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Trabalhos de Educação Física - 12º Ano

 

Classificação dos Desportos Segundo Características de Envolvimento

Autores: Ana Filipa, Ana Rita, Carla, Catarina, Marisa.

Escola: Escola Secundária de Rocha Peixoto

Data de Publicação: 24/06/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre classificação dos desportos segundo características de envolvimento, realizado no âmbito da disciplina de Educação Física (12º ano).

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Classificação dos Desportos Segundo Características de Envolvimento

Introdução

Como já deve ter percebido, o tema do nosso trabalho é “Classificação dos desportos segundo características de envolvimento”, embora este título seja extenso o trabalho em si é relativamente pequeno. Falamos essencialmente nos critérios utilizados para classificar as inúmeras modalidades existentes.

Porém, pretendemos que goste e que enriqueça a sua informação desportiva.

1.Definição de Desporto

Desporto: s. m. prática de exercícios próprios para desenvolver o vigor e a agilidade; recreação.

Esta é uma das definições que encontramos em vários dicionários. Porém não existe uma definição concreta de desporto.

a) Definição ou definições de Desporto!?

Citando Araújo & Rodrigues (2004), segundo a bibliografia não existe ainda uma definição universalmente aceite em relação ao desporto, por exemplo a definição Norte Americana caracteriza desporto como:

- Actividade que requer uma complexidade de capacidades físicas e exercício físico vigoroso.

- Envolve organização e regulamentação da competição

- Ao mesmo tempo que é organizado e estruturado segundo regras bem definidas mantêm uma ligação muito forte com a liberdade e espontaneidade.

O sentido de institucionalização competitiva, regras formalizadas distingue claramente os desportos de elite do exercício físico esporádico como o jogging, o skate, os passeios de bicicleta que se fazem ao fim de semana. “(…)” As actividades informais são designadas na América do norte como recreação” .

O Conselho da Europa em 1992 definiu desporto como:
“(…)”Todas as formas de actividade física, formais ou informais, que visam a melhoria das capacidades físicas e mentais, fomentam as relações sociais, ou visam obter resultados na competição a todos os níveis” .

A definição Europeia não distingue desporto profissional de desporto não profissional, todas as formas de actividade física são referidas como desporto, os autores Americanos não concordam muito com a definição usada na Europa, mas os Europeus também não concordam muito com a definição Norte Americana.

Gustavo Pires no seu livro Gestão do Desporto de 2003, faz referência a várias definições de desporto segundo variados autores, sendo algumas as seguintes:

Coubertin, Pierre (1934): “(…)” o desporto é um culto voluntário e habitual de exercício muscular intenso suscitado pelo desejo de progressão e não hesitando em ir até ao risco”;

Dicionário Larousse: “(…)”pratica metodológica de exercícios físicos com a finalidade de aumentar a força, a destreza e a beleza do corpo”.
Hébert, (1935): “(…)”o desporto é “todo o género de exercícios ou de actividades físicas tendo por fim a realização de uma performance e cuja execução repousa essencialmente sobre um elemento definido: ma distância, um tempo, um obstáculo uma dificuldade material, um perigo, um animal, um adversário e por extensão, o próprio desportista”.

Gillet, Bernard (1949): “(…)”resumidamente diz que o desporto é uma actividade física intensa, submetida a regras precisas e preparada por um treino físico e metódico”.

Huizinga (1951): “(…)”no seu, já célebre livro “Homo Ludens, Essai sur la Fonction Social du Jeu” definiu jogo da seguinte maneira: “ jogar é uma actividade ou ocupação voluntária executada dentro de determinados limites de tempo e de lugar de acordo com regras livremente aceites, mas absolutamente obrigatórias tendo o seu objectivo em si próprio, e sendo acompanhado por um sentimento de tensão, alegria e consciência de que isso é diferente da vida normal”.

Para Gustavo Pires (2003) decorre de todas estas e de outras definições que desporto envolve: “(…)”exercício físico, competição, desafio, esforço, luta, apetrechos, estratégia, e táctica, princípios, objectivos, instituições, regras, classificações, tempo livre, jogo, vertigem, aventura, investigação, dinheiro, lazer, sorte, rendimento, simulação, códigos, resultados, prestações, treino, força, destreza, meditação, tempo, espaço, beleza, medição, voluntarismo, morte, etc.”.

Como demonstramos nestes exemplos existe várias definições de desporto, as quais podemos resumir da seguinte forma:

Desporto: Trata-se de uma actividade física, regulamentada, de carácter individual ou colectivo, cuja finalidade é alcançar o melhor resultado ou vencer lealmente em competição. Assenta sobre a ideia de confronto com um elemento definido: distancia, tempo, adversário, ou por generalização, contra si próprio.

2.Critérios de classificação das inúmeras modalidades desportivas

Actualmente existe várias modalidades desportivas. Estas podem ser classificadas de acordo com inúmeros critérios (materiais, instalações, motivações, o tipo de pratica do sujeito, o contexto cultural, os tipos de prova, etc.), todos eles activos e pertencentes do objectivo que se pretende alcançar.

b) Materiais

Este é um dos critérios utilizados para classificar várias modalidades.

Os materiais podem ser fixos, como por exemplo, piso flutuante, protecção de bancada, parede de escalada, aparelhos de ginástica artística, etc., ou também podem ser portáteis (bolas, raquetes, tacos, etc.); Além disto, os materiais podem ser de utilização colectiva (mini trampolim, barreiras no atletismo, bolas, etc.) ou de utilização pessoal (bicicleta, raquetes, tacos, etc.). 

c) Instalações

Outro critério utilizado é referente às instalações.

Estas podem ser cobertas (ginásio, pavilhão, etc.), ou descobertas (campo de futebol, campo de râguebi, pista exterior de atletismo, campo de golfe, etc.); podem ser naturais, como por exemplo, montanhas, mar, rio, etc., ou artificiais (pistas de esqui, pista coberta de atletismo, campo sintético de futebol, campo de golfe, etc.); Este critério ainda pode ser utilizado quanto às instalações concebidas para a prática de uma só modalidade desportiva, como a parede de escalada, o campo de golfe, a pista para esgrima, etc., ou para a prática de várias modalidades desportivas, como por exemplo o pavilhão gimnodesportivo, piscina, etc.

d) Motivação

Motivação é também um importante critério, pois podemos estar motivados para a competição, que esta pode ser individual (ténis, esgrima, ciclismo, automobilismo, etc.), colectiva (basquetebol, hóquei, futebol, voleibol, andebol) ou até mesmo mista (patinagem, ginástica, etc.), mas também podemos encontrarmo-nos numa motivação de lazer, manutenção, iniciação, fim-de-semana, jogging, aeróbia, etc. 

e) Contexto cultural

Neste juízo, evidencia-se a forte componente cultural do desporto.

Estes podem estar inseridos em vários contextos:

. No sistema educativo

. No contexto militar

. No mundo do trabalho

. Na estrutura federada

. Nas populações especiais

f) Tipos de Prova

De uma forma geral, podem dividir-se as competições em dois níveis: nacional e internacional. As competições de âmbito nacional, distrital e regional destinam-se à participação exclusiva dos atletas inscritos nas respectivas federações e associações desportivas. As competições de âmbito internacional destinam-se à participação de atletas provenientes de diferentes países.

g) Tipo de prática do sujeito:

. Práticas desportivas formais

As práticas desportivas do primeiro tipo, isto é, do denominado desporto formal, têm a sua expressão máxima no desporto federado que, por sua vez, reproduz as suas práticas a nível nacional, nos campeonatos nacionais e a nível internacional, nos campeonatos da Europa, nos do Mundo, e nos próprios Jogos Olímpicos. Estas práticas conduzem, na maioria das vezes, ao espectáculo desportivo. Vivem do espectáculo e como tal organizam-se em função do espectáculo. Mas, o desporto formal não se realiza exclusivamente no sector federado. O que acontece é que existem também os sectores: escolar, militar, e do trabalho, que podem organizar e reproduzir práticas desportivas regendo-se pelo modelo consubstanciado pela área de prática desportiva formal e burocrática. O que caracteriza, fundamentalmente, as práticas desportivas da área formal, é o tipo de gestão utilizado.

. Práticas desportivas não formais

O desporto formal não responde às necessidades de cada cidadão poder, ele também, ser um praticante desportivo. As "performances" exigidas e a vertigem da competição afastaram e afastam irremediavelmente o cidadão comum da prática do desporto federado. Formou-se, por assim dizer, um enorme fosso entre a população desportiva potencial e os praticantes reais, se considerarmos estes como sendo, exclusivamente, os da área formal. Tornou-se necessário encontrar uma solução. As actividades não formais vieram, de certo modo, dar resposta a este problema, porque são caracterizadas por um regime organizacional em co-gestão. Isto é, proporcionam uma co-responsabilidade na organização e condução das práticas desportivas simultaneamente aos praticantes e àqueles que os enquadram. Deste modo, o praticante auxiliado pelo técnico pode gerir a sua própria prática. Como exemplo flagrante desta situação temos o chamado "Desporto para Todos" cujos princípios estão expressos na "Carta Europeia de Desporto para Todos" assinada pelos governos dos países membros do Conselho da Europa: "todos têm direito à prática do desporto", isto é, deve, por princípio, ser prosseguida uma política que vise uma prática desportiva generalizada pois que esta é um importante "factor de desenvolvimento humano".

. Práticas desportivas informais

Mais recentemente, surgiu toda uma nova forma de estar no desporto que também tem que ser considerada nas políticas a serem estabelecidas a todos os níveis pelos vários responsáveis do desenvolvimento. Estamo-nos a referir às práticas desportivas informais ou aquilo a que Pociello denominou de desporto informatizado. A organização específica das actividades informais é a autogestão, na medida em que o praticante desportivo ou não necessita de quaisquer apoios, ou necessita, apenas, que lhe sejam concedidas algumas facilidades, por qualquer entidade (tal como, por exemplo, o Estado, a autarquia ou o clube) para poder realizar a sua prática de uma forma autónoma. Temos como exemplos mais flagrantes destas duas situações, em primeiro lugar, a corrida realizada à margem de qualquer instituição ou a prática de ciclismo, canoagem ou prancha à vela, realizada de uma forma independente. Em segundo lugar temos, como exemplo tipo, os "circuitos de manutenção" que sem enquadramento técnico e através de um equipamento colectivo possibilitam a prática desportiva, também autónoma, a inúmeros utentes, deste tipo de serviço desportivo.

Conclusão

Chegamos assim ao fim deste pequeno trabalho. Sim, é verdade pequeno, pois não existe muita informação há cerca deste assunto por isso, não temos uma vasta informação deste. Contudo, demos o nosso melhor.

Só esperamos que tenha valido a pena.

Bibliografia

http://forumolimpico.org/?q=node/345

http://reflexoesdodesporto.blogspot.com/2007/08/definio-ou-definies-de-desporto.html

Paula Romão, Silvina Pais, Organização E Desenvolvimento Desportivo 10, Porto Editora, páginas 20,21,22, 2008

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