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Trabalhos de Biologia - 10º Ano

 

Observação Microscópica de Células Eucarióticas

Autores: Beatriz Antunes

Escola: Escola E.B. 2,3/S de Rio Caldo

Data de Publicação: 16/06/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho (Relatório) cujo objectivo foi visualizar a unidade básica de todos os seres vivos, a célula, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (10º ano). Ver Trabalho Completo

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Observação Microscópica de Células Eucarióticas

Introdução

A realização destas actividades experimentais tiveram o objectivo de visualizarmos a unidade básica de todos os seres vivos, a célula.

A noção de célula evoluiu ao ritmo dos avanços tecnológicos no domínio da microscopia. Os conhecimentos resultantes da observação microscópica permitiram, no século XIX, a formulação da teoria celular. De acordo com o enunciado original desta teoria, a célula é a unidade estrutural básica de todos os seres vivos.

Hoje em dia, a teoria celular é uma das grandes teorias unificadoras da Biologia e assenta nas seguintes generalizações:

. A célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos;

. Todas as células provêm de outras preexistentes;

. A célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de hereditariedade de todos os seres vivos.

Atendendo à complexidade da organização estrutural, as células podem agrupar-se em duas grandes categorias: células procarióticas e células eucarióticas.

As células procarióticas, de que são exemplo as bactérias, são células de estrutura muito simples com núcleo não individualizado por falta de invólucro nuclear.

As células eucarióticas, como as que observamos na experiência laboratorial, são células estruturalmente mais complexas, de núcleo bem individualizado do citoplasma, delimitado por um invólucro nuclear. Destas podem distinguir-se as células animais da s células vegetais, pois apresentam algumas diferenças a nível estrutural. Contudo, em ambos os tipos observam-se três constituintes fundamentais: a membrana celular, o citoplasma e o núcleo. A membrana celular, membrana citoplasmática ou membrana plasmática delimitada exteriormente a célula, servindo de barreira entre o meio intracelular (meio interno) e o meio extracelular (meio externo).

Figura 1: Comparação entre a célula animal e a célula vegetal.

Contudo para observarmos as células é necessário um microscópio (aparelho que produz uma imagem ampliada e de grande precisão do objecto em estudo.

Figura 2: Microscópio óptico composto

O microscópio óptico composto (MOC) é constituído por uma parte óptica e uma parte mecânica. Na tabela seguinte encontram-se os principais constituintes:
 

 

 

Constituintes

Função

Particularidades

Parte óptica

Sistema de iluminação

Lâmpada ou espelho

Ilumina o campo do microscópio

Lâmpada incorporada de tungsténio – microscópio mais moderno.

Espelho de duas faces: plana – luz natural; côncava – luz artificial.

Condensador

Concentra os raios emitidos pela fonte luminosa, fazendo-os incidir na preparação.

Sistema de duas ou três lentes.

Diafragma

Regula a intensidade do campo visual do microscópio.

Existe associado ao condensador e é constituído por várias palhetas.

Sistema de ampliação

Objectivas

Sistema de lentes que ampliam a imagem do objecto a ser observado.

Cada objectiva é constituída por várias lentes – lente frontal, que fica mais próxima da platina, e lentes correctoras, que corrigem aspectos como aberração cromática, curvatura de campo, etc.

Tipos de objectivas:

A seco: designação que advém do facto de existir uma camada de ar entre a lente frontal da objectiva e a preparação;

De imersão: a lente frontal fica imersa num óleo, geralmente de cedro, com um índice de refracção semelhante ao do vidro.

Parte mecânica

Oculares

Sistema de lentes que ampliam a imagem fornecida pela objectiva, situado na parte superior do tubo.

As oculares são específicas por:

- Letra que indica o tipo;

- Ampliação;

- Diâmetro do campo de visão.

Pé ou suporte

Suporte do microscópio.

Apresenta formas diversas.

Braço ou coluna

Peça fixa à base, suporta outras partes do microscópio.

 

Platina

Peça, paralela à base, onde se coloca a preparação. No centro apresenta uma abertura – a janela da platina – por onde passam os raios de luz.

Pode ser fixa e apresentar duas pinças que fixam a preparação.

Por vezes são móveis, deslocando-se pela acção de um conjunto de parafusos.

Tubo ou canhão

Peça que possui na extremidade inferior o revólver e na superior a ocular.

 

Revólver

Peça giratória que suporta as objectivas.

Permite a selecção rápida das objectivas.

Parafuso macrométrico

Possibilita movimentos verticais de grande amplitude.

Permite uma focagem rápida.

Parafuso micrométrico

Possibilita movimentos verticais de pequena amplitude.

Permite optimizar a focagem.

Permite observar o material em diferentes planos e determinar a profundidade de campo.

Protocolo experimental:

Material:

. Microscópio óptico;

. Lâminas e lamelas;

. Pinça;

. Tesoura;

. Bisturi;

. Palito;

. Material biológico;

. Agulha de dissecção;

. Vidro de relógio;

. Lâmpada;

. Corantes: vermelho-neutro; azul-de-metileno; água iodada.

Procedimento:

I. Tecido clorofilino de um filóide de um musgo

1. Destacamos alguns filóides da região terminal de um musgo.

2. Colocamo-los num vidro de relógio com água durante alguns minutos sob a lâmpada acesa, para os aquecer ligeiramente.

3. Montamos um desses filóides numa gota de água entre a lâmina e a lamela.

4. Observamos ao microscópio, procurando identificar os constituintes.

5. Fixamos a nossa atenção durante alguns instantes em alguns cloroplastos. Registamos o que observamos.

II. Células de epiderme interior das túnicas de cebola (células vegetais)

1. Colocamos sobre três lâminas distintas, respectivamente, uma gota de vermelho-neutro, uma gota de azul-de-metileno e uma gota de água iodada.

2. Com o auxílio da pinça, destacamos um fragmento de epiderme da face côncava de uma túnica de cebola.

3. Com um bisturi, dividimos o fragmento em pequenas porções (cerca de 5mm), colocando cada uma delas distendidas sobre o corante, que se encontra em cada uma das lâminas.

4. Cobrimos as três preparações com as lamelas e observamo-las ao microscópio, desenhando as nossas observações.

III. Células do epitélio lingual (células animais)

1. Colocamos uma gota de azul-de-metileno numa lâmina.

2. Com um palito, raspei levemente a superfície dorsal da língua, colocando o produto obtido sobre a gota de corante.

3. Cobrimos com a lamela e observe ao microscópio; desenhamos as nossas observações

Apresentação dos resultados

Na realização desta experiência laboratorial observamos células do tecido clorofilino de um filóide de um musgo e o que observei foi o seguinte: 

Ampliação: 15x40=600x

Figura 3: Observação do tecido clorofilino de um filóide de um musgo.

Legenda:

1-Cloroplastos;

2-Membrana;

3-Parede celular.

Seguidamente observamos células de epiderme interior das túnicas de cebola só que com diferentes corantes. Com essas observações foi possível esquematizar o seguinte:

Ampliação: 5x40=200x

Figura 4: Observação de célul interiortúcas de cebola com o corante vermelho-neutro.

Legenda:

1- Núcleo;

2-Membrana;

3-Parede celular;

4-Citoplasma.

Ampliação: 5x40=200x

Figura 5: Observação de células de epiderme interior das túnicas de cebola com o corante água iodada.

Legenda:

1-Núcleo;

2-Membrana;

3-Parede celular;

4-Citoplasma.

Ampliação: 5x40=200x

Figura 6: Observação de células de epiderme interior das túnicas de cebola com o corante de azul-de-metileno.

Legenda:

1-Núcleo;

2-Membrana;

3-Parede celular;

4-Citoplasma.

E na conclusão da realização da actividade experimental observamos células do epitélio lingual onde foi possível esquematizar o seguinte:

Ampliação: 5x40=200x

Figura 7: Observação de células do epitélio lingual com o corante de azul-de-metileno.

Legenda:

1-Núcleo;

2-Membrana;

3-Citoplasma.

Discussão dos resultados / conclusão

Na realização desta actividade experimental foi possível tirar algumas conclusões em relação às células vegetais e as células animais.

Na observação de um tecido clorofilino de um filóide de um musgo foi possível visualizar cloroplastos (local onde ocorre a fotossíntese com coloração verde) em reduzido tamanho.

Seguidamente fomos observar células de epiderme interior das túnicas de cebola (células vegetais) só que com diferentes corantes. Nessas observações foi possível distinguir muito bem os seus diferentes constituintes como o núcleo, a membrana, o citoplasma e a parede celular a um grande tamanho e eram células grandes, finas e “coladas” umas nas outras.

No final da realização desta experiência laboratorial observamos células do epitélio lingual (células animais) mas tivemos dificuldades em observá-las visto que o corante azul-de-                -metileno estava em mau estado e nem todos os grupos realizaram esta observação com sucesso. Para além de poucos grupos poderem-se visualizar estas células não se viam em grande quantidade, só eram quatro, mas podiam se ver perfeitamente os seus constituintes como o núcleo a membrana e o citoplasma e tinham uma forma irregular, não eram todos iguais, com um aspecto quadrangular.

Apesar de alguns problemas com os corantes e no início em trabalhar com o microscópio e instrumentos laboratoriais, foi possível distinguir perfeitamente os constituintes, o tamanho e o aspecto dos diferentes tipos de células com diferentes tipos de corantes.

Bibliografia

. Matias, Osório; Martins, Pedro. Biologia 10, 2008, Areal Editores, Porto;

. Reis, Jorge; Lemos, Paula; Guimarães, António; Preparação para o Exame Nacional 2007/ Acesso ao Ensino Superior / Biologia e Geologia – 11.º ou 12.º [ano 2], Porto Editora, Porto;

. Ficha informativa O microscópio óptico composto – princípios básicos.    

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