|
Trabalhos de Estudantes Trab. de Ciências Naturais - 7º Ano |
|
|
Vulcanismo Autores: David Ferrão Escola: Escola EBI da Qtª do Conde Data de Publicação: 05/09/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre o Vulcanismo que consiste nos processos pelos quais o magma e os gases a ele associados ascendem, a partir do interior da Terra, realizado no âmbito da disciplina de Ciências Naturais (7º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
|
|
INTRODUÇÃOVULCANISMO O vulcanismo consiste nos processos pelos quais o magma e os gases a ele associados ascendem, a partir do interior da Terra, à superfície da crusta terrestre incluindo a atmosfera. O ramo da Geologia que se dedica ao estudo do Vulcanismo designa-se por Vulcanologia. O termo que está na origem destas palavras é Vulcão. É uma palavra de origem Latina, Vulcano o deus do fogo. Entendemos por Vulcão uma abertura (respiradouro) na superfície da crusta terrestre, através da qual se dá a erupção do magma, dos gases e das cinzas associadas. Do mesmo modo, a estrutura, geralmente com a forma cónica, que é produzida pelas sucessivas emissões de materiais magmáticos, é nomeada por Vulcão. Em termos gerais, a estrutura vulcânica que forma um vulcão é designada por aparelho vulcânico. Existem diferentes tipos (logo diferentes classificações) de vulcões, resultando daí diferentes configurações dos aparelhos vulcânicos, contudo estes são, normalmente, constituídos pelas seguintes partes: 1) câmara magmática, local onde se encontra acumulado o magma, normalmente situado em regiões profundas das crustas continental e oceânica, atingindo, por vezes, a parte superior do manto, 2 chaminé (principal) vulcânica, canal, fenda ou abertura que liga a câmara magmática com o exterior das crustas, e por onde ascendem os materiais vulcânicos, 3) cratera, abertura ou depressão mais ou menos circular, em forma de um funil, localizada no topo da chaminé vulcânica, 4) cone vulcânico, elevação de forma cónica que se forma por acumulação dos materiais expelidos do interior das crustas (lavas, cinzas e fragmentos de rochas), durante a erupção vulcânica. Para além da chaminé vulcânica, a maioria das vezes, existem outras condutas, denominadas por filões. Também se podem formar cones laterais, secundários ou adventícios ao cone vulcânico principal. DESENVOLVIMENTO
Vulcão VULCANISMO Vulcanismo - representa a ascensão de magma através de fissuras ou fendas da crosta, quase sempre em regiões de contato entre as placas rígidas que compõem a litosfera. Cerca de oitenta por cento dos vulcões terrestres ativos e os fenômenos a eles relacionados ocorrem no ponto em que uma placa tectónica se sobrepõe a uma outra, que é reabsorvida pelo manto num processo denominado subducção. Outra área de vulcanismo dá-se ao longo das cristas médio-oceânicas, onde as placas se afastam umas das outras. O magma ascende e cria um novo assoalho oceânico ao longo das bordas das placas. Essa actividade vulcânica ocorre sob a água, mas em alguns lugares as cristas se elevam até a superfície e dão origem ao vulcanismo subaéreo, cujos exemplos mais conhecidos estão na Islândia. O magma vem de câmaras magmáticas (verdadeiros bolsões de acúmulo de material magmático na crosta terrestre, geralmente nos assoalhos oceânicos) , nas quais acontece o aumento de pressão necessária a esta subida do magma através das fendas. As erupções vulcânicas ( de lava, pedras, cinzas, gases) se ligam aos movimentos tectônicos e são antecedidos por terremotos. Três quartos dos vulcões ativos da Terra estão situados no Círculo de Fogo do Pacífico, l2% na Dorsal Atlântica; muitas ilhas oceânicas são o produto de actividades vulcânicas (ou por bolhas de lavas que subiram por correntes ascendentes para a crosta). Fenómeno relacionado ao vulcanismo é o plutonismo. A acção vulcânica corresponde ao extravasamento do magma, ou seja, da rocha fundida, para a superfície da Terra, e a ação plutônica ocorre abaixo da superfície. O termo plúton designa qualquer corpo extrusivo de rocha magmática, ou seja, formado por resfriamento de magma. No final do Cretáceo (Mesozóico) deu-se um supervulcanismo no Planalto do Decã (Índia), em que houve um derramamento de lava, de cerca de 1 milhão de m3, sobre a superfície terrestre (uma das causas da destruição dos dinossauros).
Tipos dos vulcões O número de vulcões activos (que tenham entrado em erupção nos últimos 10 mil anos) é de 1.343, a grande parte deles submarinos. A maioria dos vulcões em actividade, 82%, estão na região do Pacífico, agrupados no chamado Círculo do Fogo, uma região geologicamente muito instável. Dentre esses vulcões, destaca-se o Pinatubo, nas Filipinas, que em Junho de 1991 entrou em erupção depois de 611 anos de inactividade. Na ocasião, morreram 875 pessoas e 200 mil ficaram desabrigadas. Os vulcões podem ser classificados de acordo com o tipo de suas actividades: linear , peleana , submarina e hawaiana. Linear – São vulcões provenientes de fendas, que expelem grande quantidade de lava. As actividades desse tipo ocorrem na Islândia e na Nova Zelândia, onde em 1886 se abriu numa explosão, uma fenda de 15 km de comprimento sobre a qual se formaram inúmeras crateras. Peleana – São os vulcões que expelem grande quantidade de gases ardentes em violentas explosões, lançando lava a quilômetros de distância. O nome faz referência ao Monte Pelee, na Martinica, onde foi observada pela primeira vez uma explosão deste tipo. Os vulcões peleanos têm as erupções mais devastadoras. Entre eles estão o Vesúvio, o Etna, o Stromboli, na Itália, o Átila (Grécia) e Krakatoa (Indonésia), que na sua última erupção em 27 de Agosto de 1883, foi responsável pela maior explosão vulcânica da história. Ele lançou lava a uma altura de 55 km que, dez dias depois, caiu em forma de cinza numa distância de até 5. 330 km. A explosão devastou 163 povoados e matou 36.380 pessoas. Submarina – Ocorre no relevo submarino, quando as placas tectónicas se afastam. O derrame de lava acontece tranquilamente, já que a pressão da água impede a formação de vapores. Em 1957 foi observado uma erupção submarina no arquipélago dos Açores, na costa noroeste da África, provocando ebulição da água na região. Hawaiana – São vulcões que expelem grandes quantidades de lava, de forma ordenada e sem explosões. Têm este nome porque a região do Havaí (EUA) é a que apresenta maior concentração de vulcões deste tipo. O Mauna Loa é um dos exemplos desse tipo de vulcanismo.
DESIGNAÇÕES de Vulcanologia Cone vulcânico: elevação de forma cónica, resultante da acumulação libertados durante uma erupção. Chaminé vulcânica: canal no interior do aparelho vulcânico, que estabelece a comunicação entre a câmara magmática e o exterior. Cratera: abertura do cone vulcânico, em forma de funil, que se localiza no topo da chaminé, formada por explosão ou por colapso da chaminé. Câmara magmática: local situado no interior da Terra, onde se acumula, que se designa magma. Nem todos os vulcões possuem esta estrutura. Por vezes, o magma ascende directamente da zona onde é formado. Cones secundários: pequenos cones vulcânicos localizados nos flancos do cone principal, alimentados pela chaminé e pela câmara magmática deste. Magma: material rochoso fundido. Lava: magma após ter perdido determinada quantidade de gases (alteração da composição química). Caldeira: forma-se por colapso ou explosão da parte superior do cone vulcânico. Se reter a água das chuvas pode formar uma lagoa. fissural: as erupções ocorrem ao longo de fracturas da superfície terrestre. Piroclastos: materiais resultantes da solidificação de lava. Cinzas: fragmentos muito finos, facilmente transportados pelo vento. Lapilli ou bagacina: pequenos fragmentos angulares arredondados que podem ser expelidos em estado sólido ou plástico (semifundido). Bombas: grandes pedaços de lava solidificada. Têm uma forma muito particular, devido ao seu trajecto aéreo.
Escória vulcânica: fragmentos com o mesmo tamanho das bombas, irregulares na forma e pouco densas. A lava pode ser viscosa (temperatura próxima da de solidificação, ácida, rica em gases) ou fluida (temperatura superior à de solidificação, básica, pobre em gases). Solidificação de lavas fluidas: . lavas encordoadas ou pahoehoe: lavas muito fluidas que se deslocam facilmente . lavas escoriáceas ou aa: lavas fluidas que se deslocam lentamente . lavas em almofada ou pillow lavas: lavas fluidas que arrefecem dentro de água Solidificação de lavas viscosas e fenómenos associados: . agulhas vulcânicas: quando a lava muito viscosa solidifica na chaminé
. domos ou cúpulas: a lava viscosa solidifica sobre a abertura vulcânica, obstruindo a cratera . nuvens ardentes: massas densas de cinzas e gases, libertadas de modo explosivo e dotadas de grande mobilidade. Muito destrutivas porque se deslocam próximo da superfície terrestre e os gases expelidos combinam-se entre si e com a água formando ácidos tóxicos. Tipos de erupção vulcânica tendo em conta as suas características: . efusivo: lavas fluidas, que permitem que os gases se escapem lentamente, associam-se a erupções calmas. . explosivo: lavas viscosas, que retêm os gases, associam-se a erupções violentas que podem destruir, total ou parcialmente, o aparelho vulcânico. . misto: alternância de episódios efusivos e pouco explosivos. Vulcanismo secundário ou residual: manifestações de actividade vulcânica de modo menos violento que as erupções. Nascentes termais: fontes de libertação de águas quentes, ricas em sais minerais. Águas magmáticas ou juvenis: quando as águas libertadas resultam do arrefecimento e consequente condensação do vapor de água que se liberta do magma.
Fissura de erupção-erupção fissural gerando uma cortina de fogo
Fenda de um vulcão
Tectonismo (ou diastrofismo) - da palavra grega diastroféin = distorção) - assim se chamam os movimentos internos da crosta que provocam distorções ou deformações nas placas litosféricas. A cada choque, a placa que apresenta menor viscosidade (mais aquecida) afunda sob a mais viscosa (menos aquecida). Divisões das placas tectónicas As deformações são de duas modalidades: movimentos orogenéticos e epirogenéticos. Orogênese: movimentos horizontais, de curta duração geológica mas de grande intensidade, gerando dobramentos (quando exercidos sobre terrenos incompetentes ou plásticos) e fracturas e falhas (quando sobre camadas de rochas rígidas que oferecem resistência às pressões tectônicas). De modo geral os dobramentos ocorreram nas bordas de bacias sedimentares ou de placas tectónicas. Até hoje, houve 4 períodos de orogênese: o Huroniano (fim do Pré-Cambriano - origem dos escudos cristalinos), o Caledoniano (começo do Paleozóico), Herciniano (fim do Paleozóico) e o Alpino (fim do Mesozóico e começo do Cenozóico - originando os dobramentos modernos). A Epirogênese (épeiron = continente em grego): movimentos diastróficos verticais, de longa duração afectando grandes partes de áreas continentais, provocando o rebaixamento ou levantamento dos litorais e, consequente e respectivamente, as transgressões (invasão do mar, como no Mar do Norte) e regressões marinhas (recuo do mar como na Península Escandinava, que está subindo), além do rejuvenescimento do relevo (os rios aumentam a erosão do seu leito e das margens devido ao soerguimento de parte do continente). Fundamentalmente, existem 3 tipos de contactos entre as placas tectónicas, propocionados por movimentações com sentido divergente, convergente, de deslocamento horizontal ou falha transformante: Movimento entre Placas Divergentes Ocorre quando as placas se movimentam para direcções contrárias entre si. Esse processo acontece principalmente nas áreas ao longo das cadeias meso-oceânicas. Essas cadeias são extensas elevações submarinas, cuja topografia é muito mais acentuada e exuberante do que as tradicionais zonas montanhosas existentes nos continentes - podem alcançar mais de 1.000 km de largura e 20.000 km de extensão e sua crista é marcada por profundas fendas ou fissuras. Quando as placas se afastam uma da outra, o material em estado de fusão - o magma - existente no topo da astenosfera, sobe através das fendas, situadas na crista das cadeias submarinas, e extravasa-se formando um novo fundo oceânico. Movimento de Placas Convergentes Este caso ocorre quando duas placas se chocam. Na maior parte das vezes, uma delas desliza por debaixo da outra, formando profunda trincheira que penetra pelo fundo oceânico. A placa inferior desliza no interior da astenosfera segundo um plano inclinado - entre 40º a 60º com relação a horizontal. Essa região de junção de placas recebe o nome de Zona de Subdução ou Zona de Benioff - Wadati. Mais de 3/4 dos terremotos do mundo ocorrem nesse tipo de limite de placas. É aí também que se encontram os sismos de foco profundo, com 300 a 700 km de profundidade. Ao subsidir para zonas mais profundas da astenosfera, a placa rígida encontra altas temperaturas podendo ser parcialmente fundida. Esse novo magma, que é menos denso que as rochas circunvizinhas, sobe através de zonas de fraqueza da crosta e extravasa-se sob a forma de vulcões. Aproximadamente 2/3 das erupções vulcânicas conhecidas ocorrem nesse tipo de limite de placas. Exemplo clássico de placas convergentes é a de Nazca e a da América do Sul. A interacção do movimento dessas placas possibilitou a formação da Cadeia Andina e a trincheira oceânica Chile-Peru. Movimento Horizontal ou de Falha Transformante Separa placas que estão se deslocando lateralmente. O atrito entre as placas é grande de modo que podem ocorrer grandes esforços e deformações nas rochas que, periodicamente, são libertos por meio de grandes terramotos. Para esse caso, o melhor exemplo é a falha de Santo André, na Califórnia, limitando a Placa Americana, com movimento geral na direção SE, da Placa do Pacífico, com movimento geral na direção NW. Formações pelo tectonismo No meio dos Oceanos Atlântico, Pacífico e Índico existem cordilheiras submarinas, que se elevam a até cerca de 4,000 m acima do assoalho oceânico. Estas cordilheiras, interrompidas transversalmente pelas falhas transformantes, sublinham imensas rupturas na crosta, ao longo das quais há extravasamentos periféricos de lava basáltica vinda das partes mais internas (astenosfera). O mesmo mecanismo que força a cordilheira a se abrir periodicamente (correntes de convecção divergentes) para que materiais mais novos se possam colocar ao longo das aberturas, formando e expandindo o domínio oceânico. Noutros locais, promove colisões de placas (correntes de convecção divergentes). Nestas colisões, a placa que contém crosta oceânica, mais pesada, entra sob a placa continental, que se enruga e deforma, gerando as grandes cadeias continentais (Andes, Montanhas Rochosas). A placa que afundou acaba por se fundir ao atingir as grandes pressões e temperaturas internas (zona de subducção); se a colisão for entre duas porções continentais, ambas se enrugam (Alpes, Pirinéus, Himalaias). Desta forma, a crosta terrestre é renovada, sendo gerada nas cadeias meso-oceânicas e reabsorvida nas zonas de colisões entre as placas, onde ocorre subducção. Assim, oceanos são formados, pela divisão de continentes (por exemplo, há 180 milhões de anos atrás, um grande continente chamado GONDWANA dividiu-se formando a África, a América do Sul e o oceano Atlântico). Outros oceanos podem ser fechados por movimentos convergentes das placas (por exemplo o Mar Mediterrâneo está sendo fechado pela aproximação entre a África e a Europa). TECTÓNICA DE PLACAS
Esquema mostrando um mecanismo de transporte das placas, análogo ao modelo animado de correntes de convecção térmica. Por exemplo, o calor radioactivo acumulado no interior da Terra e não completamente dissipado pelo vulcanismo será suficiente para aquecer as camadas do manto e gerar correntes de convecção térmica ascendentes, semelhantes às que se formam com a água a ferver, que transportam as placas por arrastamento ("efeito de correia)
Esquema de secção do globo terrestre, mostrando, noutra perspectiva o mecanismo do movimento das placas ("Tração da placa") por efeito de correntes de convecção térmica. ConclusãoEste trabalho permitiu que eu aprofundasse os meus conhecimentos a nível da Terra como planeta vivo, pois assim percebi a origem de tudo o que me rodeia e percebi ainda que nem tudo está nas mãos do homem, é a própria Natureza que dita as regras. Outros Trabalhos Relacionados
|
|