Espécie em extinção:

Salamandra-lusitânica

A salamandra-lusitânica é um pequeno e singular anfíbio (12 a 15 cm) da família Salamandridae, de pele muito brilhante e escura com duas listas douradas no dorso e olhos negros salientes, contendo uma cauda longa, que nos adultos pode atingir dois terços do comprimento total do animal. As patas dianteiras têm 4 dedos e as traseiras 5. A superfície dorsal pode ter pequenos ponteados azulados. O ventre é cinzento. Quando se sente ameaçada tem a possibilidade de soltar a cauda, que é posteriormente regenerada.

Habita a zona noroeste da Península Ibérica onde a precipitação é mais abundante, vivendo em zonas montanhosas (com altitude inferior a 1500 metros), como é exemplo das “serras de Valongo” onde a espécie é relativamente abundante, tendo actividade nocturna. A sua “casa” é essencialmente composta de muita vegetação junto a cursos de água, só durante o período de maior seca estes animais mudam de “casa” indo viver para barragens e minas abandonadas onde se dá a reprodução.

Tem sido posta em perigo de extinção devido principalmente à destruição do seu habitat, à agricultura intensiva e o uso de pesticidas, fertilizantes e outros poluentes.

Por ser um animal de difícil observação nunca é lembrado da sua existência nas zonas onde este habita, mas é digno de ser preservado e é digno de continuar a viver no planeta Terra por várias razões. Uma delas é o interesse científico demonstrado pela sua cauda, sendo a única salamandra da Península Ibérica capaz de libertar a sua cauda em caso de perigo e voltar a regenerá-la. Para além disso tem a função de manter constante as populações de insectos, aracnídeos e moluscos de pequenas dimensões dos quais se alimenta, a falta desta salamandra pode levar ao aumento destes animais que em nada agradam o bem-estar do Homem. Este merece o maior esforço das pessoas que habitam e interferem no seu habitat, pois nunca se sabe quando este animal poderá desaparecer na escuridão da terra.

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