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Trabalhos de Educação Física - 8º Ano

 

Esgrima

Autores: Beatriz Tomás

Escola: Escola E.B. 2,3 Maria Veleda

Data de Publicação: 06/06/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a modalidade de esgrima (história, equipamentos, regras, etc...), realizado no âmbito da disciplina de Educação Física (8º ano).

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Esgrima

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa foi sugerida pelo nosso professor de Educação Física, de forma a ficarmos a conhecer melhor a modalidade escolhida.

Escolhemos a Esgrima porque, apesar de haver muitas fontes de informação, esta modalidade não é muito divulgada em Portugal.

A Esgrima é uma modalidade individual que consiste em atacar e defender-se do adversário com uma arma (florete, espada ou sabre) que difere de acordo com a experiência e a disciplina que o praticante exerce.

Diz-se que este desporto é como um jogo de xadrez jogado a uma velocidade sónica, cujo objectivo é enganar o adversário, tocar neste sem que ele nos toque, marcar pontos e ganhar. 

DESENVOLVIMENTO

História da Modalidade

A história da Esgrima tem em si pelo menos três mil anos: as pinturas Egípcias e Gregas mostram guerreiros com espadas na mão; um templo japonês construído em 1170 a.C., mostrava alguns guerreiros semi-despidos, empunhando armas pontiagudas, com bicos de protecção, o que pode querer dizer que nessa altura já tinham sido criadas as bases da Esgrima.

A esgrima nessa época era muito mais que um simples desporto: era uma maneira de combater. Como tal, não havia nenhuma regra precisa. Porém, surge as primeiras preocupações com a técnica, nomeadamente para aplicar e defender-se dos golpes.

Passado alguns séculos, em Roma, já existiam escolas de gladiadores onde se formavam os doctore armarum, (especialistas na arte de combater com armas brancas para entreter a plateia). Na Idade Média, a esgrima diversificou-se devido aos vários formatos de espadas e sabres existentes.
 

Da Antiguidade até 1500

Não se descobriu nenhum manual de Esgrima anterior a 1350. No entanto, a partir desta década começaram a desenvolver-se duas importantes escolas: a Alemã e a Italiana.
 

A Escola Alemã

A figura central das artes marciais medievais na Alemanha era Johannes Liechtenauer. Pai da esgrima alemã, tudo o que se sabe sobre ele encontra-se preservado no Manuscrito 3227 e nos vários manuais dos seus alunos e sucessores. Nos manuscritos do século posterior, a sociedade do Liechtenauer - Gesellschaft Liechtenauers - é conhecida como um grupo de mestres de esgrima que se consideravam discípulos de Liechtenauer e que conservavam a sua instrução.
 

A Escola Italiana

O primeiro manuscrito em Língua Italiana de algo semelhante a Esgrima de que se tem notícia é o manuscrito Flos Duellatorum de Fiore dei Liberi, encomendado por Marquês de Ferrara por volta de 1410. Neste manual ele explicou técnicas que envolvem combate corpo-a-corpo, navalha, espada de uma mão, espada longa, lanças e alabardas, combate com e sem armadura. A esgrima italiana com armas medievais ainda é representada por Filippo Vadi (1482–1487).
 

O Começo do Período Moderno (1500 a 1700)

No século XVI, muitas técnicas retiradas de antigos manuscritos foram reimpressas com as novas técnicas de impressão.

Neste século a esgrima alemã debruçou-se para o foque desportivo da arte. Os tratados desta época descendem da instrução dos séculos anteriores de Liechtenauer, mas com novas e diversas características.

No final do século XVI, a Esgrima Italiana ganha muita popularidade em toda a Europa, principalmente com o manual de Salvator Fabris (1606).
 

O Período Moderno (1700 a 1918)

Desde que foram criados os Jogos Olímpicos da era moderna, em 1896, que a esgrima faz parte das Modalidades Olímpicas.

As disputas masculinas começaram com o Florete e o Sabre. A Espada foi introduzida nos Jogos Olímpicos de 1900, ainda nas disputas masculinas.

Em 1924 as mulheres esgrimistas começaram a participar nos Jogos Olímpicos, mas apenas na modalidade de Florete individual. Desde 1996 começaram a competir nas Olimpíadas na modalidade da Espada juntamente. Finalmente, a partir de 2004, principiaram a competir nos Jogos Olímpicos com Sabre.

Armas de Competição

Florete

O florete é a arma mais comum entre os esgrimistas por possuir uma lâmina mais flexível e mais leve do que a espada e que se joga com mais delicadeza no toque, apenas no tronco. Esta também era a única arma que as mulheres utilizavam na maioria das competições.

É uma arma boa para o início da aprendizagem. Exige postura, agilidade, equilíbrio e flexibilidade além de um aguçado sentido de reflexo que caracteriza todos os esgrimistas fascinados por este desporto. Medindo 90 centímetros (inclusive a lâmina); a arma inclui o copo e pega, (as partes pelas quais o esgrimista protege e segura a arma, respectivamente), que são mais pequenas do que na espada e no sabre. Há a pega italiana que é simples, como um punhal de faca e a pega francesa que é similar à pega de um arpão.
 

Espada

A espada, por ser uma arma que pode atingir o corpo todo do adversário, Joga-se numa posição maioritariamente vertical; assim sendo, é uma excelente arma para os jogadores mais altos, especialmente aqueles que não tem tanta agilidade para se curvarem no florete ou no sabre. Não quer dizer que os esgrimistas ágeis não possam jogar, mas nota-se que é, das três armas, a mais adequada aos indivíduos altos. Outro motivo para não se vergar muito com a espada é para não deixar o joelho muito para a frente, pois poderá ser facilmente um alvo exposto. A lâmina, a mais dura de todas as armas, origina um toque forte e pontiagudo, principalmente quando toca na máscara do oponente. O copo e a pega são maiores do que no florete, pois protegem toda a mão – a zona válida.
 

Sabre

O sabre é a arma do duelo mais violento e ágil. A sua lâmina é a mais flexível de todas as três. O atacante pode usar o sabre como um chicote, já que a lâmina é tão flexível que nem o bloqueio do adversário a poderá bloquear. O copo e a pega também são maiores que os do florete, pois têm uma protecção adicional para o braço, que facilita o manejamento da arma. O sabre exige muita rapidez e uma preparação física muito grande, pois o duelo é muito rápido, inclusivamente, o toque pode ser feito não só com a ponta, mas com a lâmina também, tanto quando o atacante ataca (corte), como quando contra-ataca (contra-corte) com a lâmina. Em contraste aos toques violentos desta, é comum o esgrimista ser tocado, durante um combate, e nem sentir.  

A Pista e a Indumentária

A pista de esgrima tem 14 metros de comprimento, e um metro e meio a 2 metros de recuo, zonas que também podem ser utilizadas. A largura da pista é de um metro e meio a 2. A pista ideal é um pouco elevada em relação ao chão. Se um esgrimista sair da pista lateralmente para escapar a um golpe, poderá regressar; porém, deverá andar 1 metro para trás. Se sair pelo fundo, será dado ponto para o adversário.

A indumentária dos esgrimistas é tradicionalmente branca, incluindo uma máscara protectora, uma luva na mão armada e um colete protector para os homens enquanto as mulheres usam protectores especiais para os seios. Antes de surgirem os sensores electrónicos, as armas eram mergulhadas em tinta para facilitar o trabalho dos juízes ou então utilizava-se giz na ponta das armas para indicar o golpe.

Regras da Modalidade

Em primeiro lugar, sempre que os adversários entram na pista devem-se cumprimentar, conforme a etiqueta. O cumprimento é feito rapidamente com as armas, antes de colocarem as máscaras. Cada esgrimista, na pista, cumprimenta o adversário, o árbitro e os assistentes; em seguida coloca a sua máscara.
Um atleta masculino apenas joga com um do mesmo sexo, tal como acontece com as atletas femininas. As disputas podem ser individuais ou colectivas.

No Florete é permitido tocar com a ponta da arma apenas no tronco do adversário (frente e costas) e na região ventral. No Sabre, é permitido tocar com a ponta e com o corte ou contra-corte da lâmina da arma. Já na Espada, é permitido tocar em qualquer parte do corpo. A região que deve ser atingida situa-se da cintura para cima, contendo os braços e excluindo as mãos.

No Florete e no Sabre, existe o chamado "direito de passagem" ou "frase d'arma": quem começa o ataque tem prioridade de ganhar o ponto se houver toque simultâneo. Se este errar o ataque ou se o adversário se conseguir defender antes da resposta, a vantagem passa para o adversário. No caso de acontecer toques simultâneos sem prioridade, ninguém pontua. Na espada, onde não existe “frase d'arma”, em caso de toque simultâneo, ambos os adversários ganham um ponto. Se houver empate num combate de espada, é usual conceder aos jogadores algum tempo de descanso antes que o combate continue para o desempate. Em escassas ocasiões, utiliza-se um sorteio para eleger o vencedor quando o desempate se mantém.

Nas competições, na etapa classificatória, são imprescindíveis cinco toques no adversário ou três minutos para se vencer. Já na etapa eliminatória são precisos quinze toques ou nove minutos. Estas normas podem ser flexíveis subordinando-se ao nível territorial da competição e ao órgão responsável.

Os esgrimistas num combate mudo ou não-eléctrico (sem equipamentos electrónicos) são observados por um árbitro e quatro auxiliares. Em duplas, estes auxiliares ficam dois passos atrás de cada jogador, nos dois lados da pista e observam se há toque ou não no esgrimista adversário. Eventualmente, nos casos de dúvida do árbitro, os auxiliares são convocados a uma votação para verificar se houve pontuação ou não. O árbitro pergunta se houve determinada situação e os árbitros podem responder "sim", "não" ou "abstenho-me".

Se um dos jogadores perder a sua arma durante o combate, aplica-se a seguinte regra:

1. Se o extravio da arma ocorrer durante o mesmo movimento de ataque do adversário e este conseguir executar o toque no oponente desarmado, o toque será válido; mas o movimento de ataque tem de ser adjacente ao da perda da arma do adversário.

 

2. Se a perda da arma ocorrer e o adversário não conseguir terminar o ataque no mesmo movimento, a ética chama para o adversário esperar o oponente recuperar sua arma. Faz-se um pequeno intervalo no combate e o árbitro iniciará o jogo assim que os esgrimistas estiverem prontos à ordem de en garde. Se estes se encontrarem prontos para voltar ao combate, respondem simplesmente pela sua posição; caso contrário, “sapateiam” na pista para pedir mais tempo.

Gestos técnicos

Posições com a mão em supinação:

Prima: Coloca-se o antebraço sensivelmente na horizontal, a mão curva, as unhas voltadas para fora e o polegar inclinado para baixo, com a ponta mais baixa que a mão.

Segunda: Coloca-se as mãos para fora e as unhas voltadas para baixo, com a ponta mais baixa que a mão.
Terça  Coloca-se a mão para fora e as unhas voltadas para baixo, com a ponta mais alta que a mão.

Quinta: Coloca-se a mão para dentro e as unhas voltadas para baixo, coma ponta mais alta que a mão
 

Posições com a mão em pronação:

Quarta: Coloca-se a mão para dentro, as unhas para cima e a ponta mais alta que a mão.
Sexta: Coloca-se a mão para fora e as unhas para cima, com a ponta mais alta que a mão.
Sétima: Coloca-se a mão para dentro e as unhas voltadas para cima, com a ponta mais baixa que a mão.
Oitava Coloca-se a mão para fora e as unhas voltadas para cima, com a ponta mais baixa que a mão.

Conclusão

Com este trabalho concluímos que a Esgrima é um desporto muito interessante e que requer muita concentração, rapidez e agilidade. Gostámos de realizar este trabalho, pois permitiu-nos trabalhar em grupo e aprender mais sobre esta modalidade.

Bibliografia

. Wikipédia (www.wikipedia.org)
Última pesquisa concluída em 13 de Março de 2010, às 13h40m.

. Portal São Francisco (www.portalsaofrancisco.com.br)

  Última pesquisa concluída em 18 de Março de 2010, às 22h36m.

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