Indústria, Tipos de Pesca e Atividade Piscatória

A Indústria

População ativa é a população em idade ativa – dos 16 aos 65 anos – que exerce uma profissão ou procura emprego.

Indústria transformadora é o conjunto de processos técnicos que transformam as matérias-primas noutros produtos.

PD – a maior parte tem um nível de industrialização alto ou muito alto.

PED – de um modo geral a industrialização tem níveis muito baixos.

Contudo

Nos NPI (Novos Países Industrializados)

A industrialização começou durante a segunda metade do século XX.

NPI-Localização

. América Latina

. Ásia Oriental

. Sul e Sudeste asiáticos

A Revolução Industrial (meados do séc. XVII)

1ª Fase da Revolução Industrial

O vapor foi a principal fonte de energia usada durante a 1ª Fase da Revolução Industrial

2ª Fase da Revolução Industrial

. Novas fontes de energia

. Petróleo e seus derivados – permitiram o aparecimento do motor de explosão (combustão interna) com grande utilidade nos transportes.

. Eletricidade – muito vantajosa no campo da iluminação e menos poluente que o carvão e o petróleo.

3ª Fase da Revolução Industrial

Automatização e robotização da produção = redução da procura de trabalho humano = desemprego estrutural.

Alguns Conceitos

Especialização – aperfeiçoamento dos operários em determinado tipo de trabalho industrial, o que lhes permite executar, com precisão, as suas tarefas.

Produção em série - fabrico de grandes quantidades do mesmo produto. Leva à redução do número de operários e aumento do rendimento das máquinas o que se reflete no menor custo do produto.

Trabalho em cadeia

Caso particular da produção em série, em que os operários permanecem nos seus lugares de trabalho, sem necessidade de qualquer deslocamento. Os materiais ou objetos em fase de produção deslocam-se perante cada um dos operários, passando de mão em mão até estarem concluídos.

Divisão do trabalho

Atribuição aos operários de tarefas específicas simples, de modo a poderem ser executadas rapidamente e com menor fadiga. Cada operário tem a seu cargo apenas uma das várias tarefas, pelo que só tem de repetir indefinidamente os mesmos gestos.

Automatização

Funcionamento das máquinas por meios mecânicos automáticos em que não é necessária a intervenção do Homem.

Bens de equipamento

. Siderurgia

. Cimenteira

. Aeronáutica

. Material agrícola

Bens de consumo

. Mobiliário

. Calçado

. Vestuário

. Alimentares

Algumas indústrias podem ser consideradas de bens de equipamento e de bens de consumo.

Localização da indústria moderna

Principalmente na periferia das grandes cidades que conjugam fatores importantes como:

. Parques industriais

. Parques tecnológicos/Centros de investigação

. Mão de obra qualificada

. Vias de comunicação

Parques Industriais Vantagens

. Facilita trocas entre indústrias

. Beneficiam das infraestruturas (rede viária, rede de eletricidade…) e equipamentos

. (bancos, seguradoras, correios …)

Fatores que contribuíram para o desenvolvimento industrial dos NPI`s

. Desenvolvimento do setor dos transportes

. Importância do Japão e EUA na economia mundial

. Mão de obra disponível, a baixo custo

. Potencial do mercado destas regiões que apresentam crescimento demográfico elevado

Deslocalização industrial

Ocorre a partir dos países ricos, sobretudo através das multinacionais

Objetivos:

. Procura de melhores condições de produção (mão de obra abundante e barata e matérias primas igualmente abundantes e a baixo custo)

. Conquista de novos mercados

Problemas decorrentes da atividade industrial

Tipos de Pesca

Atividade Piscatória

Fatores condicionantes:

. Profundidade das águas

. Grau de salinidade das águas

.l Abundância de nutrientes e plâncton

Áreas favoráveis à abundância de pescado

. Plataformas continentais

. Correntes marítimas

. Zonas de upwelling

Plataforma Continental

Zona marítima que começa na linha de costa e que está ligeiramente inclinada até ao talude continental, estendendo-se até aos 200 metros de profundidade.

Upwelling

Fenómeno que origina a subida das águas do fundo do oceano para a superfície. Estas águas são muito ricas em nutrientes (plâncton).

Plataformas continentais

. A abundância de pescado deve-se a:

. Fraca profundidade que facilita a penetração de luz solar;

. Elevada agitação das águas, o que as torna muito ricas em oxigénio;

. Abundância de plâncton (seres vivos microscópicos de origem animal e vegetal) resultante das condições favoráveis de luz e de oxigénio;

. Baixa salinidade resultante da grande agitação das águas e da receção das águas fluviais;

. Afluência de resíduos orgânicos e inorgânicos transportados pelos rios.

Correntes Marítimas

As correntes marítimas provocam a permanente renovação da água, trazendo grandes quantidades de nutrientes e plâncton, situação que favorece a reprodução das espécies.

Este fenómeno é mais importante nas áreas de contacto entre as correntes frias e quentes devido a:

. Grande agitação e oxigenação das águas;

. Abundância de plâncton;

. Diferença de temperatura e de salinidade.

Zonas de Upwelling

. A ascensão à superfície de águas profundas e frias, promove o transporte de nutrientes, que se encontram no fundo dos oceanos e mares, até à superfície.

. Este fenómeno contribui para o aumento da concentração de alimentos e, por consequência, o aumento do pescado nas áreas onde ocorre.

Outros fatores condicionantes

. Especialização da mão-de-obra;

. Definição de quotas de pesca;

. Dimensão, controlo e gestão da Zonas Económicas Exclusivas (ZEE);

. Capacidade e grau de modernização das frotas de pesca;

 Capacidade e nível de equipamento das infraestruturas portuárias.

ZEE

Espaço marítimo para além das águas territoriais (até 200 milhas da linha de costa) dos países e no qual estes podem utilizar os recursos existentes. Dentro da sua ZEE cada país tem direito à exploração, à investigação científica, a controlar a pesca por parte de barcos estrangeiros, entre outros. Este espaço é da responsabilidade e gestão de cada país.

. Plataformas continentais – Atlântico Nordeste e Noroeste

. Pacífico Centro – Oeste

. Correntes marítimas – Atlântico Noroeste. Pacífico Noroeste

. Zonas de upwelling – Sudeste do Pacífico

Principais áreas pesqueiras

Impactos da atividade piscatória

Os impactos sentem-se a:

Nível socioeconómico

A pesca gera emprego e desenvolve variadas empresas que com ela se relacionam diretamente, como a construção naval, o fabrico de redes, a indústria conserveira, produção de farinhas, etc.

Nível ambiental

Sobre-exploração dos recursos marinhos, que conduz à extinção de algumas espécies.

Medidas que têm sido tomadas para minimizar os impactos ambientais da atividade piscatória

. Diminuição de quotas de capturas – diminuição do volume de peixe pescado;

. Alteração da dimensão da mala de rede – utilizar malha mais larga, para evitar a captura de espécies ainda muito jovens, para que possam vir a contribuir para a renovação da unidade populacional quando adultos;

. Proibição de captura de mamíferos marinhos, aves e outras espécies, como as tartarugas bem como do uso de técnicas como a sucção ou o arrasto.

Aquacultura

. Popularmente designada por aquicultura

. É a criação de peixes, moluscos, algas e crustáceos em viveiros, com o objetivo de repovoar certas áreas que sofreram sobre-exploração e também para o consumo direto.

O Caso Português

. A pesca é ainda hoje a principal fonte de rendimento de uma grande percentagem da população ativa em alguns concelhos litorais de Portugal.

. No nosso país ainda existe pesca artesanal, que se faz junto à costa, mas também existe a pesca industrial que se faz essencialmente na nossa ZEE e nas ZEE dos restantes países da EU, sob determinadas condições.

Zonas Utilizadas pelos portugueses na pesca longínqua

. Atlântico Nordeste

. Atlântico Central e Leste

. Atlântico Sul

 Índico Ocidental

Principais Portos de Pesca Portugueses

. Matosinhos

. Peniche

. Olhão

. Portimão

. Sines

. Figueira da Foz

. Aveiro

Portugal registou nos últimos anos um declínio da atividade piscatória, fundamentalmente devido à diminuição dos stocks e aos condicionalismos impostos pela Política Comum das Pescas (instrumento da UE para a gestão da pesca e da aquacultura). A Política Comum das Pescas tem como objetivo assegurar a exploração sustentável dos recursos aquáticos vivos e o volume de capturas.

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