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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Biologia - 12º Ano |
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Protecção Integrada Autores: Cláudia Fernandes Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 09/09/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a Protecção Integrada, um modo de protecção das plantas contra os organismos nocivos/inimigos de culturas (pragas, doenças e infestantes), realizado no âmbito da disciplina de Biologia (12º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
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O que é Protecção integrada? A Protecção Integrada é um modo de protecção das plantas contra os organismos nocivos/inimigos de culturas (pragas, doenças e infestantes) que utiliza um conjunto de métodos que têm como objectivo satisfazer exigências económicas, ecológicas e toxicológicas, dando prioridade à utilização de mecanismos naturais de limitação e a outros meios de luta apropriados. Tem como finalidade contribuir para o equilíbrio dos ecossistemas agrários e impedir que os inimigos das culturas ultrapassem intensidades de ataque que acarretem significativos prejuízos económicos. A Protecção Integrada tem como grande objectivo limitar a aplicação de produtos fitofarmacêuticos e privilegiar os meios de luta biológica, biotécnica, física, genética e cultural. Em Protecção Integrada, o uso de produtos fitofarmacêuticos como meio de luta só pode ter lugar quando o ataque da praga ou da doença tenha atingido um nível que provoque significativos prejuízos económicos (nível económico de ataque), ou quando haja razões tecnicamente válidas, devidamente justificadas, pela importância e extensão do inimigo a combater. Nestes casos, só podem utilizar-se os produtos indicados nas “Listas de produtos fitofarmacêuticos aconselhados em protecção integrada das culturas”, publicadas para cada cultura abrangida. Principais objectivos/vantagens da protecção integrada . Melhorar a qualidade dos produtos agrícolas, assegurando produções de alta qualidade; . Proteger a saúde do agricultor, com a manipulação de produtos menos tóxicos; . Dar prioridade aos mecanismos naturais de regulação das pragas, doenças e infestantes; . Minimizar a poluição da água, do solo e da atmosfera, racionalizando a utilização dos agro - químicos (adubos e produtos fitofarmacêuticos) . Manter ou aumentar a diversidade biológica nos ecossistemas agrários .Melhorar o rendimento dos agricultores através da obtenção de produtos de melhor qualidade, recorrendo aos apoios financeiros de Medidas Agro-ambientais, contempladas no PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural do Continente Regras a cumprir em protecção integrada Antes de qualquer intervenção com produtos fitofarmacêuticos é obrigatório fazer as seguintes avaliações: Estimativa do risco – tem como objectivo avaliar o perigo real ou potencial dos inimigos (pragas, doenças e infestantes) para as culturas. Para cada inimigo são definidas as épocas de observação, os métodos de amostragem e os órgãos das plantas a observar. Nível económico de ataque – é a intensidade do ataque do inimigo da cultura, a que se devem aplicar medidas limitativas ou de combate, para impedir que a cultura corra o risco de prejuízos superiores ao custo das medidas de luta a adoptar, mais o dos efeitos indesejáveis que estas últimas possam provocar. Selecção dos meios de luta – deve-se privilegiar a utilização de meios de luta culturais, biológicos, biotécnicos e, por último e com restrições, os meios de luta química. Organismos auxiliares Na natureza existem organismos benéficos que são particularmente eficazes a limitar as populações de insectos e ácaros que se alimentam das culturas (fitófagos). Deste modo, as estratégias de luta contra as pragas, são elaboradas após o reconhecimento e avaliação das populações de insectos e ácaros prejudiciais às culturas e da actividade dos “organismos auxiliares” naturalmente existentes ou introduzidos nas culturas. Em Protecção Integrada, não se podem utilizar insecticidas e acaricias de largo espectro de acção, que irão eliminar estes “organismos auxiliares”. Um dos exemplos de organismos auxiliares são as larvas, que são boas predadoras de piolhos em cereais, fruteiras e hortícolas. Princípios fundamentais da protecção integrada 1. Intervenções químicas, como meio de luta, só podem ter lugar quando tenha sido atingido o Nível Económico de Ataque (N.E.A.); 2. Devem ser privilegiados os métodos de luta biológica, biotécnica, física, genética e cultural; 3. Só podem ser utilizados os produtos fitofarmacêuticos homologados para cada cultura, que constem das “Listas de produtos fitofarmacêuticos aconselhados em protecção integrada das culturas”; 4. Em cada cultura devem ser mantidas pequenas superfícies não tratadas, excepto no caso de pragas e doenças consideradas altamente perigosas ou, em alternativa, devem ser utilizados métodos de aplicação não generalizada a toda a área da cultura; 5. Em cada cultura, devem ser seleccionados ou introduzidos, pelo menos, dois organismos auxiliares e ser feito o acompanhamento da sua evolução com vista à sua protecção e aumento da população; 6. Em cada cultura, deve ser feito o acompanhamento do ciclo biológico dos seus principais inimigos, fazendo-se semanalmente uma avaliação do risco; 7. Em cada cultura, deve ser feita a avaliação e o registo do nível populacional das pragas e dos seus estragos, lançado em fichas próprias que irão integrar o Caderno de Campo. Símbolo da protecção e da produção integrada
Os produtos que ostentem
estes símbolos e a marca de certificação (emitida por um organismo
privado de controlo) garantem ao consumidor que foram produzidos por
estes processos amigo da saúde do consumidor e da natureza. Companhia das Lezírias e Protecção integrada As actividades agrícolas da Companhia das Lezírias têm variado muito ao longo do tempo, tendo estado sempre presente algum pioneirismo na introdução de culturas, tecnologias e modos de produção. Actualmente, as culturas mão-de-obra intensivas não existem, podendo encontrar-se as culturas permanentes, como a vinha e o olival, o arroz, com fortes tradições na região, e as culturas forrageiras destinadas a consumo próprio e à venda. Nestas culturas é importante referir que: . O olival em protecção integrada . O arroz e a vinha são produzidos no modo de produção integrada (os agricultores articulam a protecção integrada, com a aplicação correcta de outras técnicas culturais, em especial, com a fertilização, instalação e condução das culturas, regas, podas e conservação das colheitas). . Luzerna em produção biológica (produção de alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso de produtos químicos sintéticos, tais como fertilizantes e pesticidas, nem de organismos geneticamente modificados, e geralmente adere aos princípios de agricultura sustentável). Bibliografia
http://projovem.drapc.min-agricultura.pt/base/documentos/proteccao_
http://canais.sol.pt/blogs/adri/archive/2008/07/10/Vinha-em-protec_E700E300 http://www.agroportal.pt/a/pamaro.htm http://www.cl.pt/htmls/pt/home.shtml http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=10&cid=28979&bl=1&viewall=true http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura_org%C3%A2nica Outros Trabalhos Relacionados
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