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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Biologia - 12º Ano |
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Poluição Atmosférica Autores: Sofia Azevedo Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 06/07/2010 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre os diversos tipos de poluição atmosférica, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (12º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Introdução Na prática das actividades diárias, enquanto membros de uma sociedade intra e inter-dependente, causamos, inevitavelmente, danos no nosso próprio habitat. É, portanto, fulcral informar a população das consequências prejudiciais que advêm do abuso dos meios que o ser humano dispõe para as suas opções de consumidor. Desta forma, o modo de vida da espécie humana, acima de todas as outras, exacerbadamente consumista, acaba por prejudicar o planeta Terra nos seus diversos subsistemas. Os efeitos do estilo de vida actual mais visíveis são ao nível da atmosfera, efeitos esses que serão explorados no decorrer deste trabalho, sendo também demonstrado que essas consequências nefastas não afectam só o cenário mas também o actor principal: o Homem. A composição actual da atmosfera terrestre resultou de complexos fenómenos de natureza física, química e biológica, iniciados há milhões de anos. Porém, a composição da atmosfera tem vindo a ser alterada com o desenvolvimento científico e tecnológico que, por um lado, tem permitido ao ser humano melhores condições de vida, mas por outro lado tem sido a causa de profundas modificações nos vários subsistemas. A emissão de gases poluentes como o CO2, maioritariamente provenientes da indústria automóvel tem sido a principal causa de variados impactes globais relacionados com a contaminação da atmosfera tal como o aumento do efeito estufa, a redução da camada do ozono na estratosfera e as chuvas ácidas. Efeito estufa A maior parte da energia que atinge a superfície da terra é proveniente do sol, sendo uma pequena parte proveniente das actividades humanas, da energia geotérmica e das marés. Desta energia, aproximadamente 30 % é reflectida pela atmosfera, 25% é absorvida pelas altas camadas da atmosfera e apenas 45% é absorvida pela superfície terrestre. Da energia absorvida pela superfície terrestre a grande percentagem é emitida para o espaço sob a forma de calor. No entanto, parte deste é absorvido por gases terrestres como o CO2 e o CH4 gases conhecidos como gases associados ao efeito estufa. Como já foi referido anteriormente, após a Revolução Industrial o aumento da emissão dos gases nocivos foi substancial causando o aumento do efeito estufa. Quando as concentrações de CO2 e CH4 estão dentro dos padrões normais, este efeito permite a manutenção de uma temperatura amena (próxima de 15 graus célsius), favorável à vida terrestre. Porém, quando as concentrações destes gases são muito superiores ao normal, a energia retida também é maior, levando a alterações no equilíbrio térmico. Segundo estudos a temperatura terrestre tem aumentado ao longo dos anos cerca de 0,6 oC o que causa diversos impactes globais entre eles: - Modificação da biosfera como resultado das alterações nos ecossistemas dos recifes de coral aos ursos do Árctico; - Aumento do nível da água do mar e consequente erosão costeira; - Declínio da produção agrícola em algumas regiões; - Aumento das regiões secas.
Figura 1: Aumento do efeito de estufa Chuva ácida Outro dos problemas que está a afectar os ecossistemas terrestres é a questão das chuvas ácidas. Muitas das actividades antrópicas como os transportes rodoviários e as indústrias, destacando-se entre estas as centrais termoeléctricas e a queima de combustíveis fósseis, emitem grandes quantidades de gases, como o Dióxido de Enxofre (SO2) e o Óxido de Azoto, que se combinam com o vapor de água existente na atmosfera, produzindo Ácido Sulfúrico (H2SO4) e Ácido Nítrico (HNO3). As chuvas ácidas apresentam um pH de aproximadamente 5.6, podendo até atingir valores iguais a 3 nos países fortemente industrializados, como a China e os EUA. A chuva ácida pode-se manifestar sob a forma de neve ou nevoeiro.
Figura 2: Formação das chuvas ácidas Consequências das chuvas ácidas Os efeitos da chuva ácida dependem das características da área, do padrão do clima, dos tipos de vegetação e da composição do solo. Por exemplo, os solos calcários quando em contacto com as chuvas ácidas, não são tão degradados uma vez que o carbonato de cálcio (CaCo3) reage com os ácidos neutralizando-os. Por outro lado, os solos graníticos e as áreas com muita calcite são mais sensíveis, o que provoca sérios danos em grandes monumentos construídos pelo Homem como, por exemplo, o património ateniense. As chuvas ácidas provocam também danos muito significativos nos vários ecossistemas, provocando, ao nível aquático, a morte de uma série de organismos, e enormes perdas de produtividade ao nível da agricultura, uma vez que a água com pH ácido que atravessa o solo liberta substâncias tóxicas, comprometendo o crescimento das plantas.
Figura 3: Consequência das chuvas ácidas Redução da camada de ozono Seguindo o pensamento dos problemas que afectam a vida terrestre surge a diminuição drástica da camada de ozono. Esta camada localiza-se em duas zonas atmosféricas distintas sendo a mais importante a que se situa entre os 15 e os 50 KM de altitude (estratosfera) uma vez que é esta camada que está responsável pela absorção da maior parte das radiações UV que incidem na atmosfera terrestre. Sem esta camada a vida na Terra seria inviável. O processo de formação do ozono é promovido pelas radiações UV que quebram as ligações entre os átomos da molécula de oxigénio (O2). Por seu lado, o ozono pode ser destruído por acção das mesmas radiações em reacção inversa.
Figura 5: Destruição da camada do ozono
Figura 4: Formação da camada do ozono A libertação de clorofluorcarbonetos por parte da indústria, nomeadamente nos aparelhos de refrigeração e aerossóis é o agente responsável pela destruição desta camada vital. A radiação UV reage com os CFC quebrando as suas ligações, isto causa a libertação do cloro atómico, este por sua vez reage com a molécula de O3 libertando O2, formando-se assim uma molécula de monóxido de cloro, sendo esta altamente reactiva, une-se com um átomo de O2 produzindo O2 e libertando a molécula de cloro que iniciará um novo ciclo. Como consequência da diminuição desta camada protectora a incidência da radiação UV é maior. Esta causa severos efeitos nocivos nas células ao nível do material genético provocando mutações cancerosas. Deste modo devem ser tomadas medidas preventivas na exposição solar. Smog Em cidades com temperaturas elevadas e baixa humidade, como Londres e Pequim verifica-se um aprisionamento de uma camada de ar frio e denso, por baixo de uma camada de ar quente. Esta inversão térmica faz com que os poluentes como o ozono permaneçam na mesma área sem se deslocarem formando o conhecido nevoeiro fotoquímico, o smog.
Figura 6: Formação do smog Conclusão Com as técnicas e conhecimentos que possui, o Homem, tem o poder para controlar a emissão destes gases poluentes que tanto consomem o seu espaço. Assim, é fundamental que se identifique as fontes de contaminação, bem como demonstrar os impactes na atmosfera e a nível global de modo a que possam ser aplicadas medidas de prevenção e controlo. Acima de tudo é fundamental que não se esqueça que com a falta de preocupação em relação ao meio ambiente o ser humano prejudica-se a si próprio e assim a contribuir para um mundo mais sombrio e menos saudável. Bibliografia - RIBEIRO, Elsa; SILVA, João Carlos; OLIVEIRA, Óscar; BioDesafios, Edições Asa, Biologia 12º ano; - SILVA Amparo Dias, SANTOS Maria Ermelinda, MESQUITA Almira Fernandes, BALDAIA Ludovina, FÉLIX José Mário, Terra, Universo de Vida, Porto Editora, Biologia 12º ano, 1ª edição 2009 - CARRAJOLA, Cristina; CASTRO, Maria José; HILÁRIO, Teresa; Planeta Com Vida, Santillana-Constancia, Biologia 12º ano, 1ª edição 2009
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