bens. Quanto mais caros forem os bens, menor será o poder de compra.  

19. Explicar as causas estudadas de inflação

Existem também várias causas para a inflação.

Algumas dessas causas são mais simples de perceber como é o caso do aumento da procura, do aumento dos custos de produção e das práticas de açambarcamento. O aumento da procura é causa de inflação porque se a procura aumenta os preços também aumentam. O aumento dos custos de produção como por exemplo o aumento do preço do petróleo utilizado na produção e transporte de inúmeros bens e serviços, leva naturalmente a um aumento do preço dos bens e serviços produzidos.

Existem outras causas da inflação bem mais complexas, como é o caso do excesso de moeda em circulação.

20. Saber explicar como se mede a inflação

Selecionam das várias centenas de bens e serviços que fazem parte do consumo das famílias medias portuguesas e medindo a variação nos preços desses produtos, de um período para outro. A variação positiva desses valores expressa em percentagens corresponde á taxa de inflação.

21.Distinguir a inflação da desinflação e da deflação.

Inflação – corresponde a uma subida anormal dos preços dos bens e serviços.

Desinflação – é um processo de abrandamento do ritmo da alta dos preços. Os preços continuam a registar um aumento, uma inflação, mas essa inflação é menor de período para período.

Deflação – é um processo de baixa cumulativa do nível geral dos preços. A deflação faz-se acompanhar de uma redução da actividade económica e da produção e de um aumento do desemprego, conduzindo normalmente a graves crises. 

22. Saber as várias taxas de inflação (mensal, homologa e media)

Taxa de inflação – permite medir a variação dos preços entre dois períodos de tempo diferentes.

Taxa de inflação =

 

Taxa de inflação mensal – mede a evolução dos preços entre um mês X e do ano Y e o mês X+1 desse mesmo ano.

Taxa homologa de inflação – compara um mês com o mês homólogo do ano anterior.

Taxa media de inflação – mede a taxa media de expansão dos preços mos últimos 12 meses.

23. Saber calcular um índice de preço e uma taxa de inflação

Índice particular ou elementar – mede a evolução do preço de um bem.

24. Conceitos

Comércio tradicional – comércio de “rua”.

Comércio de concentração horizontal – centros comerciais

Franchising – é um tipo de associação comercial que pressupõe que um comerciante se associe a uma grade marca.

Estagflação – corresponde a uma conjunção entre o ritmo da inflação e a um abrandamento do crescimento económico.

Cabaz de compras – conjunto de bens e serviços mais consumidos pelos membros de sociedade num determinado momento.

Salário nomial – o que recebemos (€).

Salário real – comparação entre o que se ganha e o nível geral dos preços do país.

 

 

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