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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Economia - 12º Ano |
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Segunda Revolução Industrial Autores: A. Machado, C. Gonçalves e V. Matias Escola: Escola Secundária de Avelar Brotero, Coimbra Data de Publicação: 06/07/2012 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a Segunda Revolução Industrial, as suas características e o emergência dos E.U.A., realizado no âmbito da disciplina de Economia (12º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
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INTRODUÇÃO Neste trabalho, elaborado entre o mês de Outubro e o mês de Novembro, no âmbito da disciplina de Economia C do 12º 3A, vamos falar sobre o tema escolhido – a Segunda Revolução Industrial, as suas características e o emergência dos E.U.A. como o novo centro de decisão económica a nível mundial a partir do séc. XX. A Segunda Revolução Industrial, também denominada como a Revolução Tecnológica, é geralmente datada entre 1870 e 1914, embora alguns dos seus aspectos característicos possam também ser historicamente evidenciados nos anos 50 do século XIX. Para acentuar esta continuidade evolutiva, alguns historiadores consideram-na uma “segunda fase” da Revolução Industrial. No entanto, enquanto a Primeira Revolução Industrial foi centrada em ferro, tecnologias a vapor e produção de têxteis, a Segunda Revolução Industrial girou em torno do aço, das ferrovias, da electricidade e dos produtos químicos. Para além disso, as grandes inovações e invenções da Segunda Revolução Industrial tiveram como base a ciência, em vez da engenharia. Embora o conceito de «Segunda Revolução Industrial» tenha sido introduzido primeiramente por Patrick Geddes em Cities in Evolution (1910), foi o uso desse mesmo termo por David S. Landes num ensaio em 1966 e no livro The Unbound Prometheus (1972) que introduziu no ensino definições do termo, sendo posteriormente mais divulgado pelo historiador Alfred Chandler.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Antes da Revolução Industrial, o poder de um país era avaliado através do número de habitantes, da respectiva área e da dimensão do exército. Com a Revolução Industrial, tal poder passou a ser avaliado através do progresso industrial (produção de carvão e ferro, quilometragem e tonelagem de vias férreas e marinhas, mecanização da indústria, capacidade produtiva da população, etc.). O «State-builing[1]» tornou-se a principal actividade dos governos no segundo semestre do séc. XIX, enquanto a repressão da dissidência toma lugar (E.U.A. – guerra civil; Inglaterra – povo irlandês luta pela sua independência face à Inglaterra; Itália – Sul VS. Norte; Alemanha – católicos contra socialistas; Rússia – minorias contra os Czares). Durante este período da chamada «Segunda Revolução Industrial» introduziram-se novas ligas e metais (aço e alumínio), novos combustíveis (gás e petróleo) e novas formas de organização empresarial (monopólios e cartéis). Em suma, foi uma época caracterizada por: 1. Mudanças sociais: a) Como consequência do êxodo rural, a população urbana passou a ser maior do que a rural, o que é motivado pelos empregos gerados nas indústrias localizadas na periferia das cidades; b) Os trabalhadores começaram a formar sindicatos com vista a melhorarem as suas condições de trabalho. Uma greve feita por trabalhadoras do sector secundário e por trabalhadores das docas levou à formação de sindicatos para ambos os grupos no ano seguinte, em 1889; c) As classes médias aumentaram o seu poder político e social acompanhando o seu crescente poder económico; d) Grupos ou classes tradicionais foram desaparecendo: artesões e camponeses foram progressivamente substituídos por operários e máquinas; e) Os papéis da mulher e da criança mudaram: melhores remunerações na indústria pesada e a melhoria generalizada do nível de vida fizeram com que fosse possível para famílias de classes trabalhadoras depender no salário do marido e dos filhos crescidos, o que fez com que as mulheres pudessem ficar em casa e que os filhos pudessem ir para a escola. 2. Mudanças tecnológicas: a) Forte desenvolvimento tecnológico aplicado principalmente à produção de electricidade e às indústrias química, farmacêutica e de transportes; b) O processo de Bessemer possibilitou a produção em massa de aço através de ferro-gusa fundido. c) Importantes invenções (em baixo referenciadas) provocaram o aumento da riqueza dos países e contribuíram para a melhoria da qualidade de vida da população, bem como para o aumento da produtividade do sector secundário; d) Crescente utilização do gás e, posteriormente, do petróleo como combustíveis e importantes fontes de energia, sendo o carvão posto aos poucos em segundo plano; e) Utilização do sistema-em-linha de produção nas indústrias; f) Após 1870, a relação entre a ciência e a tecnologia estreitou-se: novos campos da actividade industrial, tais como a química orgânica e a engenharia eléctrica, exigiam muito mais conhecimento científico do que dantes. 3. Mudanças económicas: a) Os Estados Unidos da América e a Alemanha tornaram-se grandes potências industriais e económicas, juntamente com Inglaterra e França; b) Novas formas de organização empresarial e trabalhista apareceram: monopólios, cartéis e bancos especializados em capitalizar indústria pesada. Os cartéis eram particularmente fortes na Alemanha, para onde muitos bancos se mudaram para protegerem os seus investimentos através da eliminação da “anarquia da concorrência”. PRINCIPAIS INVENÇÕES e inovações . Motor de combustão interna (Nikolaus August Otto) – máquina térmica que transforma a energia proveniente de uma reacção química em energia mecânica através de ciclos máquina térmica, que transforma a energia proveniente de uma reação química em energia mecânica. . Rádio (Nikola Tesla) – recurso tecnológico das telecomunicações utilizado para permitir a comunicação por intermédio da troca de informações previamente codificadas em sinal electromagnético que se propaga através do espaço. . Altifalante (Ernst Siemens, 1877) – dispositivo transdutor que converte um sinal eléctrico em ondas sonoras, podendo também ser utilizado como um ampliador de som nos aparelhos de rádio, televisão, etc. . Microfone (Emile Berliner, 1877) – dispositivo transdutor que converte o som em sinais eléctricos. . Telefone (Antonio Meucci, 1856) – dispositivo de telecomunicações desenhado para transmitir sons por meio de sinais eléctricos nas vias telefónicas, de forma a permitir a troca de informações (falada e ouvida) entre dois ou mais intervenientes. . Frigorífico (James Harrison,1856) – electrodoméstico utilizado na conservação de alimentos. . Película (1889) – Folha de plástico revestida de uma emulsão que contém cristais de tamanhos diferentes de halogenetos de prata sensíveis à luz que determinam a sensibilidade, o contraste e a resolução do filme. . Antena – dispositivo que transforma energia electromagnética guiada pela linha de transmissão em energia electromagnética irradiada, sendo o seu papel primordial em qualquer comunicação onde exista radiofrequência. . Cinematógrafo (Léon Bouly, 1895) – dispositivo opto-mecânico que serve para a exibição de imagens em movimento através da sua projecção numa tela de projecção. . Automóvel (Karl Benz, 1885) – veículo motorizado, com quatro rodas, geralmente destinado ao transporte de passageiros ou mercadoria. . Lâmpada eléctrica (Humphry Davy, 1802) – dispositivo eléctrico que transforma energia eléctrica em energia luminosa e energia térmica. . Fonógrafo (Thomas Edison, 1877) – sistema de gravação e reprodução de som. . Raio X (Wilhelm Conrad Röntgen, 1895) – emissões electromagnéticas de natureza semelhante à luz visível, cujo comprimento de onda vai de 0,05 ângström (5 pm) até dezenas de angströns (1 nm). . Avião (Wilbur e Orville Wright, 1903) – aeronave que necessita de asas fixas para se sustentar no ar. . Máquina de escrever (Carlos Thuber, 1843) – instrumento mecânico, electromecânico ou electrónico com teclas que, quando premidas, causam a impressão de caracteres num documento, em geral de papel. . Telégrafo (Samuel Morse, 1835) – sistema concebido para transmitir informação de um ponto para outro em grandes distâncias, utilizando códigos para a rápida e confiável transmissão. . Petróleo (por volta de 1850) – substância oleosa e inflamável que, para além de gerar a gasolina que serve de combustível para grande parte dos automóveis, vários outros produtos derivam do petróleo, como por exemplo: a parafina, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação. Continua a ser o principal combustível e a a luta pelo seu controle a origem de muitas guerras. É a principal fonte de riqueza em muitos países, sobretudo no Oriente Médio. . Aço – liga metálica formada essencialmente por ferro e carbono com pequenas adições de outros elementos metálicos. O aço veio substituir com vantagem o ferro fundido visto que o aço, pela sua elasticidade, é facilmente deformável por forja, laminação e extrusão, enquanto que uma peça em ferro fundido é muito frágil. No entanto, foi com a introdução do processo de Bessemer[2] em 1855, que se tornou possível a produção em massa de aço a baixos custos, a partir de ferro gusa fundido.
Processo de bessemer E.U.A., centro de decisão económica a nível mundial Os E.U.A. tiveram o seu maior crescimento económico nas últimas duas décadas da Segunda Revolução Industrial – Era Dourada[3], baseada na indústria pesada (fábricas, ferrovias e mineração de carvão). A abertura da primeira ferrovia transcontinental em 1869 (ilustração à direita), que reduzia a seis dias a viagem entre a Costa Leste e São Francisco, foi um dos acontecimentos mais marcantes do nascimento desta nova potência mundial. A mobilidade acrescida com a extensão progressiva da linha ferroviária, que triplicou entre 1860 e 1880, e triplicou novamente em 1920, abriu novas áreas para a agricultura comercial e criou um mercado verdadeiramente nacional, o que levou a uma explosão nas indústrias de carvão e aço. Inúmeras inovações foram possíveis devido à grande disponibilidade de recursos naturais nos EUA, o que proporcionou uma grande fonte de capital para os E.U.A., com vista a continuar a construir tecnologias avançadas. Deste modo, os Estados Unidos tornaram-se um líder mundial em tecnologia aplicada: . De 1860 a 1890, 500 mil patentes foram emitidas para novas invenções, mais de dez vezes o número emitido em anos anteriores. . George Westinghouse inventou freios a ar para comboios, tornando-os mais seguros e rápidos. . Theodore Vail criou a empresa American Telephone & Telegraph Company. . Thomas A. Edison, o fundador da General Electric, inventou um número notável de dispositivos eléctricos, alguns deles já referidos no nosso trabalho. . O petróleo tornou-se um recurso importante, começando com os campos de petróleo na Pensilvânia. . Querosene substituiu o óleo de baleia e velas para iluminação. . John D. Rockefeller fundou a Standard Oil Company, consolidando a indústria do petróleo, e, consequentemente, criando uma demanda por gasolina no século 20. O aumento da mecanização da indústria foi uma das principais formas encontradas na procura de produzir mais produtos, com menores custos de produção. Observou-se que a eficiência do trabalhador poderia ser melhorada através do uso de máquinas para fazer mais produtos em menos tempo, isto é, para aumentar a produtividade. No final do século, os trabalhadores viveram a Segunda Revolução Industrial, que introduziu a produção em massa, a gestão científica e a necessidade de uma grande capacidade produtiva dos trabalhadores. Tais mudanças tecnológicas levaram a uma queda acentuada da procura de trabalhadores com menos de 16 anos, devido à falta de conhecimentos deste grupo de trabalhadores, que dantes não era exigido. Isto resultou numa grande expansão do sistema de ensino, passando a ser a escolaridade obrigatória em vários países. Durante este período, a produção industrial americana superou de longe a da Grã-Bretanha, o que levou a que os E.U.A. se tornassem no novo centro de decisão económica a nível mundial. CONCLUSÃO Com este trabalho, concluímos que a Segunda Revolução Industrial foi, em muitos aspectos, uma continuação da primeira, embora divirjam uma da outra em alguns aspectos cruciais. Primeiro, a Segunda Revolução Industrial teve um efeito directo nos salários reais e nos padrões de vida da população, que claramente se alteraram de forma muito significativa entre 1870 e 1914. Para além disto, mudou o foco geográfico da liderança tecnológica da Grã-Bretanha para uma localização mais dispersa, tornando-se os E.U.A. no novo centro de decisão económica. E finalmente, ao alterar a relação entre o conhecimento científico e as práticas tecnológicas, mudou irreversivelmente a forma como a mudança tecnológica ocorre. Com isto, o que foi aprendido nestes anos, preparou o caminho para muitas mais revoluções industriais que ainda estão para vir.
Referências Bibliográficas Bing Translator, http://www.microsofttranslator.com/ Google, www.google.pt Wikipedia: . http://en.wikipedia.org/wiki/Second_Industrial_Revolution . http://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_de_Bessemer . http://en.wikipedia.org/wiki/Open_hearth_furnace . http://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Edison . http://en.wikipedia.org/wiki/Cartel . http://en.wikipedia.org/wiki/State-building . http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_de_combust%C3%A3o_interna SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - História, resumo, http://www.suapesquisa.com/industrial/segunda_revolucao.htm Castronovo.pdf, http://faculty.wcas.northwestern.edu/~jmokyr/castronovo.pdf HISTORY 1130-101/102: Themes in Global History: Trade, Economy, and Empires, http://www.appstate.edu/~elorantaj/world1130lecture16.pdf
The Second Industrial
Revolution « The Flying Fortress,
THE SECOND INDUSTRIAL
REVOLUTION, [1] Conceito que corresponde à construção de um Estado funcional. [2] Primeiro processo industrial de baixo custo para a produção em massa de aço a partir de ferro gusa fundido, inventado por Henry Bessemer. [3] Período de rápido crescimento económico e demográfico nos Estados Unidos.
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