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O relógio de dar horas mais antigo que se conhece foi instalado em 1309 na Igreja de Santo Eustórgio, em Milão, Itália. Numa civilização como a actual que impera a técnica, a vida dos homens rege-se pelo relógio. Porém, nem sempre assim foi. Durante muitos milhares de anos a Humanidade viveu ao ritmo das divisões naturais de dia e noite, Verão e Inverno; a experiência dizia-lhe quando devia semear e colher. As antigas civilizações da Mesopotâmia e Egipto precisavam já de uma maneira mais exacta de medir o tempo, pois os sacerdotes deviam saber prever acontecimentos importantes como um eclipse ou as cheias dos grandes rios. Foram os astrónomos da Babilónia quem, por volta de 3000 a.C., pela primeira vez dividiu o dia em 24 horas iguais. E os sacerdotes babilónicos para aumentarem os seus poderes fazendo previsões mais rigorosas dividiram a hora em 60 minutos. Já os Egípcios mediam o tempo de forma diferente, por volta de 2050 a.C. dividiam tanto a noite como o dia em 12 horas iguais. Do nascer do Sol ao pôr do Sol consideravam sempre 12 horas, independentemente da duração variável da luz do dia nas diferentes alturas do ano.
Nesta altura usavam-se
dois tipos de relógios, os relógios de Sol e os de Água. Relógio de água – O relógio de água mais antigo do mundo foi encontrado no Templo de Ámon, em Carnac, Egipto. Este relógio tinha uma outra capacidade, funcionava também de noite, quando não era possível utilizar relógios de Sol. Um sofisticado relógio de água foi inventado pelo chinês Han Kung-Lien a cerca de 1088 d.C.. (O nível de água que escorria por um furo na base indicava a passagem do tempo nas marcações feitas num vaso de pedra. [ não se sabe o autor deste relógio. O relógio de água de Han Kung-Lien, também funcionava com água mas não desta maneira) Quando no século XIII, se construíram na Europa os primeiros relógios mecânicos, adoptou-se o método de divisão do tempo Babilónico. Estes relógios eram de grandes dimensões, davam horas e frequentemente não tinham mostrador. Encontravam-se geralmente dentro das igrejas, houve um relógio instalado num espaço público de Itália que podia ser visitado por todos. Este e muitos outros relógios semelhantes introduziram um novo elemento do dia-a-dia do homem – o conceito de tempo. As ampulhetas, ou relógios de areia foram largamente utilizados na Europa medieval e no século XVI, e foram muito usados para limitar a duração dos sermões nas Igrejas. Foram evoluindo as ampulhetas e foram feitas ligações e tentativas eis que chegou o relógio de sala, um parente mais pequeno do relógio de torre, tornou-se nas cortes reais o brinquedo mais recente e dispendioso do século XV. Mais uma vez evoluções foram feitas, e as dimensões dos relógios foram diminuindo cada vez mais até que se chegou ao primeiro relógio “portátil”. Os relógios de bolso foram construídos em Nuremberga por Peter Henlein em 1510, apresentavam inicialmente a forma cilíndrica, davam horas e funcionavam durante 40 horas. Durante a Revolução industrial o relógio começou a exercer uma influência cada vez maior no trabalho, ora para ligar as máquinas ora para as desligar. O ritmo implacável da máquina tornou-se cada vez mais opressivo com o desenvolvimento dos estudos de tempo-e-movimento iniciados pelo engenheiro americano Frederick Winslow Taylor em 1881, que criou uma técnica usando o relógio para marcar o tempo a que os operários começavam a trabalhar e que acabavam. O computador possibilitou o aparecimento dos relógios que além de indicarem as horas, os minutos e os segundos podem ter outras funções. Assim num relógio de pulso – o tipo de relógio que substituiu o relógio de bolso no século XX – pôde facilmente ser incluída uma calculadora. Um factor que contribui para o ritmo frenético e angustiante da vida de hoje é o relógio digital. Este tipo de relógio surgiu em 1971 e representa uma grande evolução no campo da relojoaria. No entanto o relógio analógico que indica o tempo numa perspectiva de passado e de futuro sobreviverá sem dúvida depois de se extinguir o interesse pelo indicador de hora digital. Os relógios digitais são pequenos, baratos e precisos. Por isso, são encontrados associados a muitos aparelhos electrónicos. No entanto, os relógio analógicos são mais populares que os digitais. Outra grande diferença é que os relógios analógicos utilizam quartz, e os digitais utilizam cristal piezoelétrico. Hoje em dia o relógio é conhecido e utilizado em todos os cantos do mundo, nos mais diversos feitios, formas e cores, e também em variados preços, desde os preços mais “fáceis” aos mais luxuosos.
Figura 1 – Exemplo de um relógio da marca Swatch. Fonte: «História dos grandes Inventos» - Edição de 1983 e da selecção de Reader’s Digest, Lisgráfica S.A.R.L.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rel%C3%B3gio_digital Outros Trabalhos Relacionados
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