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Trabalhos de Educ. Física - 10º Ano

 

Doping

Autores: Ana Santos

Escola: Escola Secundária José Saramago

Data de Publicação: 07/06/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre doping, as substâncias proibidas e as permitidas para os atletas e a sua história na actividade desportiva, realizado no âmbito da disciplina de Educação Física (10º ano).

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Doping

Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Educação Física.

O tema deste trabalho centra-se numa temática muito importante no desporto: o doping.

Pretendo dar a conhecer e explicar em que consiste o termo doping, as substâncias proibidas e as permitidas para os atletas e a sua história na actividade desportiva. Espero assim, conseguir explicar e tratar este tema que tem tanto de actual como de controverso.

1. Doping e a sua História

Doping

O doping é um termo em inglês que denomina o uso de drogas ou substâncias ilícitas que aumentam as capacidades físicas de atletas desportivos. Também é considerado doping o uso substâncias que mascarem o uso de outras dopantes, como são exemplo dos diuréricos.

A história do doping

O uso deste tipo de drogas já tem mais de um século, quando em 1904 Thomas Hicks venceu a maratona recorrendo a grandes doses de conhaque e estricnina, para assim conseguir suportar o desgaste da prova, tendo desmaiado logo após ter cortado a meta em primeiro lugar.

Em 1936, pensa-se que os atletas da Alemanha Nazi já usavam os primeiros esteróides à base de testosterona.

Em 1954 existiram rumores de que desportistas soviéticos usaram injecções de testosterona no Campeonato do Mundo de levantamento de pesos. Nesse ano muitos recordes foram batidos pelos mesmos atletas. Oito anos mais tarde, em 1962, um médico da União Soviética foi trabalhar para a equipa dos EUA, conseguindo nesse ano levar a equipa americana a dominar a prova de levantamento de pesos. Suspeita-se que Jonh Ziegler deu aos desportistas dianabol, um esteróide anabolizante.

Mas só a partir de 1960 é que se iniciou a “era moderna” do doping, quando no Giro de Itália, prova de ciclismo mais importante de Itália e uma das mais conhecidas no Mundo, o dinamarquês Knut Jensen morreu durante a competição. Após este trágico acontecimento, o Comité Olímpico Internacional decidiu tomar medidas antidoping em todas as provas oficiais, principalmente no Jogos Olímpicos. Desde então as técnicas e os meios na detecção de doping evoluído embora que mais lentamente que as técnicas dopantes.

Em 1999, os países de todo o mundo e o Movimento Desportivo chegaram à conclusão que tinham que dar as mãos para que se pudesse promover uma luta eficaz contra este flagelo. A criação da Agência Mundial Antidopagem, numa parceria pioneira entre as autoridades públicas e o Movimento Desportivo, e o lançamento do Programa Mundial Antidopagem começam a dar os seus frutos, apertando cada vez mais o cerco aos prevaricadores.·
A aprovação unânime na UNESCO, em Outubro de 2005,  da Convenção Internacional Contra a Dopagem em tempo recorde representa igualmente um marco muito importante na luta contra a dopagem.
A utilização de substâncias dopantes não se cinge, infelizmente, ao desporto de competição, atingindo igualmente os jovens em idade escolar e os utentes de ginásios de musculação. A dimensão da utilização de substâncias dopantes fora do desporto de competição representa, actualmente, em muitos países do mundo, um problema de saúde pública.
Hoje em dia, até para desportos mentalmente muito exigentes, como o xadrez, existem práticas de dopagem.

A história do doping em Portugal

Desde muito cedo que o nosso país tomou noção da importância de um sistema eficaz de luta contra o doping no desporto, de forma a assegurar a saúde dos atletas e a verdade desportiva.
No final da década de 60, o Movimento Desportivo tomou consciência plena da existência deste flagelo. Em 1968, o Comité Olímpico Internacional (COI) decidiu executar pela primeira vez controlos de dopagem no Jogos Olímpicos de Verão que decorreram na cidade do México.
Nesse mesmo ano, foi realizado o primeiro controlo de dopagem no nosso país, no decurso da Volta a Portugal em bicicleta. O controlo foi pedido pelo então Director-Geral dos Desportos, Dr. Armando Rocha e as análises foram efectuadas num laboratório particular em Lisboa.
No final dos anos 60 e no decurso dos anos 70, os controlos foram realizados, na sua grande maioria, no ciclismo e segundo os regulamentos da Union Cycliste Internationale.
Primariamente, as análises foram realizadas na Faculdade de Farmácia de Lisboa pelo Prof. Doutor Borralho Graça, passando mais tarde, no período compreendido entre 1974 e 1981, a ser realizados na Faculdade de Farmácia de Coimbra.

Nas análises realizadas no ciclismo entre 1969 e 1984, cerca de 11% dos resultados revelaram-se positivos, o que embora figurando uma percentagem elevada estava abaixo do que se passava noutros países. No entanto, os procedimentos analíticos eram realizados principalmente com métodos cromatográficos, que eram bastante menos sensíveis do que os utilizados actualmente, especialmente na detecção de certos compostos como os esteróides anabolizantes, cuja utilização já se suspeitava naquela altura.

Em 1970, Portugal publica o primeiro diploma legal onde a temática da dopagem é abordada: o Decreto-Lei n.º 420/70.
As autoridades portuguesas, preocupadas com a situação decidiram criar em 1977, a Comissão para Regulamentação do Controlo Antidopagem, coordenada pelo Dr. Orlando Azinhais, que representou a estrutura pioneira do Conselho Nacional Antidopagem (CNAD).
Em Setembro de 1979, foi publicada a primeira Legislação sobre o Controlo Anti-Doping (Decreto-Lei n.º 374/79), regulamentada no início de 1980 (Portaria n.º 378/80), tendo ambos os diplomas sido debatidos no Conselho Superior de Educação Física e Desporto.
Nos finais dos anos 70, iniciou-se a instalação do Laboratório de Análises do Doping nas instalações do Centro de Medicina Desportiva de Lisboa pelas mãos do Prof. Doutor Lesseps dos Reys. No entanto, o laboratório só viria a ser criado oficialmente em 1985, pelo Dr. Júlio Miranda Calha, então Secretário de Estado do Desporto, através da publicação do Decreto-Lei n.º 29/85, de 15 de Agosto, recebendo a designação de Laboratório de Análises de Doping e Bioquímica, pois gozava de um departamento distinto para cada área.
Em 1987, o Laboratório de Análises do Doping foi acreditado pelo COI, passando a fazer parte de um grupo muito reduzido de laboratórios acreditados a nível mundial.
A partir de 1982, as análises começaram a ser efectuadas no Laboratório de Análises de Doping e passaram a controlar outras modalidades para além do ciclismo.O número de modalidades desportivas controladas no nosso país foi aumentando de forma progressiva, tendo ultrapassado as 10 modalidades em 1988, as 20 modalidades em 1992, as 30 modalidades em 1998, as 40 modalidades em 2000 e as 50 modalidades em 2004.
Apesar do número de modalidades controladas ter vindo a aumentar significativamente, só a partir do ano de 1998 é que o CNAD passou a conceber anualmente um verdadeiro Plano Nacional Antidopagem em colaboração estreita com as Federações Desportivas titulares de utilidade pública desportiva.
O COI, preocupado com a utilização crescente de esteróides anabolizantes e de outras substâncias dopantes com efeitos de longa duração, concebeu em 1994 os controlos de dopagem fora de competição. O nosso país implementou esses controlos ainda no ano de 1994 e tem vindo a realizar um número crescente ano após ano, autenticando o seu papel fundamental na dissuasão do uso destas substâncias.A 16 de Novembro de 1989, é aprovada em Estrasburgo, a Convenção Contra a Dopagem, do Conselho da Europa,  assinada pelo nosso país em 1990 e ratificada em 1994.
Consequência da aprovação da Convenção contra a Dopagem, apareceu uma nova definição de dopagem, que inspira a actualização da legislação portuguesa, sendo publicado em 1990 o Decreto-Lei n.º 105/90, de 23 de Março, regulamentado pela Portaria n.º 130/91. Neste Decreto-Lei, é criado o Conselho Nacional Antidopagem (CNAD),  que assume a definição da política de luta contra a dopagem em Portugal.
Até à criação do CNAD, a luta contra a dopagem centrava-se somente na execução de controlos de dopagem. Com a criação do Conselho foram criadas as primeira iniciativas educativas neste âmbito, seguindo as recomendações da Convenção Contra a Dopagem. No entanto, teríamos que esperar pelo ano de 1997 para que se assistisse ao lançamento da primeira campanha educativa e informativa devidamente estruturada e dirigida a diversos grupos-alvo. No final de 2003, é lançado pelo CNAD o programa “Desporto Saudável” que, aproveitando o facto de se comemorar em 2004 o Ano Europeu da Educação pelo Desporto,  quis contribuir para educar os atletas, agentes desportivos e os jovens em idade escolar, em relação à temática da luta contra a dopagem.
Portugal foi um dos primeiros países a nível mundial a reconhecer um direito fundamental dos praticantes desportivos – o direito ao tratamento. Em 1994, o CNAD criou um sistema de notificação da utilização de substâncias dopantes para tratamento de situações patológicas, para que o praticante desportivo pudesse exercer esse direito fundamental, que só viria a ser reconhecido a nível internacional em 2003 pela Norma Internacional de Autorização para Utilização Terapêutica da AMA.
Preocupado com a dimensão atingida pela utilização de substâncias dopantes, o COI organiza, no início de 1999, a primeira Conferência Mundial contra a Dopagem, onde diversas organizações do Movimento Desportivo e países de todo o mundo decidem criar a Agência Mundial Antidopagem. Portugal cooperou activamente nessa conferência e no grupo de trabalho criado no COI para elaboração dos primeiros estatutos daquela entidade.
No final de 1999, é criada oficialmente a Agência Mundial Antidopagem (AMA), fundação de direito privado, financiada pelo Movimento Desportivo e pelas autoridades públicas de todo o mundo.

Portugal participou activamente na elaboração do Código Mundial Antidopagem e das Normas Internacionais criadas pela AMA. Em Março de 2005, a AMA organiza a segunda Conferência Mundial Contra a Dopagem, que decorreu em Copenhaga, onde foi aprovado o Código Mundial Antidopagem. Nessa Conferência, Portugal, através do Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Dr. Hermínio Loureiro, assinou a Declaração de Copenhaga. Nesta Declaração, os países reconheceram o papel fundamental da AMA e comprometeram-se a co-financiá-la.
O nosso país tem cooperado activamente com a AMA desde a sua criação, através da participação em diversas Comissões (Saúde, Medicina e Investigação, Acreditação de Laboratórios e Atletas), em missões de observadores independentes, em campanhas informativas e educativas e na realização de controlos de dopagem no âmbito do programa de controlos de dopagem fora de competição daquela organização.
Portugal participou activamente na elaboração da Convenção Internacional Contra a Dopagem, da UNESCO, documento fundamental para que os países de todo o mundo pudessem reconhecer a AMA, o Código Mundial Antidopagem, as Normas Internacionais e estabelecer princípios comuns no âmbito da luta contra a dopagem. Esta Convenção viria a ser aprovada pela Conferência Geral da UNESCO em Outubro de 2005.

2. Métodos e Efeitos no Organismo

As substâncias dopantes podem ser divididos em vários grupos e/ou classes:

. Esteróides anabolizantes

. Estimulantes;

. Analgésicos;

. Beta-bloqueantes;

. Hormonas peptídicas;

. Agentes mascarantes;

. Beta-agonistas.

Esteróides Anabolizantes

Este tipo de droga é a mais utilizada no desporto de alta competição, especialmente nos desportos que exigem uma grande esforço físico/muscular.

No nosso organismo, sobretudo em indivíduos do sexo masculino, existem esteróides. Um dos exemplos mais comuns é a testosterona, a principal hormona esteróide masculina. Esta hormona existe em ambos os sexos, mas é nos homens que a sua concentração é mais elevada.

As hormonas esteróides possuem basicamente duas funções no organismo: a função androgénica e a função anabolizante.

Nestas substâncias a função que os atletas mais procuram é a função anabolizante, que é responsável pelo desenvolvimento da massa muscular e da massa óssea.

Estas drogas podem ser tomadas oralmente ou injectadas. A forma mais usada são as injecções, pois ao passarem pelo fígado sofrem um processo de alcalinização, processo esse que é extremamente prejudicial ao fígado.

O consumo prolongado de esteróides provoca graves danos no organismo, tais como

. Calvíce

. Acne

. Aumento da agressividade

. Ginecomastia (desenvolvimento anormal dos seios)

. Paragem de crescimento (quando são consumidos durante a puberdade)

. Impotência sexual

. Insónias

. Esterilidade

. Desregulações a nível do colesterol

. Complicações cardíacas

. Atrofia testicular

. Fragilidade articular

. Mau hálito

. Problemas hepáticos

. Tremores

. Redução na produção de espermatozóides

No caso de serem consumidos por mulheres estas podem desenvolver caracteres secundários masculinos.

De entre os principais esteróides anabolizantes temos:

Nome Genérico

Nome Comercial

Formulação

Aromati-zação

Anabólico

Andro-gênico

Hepato-toxidade

Androisoxazol

Neopondren

Neoponden

Comprimidos

5 mg

Mínima

Bastante

Pouco

Sim

Androstano-lona

Androlone

Neodrol

Anabolex

Anaprotin

Protona

Oral
(10-25mg)

Injetável

(100mg/ml)

Não

Bastante

Pouco

Pouca

Boldenona

Equipoise Parenabol

Injetável

(50 mg/ml)

Pouca

Bastante

Médio

Pouca

Etilestrenol

Durabolino

Maxibolin

Orabolin

Oral

(2 mg)

Pouca

Pouco

Pouco

Bastante

Fluoximes-terona

Halotestin

Oral

(5 mg )

Bastante

Bastante

Bastante

Bastante

Mesterolona

Androviron

Proviron

Oral

(25 mg/ml)

Não

Bastante

Médio

Pouca

Metandie-nona

Danabol

Dianabol

Oral

(5 mg )

Pouca

Bastante

Pouco

Bastante

Metenolona

Primobolan

Primonabol

Oral

(5 mg)

Injetável

Não

Bastante

Pouco

Pouca

Nandrolona

Deca-durabolin

Injetável

Pouco

Bastante

Pouco

Pouca

Oxandrolona

Anavar

Lipidex

Oral

(2,5 mg )

Pouco

Bastante

Pouco

Bastante

Oximetolona

Hemogenin

Oral

(5 e 50 mg)

Pouco

Bastante

Pouco

Bastante

Stanozolol

Winstrol

Stromba-jet

Oral

(2 e 5 mg )

injetável

(25 mg/ml )

Pouca

Bastante

Pouco

Bastante

Testosterona Cristalina

Durateston

Oral e

Sublingual

Média

Bastante

Bastante

Não

Trembolona

Parabolan

Injetável

Pouco

Bastante

Pouco

Pouca

Estimulantes

Estimulantes são substâncias que, tal como o próprio indica estimulam e aceleram a actividade cerebral, fazendo com que a resposta nervosa seja mais rápida.

Estes podem ser tomados por via oral, através de inspiração nasal, injecções ou até podem ser fumados.

Como efeitos secundários dos estimulantes podem provocar:

. Alterações de comportamento

. Magreza

. Insónias

. Tremores

. Respiração acelerada

. Euforia

. Confusão cerebral

Quando tomados em excesso podem ainda provocar ataques cardíacos e overdoses.

Portugal foi o primeiro país a implementar medidas antidoping no xadrez.

Analgésicos

Os analgésicos são substâncias muito frequentes em desportos fisicamente muito exigentes, como a maratona e o triatlo. Estes conseguem diminuir a dor, fazendo com que o atleta a suporte melhor.

Podem provocar náuseas, vómitos, insónias, depressão, perda de equilíbrio, diminuição da frequência cardíaca, diminuição da capacidade de concentração e ainda pode causar o agravamento de lesões já existentes.

Beta-Bloqueantes

Os beta-bloqueantes são usados de forma semelhante aos analgésicos, actuando principalmente no coração para diminuir o ritmo cardíaco.

Esta função é altamente proveitosa em desportos de alta precisão como o tiro ao alvo, tiro com arco, bilhar, xadrez, natação sincronizada…

Como efeitos secundários pode causar hipotensão, asma, hipoglecémia, insónias, impotêcia sexual e nalguns casos chega mesmo a provocar paragens cardio-respiratórias.

A imagem anterior mostra o efeito dos beta-bloqueantes no organismo.

Hormonas Peptídicas

As hormonas peptídicas têm diversas funções. Uma as principais é a fixação peptídica, ou seja, ajudam os músculos nas suas funções anabólicas, contribuindo assim na fixação da aminoácidos necessários para a construção destes.

Existem vários tipos destas hormonas, tendo cada uma a sua respectiva função:

. Eritropoetina – Também conhecida como EPO. Estimula a produção de glóbulos vermelhos, aumentando assim a resistência dos atletas.

. hCG – Hormona produzida por um feto durante a gravidez, é também utilizada pelos homens para aumentar a produção de esteróides. Existem também mulheres que engravidam para aumentar a concentração de hormonas femininas que a hCG provoca. Depois do teste de controlo, estas atletas abortam.

. HC – Hormona do crescimento, que tal como o nome indica é produzida em grandes quantidades durante a puberdade e permite o crescimento dos indivíduos e a recuperação dos tecidos musculares.

. LH – Hormona que existe naturalmente no nosso organismo e que é utilizada para estimular a produção de testoesterona no testículos.

A utilização destas drogas pode provocar, entre outras coisas deformações ósseas, miopia, distúrbios hormonais, coágulos sanguíneos, diabetes, hipertensão e doenças articulares.

Diuréticos

Também apelidados de substâncias mascarantes, estas têm como tarefa aumentar a quantidade de urina produzida, o que leva a alterações no seu controlo, visto que a maior parte das substâncias são ilegais quando encontrada em grandes quantidades.

Os diuréticos são também usados para a perda de peso em desportos divididos por categorias de peso. Os mais populares entre os desportistas são o triantereno e a furosemida.

Como efeitos secundários podem causar desidratação, doenças renais, perda de sais minerais, cãibras, alteração do volume do sangue e no ritmo cardíaco. Se algum destes se tornar muito grave, pode provocar a morte do indivíduo.

Beta-Agonistas

Este é o último grande grupo de drogas dopantes. Os beta-agonistas são drogas que se destinam a aumentar a massa muscular e diminuir a massa gorda. Uma droga beta-agonista muito conhecida é a adrenalina, que existe espontaneamente no nosso organismo e que é libertada quando estamos sujeitos a situações de grande tensão (é por isso que, quando ameaçados ou em perigo, o homem consegue faz certas proezas ou utilizar certa força que normalmente não conseguiria usar)

Como efeitos secundários prejudiciais temos o aparecimento de insónias, agressividade, tremores e náuseas, falta de concentração, distúrbios psíquicos, aumento da pressão arterial, problemas cardiovasculares...

Outras drogas

Outras substâncias igualmente proibidas nas competições internacionais são ainda o álcool, todo o tipo de narcóticos estupefacientes e ainda drogas anti-estrogénicas, ou seja, drogas que se destinam a inibir a produção destas hormonas. Este tipo de drogas é proibido pois está geralmente associado ao consumo de esteróides anabolizantes (são utilizadas devido ao efeito aromatizante dos esteróides).

Por fim, e a apesar de não serem propriamente consideradas substâncias dopantes, existem também técnicas e métodos proibidos no desporto. São eles:

. Aumento do transporte de oxigénio: esta técnica consiste no uso de substâncias (como o EPO) para aumentarem o número de glóbulos vermelhos ou a transfusão de sangue previamente retirado e enriquecido com glóbulos vermelhos. Este método é perigoso  pois maior número de glóbulos vermelhos significa sangue mais viscoso, e como tal há um maior risco de ataque cardíaco.

. Manipulação química e física: conjunto de técnicas que visa alterar a validade e a integridade das amostras de urina e sangue usadas nos controlos antidoping. Entre elas destacamos a alteração das amostras de urina, a inibição da excreção renal e o uso de substâncias mascarantes.

. Doping genético: a dopagem genética é definida como o uso não terapêutico de genes, elementos genéticos ou células que tenham a capacidade de aumentar o rendimento desportivo. Este tipo de doping está ainda em desenvolvimento e ainda não é muito viável, mas poderá ser uma realidade num futuro bem próximo. Esse tipo de doping é usado com recurso a vírus ou bactérias que alteram certos genes em certos músculo do organismo, tornando-o mais adaptado à actividade que pratica.

3. Substâncias Terapêuticas

Abaixo estão citadas algumas substâncias terapêuticas, proibidas e permitidas no tratamento de algumas patologias que o atleta pode sofrer.

As substâncias mencionadas são apenas alguns exemplos das que podem ser utilizadas actualmente.

CATARRO, TOSSE E FARINGITE

PROIBIDAS: Medicamentos que contenham Codeína, Efedrina, Propanolamina (Bisolvon compositum)

PERMITIDAS: Bromexina (Bisolvon), Dextrometarfano, Doperastina, Zipeprol, Inalações de Mentol, Aerosóis Nasais (Brometo de Ipatrópio e Oximetazolina) e Antibióticos.

DIARREIA

PROIBIDAS: Morfina e Codeína.

PERMITIDAS: Loperamida, Difenoxilato. 

ASMA E FEBRE DOS FENOS

PROIBIDAS: Medicamentos que contenham Efedrina e Pseudoefedrina.

PERMITIDAS: Terbutalina, Salbutamol, Corticóides (só em aerosol), Teofilina e Antiestamínicos.

DOR DE CABEÇA  

PROIBIDAS: Medicamentos que contêm Codeína e Destropropoxifeno

PERMITIDAS: Aspirina e Paracetamol.

DOR MENSTRUAL

PERMITIDAS: Ibuprofeno, Buscapina.

CONTUSÕES E TRAUMATISMOS

PROIBIDAS: Medicamentos que contenham Codeína.

PERMITIDAS: Anti-inflamatórios não esteróides.

VÓMITOS

PERMITIDAS: Primperan.

4. Documentos e Autorizações

Os documentos abaixo apresentados são dois exemplos de autorizações que os médicos responsáveis têm que preencher para solicitar/justificar a necessidade do atleta tomar medicamentos que contenham substâncias não permitidas pelas leis.

 

 

 

 

Conclusão

Com este trabalho, pretendi informar e alertar sobre a prática do doping e dos seus verdadeiros perigos.

Penso que depois de lerem o este trabalho compreendam melhor o que é o doping, como é utilizado e principalmente quais os perigos que acarreta para a saúde humana.

Como comentários finais, gostaria de acrescentar que gostei de realizar este trabalho pois adquiri muita informação nova sobre este tema, que é um dos assuntos mais importantes e actuais da realidade desportiva.

Bibliografia

TEXTO:

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IMAGENS:

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