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Trabalhos de Estudantes

Trab. da Área de Projecto- 7º Ano

 

A Infância

Autores: Andreia Marçal, Carla Coutinho, Catarina Mendes, Inês Santos.

Escola: Escola Secundária De Ferreira Dias

Data de Publicação: 15/03/2009

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a infância, realizado no âmbito da Área de Projecto (7º ano).

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A Infância

Introdução

No âmbito da disciplina de Área de Projecto, foi-nos proposto trabalhar o tema “Infância”. Neste trabalho procuramos entender o que é a infância, não só em termos físicos mas também aliada a todos os fenómenos sociais que vão permitir a entrada da criança no “mundo dos grandes”. O conceito de criança têm vindo a mudar ao longo dos tempos, acompanhando o desenvolvimento da sociedade tecnológica e psicologicamente.  

Por agora, abordaremos os aspectos actuais que compõem a infância. Faremos uma referência às fases de amadurecimento da criança e aos direitos universais que a criança tem. Damos ênfase ao fenómeno da Puberdade Precoce, referindo que nem sempre quando a criança atinge a puberdade deixa de ser criança.

Esperamos com este trabalho poder entender os vários aspectos que compõem a infância bem como os actores que a constituem.  

1 - Crianças, o que são?

Uma criança é um ser humano tal como os outros, no início do seu desenvolvimento. São chamadas de recém-nascidas até cerca de um mês de vida. Passam a ser bebés entre o segundo e décimo oitavo mês. O ramo da medicina que estuda, cuida e trata do desenvolvimento físico/doenças e/ou traumas físicos nas crianças é chamado de Pediatria. A carência, a falta de atenção, as negligências, a violências e os abusos não os deixam “funcionar” saudavelmente, com alegria e interesses que lhes são normais.

2 - Infância, o que é?

A infância é um período no qual a criança cresce fisicamente e se matura. Embora em várias crianças ocorra o que se chama de Puberdade Precoce (Puberdade que apareceu cedo demais), essas mesmas crianças podem ter corpo de adolescente, mas não têm maturidade psicológica suficiente para serem considerados adolescentes.

Desde o nascimento, até ao inicio da adolescência os pais são o principal modelo, sendo normal as crianças imitarem o que os pais fazem ou dizem. As crianças que são filhas de pais que desprezam ou abusam delas podem sofrer de alguns problemas psicológicos.

A infância inicia-se no dia do nascimento da criança e prolonga-se até mais ou menos os seus 11 anos de idade.

2.1 - A infância passa por várias etapas:

A primeira decorre desde o nascimento até aos 18 meses, em que a criança está completamente dependente de terceiros (normalmente os pais) para qualquer tipo de coisas como a locomoção, a alimentação ou a higiene. Nesta fase a criança aprende coisas básicas como aprender a sentar-se, aprender a andar. Nesta altura a criança cresce muito rapidamente, os primeiros cabelos bem como os primeiros dentes aparecem. E até aos 18 meses, normalmente as crianças já soltaram as primeiras palavras.

A segunda fase vai desde os 18 meses até aos 3 anos, aqui a criança cresce um pouco menos que no início da sua vida. Por esta altura a criança desenvolve e pode começar a comer sem ajuda e a dizer algumas palavras com significado, por vezes até frases gramaticalmente correctas. Lentamente a criança passa a entender que há regras que têm de ser cumpridas. Por esta altura a criança começa a ter gostos próprios.

Outra fase é dos 3 aos 4 anos, por volta desta faixa etária as crianças desenvolvem um pouco de responsabilidade e independência, preparando-se para o próximo passo, a escola. As crianças nesta altura são super activas e exploram bastante o mundo á sua volta. Aí aprendem que na sociedade existem coisas que eles podem ou não fazer. Por volta desta idade começam a compreender que as suas acções podem afectar outras pessoas. A grande maioria das crianças abandona as fraldas nesta idade. A nível físico, os meninos e as meninas têm corpos semelhantes.

A quarta fase prolonga-se desde os 5 anos até aos 9 anos, este período é definido pelo desenvolvimento psicológico e físico, mas essencialmente desenvolvem-se e amadurecem psicologicamente A vida social da criança é cada vez mais importante e é normal aparecer o que se chama de “Melhor Amigo”. Na maior parte dos países as crianças precisam de ir à escola geralmente a partir do sexto ano de vida. Até aos seis anos as crianças procuram resolver problemas com a primeira ideia que lhes vier á cabeça, esteja certa ou não, racional ou não. Após o sexto ano de vida, a criança já procura mais soluções e começa a resolver os problemas de uma forma mais adequada. Por volta dos sete ou oito anos de idade, as crianças passam a procurar os “porquês” sobre todos e quaisquer assuntos. Além disso passam a comprar-se com outras crianças da mesma idade. Estes dois factores fazem diminuir a importância dos pais e da família. E é também aqui, a partir do sexto ano de vida que um por um, os dentes caem até à adolescência. O crescimento de peso e altura é pequeno e semelhante entre meninos e meninas. A força física é semelhante, embora os rapazes sejam mais incentivados pela sociedade a participar em actividades físicas, tendem a ter um pouco mais de força que as raparigas.

A última fase acontece dos 10 anos para cima, é a época de várias mudanças físicas e psicológicas, a chamada pré-adolescência. As crianças passam a ter mais deveres e responsabilidades Nesse período da vida as crianças passam a ter mais responsabilidades (deveres), ao mesmo tempo em que passam a querer e exigir mais respeito de outras pessoas - particularmente dos adultos. A criança nesta faixa etária passa a compreender mais a sociedade, ordens sociais e grupos, o que torna esta faixa etária uma área instável de desenvolvimento psicológico. Começam a participar num grupo de amigos, quem têm gostos em comum, e o onde o modelo deixado pelos amigos passa a ser o principal exemplo para elas. Começam aqui os dilemas, como por exemplo a frequente pergunta: “Serei aceite num grupo de crianças da mesma idade que eu?”. Em muitos casos, os pré-adolescentes sentem-se rejeitados pela sociedade, podendo adquirir problemas psicológicos tais como depressões ou anorexia. É também aqui que se dá o início da puberdade, marcada principalmente pelo aumento do ritmo de crescimento corporal e pelo amadurecimento dos órgãos sexuais. Aparecem também os primeiros pelos pubianos e pêlos nas axilas. Nas raparigas vem também a primeira menstruação e os seis começam a crescer. Nesta altura, sem dúvida que os rapazes passam as raparigas em peso, altura e força muscular.

2.2 - Podem dar-se alguns problemas durante a infância que dificultem a entrada do futuro adulto na sociedade, como por exemplo o Infantilismo Físico, o Infantilismo Psíquico ou o Isolamento.

O Infantilismo Físico, é um atraso no desenvolvimento corporal, principalmente nos órgãos genitais.

O Infantilismo Psíquico, é a persistência de características intelectuais ou afectivas que já não se deveriam normalmente encontrar num indivíduo com aquela idade. O Infantilismo intelectual pode associar-se à debilidade mental e está muitas vezes ligado de certa forma ao atraso físico. O Infantilismo afectivo pode resultar de perturbações na personalidade (que não permitiram um desenvolvimento normal da afectividade).

2.2.1 - O isolamento da criança tem vários sentidos, três na verdade, são eles:

1 – Pode ser uma medida terapêutica eficaz em certos estados de excitação, agitação e sobretudo no histérico.

2 – Sensação de abandono por parte do mundo exterior, que se deve à timidez da criança ou ao seu aspecto físico.

3 – Desejo de isolamento, de solidão, frequentemente na adolescência.

A 20 de Novembro de 1959 é aprovado pela Assembleia Geral da ONU a Declaração Universal dos Direitos da criança, criada com o fim de defender e integrar as crianças na sociedade e zelar pelo seu convívio e integração social, cultural e até financeiro conforme o caso, dando-lhes condições de sobrevivência até a sua adolescência

E aqui fica a cópia da Declaração Universal dos Direitos da Criança:

Princípio I - Á igualdade, sem distinção de raça religião ou nacionalidade. A criança desfrutará de todos os direitos enunciados nesta Declaração. Estes direitos serão outorgados a todas as crianças, sem qualquer excepção, distinção ou discriminação por motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de outra natureza, nacionalidade ou origem social, posição económica, nascimento ou outra condição, seja inerente à própria criança ou à sua família.

Princípio II - Direito a especial protecção para o seu desenvolvimento físico, mental e social. A criança gozará de protecção especial e disporá de oportunidade e serviços, a serem estabelecidos em lei por outros meios, de modo que possa desenvolver-se física, mental, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como em condições de liberdade e dignidade. Ao promulgar leis com este fim, a consideração fundamental a que se atenderá será o interesse superior da criança.

Princípio III - Direito a um nome e a uma nacionalidade. A criança tem direito, desde o seu nascimento, a um nome e a uma nacionalidade.

Princípio IV - Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe.A criança deve gozar dos benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e desenvolver-se em boa saúde; para essa finalidade deverão ser proporcionados, tanto a ela, quanto à sua mãe, cuidados especiais, incluindo-se a alimentação pré e pós-natal. A criança terá direito a desfrutar de alimentação, moradia, lazer e serviços médicos adequados.

Princípio V - Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente. A criança física ou mentalmente deficiente ou aquela que sofre da algum impedimento social deve receber o tratamento, a educação e os cuidados especiais que requeira o seu caso particular.

Princípio VI - Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade. A criança necessita de amor e compreensão, para o desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade; sempre que possível, deverá crescer com o amparo e sob a responsabilidade de seus pais, mas, em qualquer caso, em um ambiente de afecto e segurança moral e material; salvo circunstâncias excepcionais, não se deverá separar a criança de tenra idade de sua mãe. A sociedade e as autoridades públicas terão a obrigação de cuidar especialmente do menor abandonado ou daqueles que careçam de meios adequados de subsistência. Convém que se concedam subsídios governamentais, ou de outra espécie, para a manutenção dos filhos de famílias numerosas.

Princípio VII - Direito á educação gratuita e ao lazer infantil. O interesse superior da criança deverá ser o interesse director daqueles que têm a responsabilidade por sua educação e orientação; tal responsabilidade incumbe, em primeira instância, a seus pais. A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito. A criança tem direito a receber educação escolar, a qual será gratuita e obrigatória, ao menos nas etapas elementares. Dar-se-á à criança uma educação que favoreça sua cultura geral e lhe permita - em condições de igualdade de oportunidades - desenvolver suas aptidões e sua individualidade, seu senso de responsabilidade social e moral. Chegando a ser um membro útil à sociedade.

Princípio VIII - Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes. A criança deve - em todas as circunstâncias - figurar entre os primeiros a receber protecção e auxílio.

Princípio IX - Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho. A criança deve ser protegida contra toda forma de abandono, crueldade e exploração. Não será objecto de nenhum tipo de tráfico. Não se deverá permitir que a criança trabalhe antes de uma idade mínima adequada; em caso algum será permitido que a criança dedique-se, ou a ela se imponha, qualquer ocupação ou emprego que possa prejudicar sua saúde ou sua educação, ou impedir seu desenvolvimento físico, mental ou moral.

Princípio X - Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos. A criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a discriminação racial, religiosa, ou de qualquer outra índole. Deve ser educada dentro de um espírito de compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade universais e com plena consciência de que deve consagrar suas energias e aptidões ao serviço de seus semelhantes.

Conclusão

Concluímos que existem 5 fases importantes até termos um adolescente completamente formado. A primeira ocorre desde a nascença até aos 18 meses de vida, e é quando a criança está totalmente dependente de terceiros, para comer, para se vestir e etc. A segunda fase vai desde os 18 meses até aos 3 anos, e é quando a criança aprende a comer, a andar e a sentar-se. A fase seguinte vai desde os 3 anos até aos 4 anos, em que a criança é super activa. A quarta fase prolonga-se dos 5 anos até aos 9 anos, e é a fase onde a criança se desenvolve mais a níveis físicos e psicológicos. Dos 10 anos para cima ocorre a fase em que a criança muda muito fisicamente devido á puberdade. Percebemos também que a criança é a melhor coisa do mundo, mas que as crianças são injustas e cruéis. Não têm capacidade para medir o que dizem e podem por vezes magoar alguém seriamente. E é precisamente isso que as distingue dos adultos. 

Bibliografia –

Dicionário de Língua Portuguesa – Porto Editora
Diciopédia(s) 2003,2004 e X – Porto Editora
400 Dificuldades e Problemas da Criança – Verbo (1977)
Tudo o que deves saber – Editorial Presença, Samantha Rugen (1997)
Mãe, Não Faças Cenas! – Rosie Rushton – Editorial Presença – (1995)
Motor de busca – www.google.pt
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crian%C3%A7a

http://www.buscatematica.net/imagens/crianca-2.jpg

http://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3

A3o_Universal_dos_Direitos_da_Crian%C3%A7a

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