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Trabalhos de Estudantes Trab. de Ciências Naturais - 9º Ano |
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Doenças Sexualmente Transmissíveis Autores: Inês Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 04/08/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (Gonorreia e Sífilis), realizado no âmbito da disciplina de Ciências Naturais (9º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Introdução ao tema As Doenças Sexualmente Transmissíveis, também denominadas DST ou doenças venéreas, são doenças infecciosas e contagiosas provocadas por bactérias, fungos ou vírus e que se transmitem através da relação sexual. Neste trabalho serão abordadas apenas duas, ambas com origem bacteriana a gonorreia e a sífilis. Gonorreia O que é? A Gonorreia é também conhecida como Blenorragia, ou popularmente por corrimento ou escorrimento. É uma inflamação das vias genitais causada pela bactéria Neisseria Gonorrhea, que ao microscópio se assemelha a um rim. O factor mais importante da bactéria é a existência da proteína Opa que permite à bactéria permanecer aderente à mucosa do tracto urinário (no caso do homem). A Gonorreia pode afectar o colo do útero da mulher e também a uretra do homem, podendo expandir-se para a região anal. Sintomas O período de incubação dura cerca de 2 a 4 dias, podendo excepcionalmente alcançar os 10 dias e, em casos extremamente raros, pode ir até cerca de um mês. No homem, os sintomas mais comuns são: . sentir um ardor ao urinar; . ter febre (não muito alta); . aparecer um corrimento amarelo da uretra. (Daí também ser conhecida como uretrite gonocócica), No homem pode ainda levar a uma prostatite (prostata), epididimite (epididimos) e raros casos de infertilidade. Nas mulheres, 70% não apresentam sintomas (um factor de risco pois podem ter complicações). Nas restantes é comum ocorrer: . dores ou ardor ao urinar; . incontinência urinária; . corrimento vaginal. Uma das consequências é a disseminação da bactéria para o tracto genital superior, com dores abdominais após algumas semanas da contaminação. Na mulher a infecção gonocócica não costuma manter-se na vagina devido a defesas naturais, por ser este um ambiente ácido. Já a uretra, o colo do útero e glândulas da vulva são habitualmente atingidas pelo gonococo devido á concepção orgânica de cada pessoa e dobras naturais que favorecem a proliferação das bactérias. Nas trompas de Falópio ocorre a invasão progressiva acompanhada de reacção inflamatória, podendo produzir obstruções severas. Em alguns casos raros não tratados, o gonococo pode-se disseminar através da circulação, afectando principalmente a pele, articulações, cérebro, válvulas cardíacas, faringe e olhos.
Formas de contágio A gonorreia transmite-se através da relação sexual ou transmissão mãe-filho (parto). A infecção com o gonococo provoca feridas genitais com sangramento, e portanto aumenta significativamente o risco de contágio de HIV e desenvolvimento da SIDA. Formas de prevenção A forma mais comum de prevenção é o uso de preservativo. Mas existem outras como os testes regulares a si próprio e ao parceiro(a), a abstinência e a prática de regras de higiene. As formas de tratamento são com antibióticos ou raramente, a vacinação, embora não seja uma prática comum devido a grande variedade de estirpes e pequena gravidade da doença se tratada a tempo. Outros tipos de gonorreia Conjuntivite gonocócica Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, instala-se nos olhos originando a conjuntivite gonocócica, no recém-nascido, denominada Oftalmia neonatorum. No adulto ela ocorre por auto inoculação. Para evitar esta complicação que deixa a criança cega, era utilizada nas maternidades um colírio de nitrato de prata (técnica de Crede). Hoje utiliza-se antes um antibiótico como a tetraciclina, eritromicina ou ceftriaxone, logo após o nascimento. No parto, também pode ocorrer gonorreia nos órgãos sexuais do recém-nascido, no entanto, a maioria das crianças com gonorreia são infectadas através do abuso sexual. Sífilis O que é? Sífilis (historicamente chamada de Lues) é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada por um espiroqueta chamado Treponema pallidum. O Treponema pallidum é uma bactéria do tipo espiroqueta, ou seja, é uma bactéria com forma de espiral (em média dá 10 a 20 voltas). Movendo-se ao longo do eixo longitudinal, tipo “saca-rolhas”. A destruição pela infecção do T. pallidum resulta principalmente dos danos causados pelo próprio sistema imunológico, tentando destruí-lo. Sintomas Os sintomas de sífilis são vários, dependendo do estado em que se encontra. Se não tratada adequadamente, a sífilis pode causar problemas graves no sistema nervoso e no coração. Há 3 fases desta doença: Sífilis primária: manifesta-se após um período de incubação de 10 a 90 dias, com uma média de 21 dias após o contacto. Até este período inicial, o indivíduo permanece assintomático, quando aparece o chamado "cancro duro" (apesar de em Portugal a palavra cancro também significar câncer ou neoplasia, trata-se aqui de uma doença infecciosa). O diagnóstico no homem é muito mais fácil, pois a lesão no pénis chama a atenção, enquanto que a lesão na vagina pode ser interna e somente vista através dum exame. Sífilis secundária: a sífilis secundária é a sequência lógica da sífilis primária não tratada e é caracterizada por uma erupção cutânea que aparece de 1 a 6 meses após a lesão primária ter desaparecido. Esta erupção é vermelha rosácea e aparece simetricamente no tronco e membros. Esta fase é a fase de contágio, ou seja, o paciente não pode entrar em contacto com outras. Os sintomas comuns na sífilis secundária incluem febre (relativamente elevada), garganta inflamada, má disposição, perda de peso, anorexia, dor de cabeça, meningite, etc. Sífilis terciária: A sífilis terciária acontece já um ano depois da infecção inicial mas pode levar dez anos para se manifestar, e já foram informados casos onde esta fase aconteceu cinquenta anos depois de infecção inicial. Esta fase é caracterizada por formação de “partículas” amolecidas vistas na pele e nas membranas mucosas, mas que podem acontecer em quase qualquer parte do corpo, inclusive no esqueleto ósseo. Outras características da sífilis não tratada incluem a deformidade articular, as juntas efusões bilaterais do joelho e mudança de estado de espírito. As manifestações mais graves incluem a sífilis cardiovascular e as complicações neurológicas.
Sífilis primária Sífilis secundária: Formas de contágio: A sua forma de contágio ou transmissão é quase sempre através do contacto sexual, porém pode ser transmitida também por mãe-filho (parto). Neste caso dá-se o nome de sífilis congénita. A bactéria é móvel e invade a submucosa por micro rupturas invisíveis na mucosa. Afecta unicamente o ser humano. Formas de prevenção: Há diversas formas de prevenção nomeadamente o uso de métodos contraceptivos como por exemplo o preservativo, que é uma das formas que se usa mais por ser aquele que é eficaz nas doenças sexualmente transmissíveis. Mas também outras como os bons hábitos de higiene. E estas parecem ser as formas mais comuns. Outros tipos de sífilis: Há outros tipos de sífilis. Apenas três estão seguidamente referidas: Sífilis congénita: sífilis adquirida no útero e presente ao nascimento. Acontece quando uma criança nasce de uma mãe com sífilis primária ou secundária. As manifestações de sífilis congénita incluem alterações radiográficas, dentes de Hutchinson (incisivos centrais superiores espaçados e com um entalhe central), "molares em amora" (ao sexto ano os molares ainda tem suas raízes mal formadas), bossa frontal; nariz em sela, maxilares subdesenvolvidos; hepatomegalia (aumento do fígado), aumento do baço, outras erupções cutâneas, anemia, pseudo paralisia, etc. Sífilis decapitada: sífilis adquirida por transfusão de sangue, já que não apresenta a primeira fase e começa então na sífilis secundária. Este tipo de transmissão actualmente é quase impossível, já que todo sangue é testado antes de ser disponibilizado aos hospitais ou clínicas. Sífilis latente: o indivíduo está infectado e existem formas de contágio mas não apresenta sintomas significativos. Conclusão Com este trabalho concluímos que estas doenças (gonorreia e sífilis) são doenças graves e que até podem levar á morte como por exemplo a sífilis. Também pudemos reflectir um pouco sobre as doenças perigosas com circulam no ser humano e que nas relações sexuais devemos estar prevenidos e usar sempre métodos contraceptivos, podendo ficar mais seguros. Este trabalho foi proveitoso, pois permitiu que o grupo tivesse uma visão mais abrangente das doenças sexualmente transmissíveis. Bibliografia: www.wikipedia.com www.abcdasaude.com Outros Trabalhos Relacionados
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