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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Biologia - 11º Ano |
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Polineuropatia Amiloidótica Familiar Autores: Sara Neves Escola: Agrupamento de Escola de Tábua Data de Publicação: 14/06/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre mutações: polineuropatia amiloidótica familiar (tipo I), realizado no âmbito da disciplina de Biologia (11º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Mutações: Polineuropatia Amiloidótica Familiar (tipo I) 1. O que é? Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), Paramiloidose ou Doença dos Pezinhos são as diversas formas de nos referirmos a uma doença descoberta pela primeira vez em Portugal pelo médico Corino de Andrade em 1952. A doença tem maior frequência no Norte do país, embora existam casos por todo o mundo. A PAF é uma patologia hereditária de transmissão autossómica dominante. Transmite-se de pais para filhos, com um risco de 50% de probabilidades. Se há alteração do gene num progenitor então qualquer criança (de sexo feminino ou masculino) tem 50% de probabilidade de herdar ou não a doença. É uma polineuropatia pelo facto de ser um distúrbio neurológico que ocorre quando vários nervos começam a funcionar incorrectamente; é também uma amiloidose, pois é provocada pela acumulação de amilóide (um complexo glicoproteico anormal, altamente insolúvel); e é familiar por ser hereditária. A PAF está associada à deposição sistemática nos tecidos – em particular nos nervos – da amilóide, dando origem a uma polineuropatia sensitivo-motora progressiva, que se inicia entre os 20 e 35 anos nos membros inferiores (por isso a designação de doença dos “pezinhos”), afectando a sensibilidade aos estímulos e a capacidade motora numa progressão que leva à morte. Dos quatro tipos de PAF, o mais comum em Portugal é o tipo I (associado à mutação TTR Met 30). 2. Causas
A PAF é uma doença que resulta duma mutação num gene do cromossoma 18. Este gene, quando se encontra em condições normais, transmite informação ao fígado para a produção de uma proteína chamada transtirretina (TTR), que circula no sangue e é solúvel nos tecidos. Se a mutação ocorrer no gene do cromossoma 18, este vai transmitir ao fígado informação errada, o qual vai produzir TTR alterada. Uma das possibilidades desta alteração é a substituição do aminoácido valina por metionina, na posição 30 da TTR, originando a TTR Met 30. Esta proteína alterada vai polimerizar e formar fibras de amilóide nos tecidos. Estas vão depositar-se, um pouco por todo o organismo, causando morte celular. 3. Consequências Os primeiros sintomas da doença aparecem habitualmente após os 20 anos de idade e caracterizam-se por dor e fraqueza muscular nos membros inferiores. O desenvolvimento clínico da PAF, uma vez estabelecida a doença, é progressivo, caracterizado por sintomas ascendentes de polineuropatia periférica (afectando o sistema nervoso periférico), especialmente a nível das fibras sensitivas (perda progressiva de sensibilidade, primeiro à dor e temperatura e depois ao tacto), das fibras motoras (atrofia muscular, perda de reflexos a nível dos tendões) e das fibras autónomas (perturbações cardiovasculares, gastrointestinais e urinárias). A doença é geralmente fatal 7 a 10 anos após o diagnóstico. 4. Tratamento Recentemente, foi elaborado um estudo no Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto que provou que a administração de TUDCA, um ácido biliar produzido naturalmente no organismo, em ratos transgénicos reduz em 75 por cento a formação de fibras amilóide. Os investigadores esperam que desta maneira seja possível travar a PAF. 5. Incidência A mutação TTR Met 30 ocorre em diferentes países do mundo (Japão, Suécia, Brasil e Itália), no entanto apresenta maior incidência em Portugal. A doença é endémica no Norte de Portugal, particularmente nos distritos de Póvoa do Varzim e Vila do Conde, onde segundo um estudo de 1995 foram identificados 1233 portadores de PAF (provenientes de 489 famílias diferentes). 6. Materiais de Apoio http://en.wikipedia.org/wiki/Familial_amyloid_polyneuropathy (26-09-2010) http://www.paramiloidose.org/pt/informacoes.htm (26-09-2010) http://pt.wikipedia.org/wiki/Polineuropatia_amiloid%C3%B3tica_familiar (26-09-2010) http://www.paramiloidose.com/portal.html# (26-09-2010) http://jmg.bmj.com/content/41/4/e51.extract (28-09-2010) http://efata-stc7.blogspot.com/2009/09/doenca-dos-pezinhos.html (28-09-2010) http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=26562&op=all (28-09-2010) Outros Trabalhos Relacionados
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