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Râguebi, uma modalidade em ascensão. Um desporto violento e fisicamente exigente. Escolhemo-lo precisamente porque não está muito divulgado em Portugal. Tem uma longa história e técnicas complexas, muitas vezes incompreendidas aos olhos do público. Será possível uma maior influência do que a actual? Quais as perspectivas para o futuro? Vamos explicar tudo neste trabalho Râguebi XXI, descrever um pouco a modalidade e as dificuldades dos atletas que a praticam, e ainda fazer perspectivas para os próximos anos em Portugal e no mundo. Podemos ainda orgulhar-nos de ter no nosso grupo de trabalho um atleta de râguebi, que facilitou a compreensão das regras e nos contou algumas das suas maiores dificuldades. No final deste trabalho, pode encontrar-se um Glossário de Clubes, Associações e Campeonatos, onde podem ser consultadas as entidades reguladoras intervenientes no desporto que são descritas no trabalho. Fundação da Football Association (F.A.) A fundação da Football Association deu-se em 26 de Outubro de 1863 com vinte e um clubes. As regras das principais vertentes do futebol da Inglaterra, como as de Cambridge, as de Sheffield e as de Rugby, foram então unificadas. Durante quase uma década o futebol e o râguebi foram o mesmo desporto em termos de regras, sendo considerado uma variante regional do futebol tradicional. Separação da Football Association e formação da Rugby Football Union (R.F.U.) Devido a um desentendimento do clube de futebol Blackheath (um dos fundadores da F.A.), cujo presidente era Francis Maude Campbell, sobre a abolição de duas regras do futebol (uma era sobre transportar a bola com as mãos, a outra sobre as placagens), em 26 de Janeiro de 1871, numa reunião em Londres, com os representantes das vinte e uma equipas da Inglaterra, é fundada a Rugby Football Union (R.F.U.), a primeira entidade controladora da modalidade no mundo. Algernon Rutter foi eleito o primeiro presidente da R.F.U. e as primeiras leis do râguebi foram tornadas oficiais em Junho desse mesmo ano.
Formação da I.R.F.B. (International Rugby Football Board) Devido a uma discussão sobre um ensaio entre as selecções da Inglaterra e da Escócia, num jogo em 1884, foi criada, em 1886, a International Rugby Football Board pela Escócia, Irlanda e País de Gales. A Inglaterra recusou participar na I.R.F.B. por terem uma maior quantidade de clubes e por não aceitarem o facto de ser essa associação a reger as leis do desporto. A entidade respondeu, proibindo os seus membros de organizarem jogos contra a Inglaterra ou contra clubes ingleses até que a R.F.U. aceitasse fazer parte do grupo de clubes. A Inglaterra só aceitou em 1890. Em 1997, a I.R.F.B. mudou a sua sede de Londres para Dublin. Em 1998 a entidade passou a chamar-se simplesmente International Rugby Board (I.R.B.). Desavenças e formação da Rugby League (R.L.) Devido a desentendimentos sobre o pagamento dos jogadores e o profissionalismo do râguebi, a 29 de Agosto de 1895, num encontro em Huddersfield, vinte clubes britânicos deixaram a R.F.U. e fundaram N.R.F.U. (Northern Rugby Football Union), que em 1922 passaria a ser chamada Rugby Football League. O mesmo aconteceu em 1907 com oito clubes em Sydney, Austrália, que formaram a New South Wales Rugby League. Mais tarde com a autonomia dos dois códigos do desporto eles começaram a diferenciar-se em relação às regras. Começavam já aqui a surgir variantes do râguebi no mundo. Primeiro campeonato internacional Em 1883 foi realizada a primeira competição internacional entre selecções, a Home Nations, composta pela Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales, sendo a Inglaterra a primeira campeã. Em 1910 a França entrou no campeonato que passou a chamar-se Five Nations. Em 1931 a França saiu do campeonato que voltou a ser chamado Home Nations. Em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, a França juntou-se de novo ao campeonato que adoptou de novo o nome antigo, Five Nations. Até 1993 não havia nenhum prémio para o vencedor da competição (nenhum tipo de medalha ou troféu). No ano 2000 a Itália entrou no campeonato que passou a chamar-se Six Nations. As primeiras ideias de um campeonato mundial de râguebi surgiram no século XIX, mas nunca foram postas em prática, até que, em 1982, foi sugerida á I.R.F.B. a primeira edição do Campeonato Mundial, para Março do ano seguinte, no Reino Unido, mas a ideia não foi em frente. Em Junho de 1983, a Austrália propôs ser sede do evento, a Nova Zelândia propôs uma junção á campanha da Austrália para realizar Campeonato Mundial. A princípio, todas as Home Nations eram contra a realização do evento, mas num encontro da I.R.F.B. em Paris, em 1985, os esforços da Austrália, Nova Zelândia e França, fizeram com que a África do Sul também votasse a favor (mesmo estando fora do evento, devido ao apartheid), o que levou a Inglaterra e o País de Gales a aceitar. Em Maio de 1987 começava o primeiro Campeonato Mundial de Râguebi, disputado pela Austrália, a Nova Zelândia e dezasseis nações convidadas de todos os continentes. A Nova Zelândia sagrou-se campeã. Em 1991, o segundo Campeonato Mundial era disputada na Inglaterra com a introdução das primeiras eliminatórias, sendo a Austrália a campeã. Quatro anos mais tarde, com o fim do apartheid, a África do Sul sediou o terceiro Campeonato Mundial, sagrando-se campeã. Em 1999 o quarto Campeonato Mundial foi realizado no País de Gales, sendo vencido pela Austrália. Em 2003 o Campeonato Mundial foi disputado na Austrália e a Inglaterra tornou-se a primeira campeã mundial do hemisfério norte. Em 2007 o Campeonato foi disputado em França, saindo vitoriosa a selecção da África do Sul. Em 2011, o Campeonato Mundial realizar-se-á na Nova Zelândia. Por tradição e por lei da I.R.B., o râguebi era um desporto amador, essa foi a principal questão da separação da rugby union e da rugby league. A questão do amadorismo contra o profissionalismo sempre foi muito discutida pela rugby union, já que por um lado, defendia-se o amadorismo por preservar a verdadeira essência de amor ao desporto, por outro, criticava-se o facto do râguebi se ter tornado um desporto de elite onde apenas os mais abastados tinham condições de jogar. Em 26 de Agosto de 1995, curiosamente cem anos após a criação da rugby league, a I.R.B. declara o râguebi como desporto "aberto", removendo todas as limitações sobre pagamentos e contratos. O possível motivo dessa decisão é o facto da I.R.B. ter dificuldades em controlar o amadorismo no desporto. Há aqueles que criticam a profissionalização, dizendo que ela fez aumentar a qualidade de jogo entre as nações profissionais e não profissionais, o facto, é que até hoje em dia muitas uniões ainda lutam contra a profissionalização (como a U.A.R.) e muitas outras limitam a quantidade de clubes e competições profissionais. A Federação Portuguesa de Râguebi é a entidade máxima do râguebi em Portugal, foi fundada em 1957, em Lisboa. Em 2007 foi possível assistir à estreia da Selecção Portuguesa de Râguebi Masculino (também chamados "Os Lobos") no Campeonato Mundial de Râguebi, composta apenas por jogadores amadores e treinada pelo seleccionador Neo-Zelandês Errol Brain. "Os Lobos" perderam todos os jogos, tendo sofrido três derrotas nos três primeiros jogos, mas ficaram muito perto de vencer a Selecção Romena no último jogo, e conseguiram marcar sempre um ensaio em cada jogo. As grandes equipas portuguesas de râguebi concentram-se na sua maioria na região de Lisboa, mas o jogo é praticado em toda a extensão do território, desde o Norte ao Sul de Portugal, com equipas desde o Minho e Trás-os-Montes até ao Algarve. Infelizmente, o país não tem nenhum clube de râguebi profissional.
Os lobos, num jogo com os Estados Unidos da América. O torneio das Três Nações é um dos mais conhecidos internacionalmente. É anual, disputado entre a Austrália, Nova Zelândia e a África do Sul. Os jogos do torneio também definem o vencedor da taça Bledisloe, entre Austrália e Nova Zelândia. A Austrália e a Nova Zelândia já tinham jogado juntas em 1903. A África do Sul fez um tour pelos dois países em 1921 e as três nações disputaram jogos esporádicos, principalmente a Austrália e Nova Zelândia que criaram a taça Bledisloe. Devido ao apartheid, a África do Sul só foi aceite em 1995 passando o torneio a ter três países, sob o nome de Three Nations. Logo após o fim da taça do mundo de râguebi 1995, a S.A.N.Z.A.R. (consórcio das confederações dos três países) anunciou um acordo de dez anos no valor de trezentos e sessenta milhões de dólares. A abertura da edição de 1996 foi dominada pelos All Blacks, vencedores de todos os jogos que disputaram, deixando os Sul-Africanos e os Wallabies com apenas uma vitória — um contra o outro. Uma história parecida ocorreu no ano seguinte quando os All Blacks mantiveram a sua hegemonia, e a Austrália e a África do Sul continuaram empatadas com uma vitória cada. Em 1998, o torneio deu uma reviravolta quando a África do Sul foi campeã, a Austrália segunda colocada e a Nova Zelândia no fim, sem uma única vitória. No dia 14 de Setembro de 2009, a Argentina foi convidada pela S.A.N.Z.A.R. a fazer parte do torneio a partir de 2012. A taça Europeia de Râguebi (European Rugby Cup) ou taça Heineken (Heineken Cup) devido ao patrocínio da cerveja Heineken, é um torneio de râguebi realizado entre equipas de seis países europeus: Inglaterra, França, Itália, Escócia, País de Gales e Irlanda, por isso é também chamado, vulgarmente, de campeonato europeu de râguebi. A Heineken Cup teve início no verão de 1995, quando cinco federações (Itália, França, Irlanda, País de Gales e Roménia – que entretanto deixou de participar nesta taça) resolveram elevar o patamar de competição do râguebi.
A Inglaterra e a Escócia não participaram na primeira edição pois o calendário sobrepunha-se ao das ligas locais. As equipas destes países só entraram na temporada seguinte (1996/97), quando o torneio já contava com vinte equipas dividas em quatro grupos de cinco. Em França, devido à legislação restringir os anúncios de bebidas alcoólicas, o nome do torneio é chamado de H Cup. Campeonato do Mundo de Râguebi O Campeonato do Mundo de Râguebi é o principal torneio entre selecções de râguebi do planeta realizado a cada quatro anos pela IRB e a terceira competição desportiva mais vista no mundo (atrás apenas da taça do Mundo de Futebol e dos Jogos Olímpicos). A primeira edição foi disputada em 1987, na Austrália e na Nova Zelândia, no qual participaram dezasseis selecções. Os neozelandeses foram campeões, derrotando a França na final. A Austrália e a África do Sul são as maiores vencedoras da taça do Mundo de râguebi, pois ambas foram bicampeãs: em 1991 e 1999; e em 1995 e 2007. A Nova Zelândia foi campeã em 1987 e a Inglaterra, em 2003. A última edição (2007) foi realizada em França, tendo sido a África do Sul campeã. A próxima edição será realizada em 2011 na Nova Zelândia Antes da taça do Mundo de râguebi haviam apenas competições regionais entre selecções. O râguebi esteve também presente em quatro olimpíadas (Paris em 1900, Londres em 1908, Antuérpia em 1920 e novamente em Paris, em 1924). Depois disso a modalidade foi removida do calendário olímpico. Recentemente regressou ao calendário olímpico mas como uma variação, o rugby seven. As primeiras ideias sobre um campeonato mundial de râguebi surgiram no início do século XX, mas nunca foi levada para a frente devido a forte oposição de vários membros da IRFB. Na década de 80 a ideia voltou a surgiu com a Australian Rugby Union e a New Zealand Rugby Football Union. Em 1985, numa assembleia da I.R.F.B., Austrália, Nova Zelândia e França votaram a favor da criação do torneio, o que levou a África do Sul a também votar a favor (mesmo sabendo que não poderia participar do torneio devido ao apartheid), com isso a votação pelo peso maior dos votos dessas nações empatou por oito-igual. Mas um delegado francês mudou o seu voto e logo depois um inglês fez o mesmo, e, com isso a votação terminou em dez-seis. A I.R.F.B. finalmente aprovou o campeonato inaugural.
A escolha das sedes dos torneios é feita previamente através de uma votação secreta entre os países membros da I.R.B., onde é avaliada a infra-estrutura, as condições de hospedagem e até mesmo o nível de popularidade do râguebi nos países candidatos à sede. A I.R.B. também exige um estádio com a mínima capacidade de sessenta mil espectadores para o jogo final. A partida de râguebi está dividida em duas partes de quarenta minutos, iniciando-se cada parte com um chuto de uma equipa para lá da linha de 10m da outra equipa. O objectivo principal do jogo é marcar mais pontos, para alcançar a vitória. Para tal existem quatro maneiras de o fazer: . Ensaio (cinco pontos): é marcado colocando-se a bola na área chamada in-goal. É importante saber que para o ensaio ser validado, a bola tem que ser colocado com a mão do jogador no solo. . Pontapé de conversão (dois pontos): após a equipa ter feito um ensaio tem o direito de chutar a bola aos postes. Na conversão a bola pode ser colocada a qualquer distância dos postes, desde que esteja perpendicular à linha de meta.
. Pontapé de penalidade
(três pontos): no caso de faltas graves é marcada penalidade. A equipa
beneficiada pode marcá-la de três formas diferentes: . Drop (três pontos): a qualquer momento da partida um jogador pode chutar a bola para aos postes. A única exigência é que a bola esteja originalmente nas mãos do dor e que a mesma toque o solo antes de ser chutada. As bolas oficiais têm que ter determinadas mediadas (ver na figura). Têm forma oval, pesam cerca de quatrocentos e cinquenta gramas e o material de que são feitas é geralmente o couro ou um material sintético que se lhe assemelhe.
Medidas em milímetros A superfície do campo deve ser relva, de preferência. Quando não é possível, pode ser de terra ou areia, desde que não seja perigosa. As dimensões regulamentares para os campos de râguebi são cem metros de comprimento e setenta metros de largura. O campo é formado por várias linhas, cada uma com uma função: . Linhas sólidas: linha de meta, linha de 22m, linha de 10m e as linhas exteriores, que limitam a área de jogo; . Linhas trajectadas: linha de 15m e a linha de 5m.
Medidas em metros Os campos de râguebi regulares são formados por dois postes na vertical, com nove metros de altura, e que distam cinco metros e sessenta centímetros um do outro, e um poste na horizontal que está a três metros do chão. (Ver figura)
Medidas em metros O número máximo de jogadores convocados para um jogo é de vinte e dois, dos quais sete são suplentes e quinze entram no início do jogo. Um jogador que seja substituído não pode regressar ao jogo excepto se sair em caso de lesão ou em caso de troca de equipamento. Os quinze jogadores que começam inicialmente ocupam diferentes posições: 1ª linha nos1 e 3) Pilares: São os jogadores mais robustos do jogo. Possuem grande corpulência física e são muito fortes e resistentes; no2) Talonador: As suas características físicas são semelhantes às dos pilares, ele é quem lança as bolas para as tuchs. 2ª linha nos 4 e 5) Segundas-linhas (direito e esquerdo): São os jogadores mais altos. São também conhecidos por saltadores pois são eles que nas tuchs saltam para apanhar a bola. 3ª linha nos 6 e 7) Asas (aberto e fechado): Possuem não só força física, mas muita velocidade, uma vez que devem estar sempre perto da bola para conseguir a sua pose; no 8) Oitavo ou número oito: A sua velocidade é essencial. Deve conseguir controlar a melé, mas também deve estar pronto para cobrir o campo todo caso seja necessário.
3/4 (sete
jogadores): no 10) Médio de abertura: Possui grande espírito de organização e comando, e utiliza a sua inteligência para aplicar e mudar as tácticas e estratégias conforme o desenvolvimento do jogo. O abertura está sempre na melhor posição para visualizar as falhas defensivas do adversário e, assim, pode aproveitá-las ao máximo. nos 12 e 13) Primeiro centro e segundo centro: Constituem a parte central da linha dos 3/4. Devem ser óptimos passadores já que a bola tem que passar por eles para chegar aos pontas. nos 11 e 14) Pontas (esquerdo e direito): São os que geralmente marcam os ensaios. São muito rápidos, pois são eles que furam a defesa contrária, e avançam a equipa. nos 15) Arriére ou defesa: É um jogador frio que possui reflexos rápidos. Esta posição requer muita responsabilidade porque por vezes é ele quem tem de placar o adversário para impedir o ensaio. É fora de jogo quando um jogador passa a bola para a frente, a um companheiro da sua equipa e ele toca na bola, como mostra a imagem. Ou quando um jogador chuta a bola e o seu companheiro no momento em que ele está a chutar está à sua frente, e toca na bola. (No râguebi apenas é permitido passar com a mão para trás mas com o pé é permitido passar para a frente e para trás). O ruck pode ocorrer apenas no decorrer do jogo. Para formar um ruck os jogadores devem estar ligados com pelo menos um braço em redor do corpo do adversário e a bola deve permanecer no chão. Regras do ruck: . Os jogadores não devem tocar na bola com a mão; . Um jogador não deve cair sobre a bola, pois assim está a impedi-la de sair do ruck; . Os jogadores não podem entrar no ruck de lado ou pelas costas da equipa adversária, se o fizerem estão fora-de-jogo (off-side); . Um jogador pode tirar a bola do ruck quando ela está atrás do ultimo pé do jogador de uma equipa na formação.
Ocorre durante o jogo e forma-se quando um jogador que leva a bola é seguro por um ou mais adversários, e um ou mais companheiros do portador da bola entram em contacto com o portador da bola. Todos os jogadores envolvidos estão sobre os seus pés e a mover-se em direcção a uma linha de ensaio. A bola não pode permanecer num maul estático mais de 5 segundos. As regras do maul são muito semelhantes às do ruck.
Acontece no decorrer de um jogo, e é quando um portador da bola é agarrado por um ou mais adversários e é derrubado para o solo. Tem como objectivo parar o adversário e tirar-lhe a bola. Se um companheiro de equipa vier ajudar o jogador placado forma-se um ruck ou um maul, e o jogador placado deve permanecer deitado segurando a bola com uma mão. Um jogador não deve placar outro acima dos ombros e também não deve impedir o jogador placado de se levantar.
A melé é formada em caso de penalidade e o ocorre onde o árbitro indicar. Forma-se com oito jogadores de cada equipe, são os avançados, ligados em três linhas por cada equipa. Juntam-se com seus adversários de modo a que as cabeças dos jogadores das primeiras linhas fiquem intercaladas. Assim forma-se um túnel no qual o número nove, o talonador, introduzirá a bola e os jogadores das primeiras linhas possam disputar a sua posse puxando a bola com pé até a bola chegar ao nº 8 e sair da melé.
A tuch é formada quando a bola sai de campo e é marcada ao longo da linha dos cinco metros, podendo-se estender no máximo até à linha dos quinze metros. É composta no mínimo por três jogadores e no máximo por oito, por cada equipa, sendo que um é o que lança a bola, o talonador que se encontra a cinco metros dos restantes avançados. São os segundas linhas que geralmente saltam com o apoio de dois companheiros para apanhar a cola no ar. É proibido na tuch invadir o espaço do adversário, isto é, os jogadores não podem aproximar-se mais de um metro dos adversário. Também é marcado falta se um jogador impedir outro de saltar.
Após a realização deste trabalho, pudemos concluir que o râguebi é um desporto com história, que remonta à já dois séculos atrás, e que continua ainda hoje a marcar os que nessa modalidade põem à prova as suas capacidades físicas . Tal como em todos os desportos, fica no ar a questão quanto aos prós e contras do amadorismo. Na nossa opinião, deverá sempre existir a possibilidade de quem quer que seja praticar qualquer modalidade, sem ter de ser a título profissional. Afinal, não é o desporto uma das melhores formas de se manter saudável? Temos pena que o râguebi não esteja mais divulgado no nosso país. Existe infelizmente um monopólio comprovado do futebol em relação às outras modalidades. E temos tão bons atletas! Mas é assim, é acima de tudo o público que dita o futuro de qualquer desporto. Mais do que qualquer clube, governo ou federação. Enquanto as pessoas se mantiverem entusiasmadas, o desporto perdurará. E está também aí a chave para o sucesso de modalidades menos promovidas como o râguebi, apostar na divulgação, em fazer chegar ao público a ideia de que temos excelentes equipas de modalidades tanto ou mais emocionantes do que o futebol. A imagem do râguebi têm de ser ‘modernizada’ para que os portugueses percebam que o país é bom, muito bom em mais modalidades para além do futebol. É esta a nossa ambição, a de vermos o râguebi mais promovido e mais amado pela população do nosso país. Associações, Clubes e Competições descritos no trabalho 1. Football Association Foi fundada em Inglaterra, 1863, altura em que o râguebi era considerado uma vertente de jogo (proveniente da cidade de Rugby). Juntou as regras de todas as vertentes do futebol em Inglaterra – vinte e um clubes no total, todos do Reino Unido. 2. Rugby Football Union Em 1871, sete anos depois da união na F.A., fundou-se esta nova instituição, exclusivamente para o râguebi. No mesmo ano, esta entidade definiu as regras oficiais do râguebi, as primeiras no mundo. O número de clubes manteve-se o mesmo. 3. International Rugby Football Board Em 1886, voltou a formar-se uma nova associação, mas desta vez à margem da Inglaterra, que recusava submeter-se às regras de outros pois tinha a maioria dos clubes no seu país. Quatro anos depois, a Inglaterra cedeu devido a estar restringida a jogos internos, e aceitou as condições. 4. Northern Rugby Football Union Mais uma vez devido a tensões entre os clubes, voltaram a dividir-se. Dentro do Reino Unido, praticamente todos os clubes formaram a N.R.F.U. no ano de 1895. 5. New South Wales Rugby League Sete anos depois de N.R.F.U., na Nova Zelândia (onde vários clubes amadores já existiam há muitos anos, trazidos do Reino Unido pelos colonizadores e exilados) formou-se a N.S.W.R.L. 6. Rugby League Uma das duas variantes de râguebi no mundo. Joga-se com menos dois jogadores (os asas esquerda e direita) e um campo menor. Está mais difundida na Nova Zelândia, Austrália, Reino Unido e França. 7. Rugby Union Principal variante do râguebi no mundo. Em campo estão quinze jogadores. As regras e técnicas deste trabalho estão escritas para Rugby Union. 8. U.A.R. – Unión Argentina de Rugby Federação de râguebi da Argentina, actualmente com cinco pólos de equipas, seniores e juniores, masculinas e femininas. 9. Selecção Portuguesa de Râguebi Masculino Também chamada de ‘Os Lobos’, é uma selecção composta por amadores, formada no século XX (em 1935). Não obtiveram nenhuma conquista de título recentemente mas têm sido apurados para competições de relevo, salientando-se a participação na fase final do campeonato do mundo de râguebi. 10. Bledisloe Cup A taça Bledisloe é um torneio anual que se realiza desde 1932 entre as selecções da Nova Zelândia e Austrália. Desde 1996 os jogos desta taça contam no campeonato Three Nations, que surgira depois da taça com os dois países e ainda a África do Sul. 11. All Blacks É o nome de uma equipa muito conhecida da Nova Zelândia, que já ganhou várias provas internacionais de renome. É patrocinada há já muitos anos pela Adidas. 12. Wallabies Este é outro clube, da Austrália. É curioso o seu nome ser esse, porque é uma espécie de Canguru. Actualmente tem o patrocínio da companhia aérea australiana Qantas. 13. S.A.N.Z.A.R. A South Africa, New Zealand and Australia Rugby é uma união das federações de râguebi destes três países. Juntam-se para torneios e campeonatos, estando responsável a S.A.N.Z.A.R. por organizar o famoso Three Nations, e mantendo uma posição no júri do All Blacks (que é uma instituição à parte mas que também é disputado entre os três países). 14. Heinekein Cup A taça Heinekein é um torneio de râguebi realizado entre países da Europa: Inglaterra, França, Itália, Escócia, País de Gales e Irlanda. Começou a ser realizada em 1995, sem a Inglaterra e a Irlanda, que se juntaram no ano a seguir. 15. Campeonato do Mundo de Râguebi Este campeonato é realizado entre países de todo o mundo, Portugal participa. O número de países varia mas a competição efectua-se todos os quatro anos. Começou em 1987. 16. Rugby Sevens Esta é outra variante do jogo de râguebi. Como o nome indica, tem apenas sete jogadores e é jogada principalmente em Jogos Mundiais, que são eventos paralelos aos jogos olímpicos onde participam modalidade reconhecidas pelo Comité Olímpico mas que não participam na Olimpíada. Portugal obteve uma medalha de prata (segundo lugar) na última edição, em 2009. Além da participação nos jogos mundiais, o Sevens tem os seus próprios campeonatos nacionais e internacionais. 17. I.R.B. A International Rugby Board é a federação internacional de râguebi, que sucedeu à International Rugby Football Board, mas apenas lhe alterou o nome, para uma maior diferenciação do râguebi em relação ao futebol. Actualmente organiza prémios como IRB Player of the Year, o jogador do ano da I.R.B., e também equipa, treinador entre outras nomeações. Bibliografia de Consulta dos Autores 1. «Grande Enciclopédia Universal» – volumes 15 e 17 Autores Vários 2004, Editora Edita Durclub S.A., Lisboa 2. «Rugby, Une Passion» Richard Escot 2006, Editora La Martinière, Paris 1. Federação Portuguesa de Râguebi www.fpr.pt 2. Râguebi em Portugal e no Mundo www.raguebi.com 3. História do Râguebi www.wikipedia.org 4. All Blacks from New Zealand www.allblacks.com 5. Australia’s Wallabies Fan Page www.wallabiesfromaustralia.blogspot.com 6. Portugal campeão europeu de râguebi na variante de Sevens www.ionline.pt 7. International Rugby Board webpage www.irb.com 8. Planet Rugby – news, scores, results and fixtures www.planetrugby.com 9. The official site of the Rugby World Cup www.rugbyworldcup.com 10. New Zealand Community Rugby www.nzrugby.co.nz Outros Trabalhos Relacionados
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O
primeiro jogo internacional de râguebi foi disputado no Reino Unido, em
Raeburn Place, na Escócia, a 27 de Março de 1871, entre a Escócia e a
Inglaterra. O jogo foi vencido pela Escócia por um golo e um ensaio
contra um ensaio da Inglaterra. 
O
Troféu Webb Ellis é o prémio dado ao campeão da taça do Mundo de Rugby.
O nome do troféu é uma referência ao que se pensa ter sido o inventor do
râguebi, William Webb Ellis. O troféu em si tem trinta e oito
centímetros de altura e é feito de ouro e prata. Tem duas hastes, numa
tem um sátiro e na outra tem uma ninfa. Na parte inferior vem cravado o
nome dos países que já conquistaram o troféu. 
no
9) Médio de formação: A sua principal tarefa é obter a bola dos
avançados e mandá-la para os restantes 3/4, com a máxima velocidade e
precisão. Deve caracterizar-se por um passe rápido e extremamente
preciso para dar ao médio de abertura mais tempo para tomar decisões.
