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Trabalhos de Biologia - 10º Ano

 

À Descoberta das Células

Autores: Bernardo Rodrigues

Escola: [Escola não identificada]

Data de Publicação: 17/06/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre questões das células no contexto da evolução do conhecimento científico, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (10º ano). Ver Trabalho Completo

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À Descoberta das Células

Introdução

Este trabalho é feito no âmbito da disciplina de Biologia e o seu objectivo é tratar os seguintes temas:

. a teoria celular, principais acontecimentos, momentos e cientistas que mais se destacaram e avanços tecnológicos;

. ideias erradas que se formularam e a sua relação com o contexto social e religioso da época;

.  questões sobre a célula no contexto da evolução do conhecimento científico.

É importante perceber que este trabalho se “movimenta” em redor da célula. E devemos compreender e perceber o que é uma célula: a célula é a unidade estrutural e funcional do nosso organismo e de todos os outros seres vivos.

Principaís acontecimentos, cientistas que mais se destacaram e avanços tecnológicos

Quando falamos de cientistas que marcaram a história da célula, podemos destacar os  seguintes como sendo os mais importantes:

. Hans e Zaccharias Janssen – No ano de 1590, estes dois cientistas holandeses inventaram um pequeno aparelho de duas lentes a que chamaram de microscópio.

. Robert Hooke- Em 1665 observou os espaços vazios da cortiça, em que apareciam cavidades semelhantes a favos de mel, a que deu o nome de célula.

. Matthias Schleiden e Theodor Schwann- Estes dois cientistas que formularam a teoria celular, com base na unidade de princípios morfológicos e fisiológicos nas plantas e nos animais.

Figura 1- microscópio inventado por Hans e Zaccharias Janssen
 

Figura 2- observação microscópica da cortiça feita por Robert Hooke


É importante perceber que a citologia (ciência que estuda a célula) está muito desenvolvida devido ao microscópio. Assim, vou passar a citar a história do microscópio:

O holandês Zacharias Jansen, inventou o microscópio por volta do ano de 1595. Como era muito jovem na época, receia-se que o primeiro microscópio, com duas lentes, tenha sido desenvolvido pelo seu pai, Hans Jansen. Contudo, era Zacharias quem montava os microscópios, distribuídos para a realeza europeia. No início, o instrumento era considerado um brinquedo, que possibilitava a observação de pequenos objectos.

O século XVII foi um período de grande interesse pelos microscópios. A própria palavra “microscópio” foi oficializada, na época, pelos membros da Academia dei Lincei, uma importante sociedade científica. Contudo, ainda havia dúvidas sobre a importância do instrumento para a ciência. A beleza dos objectos observados, com ampliação de cerca de nove vezes o tamanho natural, não permitia observar coisas realmente novas. Não se suspeitava que uma estrutura presente em todos os tecidos vivos, estaria ao alcance dos nossos olhos, com a ajuda dos microscópios: a célula.

No final do século XVII, os microscópios sofreram uma mudança no seu desenho básico, devido, provavelmente, à instabilidade do sistema lateral de sustentação. Passou, então, a ser utilizado um tripé de apoio. O primeiro esquema de microscópio com tripé foi divulgado na Alemanha em 1631. No entanto, somente em 1683, o microscopista inglês John Yarwell construiu o primeiro modelo de que se tem notícia. O microscópio tem uma história muito mais vasta, mas esta é a história “oficialmente” conhecida.

Foi graças à descoberta das primeiras lentes, que se produziu a lupa, a trilupa e o microscópio, para o qual há ciências baseadas exclusivamente nestes descobrimentos: a medicina, a biologia, a história natural e a química entre outras.

Posteriormente, e destinadas à pesquisa científica, apareceram as lentes ou lupas e o microscópio "simples" com dispositivos especiais e com um poder de ampliação da imagem observada de não mais de quarenta diâmetros. È conveniente considerar que tanto os óculos como as lupas ou lentes (antecessores do microscópio) operam como microscópios simples e são praticamente iguais.

A lupa é composta por uma lente convergente, ainda que existam aquelas que compõem um jogo de duas ou três lentes (bilupas, trilupas). Estas eram feitas com montagens especiais, permitindo sobrepor ou mudar as lentes de diferentes aumentos e observar simultaneamente, a crescente ampliação do objecto de exame. Elas dão-nos uma imagem virtual direita e uma ampliação variável de 5 a 40 diâmetros.

O século XVIII foi uma época de melhorias nas lentes e microscópios: maior estabilidade, precisão de foco e facilidades de uso. Os instrumentos até passaram a ser anunciados em diversas publicações pelo mundo inteiro, e vários microscopistas lançavam os seus modelos. Por volta do ano de 1742, os microscópios que projectavam imagens fizeram grande sucesso.

No século XIX, os fabricantes de microscópios desenvolveram novas técnicas para o fabrico de lentes. Passaram, também, a utilizar espelhos curvos para melhorar a capacidade de foco desses instrumentos. Em 1840, os Estados Unidos passaram a fabricar microscópios, uma actividade até então restrita basicamente à Inglaterra. Finalmente, por volta de 1880, os chamados microscópios ópticos atingiram a resolução de 0,2 micrómetros, limite que permanece até aos dias de hoje.

Actualmente, os microscópios e as técnicas de observação estão bastante avançados. Os modelos ópticos possibilitam rotulagens extremamente precisas no foco e na capacidade de ampliação. Novos microscópios electrónicos estão a levar a observação ao limite.

O microscópio electrónico foi inventado no início dos anos 30, pelo alemão Ernest Ruska. Esses instrumentos utilizam feixes de electrões e lentes electromagnéticas, no lugar da luz e das lentes de vidro, permitindo ampliações de até um milhão de vezes.

 

                      Figura 3-Microscópio óptico                            Figura 4-Microscópio electrónico

Ideias erradas que foram formuladas e a sua relação com o contexto social e religiosa

A única ideia errada que encontrei foi a teoria da evolução de Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, Chevalier Lamarck (1744-1829) que dizia que os seres vivos vão desenvolvendo determinados órgãos de acordo com as suas necessidades de sobrevivência. Um dos exemplos mais conhecidos é o do pescoço da girafa. Segundo Lamarck, as girafas com pescoço comprido, eram descendentes de girafas ancestrais que provavelmente tinham pescoço curto, mas, com a necessidade de alcançar alimentos (folhagens das árvores), tinham que esticar o pescoço, e, assim, o pescoço alongou-se. Essa característica adquirida foi transmitida aos seus descendentes, originando as actuais girafas de pescoço longo. Portanto, através do  uso e desuso da característica, e a sua transmissão aos descendentes, ocorreu a evolução das espécies. Quando o organismo não necessita do órgão, este atrofia-se. A lei do uso e desuso ficou conhecida como a primeira lei de Lamarck. A segunda lei supõe que as características adquiridas pelo uso (ou atrofiadas pelo desuso) são transmitidas de geração em geração; é a lei da herança dos caracteres adquiridos. Sabemos hoje que as variações entre indivíduos depende da informação genética e que somente essas informações e as alterações dos genes podem ser transmitidas a uma geração seguinte. O biólogo alemão Weissman (1868 a 1876) conseguiu refutar as Leis de Lamarck: cortou a cauda de ratos durante várias gerações, e os seus filhotes continuavam a nascer com cauda. Weissman provou que essa característica adquirida pelos ratos, foi transmitida a outras gerações. Em 1809 Lamarck apresentou ao público a sua teoria. Foi um ano de invasões francesas e em que Napoleão queria “governar” o mundo. A teoria da evolução não foi aceite em França, mas em Inglaterra. O que falhou na teoria de Lamarck para convencer os homens foi o facto deste cientista afirmar que a evolução não passava de um facto.

Teoria Celular

A Teoria Celular, foi criada por Matthias Jakob Schleiden (botânico alemão) e Theodor Schwann (naturalista alemão) após inúmeros estudos microscópicos realizados depois da descoberta da célula por Robert Hooke, no final da década de 1830.

A Teoria Celular defende três ideias principais:

. Todos os seres vivos são formados por células e pelos seus produtos. Portanto, as células são as unidades morfológicas dos seres vivos;

. As actividades fundamentais que caracterizam a vida ocorrem dentro da célula. Portanto, as células são as unidades funcionais ou fisiológicas dos seres vivos;

. Novas células formam-se pela reprodução de outras células (preexistentes), por meio da divisão celular (é o processo através do qual uma célula (chamada célula-mãe) se divide em duas células-filhas).

Esta última ideia, que foi uma conclusão de Rudolph Virchow (patologista alemão) em 1855, foi apoiada, em 1878 pelo biólogo Walther Flemming, onde descreveu os abundantes detalhes do processo de reprodução celular.

Os vírus são a excepção à Teoria Celular, pois não possuem célula. Apesar desta afirmação, os vírus não são considerados excepções à teoria celular pois necessitam da célula para se reproduzirem. Eles precisam de estar necessariamente dentro de uma célula viva para se reproduzirem (isso veio confirmar mais que os processos essenciais à vida ocorrem dentro das células).

A importância da Teoria Celular

O reconhecimento de que a célula é fundamental na constituição de todo o ser vivo foi uma das mais importantes generalizações da história da Biologia. Com isso, a Botânica e a Zoologia, até então consideradas tão distintas, reuniram-se. Ficou bastante claro que as células são semelhantes no geral mas diferentes na forma e função; têm em comum o facto de que todos os seres vivos são formados por células. Portanto, para entender a vida, é preciso conhecer a célula.

O entusiasmo pela Teoria Celular foi tão grande que levou os biólogos a investigarem a origem das células vivas. Alguns achavam que elas surgiam espontaneamente, a partir da junção de determinados tipos de substâncias químicas. Outros opunham-se, dizendo que toda célula vem de outra preexistente.

Conclusão 

Nesta conclusão pretendo responder às três questões-problema que me foram propostas.

Será que o conceito actual de célula é o mesmo do século XVII?

Na minha opinião o conceito é o mesmo, mas o conceito actual é muito mais elaborado devido ao avanço da tecnologia. Hoje em dia, temos todos os meios dispostos para descobrir algo sobre a célula.
 

As considerações elaboradas pelos primeiros cientistas que estudaram as células ainda serão aceites actualmente?

Algumas sim e outras não. A teoria da evolução formulada por Lamarck creio que já não é aceite, mas por exemplo, a teoria celular ainda hoje é aceite. O microscópio já foi muito desenvolvido.
 

Que modificações ocorreram no conhecimento da célula e dos seus constituintes básicos?

No final do século XIX, descobriu-se que o núcleo continha a informação genética e de que esta era transmitida à descendência. Um dos grandes passos do conhecimento da célula foi a divisão em células eucarióticas e procarióticas. Ao longo do tempo foram-se descobrindo novos constituintes das células.

Bibliografia

Fui pesquisar aos seguintes sites:

www.wikipedia.org

www.exames.org

Desafios (Biologia e geologia,10º ano Edições ASA)

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