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Trabalhos de Biologia - 10º Ano

 

Relatório de Visita ao Oceanário de Lisboa

Autores: Sofia Maciel

Escola: [Escola não identificada]

Data de Publicação: 05/04/2010

Resumo do Trabalho: Relatório de visita ao Oceanário de Lisboa sobre o tema "Reprodução e Evolução", realizado no âmbito da disciplina de Biologia (10º ano). Ver Trabalho Completo

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Relatório de Visita ao Oceanário de Lisboa

 

Visita ao Oceanário de Lisboa

Reprodução e Evolução

 

Introdução

No passado dia 15 de Dezembro, realizou-se uma visita de estudo ao Oceanário de Lisboa, a qual foi feita com uma guia e se iniciou com a mostra de uma apresentação em PowerPoint no âmbito do Atelier dos Oceanos.

Os objectivos da visita eram, não só, assistir a uma apresentação acerca dos vários modos de reprodução dos seres vivos, e como estes seres têm evoluído ao longo do tempo (relacionando o que observamos com a matéria dada na disciplina de Biologia); como também observar e aprender alguns dos seus hábitos, comportamentos sociais, como atraem o(a) parceiro(a), etc.

Este tema encontra-se na Unidade 6 da programação da componente de Biologia, dividido em reprodução assexuada; reprodução sexuada e ciclos de vida, que incluem a unidade e a diversidade.

Na apresentação, falou-se também das diferenças existentes entre a reprodução assexuada e a reprodução sexuada, bem como as vantagens e as desvantagens de cada uma.

Essa matéria já tinha sido dada anteriormente, o que contribuiu para       que estivéssemos mais à vontade durante a apresentação.

A visita aos tanques do Oceanário começou pelo tanque central, que representa todos os Oceanos, desde a zona costeira ao mar aberto e desde a superfície até ao fundo, por isso o cuidado para ter a água a uma temperatura adequada a todas as espécies tem de ser muito rigoroso, assim como a penetração da luz, a profundidade e a estrutura geológica. O oceanário está dividido conforme os oceanos: Atlântico Norte, Antárctico, Pacífico Temperado e Índico Tropical.

Genética

“O principal objectivo da vida nos animais é passar os genes à próxima geração”, para isto, eles utilizam diversas estratégias de reprodução:

- Reprodução assexuada

- Reprodução sexuada:

. Fecundação interna

. Fecundação externa

Todos os seres vivos estão dotados de um genótipo – conjuntos de genes de um indivíduo – e um fenótipo – características observáveis no ser.

      

Estratégias de Reprodução

ORGANISMOS OBSERVADOS NO OCEANÁRIO:

Na reprodução assexuada formam-se novos indivíduos a partir de um só progenitor, sem ocorrer fusão de gâmetas (fecundação). Os novos indivíduos são geneticamente iguais ao progenitor. Os seres procariontes e a maioria dos seres unicelulares eucariontes podem reproduzir-se assim. Este tipo de reprodução ocorre também em muitos seres multicelulares. Exemplo: Esporulação.

Na reprodução sexuada, os novos indivíduos são originados a partir de um ovo, célula que resulta da fecundação. Constitui um processo biológico comum a quase todos os seres vivos. Os descendentes possuem caracteres comuns entre si e também com os progenitores, de acordo com a espécie a que pertencem, mas apresentam também diferenças significativas em consequência, nomeadamente, dos fenómenos de fecundação e meiose que ocorrem. Esta variabilidade genética é possível devido ao emparelhamento de cromossomas homólogos, onde pode ocorrer crossing-over, durante a prófase I. Na anáfase I, ocorre a separação dos cromossomas homólogos para os pólos da célula. A segregação dos cromossomas homólogos de cada par ocorre de forma independente e aleatória, dai resultando dois conjuntos particulares de cromossomas de entre múltiplas combinações possíveis.

Há, ainda, animais com os dois tipos de reprodução (r. assexuada e r. sexuada), como por exemplo as anémonas e as esponjas (hermafrodita).

As esponjas pertencem ao Filo Porífera e são seres pluricelulares simples, uma vez que as suas células não se organizam em órgãos ou tecidos, daí não se poder considerar as esponjas como sendo verdadeiros animais, apesar de pertencerem ao respectivo reino. Têm o corpo perfurado com poros, canais e câmaras onde circula a água. O esqueleto é formado por películas calcárias, de sílica ou por fibras de espongina. A parede do corpo é constituída por epiderme, canócitos (que revestem as cavidades internas) e mesogleia. A entrada de oxigénio e eliminação das excreções é feita por difusão directa para a água. Como a maioria é hermafrodita, a maturação das células sexuais dá-se em tempos distintos para que não ocorra auto-fertilização da colónia.

Como já foi referido, podem reproduzir-se tanto sexuadamente como assexuadamente, conforme as condições ambientais. Assexuadamente, as esponjas reproduzem-se por fragmentação – separação de fragmentos do corpo, originando cada fragmento um novo indivíduo por regeneração – ou por gemulação – formação de uma ou mais saliências que se desenvolvem e separam, originando novos seres. Quanto à r. sexuada, os gâmetas são produzidos em células chamadas gonócitos. Os óvulos são fecundados no interior da esponja por espermatozóides que entram com a água. Uma vez feita a fecundação, a esponja expulsa para o exterior os zigotos que crescerão para dar origem às larvas. As larvas movem-se por meio de cílios e após alguns dias de vida livre, dirigem-se para o fundo, onde se fixam ao substrato e dão origem a uma nova esponja.

Curiosidade: Das esponjas, retiram-se substâncias que são empregues no fabrico de fármacos para combater doenças, como o cancro e a SIDA.

As anémonas pertencem ao Filo Cnidária, assim como as hidras, as medusas e os corais. Têm simetria radiada, dois tipos morfológicos diferentes (pólipo e medusa) e cavidade gastrovascular com uma única abertura. É um animal muito primitivo provido de apenas alguns órgãos ou aparelhos que são poucos especializados. Possui, nos tentáculos, um tipo de células que lhe são características, os nematocistos. Os Cnidários podem reproduzir-se assexuadamente por gemulação ou por fragmentação. A fecundação, quando se dá, é externa e o desenvolvimento é indirecto, por meio de larvas denominadas plânulas, que são planctónicas.

No oceanário existem diversas espécies de anémonas:

- Anémona-piscivora (Urticina piscivora)

- Anémona-verde-gigante (Anthopleura xanthogrammica)

- Anémona-rosa-da-areia (Urticina columbiana)

- Anémona-nodosa (Bunodosoma capensis)

- Anémona-da-areia (Bunodactis reynaudi)

- Anémona-tapete-de-Haddon (Stichodactyla haddoni)

- Anémona-plumosa (Metridium senile)

- Morango-do-mar (Actinia equina)

- Anémona-agregadora (Anthopleura elegantíssima)

- Anémona-do-mar (Anemonia sulcata)

- Anémona-cogumelo (Discosoma sp.)

- Anémona-vermelha-do-Norte (Urticina lofotensis)

Curiosidade: Os peixes-palhaço e as suas anémonas vivem em harmonia. Para o peixe, os tentáculos urticantes da anémona tornaram-se inofensivos. Os tentáculos das anémonas são uma barreira segura, onde o peixe-palhaço se esconde dos predadores. Diante de um potencial predador, curiosamente, o peixe-palhaço sai da anémona e enfrenta-os! Deste modo tenta atrair o predador e incentiva a sua a perseguição em direcção aos tentáculos da anémona.

Dentro da reprodução sexuada existem dois tipos: fecundação interna e fecundação externa.

Fecundação interna: efectua-se no interior do organismo da fêmea. O macho deposita os espermatozóides no interior do sistema reprodutor da fêmea, onde ocorre a fecundação. Este tipo de fecundação é fundamental nos seres terrestres, uma vez que os gâmetas não suportam a secura que se verifica no meio terrestre.

Nos seres existentes no Oceanário, este tipo de fecundação verifica-se, por exemplo, nos corais. Os corais pertencem ao Filo Cnidária e, juntamente com as anémonas formam a classe antozoários. Os corais possuem um exoesqueleto que pode ser de origem orgânica ou de carbonato de cálcio. Quase todos formam colónias, que constituem os recifes, mas existem muitas espécies em que os pólipos (forma morfológica dos corais) vivem solitários. Podem ser unissexuados ou hermafroditas, bem como estéreis. Como estes não têm locomoção, as larvas, depois de um período de vida livre, fixam-se a uma substrato e dão lugar a um pólipo. Como alguns destes seres são coloniais, podem comunicar entre si através da cavidade gástrica, que apresenta ramificações em forma de tubo. Assexuadamente, eles reproduzem-se por gemulação.

No oceanário existem diversas espécies de corais:

- Coral-dedo (Sinularia polydactyla)

- Coral-couro-cogumelo (Sarcophyton sp.)

- Coral-bolha (Plerogyra sinuosa)

- Coral amarelo (Parazoanthus axinellae)

- Coral-cérebro-sulcado (Oulophyllia crispa)

- Coral-árvore (Nephthea sp.)

- Coral-mão (Lobophytum pauciflorum)

- Coral-ramo (Goniopora sp.)

- Coral-galáxia (Galaxea fascicularis)

- Coral-lua (Favites sp.)

- Coral-uva (Euphyllia divisa)

- Coral-feto (Clavularia sp.)

- Coral-colt (Cladiella sp.

Fecundação externa: efectua-se em meio líquido e sucede na maioria das espécies aquáticas, como peixes ou em seres vivos que procuram a água para a reprodução. Machos e fêmeas lançam os gâmetas para o meio aquático, onde os óvulos são fecundados pelos espermatozóides. O  sincronismo na libertação de óvulos e de espermatozóides, bem como a produção de grande quantidade de gâmetas, contribuem para a eficácia da fecundação externa. A existência de moléculas específicas na membrana dos óvulos permite que a fecundação seja apenas possível com espermatozóides provenientes de indivíduos da mesma espécie, portadores de moléculas complementares das desses óvulos. Deste modo, apesar de os indivíduos de espécies diferentes libertarem para a água, ao mesmo e tempo e no mesmo local, os respectivos gâmetas, só se verifica fecundação entre gâmetas que provêm de indivíduos da mesma espécie.

Para além de se reproduzir assexualmente por fragmentação, a estrela-do-mar também se pode reproduzir sexualmente a partir de fecundação externa; libertando-se os gâmetas para a água. O zigoto fecundado, geralmente, desenvolve-se numa larva de simetria bilateral que sofrerá, no decurso do seu desenvolvimento, metamorfose para se transformar num adulto de simetria pentarradiada.

Moluscos: A sua reprodução pode-se dar tanto de modo sexuado ou assexuado, havendo seres unissexuados ou hermafroditas. Os gâmetas podem ser lançados para a água ou directamente para o interior da fêmea. Este filo é um dos maiores representantes dos invertebrados e conta com cerca de 100.000 espécies. É um filo tão diversa que contêm os mais pequenos quítones e os mais inteligentes cefalópodes

Dentro dos moluscos observados no oceanário, falemos em particular do polvo-gigante-do-Pacífico (Octopus dofleini). Pertencente à classe Cephalopoda e à ordem Octopoda (oito pés), a sua reprodução é unicamente sexuada e inicia-se com um ritual d e acasalamento que pode durar horas ou até dias. A fêmea atrai quimicamente, através de feromonas, o macho. Este químico, para além de atractivo, previne que o macho a devore. Apesar de, geralmente nas outras espécies, um macho poder fecundar várias fêmeas no mesmo período – reprodução múltipla – no caso dos polvos acontece o contrário; a fêmea pode ser fecundada por vários machos.  

De uma vez só, uma fêmea deposita num “ninho” uma grande quantidade de ovos fecundados que pode atingir os 200.000. Durante a maturação dos ovos, a fêmea cuida deles, evitando que algas e outros organismos os ataquem.

Curiosidade: Alguns meses após o acasalamento, o polvo acaba por morrer.

“Apesar da grande diversidade de formas e tamanhos de peixes, todos respiram por brânquias e, salvo raras excepções, não regula a sua temperatura corporal.”

Os peixes cartilagíneos pertencem à classe Condrichthyes, os mais conhecidos são os tubarões e as raias. Possuem um esqueleto de cartilagem, flexível e leve, ideal para a vida na água. Reproduzem-se sexuadamente e a sua fecundação é sempre interna. O desenvolvimento dos embriões pode ser ovíparo (ovos depositados num “ninho”), ovovivíparo (ovo alojado no corpo da fêmea) ou vivíparo (o ser desenvolve-se numa placenta, no interior da fêmea).

O tubarão-de-port-jackson (Heterodontus portusjacksoni) é uma espécie cujos machos e fêmeas passam a vida separados e só se juntam na época de acasalamento.

Depois da cópula, as fêmeas depositam cerca de 12 ovos (ovíparo). Estes ovos são protegidos por cápsulas em forma de espiral que são enroscadas na terra pela fêmea.

Curiosidade: Estes tubarões chegam a nadar 800 quilómetros só para poderem acasalar.

O tubarão-touro (Carcharias taurus) é um ser peculiar, pois já antes de nascer tem de lutar pela vida, pois estão sujeitos à selecção natural. O embrião mais forte e rápido de cada um dos dois úteros da fêmea alimenta-se dos seus irmãos, durante nove meses. Após esse período, nasce duas crias já com 1 metro de comprimento. Estes seres são ovovivíparos, pois para além de estarem dentro da fêmea, estão também dentro de um ovo.

Ainda dentro dos peixes cartilagíneos, encontra-se a manta (Manta birostris), que é maior raia existente. Pode atingir os 8 metros e frequenta águas temperadas e tropicais de todos os oceanos e pode descer até aos 30 metros. Durante a época de acasalamento, vários machos vão ao encontro da mesma fêmea. O macho vitorioso agarra a fêmea com as suas barbatanas e pressiona o seu ventre contra o dela e fecunda-a no seu interior. São ovovivíparos, e é desconhecido o tempo de gestação dos embriões. Pensa-se que este tempo varia entre os 9 e os 12 meses.

Os peixes ósseos pertencem à classe Osteichthyes e englobam a maioria dos peixes existentes. O que, principalmente, os distingue dos peixes referidos anteriormente é o facto de possuírem esqueleto ósseo. A maioria é ovípara, têm fecundação externa e produzem um grande número de descendentes.

No tanque central, podia-se observar um peixe á superfície da água: o peixe-lua (Mola mola). Têm o corpo mais alto do que comprido, sem barbatana caudal e com as barbatanas dorsal e anal muito desenvolvidas. É o maior peixe ósseo, podendo chegar a pesar 1500 kg. As fêmeas produzem até 300 milhões de ovos de cada vez (ser ovíparo), que são libertados para a água e fecundados pelo macho, logo a fecundação é externa. As larvas passam por três estágios de desenvolvimento em que o peixe perde a barbatana caudal e ganha uma série de espinhos notáveis. Devido à sua natureza delicada e aos movimentos lentos, estes peixes são facilmente capturados por redes à deriva e por outros métodos de pesca. Como consequência as populações poderão estar em declínio, apesar de algumas partes do seu corpo poderem ser tóxicas.

Como não se podia deixar de referir, sendo um dos peixes mais procurados pelos portugueses: o bacalhau. Bacalhau é o nome comum para as espécies do género Gadus, pertencente à família Gadidae. O bacalhau observado no Oceanário é o bacalhau-do-Atlântico, de nome científico Gadus morhua. É ovíparo e vive em águas fundas, por volta dos 200 metros, organizados em enormes cardumes. Estes espalham-se ao nascer e ao pôr-do-sol para se alimentarem. Na época de acasalamento, os machos exibem as suas barbatanas e roncam, de modo a seduzir a fêmea, para poder fertilizar os seus ovos. Contudo, devido à pesca intensiva, as populações de bacalhau estão a diminuir drasticamente.

Outro ser também muito peculiar é o dragão-marinho-comum (Phycodurus taeniolatus), que mede entre 11 a 25 centímetros. Existe, somente, nos mares do sul da Austrália. Nada de forma ondulante em águas superficiais, junto a algas, pois o seu corpo assemelha-se a uma, com numerosos e ramificados apêndices em forma de folhas. É um mestre de camuflagem, característica que lhe permite preparar uma emboscada: permanece quieto ate que uma presa se aproxime e, de súbito, com um movimento rápido de cabeça, suga-a. Os ovos são incubados e transportados pelo macho na sua cauda durante 8 semanas, até ao nascimento das crias, seres muito pequeninos e muito sensíveis à poluição. Estes animais estão sujeitos à poluição e à captura excessiva, o que conduziu à criação de uma lei na Austrália para os proteger.

Falemos agora de um mamífero marinho, o único observado no oceanário, a lontra-marinha (Enhydra lutris). Para se manter seca e protegida do frio, o seu pêlo contêm duas camadas densas de bolhas de ar entre as fibras oleosas (sendo o ar um dos melhores isoladores térmicos, é quase impossível a lontra-marinha ter frio). Outra das razões pela qual este ser consegue manter a sua temperatura interna é o facto de comer todos os dias, o equivalente a 30% do seu peso. As lontras são poliginas – um macho dispõe de várias fêmeas – apesar de existir relações de casais durante alguns dias quando a fêmea está no estado de estro (sexualmente receptiva). O período de gestação destes seres pode variar entre os 4 e os 12 meses.

Curiosidade: A lontra-marinha é considerada um dos mamíferos aquáticos mais inteligentes, pois recorre ao uso de ferramentas, como pedras, para se alimentar.

Por último, temos uma ave marinha, o pinguim-Macaroni (Eudyptes chrysolophus). Todos os anos, em Outubro, o macho volta sempre ao mesmo local, onde prepara o ninho em buracos nas rochas, utilizando seixos para o forrar. Chegando as fêmeas, formam-se colónias activas, e em cada ninho são postos dois ovos, sendo apenas o segundo incubado, pois é mais viável que o primeiro. Como todas as aves marinhas, o pinguim é ovíparo. A cria que nasce é guardada pelo macho, enquanto a fêmea segue em busca de alimento. Um mês depois, os pintos juntam--se, enquanto os progenitores estão no mar. Cerca de 2 meses e meio depois, as crias estão prontas para ir também para o mar.

OUTROS ORGANISMOS:

As rãs pertencem ao filo Chordata e à classe dos Anfíbios. Os machos das rãs coaxam para atrair as fêmeas. O coaxar dos machos das rãs faz parte do ritual de acasalamento. O abraço firme à fêmea pelo macho desencadeia a libertação na água dos óvulos que são imediatamente envolvidos pelo esperma. Os ovos ficam no meio aquático (lagos, charcos ou outros locais húmidos) até ao nascimento do girino. Na maioria das espécies de rãs em climas temperados, a reprodução dá-se entre o fim do Outono e o princípio da Primavera. O acasalamento dá-se nesta altura porque, em temperaturas frias, a concentração de oxigénio dissolvido na água é mais elevada, o que ajuda o desenvolvimento do girino. Assim, assegura-se que a alimentação adequada está disponível durante o período em que as rãs se desenvolvem.

Reprodução assexuada X Reprodução sexuada:

A reprodução assexuada assegura a formação de clones, em que todos os indivíduos podem originar descendentes. É um processo rápido e com pequeno gasto de energia. Um só indivíduo pode originar muitos descendentes. Contudo, a diversidade dos novos indivíduos é praticamente nula e, difícil adaptação a mudanças do meio, logo, não favorece a evolução das espécies.

Por outro lado, a reprodução sexuada proporciona uma grande variabilidade de características na descendência. Proporciona a evolução para novas formas e permite às espécies uma maior capacidade de sobrevivência em caso de mudanças ambientais. Como desvantagem, pode-se apontar o facto de ser um processo lento e com grande dispêndio de energia.

Para aumentar a sua sobrevivência e a da sua família, os animais, geralmente a fêmea, tem de escolher um macho com boas possibilidades de transmitir bons genes à geração seguinte. O macho procura atrair a fêmea, realizando um complexo ritual, que constitui a parada nupcial. Para isso, os animais possuem diversas características. Há animais que têm um comportamento social simples, como os caranguejos-violinistas. Há também outros, como os saltadores do lodo que, quanto mais avultados forem, melhor. Os moluscos, como por exemplo os chocos e as lulas, têm a capacidade de mudar de cor.

Curiosidade: O choco macho quando é pequeno, por vezes engana os chocos maiores passando por fêmea

Dentro daqueles animais com um comportamento social elaborado, destacam-se as aves do paraíso com as suas danças exóticas. Há, também, outras formas de seduzir o(a) parceiro(a), como por exemplo com um bom ninho, oferecendo comida ou até mesmo palhinhas, como no caso do pinguim.

 

Outros animais que também têm de dar na vista são os pavões; em que o macho atrai a fêmea com as suas belas e coloridas penas. Pela imagem, pode-se observar que o pavão macho é um animal muito exuberante, ao contrário da fêmea, que é muito mais discreta.

Os animais têm diversos hábitos sociais e, consequentemente, diversos sistemas de acasalamento:

- Monogamia: o macho e a fêmea formam um casal unido, sendo que a união pode ser para toda a vida ou apenas durante o período reprodutivo;

- Poliginia: o macho acasala com várias fêmeas, enquanto as fêmeas se cruzam com apenas um macho;

- Poliandria: a fêmea pode cruzar com vários machos, enquanto que os machos se associam a uma única fêmea;

- Poligamia: tanto o macho como a fêmea acasalam diversas vezes e com diferentes parceiros.

Em zoologia, designam-se cuidados parentais aos actos que um ou ambos os progenitores realizam para assegurar que os seus descendentes sobrevivam até adquirirem características que lhes permitam sobreviver por si próprios – e eventualmente produzir nova descendência, ou seja, reproduzirem-se. O cuidado parental aumenta a probabilidade de sobrevivência dos filhotes e, consequentemente, aumenta o sucesso reprodutivo da espécie.

Os animais têm cuidados parentais para proteger os ovos e para proteger as crias. Há quem proteja os ovos na boca, como o exemplo do peixe-gato; ou numa bolsa, como o exemplo do cavalo-marinho, do dragão-marinho e do canguru; ou então com o preparo de ninhos ou tocas. Muitos pássaros incubam seus ovos sentando sobre eles ou mantendo-os entre os pés, para protegê-los do frio e garantir que os embriões permaneçam aquecidos. Outras aves, como algumas espécies de patos, cujo embrião é sensível a altas temperaturas, protegem os ovos do calor cobrindo os ninhos com penas ou folhas secas. No caso de proteger as crias, o animal que tem os cuidados parentais mais longo (excluindo o ser humano) é o elefante. Os cuidados parentais para com as crias baseiam-se em fornecer alimentação, abrigo e protecção contra os predadores.

Os cavalos-marinhos são um exemplo de espécie de peixe monogâmica e com cuidado parental por parte dos machos. Existem 35 espécies, pertencentes ao género Hippocampus. Nestes animais, os casais permanecem unidos ao longo de toda a época reprodutiva. Durante o acasalamento, a fêmea introduz o seu órgão no interior de uma pequena bolsa, situada no abdómen do macho, e deposita os seus óvulos. Dentro da bolsa são libertados os espermatozóides e a fecundação ocorre. É dito popularmente que nesta espécie são os machos que engravidam. Essa bolsa do macho é similar ao útero de uma fêmea de um mamífero e contém um fluído que fornece nutrientes e oxigénio aos ovos. No decorrer da gestação, a composição do líquido vai se tornando cada vez mais parecida com a composição da água do mar e, assim, evita a possibilidade de um choque osmótico durante o nascimento da prole. O período de maturação dos ovos é de duas a quatro semanas. Em seguida, o macho "dá a luz" dezenas de filhotes. Após o nascimento não há mais nenhum tipo de cuidado parental.

Conclusão

Após a observação de todos estes seres, chegamos à conclusão que a reprodução não é um processo assim tão simples, pois não se baseia apenas na junção de dois seres e concepção de outro, há que passar por várias fases, diferentes de ser para ser.

Para começar, há que saber se o ser precisa de um par sequer para se reproduzir, podemos logo aqui dividir os seres em três grandes grupos: os que se reproduzem sexuadamente (apesar de poderem existir excepções em que o ser se auto-fecunda), os que se reproduzem assexuadamente e ainda os que se reproduzem das duas formas, consoante as condições do meio

Falando da reprodução sexuada: Inicialmente, temos o cortejamento, habitualmente feito pelos machos (em algumas espécies é possível reparar que o macho possuí elementos visíveis atraentes e que as fêmeas são muito simples, pois estas não necessitam desses elementos, como é o caso do pavão). Este cortejamento pode envolver danças, sons, e até luta entre os machos pela fêmea;

Depois de os pares estarem feitos, a fecundação poderá ser externa ou interna, e os seres podem ser considerados vivíparos, ovíparos ou ovovivíparos.

Depois deste trabalho todo, temos as crias: o recomeço do ciclo de vida.

Bibliografia

. http://pt.wikipedia.org/wiki/Porifera#Reprodu.C3.A7.C3.A3o

. http://www.oceanario.pt/docs/SECUNDARIO.pdf

. http://pt.wikipedia.org/wiki/Corais

. http://www.oceanario.pt/cms/121/

. http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080806073112AAMLmWQ

. http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacalhau

. http://educacao.uol.com.br/ciencias/ult1686u96.jhtm

. Silva, Amparo Dias da; entre outros; “Terra, Universo e Vida 1ª parte biologia 11º ano”; Porto, 2009

. Barres, José Maria; Muñoz, Paloma; “Didacta – Enciclopédia Temática Ilustrada: Atlas de Zoologia”; F.G.P. editores; Madrid, 2000

 

 

 

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