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Apontamentos e Resumos de Geografia - 11º Ano |
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O Espaço Físico Português Autores: Carlos Filipe Costa Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 12/12/2011 Apresentação: Resumo/Apontamentos sobre o Espaço Físico Português, realizado no âmbito da disciplina de Geografia (11º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
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PORTUGAL Portugal é um país europeu, localizado no Hemisfério Norte e no extremo ocidental da Península Ibérica, tendo uma superfície de 91 906 km², repartida por uma parte continental (Portugal Continental) e dois arquipélagos: Açores e Madeira. A população portuguesa encontra-se distribuída de forma bastante desigual. As maiores densidades populacionais registam-se no Litoral, numa área que se estende de Setúbal a Braga, e as menores densidades verificam-se no Interior. As fortes assimetrias existentes ao nível da distribuição da população no território português evidenciam a nítida litoralização da população, com algumas áreas do Interior a registarem uma clara desertificação. Estas disparidades são o reflexo das assimetrias socioeconómicas que ainda persistem no nosso país. Portugal está administrativamente dividido em duas Regiões Autónomas – Açores e Madeira –, e em dezoito distritos. Para efeitos de informação estatística, o país encontra-se dividido em regiões (NUTS – Nomenclatura Estatísticas das Unidades Territoriais): três unidades de nível I (NUTS I), sete unidades de nível II (NUTS II) e trinta unidades de nível III (NUTS III). Estas Unidades Territoriais não correspondem às divisões administrativas. REGIÃO NORTE A região Norte é limitada a norte e a este pela Espanha, a oeste pelo Oceano Atlântico e a sul pela região Centro, estando dividida para fins estatísticos em oito sub-regiões: Minho-Lima, Cávado, Ave, Grande Porto, Tâmega, Entre Douro e Vouga, Douro e Trás-os-Montes. Com uma superfície de 21 278 km², a região Norte apresenta significativos contrastes físicos, demográficos e socioeconómicos. A um Litoral com elevadas densidades populacionais, uma população jovem e um forte investimento da indústria e dos serviços, opõe-se um Interior com fracas densidades, uma população envelhecida, com uma agricultura pouco modernizada e produtiva. Os profundos desequilíbrios intra-regionais caracterizam esta região, com a Área Metropolitana do Porto a ocupar uma posição dominante. REGIÃO CENTRO A região Centro é limitada a norte pela região Norte, a este pela Espanha, a sul pelas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo e a oeste pelo Oceano Atlântico, estando dividida para fins estatísticos em dez sub-regiões: Baixo Vouga, Baixo Mondego, Pinhal Litoral, Pinhal Interior Norte, Dão-Lafões, Pinhal Interior Sul, Serra da Estrela, Beira Interior Norte, Beira Interior Sul e Cova da Beira. Com uma superfície de 23 668 km², a região Centro apresenta profundas assimetrias entre o Litoral e o Interior. As sub-regiões do Baixo Vouga, Baixo Mondego e Pinhal Litoral concentram mais de 50% da população desta região, enquanto no Interior a desertificação afecta as áreas rurais. É no Litoral que se localizam os três centros urbanos mais importantes (Coimbra, Aveiro e Leiria) e se concentram os principais pólos industriais (Aveiro e Leiria). Pelo contrário, no Interior, à excepção da Covilhã e de Seia, onde a tradição da indústria têxtil se mantém, a agricultura continua a ocupar uma elevada percentagem da população activa. Este facto tem estado na origem de migrações internas e externas da população jovem e adulta jovem, com o consequente envelhecimento da população. Nalguns concelhos, a população com idade igual ou superior a 65 anos atinge já os 40%. REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO A região de Lisboa e Vale do Tejo é limitada a norte pela região Centro, a este e sul pela região do Alentejo e a oeste pelo Oceano Atlântico, estando dividida para fins estatísticos em cinco sub-regiões: Oeste, Grande Lisboa, Península de Setúbal, Médio Tejo e Lezíria do Tejo. Com uma superfície de 11 931 km², a região de Lisboa e Vale do Tejo apresenta fortes disparidades. Registando, no contexto nacional, uma das maiores concentrações populacionais, esta região é liderada pela Grande Lisboa, que compreende mais de 50% da população desta região. Contudo, devem assinalar-se as elevadas densidades populacionais que se verificam nos concelhos limítrofes do centro urbano de Lisboa, nomeadamente na Amadora, em Oeiras, em Almada e no Barreiro. As assimetrias entre as sub-regiões são assinaláveis. O sector primário tem um papel preponderante na sub-região do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo, enquanto a sub-região da Grande Lisboa é amplamente dominada pelo sector terciário, que ocupa mais de 80% da população activa. A indústria tem um papel preponderante na Península de Setúbal, com um claro predomínio por parte da indústria transformadora. REGIÃO DO ALENTEJO A região do Alentejo localiza-se a Sul de Portugal Continental e é limitada a norte pela região Centro, a este pela Espanha, a oeste pela região de Lisboa e Vale do Tejo e pelo Oceano Atlântico e a sul pela região do Algarve. Esta região está dividida para fins estatísticos em quatro sub-regiões: Alentejo Litoral, Alto Alentejo, Alentejo Central e Baixo Alentejo. Com uma superfície de 26 926 km², o Alentejo regista fracas densidades populacionais. Confrontando-se com um grave envelhecimento demográfico e uma forte desertificação, o Alentejo é uma das regiões mais pobres do nosso país e da União Europeia. No Alentejo, a agricultura e a indústria extractiva são as duas principais actividades económicas da população. O sector terciário, por seu turno, domina a estrutura da população activa nos principais centros urbanos da região: Évora, Beja e Portalegre. REGIÃO DO ALGARVE A região do Algarve está localizada no extremo sul de Portugal Continental, sendo limitada a norte pela região do Alentejo, a este pela Espanha e a sul e a oeste pelo Oceano Atlântico. Com uma superfície de 4960 km², o Algarve constitui uma única região e integra 16 concelhos. O Algarve apresenta fortes contrastes regionais. O Interior, que compreende a zona da serra e representa 60% da superfície da região, tem apenas 10% da população residente. O difícil acesso a algumas localidades e a fragilidade da economia têm estado na origem do progressivo abandono desta região pela população jovem e adulta jovem. Assim, alguns concelhos como, por exemplo, Alcoutim, deparam-se com um progressivo envelhecimento da sua população. O Litoral é a área mais dinâmica da região do Algarve. Com fortes potencialidades turísticas, esta região registou um grande desenvolvimento a partir da década de 60. De facto, as extraordinárias condições climáticas e a beleza das suas praias permitem que o Algarve seja um dos principais destinos turísticos do país, sendo a região a nível nacional que dispõe de maior capacidade de alojamento. O turismo constitui um dos sectores com maior capacidade de emprego, sendo o motor de desenvolvimento económico da região. No entanto, a agricultura e a pesca constituem outras importantes actividades económicas no Algarve. O desenvolvimento de uma agricultura intensiva, especializada na produção de hortícolas, frutícolas e hortofrutícolas em pomares e hortas de regadio, permite aos agricultores colocar a sua produção no mercado no princípio da estação, obtendo com isso elevados lucros. O sector das pescas, apesar do acentuado declínio que tem conhecido nos últimos anos, é ainda importante na região do Algarve, com Portimão a destacar-se como principal centro pesqueiro. REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES A Região Autónoma dos Açores é constituída por nove ilhas distribuídas por três grupos: o grupo ocidental (ilhas do Corvo e das Flores), o grupo central (ilhas Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial) e o grupo oriental (ilhas de São Miguel e Santa Maria). As ilhas estão localizadas no Oceano Atlântico com uma orientação geral Noroeste/Sudoeste e estendem-se entre os 36⁰ e os 40⁰ de latitude Norte. Os Açores têm uma superfície de 2330 km², estando a sua população distribuída de forma irregular, registando-se as maiores densidades populacionais no Litoral sul das ilhas. A ilha de São Miguel é a que regista as maiores densidades populacionais. A Região Autónoma dos Açores é uma das regiões com maiores taxas de natalidade a nível nacional, tendo uma população maioritariamente jovem. No entanto, esta região é frequentemente atingida por acidentes naturais (abalos sísmicos, erupções vulcânicas, chuvas torrenciais, etc.), o que constitui um factor de emigração. Beneficiando de condições físicas propícias à prática da agricultura e da pecuária (clima e solos férteis), os Açores têm uma elevada produção de bovinos e seus derivados (leite, queijo, manteiga e carne). O turismo é um sector em crescimento nesta região. A beleza das suas paisagens e a origem vulcânica da região são alguns dos factores que atraem os turistas. REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA A Região Autónoma da Madeira é constituída pelas ilhas habitadas da Madeira e do Porto Santo e pelas ilhas desabitadas das Desertas e das Selvagens, estando localizada no Oceano Atlântico, entre os 30⁰ e 33⁰ de latitude Norte. Com uma superfície de 795 km², a Região Autónoma da Madeira constitui uma única região e integra 11 concelhos. A ilha da Madeira, sede do governo regional, e a sua capital, Funchal, é o principal pólo de desenvolvimento económico da região. A população distribui-se de forma irregular, concentrando-se, sobretudo, na vertente Sul da ilha da Madeira. As características orográficas da ilha, com um relevo muito movimentado e acidentado, dificultam o acesso às áreas do Interior e impossibilitam a prática de uma agricultura mecanizada. No entanto, fruto das condições climáticas e de solos com aptidão para a agricultura, a ilha dispõe de condições favoráveis para a produção de frutos tropicais, vinho e flores. Mas o potencial desta região reside na sua localização geográfica privilegiada, no seu clima e na beleza das suas paisagens, factores que muito têm contribuído para o desenvolvimento do turismo
(Adaptado de Mota, Raquel, Geo 10 - Atlas Geográfico de Portugal, Lisboa, Plátano Editora, 2003)
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