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MANIPULAÇÃO GENÉTICA QUAIS AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS CULTURAS GENETICAMENTE MODIFICADAS PARA A SAÚDE DE UM SER HUMANO?
Os organismos geneticamente modificados (OGM) e transgénicos são o produto da engenharia genética, criada pela moderna biotecnologia. Apesar da ideia errada que muitas pessoas conservam acerca deste conceito, organismos geneticamente modificados não mantém o mesmo significado que transgénicos, sendo o primeiro conceito mais global e o segundo mais concreto. Transgénicos são organismos que sofreram uma mutação pelo motivo de introdução no seu ADN de um segmento de ADN de um ser de uma espécie diferente. Organismo geneticamente modificado é todo o organismo que possua um ADN cuja sua estrutura actual se deva a uma intervenção, neste caso por parte de cientistas e estudiosos de genética. Todos os transgénicos são organismos geneticamente modificados, mas nem todos os organismos geneticamente modificados são transgénicos, pois por terem sofrido uma mutação não significa que esta tenha acontecido pela intervenção do ADN de outro ser no ser em questão, ou seja, pode apenas ter sido feita uma reorganização dos genes do ADN do ser em questão, de maneira que resultasse numa mutação cujo objectivo é o aperfeiçoamento da espécie de acordo com as características pretendidas.
Ilustração alusiva ao ADN e aos transgénicos. (Fonte: moscasmortas.files.wordpress.com) No seguimento do estudo realizado, este trabalho foca essencialmente transgénicos, nomeadamente a cultura de transgénicos vegetais. Os genes que vão ser transferidos de uma espécie para outra vão fazer com que ocorra uma fractura na sequência de ADN, o que vai levar a que este sofra uma reprogramação e que, consequentemente, se dê uma mudança nas características do ser vivo, obtendo-se assim uma nova criatura, mais forte e resistente. Algumas pragas são combatidas através desta técnica. Um dos primeiros produtos geneticamente modificados foi a soja transgénica, à qual se introduziu no material genético, um gene de uma bactéria que torna a planta de soja mais resistente ao herbicida. Deste modo, o produtor pode pulverizar a plantação de soja com o herbicida, enquanto esta está no seu ciclo produtivo, controlando assim as ervas daninhas sem afectar as plantas de soja. Este tipo de cultura de vegetais manipulados geneticamente apresenta muitas vantagens, como o melhoramento das propriedades nutritivas o que confere ao seu consumidor uma maior quantidade de nutrientes. Também o aumento da resistência destas novas espécies a pragas e doenças, a resistência contra os herbicidas e a sua capacidade de resistir a condições ambientais adversas às condições favoráveis ao seu desenvolvimento origina com que as plantações destes se tornem muito mais rentáveis na medida em que é possível produzir grande quantidade de um determinado vegetal, uma vez que estes apresentam uma maior resistência aos obstáculos postos durante o seu desenvolvimento, fazendo com que a quantidade de vegetais colhidos seja muito próxima da quantidade de vegetais plantados, sendo que, na sua maior parte, todos conseguem completar o seu desenvolvimento. A juntar-se a todos estes benefícios e facilidades que estes organismos geneticamente modificados nos facultam, a ciência que estuda as manipulações genéticas atingiu também outro grande objectivo: além de conseguir manipular o ADN destes organismos para que se tornem mais resistentes ao meio ambiente conseguiu fazer com que seja possível a produção de novas espécies com características desejadas e necessitadas pelo ser humano.
Milho Transgénico (Fonte: www.hipersuper.pt) Assim como estes organismos apresentam vantagens e benefícios para o ser humano também apresentam algumas desvantagens. Os organismos originalmente provenientes da natureza mantém uma determinada estrutura de ADN, tal estrutura que, recorrendo às transformações necessárias, originou um equilíbrio entre os diversos seres existentes no planeta. Com a manipulação genética estes organismos vão dar origem a estruturas de ADN desconhecidas para os seres que os vão consumir, fazendo com que haja um distúrbio e interferindo com as próprias leis da natureza. Uma vez concluídas as mutações podem surgir novas estepes de vírus na natureza, bem como genes que dificultarão a cura de certas doenças, devido a estes oferecerem resistência aos antibióticos. Podem também desenvolver-se alergias a certos alimentos, que serão estas em maior número em relação às poucas alergias que poderiam surgir com os seus antecessores naturais. Outras desvantagens igualmente severas desta ciência, que as podemos considerar como efeitos secundários, são, nomeadamente, o aumento da resistência das ervas daninhas, o que pode originar novas doenças, e o empobrecimento da biodiversidade, visto que umas espécies começam a ser produzidas em massa e outras que quase são esquecidas. Decorre também um debate ético sobre as consequências que este tipo de culturas pode ter sobre a natureza, em que muitos cientistas defendem a teoria de que, uma vez que os efeitos destas culturas a longo prazo ainda são desconhecidos, se o cultivo destes transgénicos for continuado pode acontecer a poluição genética da vida, e esta pode tornar-se por sua vez irreversível.
Planisfério que mostra o estado dos transgénicos nos diversos países. (Fonte: likenotherblog.blogspot.com) Tendo em conta as desvantagens que estes produtos podem ter para a saúde do ser humano não é ainda permitida a utilização destes produtos para consumo humano, apenas para produção de farinhas para alimentar os animais ou servir directamente de alimento para os mesmos. Actualmente já se procede à plantação e produção em massa de transgénicos em dezassete países em todo o mundo, e todos eles têm pelo menos uma característica em comum: são grandes produtores e exportadores de alimentos a nível mundial; 95% dos produtos cultivados pertencem a quatro espécies: a soja, o milho, o algodão e a colza. A maioria destes países é desenvolvida, nomeadamente a Espanha, a Alemanha, o Canadá e os Estados Unidos da América. Os restantes países que efectuam produção de transgénicos, à excepção de alguns países, fazem-no com o intuito académico (testes e provas) ou por outras razões alheias à exportação ou consumo das espécies. Com este estudo podemos concluir que transgénicos não são sinónimo de organismos geneticamente modificados, mas todos os transgénicos o são, apesar de nem todos os organismos geneticamente modificados serem transgénicos. Apesar dos avanços científicos, a genética pode também ser considerada como um perigo, uma vez que pode constituir uma ameaça para a vida actual, na medida em que pode vir poluir de uma forma irreversível os organismos naturalmente existentes. Do ponto de vista das facilidades que as culturas geneticamente modificadas trazem ao ser humano, são elas menores e menos vantajosas face às tragédias a que podemos estar a submeter as espécies originais, mas apesar disso muitos países já procedem à produção em massa de transgénicos. Actualmente ainda não pode ser dada uma reposta completa à pergunta inicial “Quais as vantagens e desvantagens das culturas geneticamente modificadas para a saúde de um ser humano?” uma vez que o consumo de transgénicos para o ser humano ainda não é permitido, apenas é permitido a animais, no entanto já conseguimos nomear algumas vantagens e desvantagens que ele traz para a nossa saúde, como foi referido anteriormente. REFERÊNCIAS ELECTRÓNICAS [Dúvidas sobre transgénicos] <http://www.jardimdeflores.com.br/ECOLOGIA/A09transgeni1.htm>. Consultado em 05 de Março de 2010. [Biotecnologia e Engenharia Genética: Países onde o consumo e a produção de OGM são permitidos] <http://likenotherblog.blogspot.com/2006/02/pases-onde-o-consumo-e-produo-de-ogm.html>. Consultado em 08 de Março de 2010. [Transgênicos - Wikipédia, a enciclopédia livre] <http://pt.wikipedia.org/wiki/Transg%C3%AAnicos>. Consultado em 07 de Março de 2010. [Transgênicos uma ameaça] <http://moscasmortas.files.wordpress.com/2009/08/trangenicos.jpg>. Consultado em 09 de Março de 2010. [Milho transgénico triplica produção em Portugal] <http://www.hipersuper.pt/2007/09/14/milho-transgnico-triplica-produo-em-portugal/>. Consultado em 07 de Março de 2010. Outros Trabalhos Relacionados
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