Trabalhos de Estudantes  

Trabalhos de Educação Física - 12º Ano

 

Ficha do trabalho:

Saude e Condição Física

Autores: Luís Rita

Escola: Escola Secundária Eça de Queirós

Data de Publicação: 03/01/2014

Resumo: Trabalho sobre a saude e condição física, realizado no âmbito da disciplina de Educação Física (12º ano). Ver Trab. Completo

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Saude e Condição Física

Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Educação Física e a pedido da professor Vítor Silva, um trabalho de caráter obrigatório exposto aos alunos que frequentam o 12º ano.

Primeiramente, comecei por recolher alguma informação que considerei importante para o tema, e acima de tudo interessante. Após a recolha, seleção e análise acabei por redigir o trabalho a seguir apresentado.

Este trabalho apresenta uma pequena introdução ao conceito de “Saúde”, mas também uma pequena reflexão à cerca da definição da mesma. Posteriormente acabei por abordar o tema “Condição Física”, talvez de uma forma um pouco mais exaustiva, decorrente do facto de estar intimamente relacionado com a “Saúde”.

Espero que este trabalho seja apelativo e informativo, e espero assim explicar e tratar do melhor modo possível estes dois temas.

Saúde

Quando a Organização Mundial de Saúde foi criada, pouco após o fim da Segunda Guerra Mundial, houve uma preocupação crescente em traçar uma definição positiva de saúde. Que viria a incluir fatores como a alimentação, a atividade física, o acesso ao sistema de saúde...

A definição adotada pela OMS tem sido alvo de inúmeras críticas desde então. Definir a saúde como um estado de completo bem-estar faz com que a saúde seja algo ideal, inatingível, e assim a definição não pode ser usada como meta pelos serviços de saúde.

Trata-se de uma definição irreal porque, aludindo ao “perfeito bem estar”, coloca uma utopia. O que é o “perfeito bem estar?” É por acaso possível caraterizar-se a “perfeição”?

Sigmund Freud (1908 e 1930), em mais do que uma oportunidade, procurou mostrar como a perfeita felicidade de um indivíduo dentro de uma civilização constitui algo impossível. Para ele, a civilização passou a existir quando os homens fizeram um pacto entre si, pelo qual trocaram uma parcela da sua liberdade pulsional por um pouco de segurança.             Desta forma, a própria organização social e a condição mesma da existência do homem em grupos baseiam-se numa renúncia que, ainda que assegure ao indivíduo certos benefícios, gera um constante sentimento de “mal-estar”. Desta condição não se pode fugir, donde resulta que entre o indivíduo e a civilização haverá sempre uma zona de tensão. Pode-se, inclusivamente, situar o mal-estar num momento anterior ao da constituição dessa “civilização” de que fala Freud. Afinal, o homem construiu-a exatamente para poder escapar ao incómodo da insegurança em que vivia, decorrente da sua exposição a um estado não exatamente sem leis, mas ditado pela lei do mais forte, que não deixa de ser uma espécie de lei, ainda que selvagem e injusta.

Evolução da Definição de Saúde

Christopher Boorse definiu em 1977 a saúde como a simples “ausência de doença”. Em 1981, Leon Kass mencionou que o bem-estar mental deveria também fazer parte do campo da saúde; a sua definição de saúde consistiu em: "o bem-funcionar de um organismo como um todo", ou ainda "uma atividade do organismo vivo de acordo com as suas excelências específicas". Lennart Nordenfelt definiu em 2001 a saúde como um “estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as circunstâncias”.

As definições acima têm os seus méritos, mas provavelmente a segunda definição mais citada também é a da OMS, mais especificamente do Escritório Regional Europeu: “A medida em que um indivíduo ou grupo é capaz, por um lado, de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o meio ambiente. A saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida diária, não o objetivo dela; abranger os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas, é um conceito positivo”.

 

Bem-Estar Físico

 

Advém do respeito e cuidado pelo nosso corpo, realizando escolhas saudáveis e positivas no que respeita a uma enorme variedade de questões. Incluindo a nutrição, a atividade física, o sono etc.

 

De que forma é importante a nutrição para o bom funcionamento do nosso organismo e consequente bem-estar físico?

São os alimentos que fornecem todas as substâncias necessárias para a manutenção da vida (minerais, vitaminas, proteínas, açúcar, gordura) e, na criança, determinam o seu crescimento, sendo transformados em ossos, músculos, órgãos, gordura, pele, sangue e tudo mais.

A alimentação influi no funcionamento de todos os sistemas: nervoso, glandular, ósseo, muscular, urinário, digestivo, respiratório, cárdio-circulatório, assim como no comportamento, humor, memória, inteligência, na mente e na disposição física e sexual.

Dependendo da alimentação, o sangue ficará mais "limpo", vitalizador, levando saúde para todo o organismo, ou será intoxicado, cheio de venenos, provocando doenças e morte. Hipócrates, o pai da medicina, disse: "Que o teu alimento seja o teu medicamento e que o teu medicamento seja o teu alimento". E disse também: "Deixa de lado a droga, se puderes curar o paciente com alimento"

De que forma é importante a atividade física para o bom funcionamento do nosso organismo e consequente bem-estar físico?

Atualmente, os profissionais de saúde reconhecem que a realização de exercí­cio físico é fundamental para o bom equilíbrio psicológico e como prevenção de numerosas doenças. No entanto, o ritmo de vida atual faz com que a maioria das pessoas não tenha tempo suficiente para a prática de atividade física, além do que, com a evolução tecnológica existente, cada vez há menor necessidade de nos movi­mentarmos.

A atividade física consiste em todos os movimentos corporais produzidos pelos músculos e que requerem um gasto energético. Quando o movimento é pro­gramado, estruturado, repetitivo e é realizado para melhorar ou manter a forma física, é denominado exercício físico. Quando a quantidade de atividade física não é suficiente para manter um estado saudável, falamos de sedentarismo.

A Organização Mundial de Saúde aponta para a necessidade de políticas e programas que levem em conta as necessidades e possibilidades das diferentes populações e sociedades, com o objetivo de integrar a atividade física no dia-a-dia de todas as faixas de idades, incluindo mulheres, idosos, trabalhadores e portadores de deficiências, em todos os setores sociais, especialmente na escola, no local de trabalho e nas comunidades.

A atividade física para além de ajudar a atingir o peso corporal apropriado e contribuir positivamente para a supressão de outros fatores de risco, também permite aumentar a nossa energia de diversas maneiras: melhorando o transporte de substâncias essenciais e facilitando a eliminação de resíduos tóxicos.

Benefícios do desporto:

Sistema Cárdio-Circulatório

Para além de um coração em excelente forma também a tensão arterial se equilibra, o fluxo nervoso melhora, o coração aumenta de volume, o número de capilares aumenta e consequentemente dá-se um melhoramento da irrigação sanguínea.

Diminuição da frequência cardíaca, quer em repouso, quer em atividade. Enquanto que para um indivíduo sedentário, a frequência cardíaca em repouso situa-se entre os 70-80 batimentos por minuto, num indivíduo fisicamente saudável esta pode não passar dos 50 bpm.

A recuperação da frequência cardíaca após o esforço, ou seja, o regresso ao seu valor normal, em repouso, é também mais rápida.

Sistema Respiratório

Aumento da superfície pulmonar. A prática de exercício físico obriga os pulmões a captarem mais oxigénio, o que possibilita uma melhor oxigenação sanguínea e consequentemente maior transporte de oxigénio pela corrente sanguínea até aos diferentes tecidos.

Diminuição do ritmo respiratório, já que a inspiração é bem mais profunda e eficiente. Os praticantes de atividades físicas terão que inspirar menos vezes que os indivíduos sedentários, para absorverem a mesma quantidade de oxigénio.

Sistema Locomotor

Aumento do volume, do número de capilares sanguíneos e dos materiais de reserva nos músculos (glicogénio, adenosina trifosfato), o que faz com que estes tenham mais força e resistam melhor à fadiga.

Melhor formação e desenvolvimento dos ossos. O exercício físico praticado com regularidade faz com que os ossos se tornem mais largos e mais fortes, o que impede os desvios de coluna e outras mal formações corporais.

Também as articulações passam a ter uma mobilidade superior e uma duração (em boas condições) incrivelmente mais alargada.

Sistema Nervoso

Execução de movimentos mais exatos, preciosos e seguros, ou seja, uma boa coordenação motora.

Melhor estabilidade do individuo em termos nervosos. Os indivíduos que praticam regularmente uma atividade física não sofrem tanto dos efeitos do stress e consequentemente não têm tantas perturbações ao nível psíquico.

Aparelho Digestivo

Para além de um melhor funcionamento dos processos digestivos também a probabilidade de desenvolvimento de tumores (essencialmente no cólon) decresce.

Sangue/Estética

Redução dos níveis de colesterol em circulação na corrente sanguínea e nas membranas celulares. A acumulação de grandes níveis de colesterol provoca uma acentuada diminuição na fluidez das membranas plasmáticas. Posteriormente isto pode provocar acidentes vasculares cerebrais, bem como, enfartes ao nível do miocárdio.

Obviamente que tudo isto acaba por se refletir no nosso aspeto físico, podendo-o melhorar significativamente.

De que forma é importante o sono para o bom funcionamento do nosso organismo e consequente bem-estar físico?

Dormir bem é essencial para a melhor execução das tarefas quotidianas. Sendo assim de extrema importância para a saúde e para o bem-estar físico. O sono é uma necessidade metabólica de recuperação vital ligada a todos os órgãos do corpo. Funções importantes como conservação da energia, metabolismo anabólico (síntese de substâncias), amadurecimento do sistema nervoso central, consolidação da memória e secreção hormonal têm lugar durante esse período.

Passamos cerca de um terço de nossa vida a dormir. Dormir bem é essencial não apenas  para ficar acordado no dia seguinte, mas, para nos mantermos saudáveis, melhorando a qualidade  de vida e até aumentando a longevidade. O nosso desempenho físico e mental está diretamente relacionado a uma boa noite de sono. O efeito de uma madrugada em claro é semelhante ao de uma embriaguez leve: a coordenação motora é prejudicada e a capacidade de raciocínio fica comprometida, ou seja, sem o merecido descanso o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantíssimas. O que nos aconteceria se não dormíssemos?

Num estudo realizado pela Universidade de Chicago – EUA, onze pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 27 anos foram impedidas de dormir mais de quatro horas durante seis dias. O efeito foi assustador. No final desse período, o funcionamento do organismo delas era comparado ao de uma pessoa de 60 anos de idade. E os níveis de insulina eram semelhantes aos dos portadores de diabetes. Em pesquisas laboratoriais, ratos usados como cobaias não aguentaram mais de dez dias sem dormir. A consequência: morte por infeção generalizada.

Bem-estar Mental

No geral, entende-se ter saúde mental como o oposto de doença mental ou a ausência de psicopatologia, ou seja, um estado de saúde normal.

No entanto, a ausência de sintomas psiquiátricos é apenas a parte visível de uma normalidade objetiva que não revela outros aspetos importantes da saúde mental, como a resiliência e a capacidade mental.

Assim, para ter saúde mental não basta a ausência de sintomas psiquiátricos, mas é necessária a presença de capacidades e recursos para enfrentar as dificuldades da vida, não adoecendo, e viver em bem estar psíquico, ou seja, ter robustez mental.

Algumas capacidades indicadoras de saúde mental e que podem ser melhoradas são: a de adaptação ao trabalho, a de estabelecer relações afetivas estáveis e duradouras, a resiliência, a inteligência emocional, a maturidade, a autonomia, capacidade para estar só, etc.

Uma pessoa com saúde mental sente-se bem, feliz, com alegria. Estes sentimentos subjetivos advêm do bem-estar conseguido, por exemplo, pelo autocontrolo, auto-eficácia, amar e ser amado e não o obtido através do uso de drogas, comportamentos de risco ou satisfação imediata de necessidades primitivas.

Também temos de distinguir que o fato de vivenciarmos emoções negativas não significa ausência de saúde mental. No caso de perda, luto, tragédia, etc., a capacidade de reconhecer e lidar com as próprias emoções negativas e as dos outros é um sinal de saúde mental.

Se tivermos como exemplo as capacidades intelectuais das pessoas, dizemos que é doente quem tem défice intelectual, mas um não doente pode ter vários níveis intelectuais, nomeadamente, médio, superior e muito superior.

A pessoa com um elevado nível de saúde mental tem capacidades que a tornam adequada, estável, capaz, equilibrada, mesmo em situações adversas.

Portanto, podemos ter mais ou menos saúde mental, mesmo sem estarmos doentes. Tal como uma pessoa pode não ter uma doença cardíaca, mas ter uma capacidade de resistência ao exercício físico maior ou menor. Do mesmo modo que, através de medidas de saúde, alimentação, prática regular de exercício físico, a pessoa pode melhorar a sua saúde cardiovascular e condição física, também é possível intervir no sentido de se aumentar o estado de saúde mental.

A exigência de robustez mental é maior conforme determinadas profissões ou desempenhos. São exemplos disso, a aviação comercial e, no extremo, a aviação espacial, mas também outras áreas, como a educação e a saúde são exemplos da importância de saúde mental.

Para se atingir um bom estado de saúde mental a pessoa deverá aumentar o seu nível de auto-conhecimento, aumentar a capacidade para lidar com as diferentes emoções e elaborar os conflitos internos. Para tal, pode necessitar de intervenção psicológica especializada.

Para além disso, uma vida equilibrada, com baixos níveis de stress, relacionamentos familiares e sociais estáveis, prática de atividade física regular, respeito pelos ritmos sono/vigília, respeito pelos limites físicos e psíquicos individuais, equilíbrio entre as atividades profissionais e os tempos de lazer, constituem alguns factores que podem contribuir para uma melhor saúde mental.

O estado de saúde mental depende também do estado biológico global e cerebral, sendo muito importante o uso de fármacos para o alcançar ou manter, apesar de outras medidas de saúde mental.

As intervenções terapêuticas psiquiátricas e psicológicas, neste sentido, não se limitam ao patológico, mas promovem os mecanismos de defesa e adaptação mais saudáveis quando a pessoa está em risco, conflito, indefesa ou simplesmente quer melhorar a sua qualidade de vida.

Os fármacos constituíram um grande avanço e contribuíram significativamente para a melhoria do bem-estar mental, mas não constituem a única resposta. Muitas outras intervenções são importantes. Por exemplo, no âmbito da prevenção do aparecimento da doença mental e na recuperação psicossocial das pessoas afetadas pela doença mental.

A saúde mental, apesar de avaliada pela psiquiatria e psicologia, diz respeito a muitas outras áreas do conhecimento humano e social, como a filosofia, a sociologia, o direito, a política, etc.

A pobreza, a negligência, o abuso, a violência familiar, são exemplos de situações que podem provocar a perda de saúde mental. Deste modo, para se promover a saúde mental, em termos sociais, é necessário intervir nestas condições preventivamente, através de uma intervenção multidisciplinar.

Este modelo de saúde mental implica também que, mesmo as pessoas que não tenham sintomatologia psiquiátrica ou doença mental beneficiem de intervenções ou ajuda que promovam as suas capacidades mentais. Portanto também os “normais”, isto é, sem sintomas, podem melhorar a sua saúde mental e, consequentemente, aumentar a qualidade de vida.

A OMS foi a primeira organização internacional de saúde a considerar-se responsável pela saúde mental, e não apenas pela saúde do corpo.

Bem-Estar Social

O bem-estar social engloba portanto as coisas que incidem de forma positiva na qualidade de vida: um emprego digno, recursos económicos para satisfazer as necessidades, um lar para viver, acesso à educação e à saúde, tempo para o lazer, etc. Apesar da noção de bem-estar ser subjetiva (aquilo que é bom/favorável para uma pessoa pode não o ser para outra), o bem-estar social está associado a fatores económicos objetivos.

Por exemplo: num país onde uma família típica (quatro integrantes) necessita de 1200 euros mensais para satisfazer as suas necessidades básicas, todas as famílias que auferem rendimentos inferiores a esse valor dificilmente conseguem usufruir de um bem-estar social. É muito provável que os membros de um agregado familiar que vivam com apenas 600 euros por mês sofram de distúrbios (carências) alimentares e tenham uma menor qualidade de vida.

O Estado deve promover o bem-estar social entre todos os seus cidadãos. Para esse efeito, são necessárias medidas e políticas que corrijam as injustiças próprias do mercado capitalista. A distribuição do rendimento e o desenvolvimento de serviços sociais livres e gratuitos para todas as pessoas são condições necessárias para alcançar o bem-estar social.

A possibilidade de expandir o bem-estar social a todos os estratos sociais implica a existência de riqueza (para responder aos gastos estatais); posto isto, compete também a cada governo assegurar a criação de riquezas.

O "bem-estar social" da definição veio da preocupação com a devastação causada pela guerra, assim como de um otimismo em relação à paz mundial.

Condição Física

Muitos fatores exercem influência direta sobre a condição física dos indivíduos. Dentre eles, a alimentação, o repouso, o exercício físico, o estado geral de saúde, além de fatores emocionais, sociais e económicos. O nível de condição física de uma pessoa é a soma de todos esses fatores. 

Podemos definir condição física como sendo a capacidade orgânica do ser humano para realizar as tarefas diárias (trabalho, estudo, lazer, treino, etc.), sem apresentar cansaço físico ou mental extremo que impeça a realização dos seus afazeres.

Sendo assim, a condição física nada mais significa que a aptidão física da pessoa, representada pelo conjunto de todas as suas capacidades motoras, como a resistência, a força muscular, a flexibilidade, a coordenação, a velocidade e a agilidade, aliada às suas perceções psicológicas e respostas emocionais aos conflitos quotidianos.

O estado individual de cada um desses fatores, desenvolvidos de acordo com os esforços diários de cada um (através do treino), é que irá determinar a condição física de cada pessoa. 

Pesquisas indicam que é através do exercício físico contínuo e realizado de forma correta, obedecendo-se aos princípios científicos que norteiam o treino desportivo, que a condição física é melhorada. 

Um nível ótimo de condição física melhora a auto-estima, tornando a pessoa mais confiante e apta a solucionar os conflitos diários.

Capacidade Motora

A capacidade motora de um indivíduo está relacionada com o seu desempenho num vasto leque de habilidades e tarefas. Podendo ainda ser definida como a capacidade que o ser humano tem de desenvolver certas atividades. Refere-se à potencialidade individual para a execução de habilidades motoras, que podem ser desenvolvidas pelo treino. Por exemplo: todos nascemos com um potencial para desenvolvermos a força, ou a resistência. Acredita-se que as capacidades motoras sejam determinadas geneticamente, mas não podem ser quantificadas (não se pode afirmar até onde um indivíduo pode desenvolver a velocidade ou a flexibilidade), porque, para atingir o potencial individual, existem muitos fatores a considerar.

O período de desenvolvimento de cada uma das capacidades é diferente, razão pela qual uma ginasta pode atingir o seu auge muito antes de um futebolista. Além do mais, no desporto, é muito difícil que as capacidades motoras sejam requeridas na sua forma pura e, geralmente, manisfestam-se de forma associada.

Capacidades motoras condicionais

São capacidades ligadas ao processo energético e metabólico, determinadas pela obtenção e transformação de energia. São, geralmente, divididas em: força, velocidade, resistência e flexibilidade.

Força

É a capacidade que permite reagir contra uma resistência através da contração muscular. Esta possibilita, entre outros esforços: saltar, empurrar, levantar, puxar... o desenvolvimento da força pode ser:

Geral – quando visamos o desenvolvimento de todos os grupos musculares;

Específico – quando visamos o desenvolvimento de um ou vários grupos musculares caraterísticos dos gestos de cada modalidade.

Velocidade

Capacidade motora que permite realizar movimentos ou percorrer uma distância no mais curto espaço de tempo. Exemplos: atletismo (100 metros); natação (100 metros crawl); desportos coletivos.

Para treinar a velocidade devem ser utilizados exercícios de grande intensidade e curta duração.

Resistência

Capacidade de suportar um esforço eficaz tanto tempo quanto possível, num esforço de não menos de três minutos e recuperar da fadiga psíquica e principalmente da física.

A resistência está diretamente relacionada com a capacidade dos sistemas circulatório e respiratório fornecerem oxigénio e nutrientes aos músculos, bem como, com a eliminação de resíduos que se formam durante o exercício (o aparecimento de cãibras aquando de uma atividade física intensa deve-se à presença de ácido lático, produto resultante da fermentação lática realizada pelos músculos em condições de anaerobiose).

Geral - quando é solicitada mais de 1/6 da massa muscular. É limitada pelo sistema cárdio-respiratório.

Local - quando é solicitada menos de 1/6 da massa muscular total. É determinada pela resistência geral pela força e capacidade anaeróbica.

Flexibilidade

Capacidade que o atleta tem para executar movimentos de grande amplitude por si mesmo ou por influência de forças exteriores.

O desenvolvimento desta capacidade para além de melhorar a elasticidade muscular, também aumenta a mobilidade articular, melhora o transporte de energia, aumenta a capacidade mecânica dos músculos, permite um aproveitamento mais económico da energia mecânica, previne lesões musculares, aumenta a amplitude dos movimentos inerentes à atividade, promove o relaxamento muscular, oferece a possibilidade e a capacidade ao atleta de se aperfeiçoar com maior rapidez técnica.

Geral – consiste na amplitude geral de oscilação das articulações, especialmente nas dos ombros, anca e coluna vertebral.

Específica – consiste na amplitude necessária para a realização de movimentos específicos de cada modalidade.

Capacidades motoras coordenativas

São essencialmente determinadas por processos de controlo motor e regulação do sistema nervoso central, constituindo portanto a base para a aprendizagem, execução e domínio dos gestos técnicos.

Segundo Kiphard (1976), “a coordenação do movimento, de acordo com a idade, é a interacção harmoniosa e, na medida do possível, económica, dos músculos, nervos e órgãos dos sentidos, com o fim de produzir ações cinéticas precisas e equilibradas e reações rápidas e adaptadas à situação”. A coordenação motora permite, então, obter uma ação óptima dos diversos grupos musculares na sequência de movimentos com um máximo de eficiência e economia.

Conclusão

Este trabalho foi realizado com empenho e penso que cumpri os objetivos impostos.

No início deparei-me com algumas dúvidas, que foram ultrapassadas à medida que encontrava informação, informação essa muito escassa e não aprofundada (daí a necessidade de pesquisa em inúmero sites, tal como se pode verificar pela extensão da bibliografia).

Como comentários finais, gostaria de acrescentar que gostei de realizar este trabalho pois adquiri muita informação nova sobre um dos temas mais importantes da atualidade.

Espero que este trabalho tenha incitado a uma profunda reflexão acerca da importância da atividade física para a nossa saúde.

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