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Trabalhos de Estudantes

Trabalhos de Educ. Física - 11º Ano

 

Jogos Olímpicos de Inverno

Autores: Hugo Ribeiro, Daniel Moreira, Flávio Dias, João Fernandes e Tiago Sampaio

Escola: Escola Secundária de Valongo

Data de Publicação: 24/07/2010

Resumo do Trabalho: No decurso do tema Jogos Olímpicos situam-se os de Inverno. Este trabalho contém todos os subtemas dos Jogos Olímpicos de Inverno, e valoriza todos os desportos incluídos falando também sobre a situação portuguesa. Ver Trabalho Completo

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Jogos Olímpicos de Inverno

Introdução

Desde os tempos da Grécia antiga, o desporto foi sendo valorizado como uma actividade com grande competição em que o mérito dos atletas é recompensado. Quando, após longos anos sem esta celebração, em 1896, foi retomada a tradição grega, iniciando-se assim o longo percurso dos Jogos Olímpicos. Como estes jogos consistiam em desportos realizados em climas não invernais, foi necessário criar um outro evento que engloba-se os jogos realizados na neve e no gelo. Foi então que o Comité Olímpico Internacional (COI) oficializou os Jogos Olímpicos de Inverno realizados a partir de 1924.

Com isto, atletas que fazem da sua vida os desportos da neve e do gelo, tiveram e continuam a ter a oportunidade de demonstrar as suas qualidades numa celebração do desporto de inverno e das regiões polares. Países com climas polares ou com presença de grandes montanhas, dominam nas oportunidades para praticar todas as modalidades invernais e, por isso, dominam os Jogos de Inverno. Contudo, não são só estes países que se fazem representar, havendo também a participação de países com clima quente. Havendo menos aderência por parte do mundo, não deixa de ser uma celebração do desporto, em que todos querem participar.

Realizamos este trabalho de modo a ficarmos a saber mais sobre estes Jogos invernais que muitas vezes nós desprezamos. O seu entendimento e a experiência de vivermos atentamente a visualização da arte dos atletas, esperamos que nos permita chegar a uma recompensa em relação ao conhecimento e ao interesse sobre estas actividades praticadas na neve. Tem como destino a disciplina de Educação Física, cuja área não nos permite a aprendizagem destas modalidades muito devido ao clima da nossa região, mas o espírito transmitido através de outros desportos é o mesmo.

Tivemos muita sorte em elaborarmos um trabalho sobre os Jogos Olímpicos de Inverno e paralelo com o desenrolar dos Jogos Olímpicos de Inverno 2010, em Vancouver, Canadá, já que nos possibilitou compreensões variadas acerca do tema que tratamos. É, de facto, com grande interesse que é desenvolvido um projecto destes.

História dos Jogos Olímpicos de Inverno

Quando o COI (Comité Olímpico Internacional) foi estabelecido em 1894, um dos desportos propostos para o programa foi a patinagem no gelo. No entanto, a patinagem só foi introduzida nos Jogos até às Olimpíadas de Verão de 1908 em Londres, que representou quatro eventos de patinagem artística.

Três anos depois, o italiano Eugenio Brunetta d’Usseaux propôs ao COI a realização de uma semana com desportos de Inverno nas Olimpíadas de Verão de 1912 em Estocolmo. Os organizadores opuseram-se a esta ideia, querendo então promover os Jogos Nórdicos, uma competição de Desportos de Inverno, realizada de 4 em 4 anos entre competidores dos países Nórdicos.

Contudo, esta mesma ideia foi proposta novamente para os Jogos de 1916, que iam ser realizados em Berlim. Uma semana de desportos de Inverno com patinagem de velocidade, patinagem artística, hóquei no gelo e esqui nórdico foi planeada, mas os Jogos Olímpicos de 1916 foram cancelados devido à Primeira Guerra Mundial. Os primeiros Jogos Olímpicos depois da Guerra, os Jogos de 1920, na Antuérpia, novamente representaram patinagem artística, enquanto o hóquei no gelo fez a sua estreia Olímpica.

Só em 1924, o Comité Olímpico Internacional reconheceu a Semana Internacional de Desportos de Inverno, realizada na cidade francesa de Chamonix, como Jogos Olímpicos de Inverno, que passaria a acontecer regularmente.

 

Fig.1) Inauguração da Semana Internacional de Desportos de Inverno, em Chamonix.

Sedes dos Jogos

No princípio, os Jogos de Verão e de Inverno eram atribuídos a um mesmo país para serem realizados no mesmo ano. Foi assim até à quarta edição, na Alemanha, em 1936 (ano em que Berlim sediou os Jogos de Verão e Garmish-Partenkirchen sediou os Jogos de Inverno). Depois de duas edições canceladas por causa da Segunda Guerra Mundial (Sapporo 1940 e Cortina d’Ampezzo 1944), os Jogos passaram a ser realizados por países diferentes, mas continuaram a acontecer no mesmo ano. Em 1986 o COI decidiu intercalar os Jogos de Verão e de Inverno, realizados sempre nos anos pares. Assim, os Jogos de Albertville 1992 foram sucedidos pelos Jogos de Lillehammer 1994.

Os Estados Unidos sediaram os Jogos quatro vezes, mais do que qualquer outro país. Em seguida vem a França, com três edições. No total, dez países já receberam os Jogos de Inverno. A última edição aconteceu na cidade canadiana de Vancouver, em Fevereiro de 2010. A próxima edição acontecerá na cidade russa de Sóchi, em Fevereiro de 2014.

 

Fig.2) Sedes das Olimpíadas de Inverno:

Verde = Países que já receberam uma edição dos Jogos Olímpicos de Inverno

Azul = Países que já receberam duas ou mais edições dos Jogos Olímpicos de Inverno

Pontos pretos = Cidades que já receberam uma edição dos Jogos Olímpicos de Inverno

Pontos laranja = Cidades que já receberam duas edições dos Jogos Olímpicos de Inverno (Lake Placid, EUA; St. Moritz, Suíça e Innsbruck, Áustria)

Processo de eleição

Para uma cidade ser eleita sede dos Jogos Olímpicos de Inverno tem de passar por várias fases de eleição. A cidade sede é, actualmente, eleita 7 anos antes da realização dos Jogos de modo a conseguir preparar-se para a sua organização. O desejo dos habitantes que a sua cidade seja candidata é um dos factores importantes para esta seguir em frente, já que sem o consenso da população a cidade não se pode candidatar.

Assim, uma cidade que queira ser sede dos Jogos de Inverno tem, primeiramente, que ultrapassar a disputa interna do Comité Olímpico do seu país, caso hajam outras cidades candidatas. De seguida o COI declara as cidades finalistas da eleição eliminando todas as outras que também eram candidatas. Na última fase a cidade concorre com as outras finalistas e só ganha se conseguir obter a maioria absoluta na votação. Caso a maioria absoluta não se tenha alcançado, há uma nova votação entre as duas melhores votadas anteriormente. O vencedor desta fase é oficialmente a cidade-sede dos próximos Jogos.

Cidades-sede desde a primeira edição:

 

Tabela 1) Cidades sede e respectivos anos de realização dos Jogos de Inverno.

Números

Desde a primeira edição que o número de atletas, países participantes e eventos tem vindo a aumentar. A tendência é que cada vez mais países se venham juntar à festa dos desportos de Inverno e, obviamente, aumente também o número de atletas. Já quanto ao número de eventos também pode aumentar já que alguns desportos não incluem competição feminina.

Até agora a edição em que mais nações estiveram presentes foi em 2010, em Vancouver, com 83 nações. A primeira edição só conseguiu juntar 16 países. Com mais atletas foi novamente Vancouver que reuniu 2762, a edição com menos atletas foi a terceira edição em Lake Placid reunindo apenas 252 atletas. Com mais eventos até agora a edição de 2010 foi a premiada com 86 eventos sendo as edições realizadas em 1928 e 1932 as que menos eventos realizaram.

 

Gráfico 1) Aumento do número de nações ao longo dos anos.

 

Gráfico 2) Aumento do número de atletas ao longo dos anos.

 

Gráfico 3) Aumento do número de eventos ao longo dos anos.

Como é provado pelos gráficos os números tendem a aumentar, trazendo para os Jogos Olímpicos de Inverno mais nações, mais atletas para participarem em mais eventos e obviamente mais apoiantes, que fazem a festa dos desportos de Inverno.

Logótipos

Em todas as edições foram elaborados logótipos de modo a representar a edição nos reclames publicitários e de modo a distinguir uma edição. Assim, houve desde 1924, cartazes e desenhos que nos permitem diferenciar cada uma das edições olímpicas. De seguida, apresenta-se todos os logótipos das edições dos Jogos Olímpicos de Inverno.

 

Fig.3) Chamonix, 1924

 

Fig.4) St. Moritz, 1928

 

Fig.5) Lake Placid, 1932

 

Fig.6) Garmisch, 1936

 

Fig.7) St. Moritz, 1948

 

Fig.8) Oslo, 1952

 

Fig.9) Cortina d’Ampezzo, 1956

 

Fig.10) Squaw Valley, 1960

 

Fig.11) Innsbruck, 1964

Fig.12) Grenoble, 1968

 

Fig.13) Sapporo, 1972

 

Fig.14) Innsbruck, 1976

 

Fig.15) Lake Placid, 1980

 

Fig.16) Sarajevo, 1984

 

Fig.17) Calgary, 1988

 

Fig.18) Albertville, 1992

 

 

Fig.19) Lillehammer, 1994

 

Fig.20) Nagano, 1998

 

Fig.21) Salt Lake, 2002

 

Fig.22) Turim, 2006

 

Fig.23) Vancouver, 2010

Mascotes

A palavra mascote surgiu na década de 1860 e vem do provençal "masco", que significa mágico. Actualmente as mascotes fazem parte do conglomerado de merchandising das olimpíadas, tornando adultos crianças e fazendo as crianças perturbarem os adultos.

No entanto o objectivo principal da mascote é criar um vínculo afectivo com o público, apresentando, normalmente, um tema relacionado à cultura ou à fauna do local onde estão sendo realizados os Jogos.

Schuss – Grenoble, 1968

Schuss, um esquiador de cabeça vermelha e roupa azul, é considerado a primeira mascote olímpica, embora com carácter não oficial. Foi a sua enorme popularidade, assente em pins e bonecos comercializados durante os jogos olímpicos, que lançou as restantes mascotes. No entanto, não “viveu” ausente de críticas, sendo de apelidado de “ O Espermatozóide Esquiador” pela sua simplicidade que se assemelhava, obviamente, a um espermatozóide.

Fig.24)

Schneemann – Innsbruck, 1976

Schneemann, correspondente alemão a Homem das Neves, foi assim a primeira mascote oficial dos Jogos Olímpicos de Inverno. Apesar de se ser desconhecido porque foi criado, Sabe-se que foi comercializado como peluches, pins e outros tipos de lembranças.

Fig.25)

Roni – Lake Placid, 1980

Roni, o guaxinim, foi a primeira mascote a ser representada em diferentes poses em diferentes produtos. No entanto a existência de Roni deve-se ao facto que a mascote principal, um guaxinim vivo, Rocky, ter morrido antes de os Jogos começarem, sendo assim substituído por Roni.

Fig.26) 

Vucko – Sarajevo, 1984

Vucko, um lobo, foi a mascote idealizada para os jogos olímpicos de Inverno em Sarajevo, na defunta Jugoslávia. O seu nome deriva da palavra servo-croata Vuk (lobo), e foi escolhido entre uma final com outros cinco concorrentes entre quais um cordeiro, uma cabra montanhesa e uma bola de neve.

Fig.27)

Hidy & Howdy – Calgary, 1988

Hidy & Howdy, formaram as primeiras mascotes duplas em quais queres jogos olímpicos, sendo os seus nomes escolhidos num concurso organizado por um zoo local entre mais de 7000 aplicações. Estranhamente representam ursos polares cowboys, algo incomum devido as naturezas diferentes associadas a cowboys e a ursos polares, geograficamente e culturalmente.

Fig.28)

Magique – Albertville, 1992

Metade humano e metade estrela, Magique apareceu como um substituto para a cabra Chamois. Segundo consta, Magique foi criado para representar os sonhos e a imaginação (forma de estrela), contrastando com o lado técnico dos Jogos em si.

Fig.29)

Haakon & Kristin – Lillehammer, 1994

Haakon e Kristin foram as primeiras figuras humanóides a representar os Jogos Olímpicos. Baseados no folclore norueguês, foram representados por diversos casais reais durante eventos promocionais e durante os jogos.

Fig.30)

Snowlets – Nagano, 1998

Representantes dos jogos olímpicos de Inverno, no Japão, estas pequenas corujas (owlets), adoradoras da neve (snow), tiveram também como origem a substituição de uma mascote inicial, a doninha Snowple. Bastante criticadas pelo seu aspecto desleixado, estas mascotes foram ganhando alguma popularidade ao longo dos Jogos. O nome das 4 corujas é: Sukki, Nokki, Lekki, e Tsukki.

Fig.31)

Powder, Coal e Copper – Salt Lake City, 2002

Escolhidos a partir do folclore dos americanos nativos, estas três mascotes representam o ideal olímpico: A lebre representa a velocidade (Citius), o coiote a altura (Altius) E o urso negro a força (Fortius).

Fig.32)

Neve e Gliz – Turim, 2006

Escolhidos para serem os representantes dos Jogos de Inverno de Turim, Neve e Gliz representam, respectivamente, uma bola de neve e um bloco de gelo. Foram ambos criados Por Pedro Albuquerque numa competição internacional realizada pelo comité organizador dos Jogos.

Fig.33)

Sumi, Quatchi, Miga e Mukmuk – Vancouver, 2010

Provavelmente, as mascotes com maior história passada. Sumi, o espírito guardião, é considerado como uma mistura de várias lendas nativas e representa essencialmente os jogos paraolimpicos. Já Quatchi é um sasquatch, outra lenda pertencente aos nativos locais da costa oeste do Pacífico, que tradicionalmente habita as florestas do Canada. Miga, mais uma personagem retirada de uma lenda, é metade ursa metade orca (ursa marinha). A sua origem baseia-se na lenda de que quando as orcas chegavam a terra firme, estas se transformavam em ursos. Por fim Mukmuk é um castor, sendo uma mascote não oficial, sendo criado como ajudante dos outros três.

Fig.34)

Ex-modalidades Olímpicas

Houve desde Chamonix, várias modalidades que foram sendo acrescentadas ao programa dos Jogos Olímpicos de Inverno. Mas nem todas foram aceites, ficando algumas pelos testes e outras continuam a ser praticadas em grande número mas ainda não têm o apoio do COI para integrarem os Jogos de Inverno. São todas as modalidades muito interessantes e que merecem destaque, por serem praticadas na neve e no gelo. As modalidades que só fizeram parte de demonstrações dos Jogos são:

. Skijoring

. Corrida de cão e trenó

. Icestock

. Pentatlo de Inverno

. Bandy

. Esqui de velocidade

Skijoring

O skijoring foi demonstrado nos Jogos de St. Moritz, em 1928, e consistiu em apenas uma prova, a masculina. O evento não valeu medalhas. Nesta modalidade uma pessoa esquia puxada por cães, cavalos ou um veículo a motor. Nos jogos de 1928, os esquiadores foram puxados por cavalos.

 

Fig.35) Esquiadores sendo puxados por um cavalo.

Corrida de cão e trenó

A corrida de cão e trenó ou sled dog race, foi incluída como desporto de demonstração nos Jogos de 1932. Participaram 5 atletas do Canadá e 7 dos EUA, no entanto não foi atribuída medalha. O evento decorreu segundo as leis do New England Sled Dog Club, tendo o percurso 40,5 km. Com seis cães por sled, cada sled tinha de ter 3 minutos de intervalo.

 

Fig.36) Corrida de cão e trenó.

Icestock

O icestock (também conhecido como curling bávaro) é um desporto de inverno semelhante curling. Os concorrentes deslizam icestocks sobre uma superfície de gelo, apontando para um alvo. Os icestocks têm uma superfície de deslizamento a que uma vara (com 30 cm) é unida. O desporto, praticado na maior parte em Alemanha e no sul da Áustria, foi demonstrado nos Jogos Olímpicos de Inverno em duas ocasiões. Embora seja um desporto jogado tradicionalmente numa superfície do gelo, os eventos no Verão são praticados em alcatrão.

 

Fig.37) Jogo de icestock.

Pentatlo de Inverno

Nos Jogos de St. Moritz, em 1948, foi demonstrado o pentatlo de Inverno. Esta modalidade é constituída por 5 desportos: esqui cross-country, tiro, esqui alpino (downhill), fencing e corrida de cavalos. Nessa edição a prova foi dominada por suecos que obtiveram os 3 primeiros lugares.

 

Fig.38) Desportos que fazem parte do pentatlo.

Bandy

É um desporto de inverno praticado ao ar livre, no qual uma bola é batida por um stick. O campo de bandy é plano e de gelo. Esta modalidade tem bastantes regras semelhantes às do futebol. É o único desporto olímpico de inverno que é reconhecido pelo COI mas não está incluído no calendário actual dos Jogos de Inverno. Teve a única oportunidade de se demonstrar nos Jogos de Oslo em 1952.

 

Fig.39) Partida de bandy.

Esqui de velocidade

O esqui de velocidade fez a sua demonstração nos Jogos Olímpicos de Inverno, em 1992. É um dos desportos não motorizados, mais veloz em terra.

 

Fig.40) Posição de esqui de velocidade.

Modalidades

Desde a primeira edição que o número de modalidades praticadas tem vindo a aumentar, tendo participação actual apenas 15 modalidades nos Jogos de Inverno:

. Biatlo

. Bobsleigh

. Combinado Nórdico

. Curling

. Esqui Alpino

. Esqui Cross-Country

. Esqui Estilo Livre

. Hóquei no Gelo

. Luge

. Patinagem Artística

. Patinagem em Velocidade

. Patinagem em Velocidade em Pista Curta

. Salto de Esqui

. Skeleton

. Snowboard

Desde o início dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Chamonix, nenhuma destas modalidades teve presença assídua em todos os eventos realizados, pelo que a história de cada uma das modalidades é interessante de se conhecer.

Biatlo

Como o próprio nome diz, é uma dupla modalidade numa só: tiro e esqui cross-country. Surgiu na Noruega como um exercício para soldados. O primeiro campeonato mundial foi realizado em 1957. Três anos mais tarde, introduziu-se esta modalidade nos Jogos Olímpicos de Inverno (Squaw Valley, 1960).

Dentro do Biatlo, podem-se encontrar provas como: individuais (podendo ser subdivida em provas de velocidade, perseguição, saída em massa e provas individuais) e estafetas com revezamento. Aquando das provas individuais, cada atleta masculino tem de esquiar 20km e feminino 15km. Os participantes saem em intervalos de 30 segundos e, durante o percurso, há quatro zonas de tiro (nesta prova os tiros têm de ser feitos, alternadamente, de pé e deitado) e que por cada disparo falhado penaliza-se com um minuto no tempo total. Quanto às provas de velocidade, os atletas masculinos percorrem 10km e os femininos 7,5km. Ao contrário da prova individual, é mais curta e, consequentemente, só tem duas carreiras de tiro; os atletas saem de 30 em 30 segundos. Após duas voltas à pista, disparam, uma vez de pé e outra deitados, a cinco alvos brancos - por cada falha, devem percorrer 150 metros adicionais. As provas de perseguição são de 12,5km para os homens e 10km para as mulheres          . Nesta prova, são realizadas 4 carreiras de tiro, onde os atletas saem com diferenças do final do sprint. A novidade nos Jogos de 2006 foi a prova das “Saídas em Massa”, 15km masculinos e 12,5km femininos. Prova com 4 carreiras de tiro, onde os atletas saem todos em conjunto. A prova de esqui é livre, ao contrário das outras provas desta modalidade mas tal como as outras provas, a arma é transportada ao ombro.

As estafetas são divididas em duas provas – revezamento e revezamento misto – na primeira, cada equipa é composta por 4 biatletas, sendo que os atletas masculinos percorrem 7,5km e os femininos 6km. Cada corredor tem de realizar 2 paragens para tiro, cada uma sobre cinco alvos brancos para o que dispõem de oito balas. Caso não atinjam algum alvo, devem percorrer 150 metros de penalização e depois continuar a prova. No caso do revezamento misto, cada equipa é composta por quatro atletas (duas femininas e dois masculinos). A única diferença em relação ao revezamento normal, é que a primeira e a segunda volta são feitas pelas atletas femininas (percorrendo 6km cada) e a terceira e quarta volta são feitas pelos atletas masculinos (percorrendo 7,5km cada).

Fig.41) Equipamentos, rifle e alvos.

Bobsleigh

Esta modalidade foi criada na Suíça e as primeiras provas eram disputadas em pistas cobertas de neve (fig. 42), tendo sido inaugurada a primeira pista especialmente para a competição em 1902. Em 1924, aquando da realização dos primeiros Jogos Olímpicos de Inverno de Chamonix, foi introduzido como desporto Olímpico, limitada à modalidade de 4 pessoas (masculino). Posteriormente, nos Jogos Olímpicos de 1932, em Lake Placid, sofre uma evolução, tendo sido acrescentado a variação de 2 pessoas (masculino). A discriminação sexual só acabou em 2002, quando em Salt Lake City foi incluído o bobsleigh feminino (2 pessoas).

 

Fig.42) Equipa de Bobsleigh em Davos, Suíça - 1910

No quadro das competições de bobsleigh podemos encontrar as modalidades de 4 pessoas (masculinos) e 2 pessoas (masculino e feminino).

Para este desporto, devem utilizar-se equipamentos adequados, tais como:

. Capacete de Skeleton;

. Luvas;

. Sapatilhas de Bobsleigh;

. Ombreiras, cotoveleira e joelheiras;

O trenó deve ter especificações rígidas:

. Peso: 175 kg – 2 pessoas / 227 kg – 4 pessoas

Desde a criação do desporto, que as pistas de gelo têm sido aperfeiçoadas para a realização do desporto, mas cada nova pista de bobsleigh, deve ter:

. Comprimento: 1500m

. Curvas: entre 15 e 19 curvas

. Custo para construção: deve rondar os 41012400€

Dos 1500m que compõem a pista, 50 deles servem para os atletas impulsionarem o trenó, da seguinte forma:

 

Fig.43) Técnicas utilizadas  para pôr o trenó em andamento.

Para tal conseguirem o feito que mostra a fig. 43, os atletas possuem sapatilhas especiais (sapatilhas de bobsleigh) com 600 agulhas para perfurarem o gelo, dando tracção e equilíbrio aos atletas. Normalmente, a distância é percorrida em menos de 6 segundos, levando o trenó a uma velocidade de 40 km/h. No fim dos 50m encontra-se uma linha que indica o momento em que os atletas têm que entrar para dentro do Bob, ou seja, iniciando assim uma prova de destreza por parte do piloto.

Antes de se iniciar a prova, cada equipa treina e memoriza o trajecto da pista. No momento da entrada dos atletas no Bob, depois de impulsionado, o piloto tem de ser capaz de se recordar da pista e levar a sua equipa à vitória. No interior do trenó, encontra-se um mecanismo de direcção, que o piloto tem de manusear cuidadosamente para evitar erros que possam levar a uma capotagem e, consequentemente, à eliminação da equipa.

No final da prova, o piloto faz um sinal ao atleta de trás para efectuar a travagem. Este puxa o freio e diminui a velocidade do trenó gradualmente.

Após o cruzamento da meta, e dependendo da inclinação da pista, cada equipa faz um tempo que pode variar entre os 50 e os 60 segundos. Em determinadas partes, o trenó pode chegar aos 140 km/h.

 

Fig.44) Pista de Cesana Pariol.

Combinado Nórdico

Esta modalidade é uma mistura das modalidades de salto de esqui e de esqui cross-country. A modalidade tem origem na Noruega, e conta com presença assídua em todas as edições dos Jogos Olímpicos, desde Chamonix, 1924.

A ordem dos atletas na prova de cross-country é determinada nos saltos de esqui, ou seja, quem realizar o salto mais longo começa em primeiro a prova de cross-country.

Esta prova é apenas disputada por homens, tendo inserida dentro dela três estilos: individual (15km), velocidade (7,5km) e por equipas (4x5km).

 

Fig. 45) Provas constituintes do combinado nórdico:

- Salto de Esqui na parte de cima;

- Esqui cross-country na parte de baixo;

 

Fig.46)

 

Fig.47)

 

Fig.48)

Curling

As primeiras provas foram realizadas na Escócia, sendo considerado, neste país, o segundo desporto mais importante, depois do golfe. Num poema de Henry Adamson, foi encontrada uma referência ao desporto. Este utilizou um verbo, to curl (curvar), ou seja, uma referência à trajectória das pedras no campo.

Sendo o país fundador do desporto, é lá que se encontra a Federação Mundial de Curling. Porém, como foi possível ver nos Jogos Olímpicos de Inverno deste ano, o Canadá ganhou uma medalha de ouro (masculino) e uma de prata (feminino).

Em Chamonix, 1924, foi realizado num evento de demonstração, tendo sido novamente demonstrado nos Jogos de 1932, em Lake Placid. Em 1998, nos Jogos de Nagano, foi oficializado com desporto olímpico, tendo sido, então, integrado nas Olimpíadas posteriores.

Cada equipa é composta por quatro membros, sendo o mais importante o organizador da equipa, o skip; este posiciona-se no final da pista e discute a táctica de jogos com o resto dos companheiros (fig. 49). Uma das principais responsabilidades dos skips, é definir quando é que os varredores devem actuar ou não, para assim rectificar a trajectória da pedra, ou inclusive, curvá-la ligeiramente para o sítio pretendido. Os restantes membros vão trocando de posições, entre lançador e varredores. Normalmente, são dois varredores (responsáveis pelo uso da vassoura e avaliação da velocidade da pedra, para além de conversarem com o skip). A vassoura reduz o atrito entre a pedra e o gelo que resulta num aumentando da velocidade e também modificando a trajectória. Cada período implica o lançamento de oitos pedras por parte de cada equipa, portanto, de acordo com as regras de curling, cada jogador deve lançar duas vezes, sendo depois trocado por outro elemento da equipa. Os últimos dois lançamentos são efectuados pelo skip, visto serem os mais importantes dos períodos. A única função que o skip não pode assumir é a de varredor.

 

Fig. 49) David Murdoch, skip Escocês.

Algumas regras no jogo consistem no tempo em que cada equipa tem para completar o jogo todo, ou seja, cada jogo tem 10 períodos, podendo não serem realizados por completa caso o resultado esteja dilatado (como aconteceu num jogo contra a China, em que o Canadá ganhou em 8 períodos por 10-3, pois a partir do oitavo período é permitido a uma equipa desistir do jogo, caso isto aconteça); cada equipa possui de 73 minutos para realizar quaisquer que sejam as jogadas, conversações, estratégias, durante todo o jogo. Também podem ser pedidos dois descontos de tempo por cada equipa (60 segundos). Para além do que foi dito em cima, em relação às desistências, uma equipa é considerada derrotada quando o número de pedras restantes é inferior ao resultado verificado na altura.

Para este desporto são necessários equipamentos e ringues especiais para se puder praticá-lo:

. As pedras têm de rondar entre os 17 e os 20 quilos;

. A circunferência tem de medir no máximo 91 cm e a altura 11 cm;

. A pista de gelo deve medir aproximadamente 45,4 m de comprimento e 4,75 m de largura (fig. 50);

. As linhas pretas escuras indicam o limite em que os atletas devem largar as pedras e também, a linha limite que os atletas têm de lançar;

. Cada atleta deve possuir uns ténis específicos e desiguais, ou seja, um dos ténis é de sola de teflon (material com baixo coeficiente de atrito), o outro é composto por uma superfície mais áspera, para propiciar o controlo de velocidade.

 

Fig.50)

Esqui Alpino

Conta com presença assídua a partir dos Jogos de 1936, em Garmisch-Partenkirchen.

Este desporto consiste em efectuar descidas em velocidade, com passagens obrigatórias e contra-relógio. Cada competidor tem de esquiar por uma descida, evitando os obstáculos. Ganha quem completar a descida em menos tempo possível e com menos penalizações. A modalidade é praticada tanto por homens como por mulheres, em diferentes categorias: downhill, slalom, slalom gigante, super gigante e combinado.

Os espaços em que os competidores têm que passar, variam de prova para prova, e é isso que as distingue:

. No downhill, esses espaços estão muito distantes, permitindo atingir velocidades na ordem dos 120 km/h;

 

Fig.51)

. No slalom super gigante, no slalom gigante e no slalom essa distância é menor, respectivamente, o que vai aumentando a dificuldade do competidor.

 

Fig.52) Posição e equipamento do atleta.

Cada atleta tem dois esquis, que são controlados por botas especiais, que só se soltam em caso de impacto. Também se notam os batons (um em cada mão), que são os “impulsionadores”, ou seja, com eles o atleta consegue ganhar mais velocidade. Também usam capacete, para proteger contra impactos na neve, contra outros atletas, ou até mesmo para melhor o aerodinamismo.

Esqui Cross-Country

Prova de resistência sobre a neve. As diversas provas constituintes variam dos 5km aos 50km, sendo esta última a prova de fundo masculino. Desde 1924 que participa nos Jogos Olímpicos. Nasceu nos países nórdicos, como forma de deslocamento em zonas geladas. Oficialmente, regista-se a primeira competição a 1843. Das três modalidades de esqui, o cross-country é a mais difundida. Acrescentando ao que anteriormente foi dito, desde Chamonix que o Esqui Cross-Country está presente em todos os eventos. Nestes primeiros Jogos, foram efectuadas duas provas, uma de velocidade e outra de fundo (ambas provas masculinas). Com a evolução da modalidade surgiram várias provas:

. Velocidade Individual (feminino e masculino);

. 10km estilo livre (feminino);

. 15km estilo livre (masculino);

. 15km estilo combinado (feminino);

. 30km estilo combinado (masculino);

. 30km largada colectiva (feminino);

. 50km largada colectiva (masculina);

. Velocidade por equipas (femininos e masculinos);

. Estafetas 4x5km (feminino);

. Estafetas 4x10km (masculino),

 

Fig.53) Prova regional de Esqui Cross-Country no Quebec.

Esqui Estilo Livre

Esta modalidade é conhecida desde 1930, porém, só 56 anos mais tarde é que se realizou o primeiro campeonato mundial. É um desporto Olímpico desde 1992, nos Jogos de Albertville; a prova realizada foi a de moguls. Mais tarde, nos jogos de Lillehammer, estreou-se a modalidade de aerials.

Apenas duas provas compõem a modalidade, e são elas:

. Moguls – prova composta por uma pista com uma inclinação íngreme que forma os moguls (sulcos formados na neve); a pontuação de cada atleta é dada de acordo com a técnica, manobras aéreas e velocidade que este tem;

. Aerials – nesta prova, os atletas precisam de executar dois saltos acrobáticos, pelos quais recebem notas, num percurso com cinco a sete pequenas rampas de neve.

 

Fig.54) Prova de Moguls.

Hóquei no Gelo

Este desporto foi criado no Canadá, como um derivado ao hóquei em campo. Os primeiros jogos informais foram realizados por soldados britânicos em terras canadianas, porém, estes utilizavam o stick e a bola de hóquei no campo. Em 1875, foi realizado o primeiro jogo indoor, em Montreal. Mais tarde, em 1877, um grupo de sete estudantes criaram as regras para este desporto e substituíram as bolas de borracha por discos de madeira; outra regra implantada é a de cada equipa possuir 9 jogadores em campo mais os suplentes. Rapidamente, o desporto espalhou-se pelo país e em 1883, este teve presente no festival de Inverno de Montreal. Com o evoluir da sociedade, muitas equipas foram criadas no país. Em 1989, o Governador-geral do Canadá compareceu a um festival de Inverno e ficou impressionado com o desporto; a partir dessa data, passou a existir um troféu para a melhor equipa canadense. Antes de integrar nos Jogos Olímpicos de Inverno, esta modalidade teve uma passagem nos Jogos Olímpicos de Verão na Antuérpia, 1920. A integração desta modalidade, mais a da patinagem artística no gelo, foram factores importantes para a realização dos primeiros Jogos Olímpicos de Inverno em 1924.

 

Fig.55) Equipa de Hóquei no Gelo Canadense.

Luge

O início desta modalidade remota ao século XIX, 1883, na Suíça. Só em 1955 foi realizado o primeiro campeonato do Mundo desta modalidade, em Oslo, Noruega. Até 1957, o Luge estava “sob controlo” da Federação Internacional de Bobsleigh e, posteriormente, formou-se a Federação Internacional de Luge. Apesar disto, este desporto só foi considerado Olímpico nos Jogos Olímpicos de Innsbruck, Áustria, 1964. Esta modalidade pode ser praticada tanto por homens e por mulheres.

Uma das diferenças do Bobsleigh é à saída do ponto de partida: enquanto que no Bobsleigh os atletas estão fora do bob, no Luge, os atletas estão sentados já no trenó, partindo assim mais lentamente (fig.56).

 Fig. 56) Saída dos atletas numa prova individual numa prova de Luge.

Patinagem Artística no Gelo

Desde 1924 que é considerado uma modalidade Olímpica, porém, como já foi dito mais acima, também participou nos Jogos de Verão de 1908 e 1920.

O hábito de patinar teve origem na Europa, inicialmente, era uma forma de deslocamento das pessoas, utilizado para atravessas lagos e canais gelados durante o Inverno. Anos mais tarde foi entendida como uma forma de recreação e, então, patinadores decidiram desenhar figuras no gelo. Desafios atrás de desafios foram realizados ao longo dos anos sempre com um único objectivo: encontrar uma coreografia original, complexa e bonita (são estes três pontos que dão as classificações no final das actuações). Actualmente, existem actuações de:

. Pares - Programas Curtos e Longos;

. Solos - Programas Curtos e Longos;

. Dança e Precisão.

 

Fig.57) Casal Alemão no Programa Curto no Campeonato Nacional Alemão.

Patinagem de velocidade

A patinagem de velocidade (Speed Skating), é um desporto praticado em pistas de gelo. A sua entidade reguladora internacional é a ISU, sigla inglesa para União Internacional de Patinagem. A maior parte das provas são em forma de contra-relógio e a velocidade dos participantes pode chegar aos 60 km por hora. Nas provas individuais, os atletas correm geralmente em pares à volta de uma pista de 400 metros no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio. Estes correm em faixas separadas e trocam de faixa uma vez por volta.

. Neste desporto acções como trocas de faixa irregulares, contacto e obstrução são motivos para desqualificação dos atletas envolvidos.

. Estas competições podem ser de distâncias individuais, allround, sprint ou de equipas.

 

Fig.58) Competição de Patinagem em Velocidade.

Patinagem de Velocidade de Pista Curta

A patinagem de velocidade de pista curta é uma modalidade de patinagem no gelo também regulada pela União Internacional de Patinagem (ISU). As corridas têm lugar numa pista oval de 111,12 metros de comprimento dentro de um ringue de 60 m por 30 m. Nesta modaliade são usadas a partida em linha e, se necessário eliminatórias. Os tempos são por isso menos importantes do que na patinagem de velocidade (pista longa), embora as corridas sejam cronometradas. Podem concorrer de 4 (nos 500 m) a 8 (nos 3000 m) atletas ao mesmo tempo.

A ISU organiza campeonatos desde a década de 1970 e campeonatos do mundo oficiais desde 1981. A patinagem de pista curta é uma modalidade olímpica desde 1992 e as provas olímpicas são as de 500 metros, 1000 metros e 1500 metros, homens e mulheres, e as estafetas de 3000 metros para mulheres e 5000 metros para homens. No campeonato mundial, alem dos títulos de campeão dos 500, 1000 e 1500 metros e as estafetas há uma classificação geral baseada em pontos obtidos nas provas individuais e numa "super-final" de 3000 metros. Existe também uma taça do mundo e um campeonato mundial de equipas.

 

Fig. 59) Competição feminina de Patinagem em Velocidade de Pista Curta.

Salto de Esqui

O Salto de Esqui (Ski Jumping), originário de Morgedal, na Noruega, mas a primeira competição oficial foi realizada em Trysil, em 1862. O evento mais conhecido da competição era a Husebyrennene, realizada em Oslo desde 1879. O evento anual, foi transferido para o Holmenkollen ski jump a partir de 1892, e manteve-se o pináculo de salto de esqui local.

O salto de esqui é disputado nos Jogos Olímpicos desde a primeira edição, Chamonix 1924, com disputas apenas em numa pista. Uma segunda pista (de tamanho menor) foi incluída na edição de Innsbruck 1964. As disputas por equipas começaram a ser realizadas na edição de Calgary 1988.

 

Fig.60) Campeonato Europeu de Saltos de Esqui.

Skeleton

O Skeleton é um desporto olímpico de inverno que, com o Bobsleigh e o Luge, representa distintas modalidades de descida em trenó; é a mais antiga das três.

Nasceu no final do século XIX em St. Moritz, Suíça quando um inglês chamado Child introduziu um novo trenó de metal cuja forma recordava um esqueleto humano, num desporto de descida de trenó de inverno, daí seu nome. Oficial começou-se a praticar no Club Alpino de Konigsee na Alemanha, onde está a pista de skeleton mais antiga que existe.

Como no luge e no bobsleigh é muito importante a saída, que tem que ser explosiva para conseguir velocidade o mais depressa possível, daí ter que se utilizar um calçado especial com a máxima aderência. Depois de ganhar velocidade nos primeiros 50 metros o piloto coloca-se de boca para baixo no trenó com forma de tábua, tendo como objectivo que sua postura seja o mais plana e aerodinâmica possível.

O casco que se utiliza tem uma protecção especial no queixo, já que o rosto do piloto passa muito perto do solo, e os trajes que se utilizam actualmente são fabricados com fibras sintéticas e especialmente desenhados para ajustar-se ao corpo e oferecer a mínima resistência ao ar.

Outra característica importante é que não existe um volante para enfrentar as curvas, sendo que é o próprio piloto que usa seu peso para um lado e para o outro segundo a direcção que deva ter o trenó.

A diferença em relação ao luge ou o bobsleigh, é que no skeleton só existe a modalidade individual, e as competições acontecem em duas mangas, somando-se os tempos conseguidos em ambas e ganhando o participante que totalize o menor tempo.

 

Fig.61) Início de uma prova de Skeleton.

Snowboard

O Snowboard ou Snowboarding é um desporto que, tal como o skate e o surf, consiste no equilíbrio sobre uma prancha. Este porém faz-se na superfície coberta de neve, das encostas de montanhas - como o esqui. A prancha usada deve ser proporcional ao corpo do praticante e deve de ter o comprimento do chão até a altura do nariz do participante. A prancha é lisa e não há rodas ou ferros na sua parte inferior. Usa-se pequenos encaixes para os pés e as pontas dianteiras e traseiras da prancha são ligeiramente curvadas para cima.

Uma vez que a neve dificulta o impulso da prancha com a ajuda dos pés a única maneira de o praticar é faze-lo em encostas de montanhas ou lugares com um grande declive.

Existem também modalidades que incluem o uso de halfpipes compridas em declive (estruturas côncavas em formato de meio cilindro) e rampas artificiais para a realização de grandes saltos onde se pode fazer várias manobras antes de se alcançar o chão.

 

Fig.62) Prova de Snowboard.

Medalhas

Apesar do esforço de todos os atletas apenas os três primeiros classificados de um evento são congratulados com medalhas. O primeiro classificado recebe a medalha de ouro, o segundo a de prata e o terceiro a de bronze. A atribuição de medalhas é feita desde Chamonix, tendo sido dominada pela Noruega que possui o maior número de medalhas dos Jogos Olímpicos de Inverno.

 

Tabela 2) Quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Jogos Paraolímpicos de Inverno

Os atletas com deficiências só tiveram a sua oportunidade de participar nos Jogos de Inverno em 1976. Até 1992 as cidades-sedes dos Jogos Olímpicos de Inverno eram diferentes das dos Jogos Paraolímpicos de Inverno. No entanto, a partir de 1992 a cidade-sede é obrigatoriamente a mesma da edição dos Jogos Olímpicos de Inverno.

 

Tabela 3) Sedes dos Jogos Paraolímpicos de Inverno.

Nestes Jogos existem por enquanto 5 modalidades no programa:

- Biatlo (em pé, sentados e deficientes visuais)

- Curling em cadeira de rodas

- Esqui alpino (em pé, sentados e deficientes visuais)

- Esqui cross-country (em pé, sentados e deficientes visuais)

- Hóquei sobre trenó

 

Fig.63) Partida de hóquei sobre trenó.

Quanto a medalhas, os eventos paraolímpicos são maioritariamente dominados pelas formações dos EUA.

Portugal nos Jogos Olímpicos de Inverno

Por razões climatéricas evidentes, Portugal não tem tradição nos desportos de Inverno. Assim não é de estranhar a reduzidíssima participação portuguesa nos jogos de Inverno ao longo das suas sucessivas edições. Além disso, com excepção de Duarte Espírito Santo todos os outros participantes lusos eram emigrantes ou nascidos no estrangeiro.

Ano

Cidade

Atleta

Prova

Classificação

1952

Oslo

Duarte Espírito Santo Silva

Descida

69º

1988

Calgary

António Reis e João Poupada

Bob 2

34º

1988

Calgary

Jorge Magalhães e João Pires

Bob 2

d.

1988

Calgary

António Reis, João Poupada, João Pires e António Reis

Bob 4

25º

1992

Albertville

Georges Mendes

n.p

1994

Lillehammer

Georges Mendes

Descida

30º

1994

Lillehammer

Georges Mendes

Slalom Super G

d.

1994

Lillehammer

Georges Mendes

Slalom gigante

41º

1998

Nagano

Mafalda Queirós Pereira

Esqui acrobático

21º

1998

Nagano

Fausto Marreiros

5000 m (patinagem)

31º

2006

Turim

Danny Silva

15 km (cross)

94º

2010

Vancouver

Danny Silva

15 km (cross)

95º

Tabela 4) Participações dos atletas portugueses. Legenda: n.p. - não participou d. – desclassificado

 

Fig.64) Danny Silva, o último atleta português a participar nos Jogos de Inverno.

Conclusão

“Com corações brilhando” “Dos feitos mais brilhantes”, foi este o slogan dos últimos jogos olímpicos de Inverno em Vancouver. É de facto uma grande definição do que são os Jogos de Inverno. Os adeptos ficam com os corações brilhando, vendo os feitos mais brilhantes alcançados pelos atletas. Mas também há outras definições para o tema do nosso trabalho como a mais simples: conjunto de desportos praticados na neve e no gelo.

Terminada está a nossa tarefa, saímos deste projecto a ganhar com toda a informação adquirida acerca de uma das grandes maravilhas desportivas realizadas por esse mundo. Retemos histórias da criação, visualizamos cidades invadidas pelos Jogos Olímpicos, aprendemos a teórica das modalidades e tentamos adquirir a prática, sem êxito. Apoiamos os portugueses no meio da neve e deslumbrámos com todos os campeões. Experiências que fizeram deste trabalho único e com grande capacidade de chamar a atenção.

Concluímos que mesmo sem condições de praticar um desporto deveremos lutar e insistir até atingirmos os nossos objectivos. Se queremos participar nos Jogos Olímpicos de Inverno, mesmo que o país não apoie, deveremos provar que o mais importante é participar e não ganhar.

Com este trabalho temos a certeza que todos que o consultarem, perceberão logo de imediato a definição do tema e conseguirão retirar todos os dados disponíveis para um bom entendimento. Com toda esta informação os Jogos Olímpicos de Inverno serão mais aplaudidos e menos esquecidos.

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