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Trabalhos de Estudantes

Trabalhos de Biologia - 11º Ano

 

Extracção do DNA de Células Animais e Vegetais

Autores: Bruno Costa, Fábio Simões e Fabrício Monteiro

Escola: Escola Salesiana de Manique

Data de Publicação: 07/12/2010

Resumo do Trabalho: Relatório de Actividade Experimental sobre a extracção do DNA das células animais e vegetais, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (11º ano). Ver Trabalho Completo

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Extracção do DNA de Células Animais e Vegetais

Introdução

O objectivo deste trabalho foi observar, identificar e estudar algumas características da molécula de ADN responsável pela transmissão hereditária das características dos seres vivos.

O ADN é o suporte físico da informação necessária para o desenvolvimento de um ser vivo ( informação genética ).

O ácido desoxirribonucleico (ADN) e o ácido ribonucleico (RNA) são considerados ácidos nucleicos.

A unidade básica do ADN tem o nome de nucleótido e tem por constituintes uma base azotada, uma pentose e um ácido fosfórico.

As várias bases azotadas têm o nome de Guanina, Adenina, Uracilo, Citosina e Timina.

O ADN contém todas menos o Uracilo, enquanto que o RNA só não contém a Timina.

Os dois primeiros tipos possuem um anel duplo (púricas) e as restantes um anel simples (pirimídicas).

O nome da pentose do ADN é de desoxirribose, enquanto que a do RNA chama-se ribose. E, ao contrário do ADN, em que existe uma cadeia dupla, no caso do ARN existe uma cadeia simples.

A estrutura do ADN é em hélice dupla e cada uma das cadeias é anti-paralela em relação à outra. As ligações entre os nucleótidos da mesma cadeia, através de um grupo fosfato têm o nome de ligações fosfodiéster.

Cada pentose possui 5 carbonos e todos têm uma numeração específica. O primeiro está ligado a uma base azotada, o terceiro está ligado a outro nucleótido através do grupo fosfato desse outro e o quinto carbono está ligado ao seu grupo fosfato.

A multiplicação do ADN é feita através de um processo realizado principalmente por enzimas que quebram as ligações entre as duas cadeias, originando o RNA. A replicação do ADN cumpre a hipótese semi-conservativa, ou seja cada uma das cadeias serve de molde para as novas cadeias. Assim, as novas moléculas de ADN é formada por uma cadeia nova e outra cadeia antiga.

Relativamente ao modo como se multiplica o ADN existem três hipóteses:

- A hipótese conservativa em que a molécula progenitora do ADN se mantém íntegra, servindo apenas de molde para a formação da molécula-filha, a qual seria formada por duas novas cadeias de nucleótidos.

- A hipótese dispersiva admite que cada molécula-filha é formada por porções da molécula inicial e por regiões sintetizadas de novo, a partir de nucleótidos presentes na célula.

- A hipótese semi-conservativa (hipótese mais aceite) defende a ideia de que cada cadeia da molécula-mãe forma uma nova molécula de ADN com uma cadeia totalmente nova, logo permite esclarecer o método através do qual se conserva a informação genética na replicação do ADN.

No esquema seguinte pode-se observar as principais diferenças entre ADN e RNA.

 

Procedimento Experimental

Material:

- 1 banana e 1 pêssego;

- Bisturi;

- Almofariz;

- Proveta de 50 ml;

- Gaze;

- Água destilada ou água da torneira;

- Copo de precipitação;

- Copo de plástico;

- Detergente da loiça;

- Cloreto de Sódio;

- Etanol frio (Álcool etílico conservado no frio);

 

Procedimento:

Actividade 1: Extracção de ADN da banana e do pêssego.

1. Descascou-se a banana, cortou-se em pequenos fragmentos e esmagou-se num almofariz.

2. Adicionou-se 50 ml de água, 2 a 3 ml de detergente da loiça e 3g de NaCl (1 colher de chá).

3. Mexeu-se tudo e aguardou-se 1 minuto.

4. Filtrou-se através da gaze a mistura.

5. Colocou-se 20 ml da mistura numa proveta.

6. Adicionou-se, lentamente e cuidadosamente, 30 ml de álcool etílico frio.

7. Deixou-se repousar até se observar a ascensão de uma camada gelatinosa.

8. Repetiu-se a experiência com o pêssego.

Actividade 2: Extracção de ADN de células do epitélio bucal

1. Preparou-se uma solução salina muito concentrada no copo de plástico.

2. Colocou-se uma porção da solução salina na boca e bochechou-se vigorosamente durante alguns minutos.

3. Colocou-se o obtido em 2 novamente no copo.

4. Adicionou-se 1 a 2 gotas de detergente da loiça.

5. Colocou-se 20 ml do obtido numa proveta.

6. Adicionou-se lentamente e cuidadosamente 30 ml de etanol frio.

7. Deixou-se repousar até se observar a ascensão de uma camada gelatinosa.

Apresentação dos Resultados

Figura 1: Observação macroscópica do ADN da banana.

1 – ADN da banana.

Figura 2: observação macroscópica do ADN do pêssego.

1 – ADN do pêssego.

Figura 3: observação macroscópica do ADN do epitélio bucal.

1 – ADN do epitélio bucal.

Discussão e Conclusão

A realização da actividade experimental permitiu ao grupo observar o ADN do epitélio bucal bem como o ADN da banana e do pêssego. Para fazer as observações utilizou-se sal, que dissolve as proteínas impedindo que se misturem com o ADN e serve como meio para neutralizar a solução. O detergente, que destrói as bicamadas fosfolipídicas e outras membranas (como a membrana nuclear), o que permite a libertação do ADN. Também se utilizou álcool etílico, uma vez que o ADN não se dissolve no álcool e possibilita assim, a sua ascensão.

Para além do álcool, detergente e do sal, o esmagamento dos frutos teve um papel importante na actividade, pois expõe um maior número de células aos outros reagentes.

Durante a actividade experimental o grupo mostrou ter maiores dificuldades no esmagamento da fruta. Apenas para dois elementos do grupo foi mais simples realizar a actividade uma vez que, no ano lectivo anterior, já a tinham realizado na semana das ciências.

A realização do relatório não revelou grandes problemas, tendo sido a introdução a parte que deu mais trabalho ao grupo e mostrou ser mais difícil de realizar.

Bibliografia

www.google.pt – motor de busca

www.wikipédia.org

Martins, Pedro e Matias, Osório; Biologia 10\11; página 30 a 35; Areal Editores, 2007.

Martins, Pedro e Matias, Osório; Biologia 11; página 2 a 30; Areal Editores, 2009.

 

 

 

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