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Trabalhos de Estudantes Trab. de Educ. Visual - 8º Ano |
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A Fotografia Autores: Margarida Pereira Escola: Escola E B 2,3 Rosa Ramalho – Barcelinhos Data de Publicação: 14/09/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a Fotografia, técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando esta em uma superfície sensível, realizado no âmbito da disciplina de Educação Visual (8º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
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IntroduçãoEu, pretendo com este trabalho, ficar a saber mais sobre a fotografia, apesar de já saber algumas coisas, desde a aula de Fotografia. Quero conhecer mais sobre a história da fotografia, primeiras fotos e primeiros fotógrafos. Espero adquirir novos conhecimentos sobre câmaras fotográficas, conceitos da fotografia e outro material fotográfico. Espero que o que aprender com este trabalho me venha a ser útil na disciplina da Fotografia, no meu dia-a-dia, afinal eu também tiro fotografias com a minha câmara digital, e, quem sabe, na minha profissão futura. Desejo também tirar uma boa nota neste trabalho, e por isso vou esforçar-me para tal. DesenvolvimentoA FotografiaO que é a Fotografia? A fotografia é uma linguagem universal. Uma imagem pode transmitir emoções e sentimentos impossíveis de serem expressos com palavras. A fotografia é a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando esta em uma superfície sensível. É o registo da luz num determinado material e num determinadio espaço de tempo. A palavra Fotografia vem do grego φως [fós] ("luz"), e γραφις [grafis] ("estilo", "pincel") ou γραφη grafê, e significa "desenhar com luz". História da Fotografia A fotografia não é a obra final de um único criador. Ao longo dos tempos diversas pessoas foram juntando conceitos e processos que deram origem à fotografia como hoje a conhecemos. O mais antigo destes processos é o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas.
Figura 1 – Câmara escura portátil, tipo reflex, do ano de 1685 Um cientista italiano, Angelo Sala, em 1604, percebeu que um composto de prata escurecia ao Sol, mas supôs que esse efeito fosse produzido pelo calor. Anos antes, o alquimista Fabrício tinha feito as mesmas observações com o cloreto de prata. Foi então que, Johann Heinrich Schulze fazendo experiências com ácido nítrico, prata e gesso, em 1724, determinou que era a prata halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, que provocava o escurecimento. Por volta do ano 1800, reproduziam-se as primeiras silhutes, hoje chamadas de fotogramas.
Figura 2 - 1ª fotografia reconhecida, tirada da janela do sotão da casa de Niépce A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida pelo francês francês Joseph Nicéphore , em 1826, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado Betume da Judéia. A imagem foi produzida com uma câmara e exposta à luz solar durante oito horas. Parelelamente outro francês, Louis Daguerre, produzia com uma câmara escura efeitos visuais. Após a morte de Nièpce, Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominado daguerreotipia. O britânico William Fox Talbot, que também efectuava experiências com papel fotossensível, ao saber dos avanços de Daguerre, apresentou os seus trabalhos à Royal Institution e à Royal Society, procurando garantir os direitos sobre as suas invenções. Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas.
Figuras 3 e 4 – Primeiro negativo, do ano 1835, janela da casa de Talbot; e pespectivo positivo No Brasil, um francês, Hércules Florence conseguiu resultados superiores aos de Daguerre, pois desenvolveu negativos. Contudo, apesar das tentativas de disseminação do seu invento, ao qual denominou "Photographie" - foi o legítimo inventor da palavra - não obteve reconhecimento à época. Sua vida e obra só foram devidamente resgatadas mais tarde. A fotografia então popularizou-se como produto de consumo a partir de 1888 com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos substituíveis. Desde então, o mercado fotográfico tem experimentado uma crescente evolução tecnológica, como o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição automática. Estas invenções foram facilitando, ao longo dos anos, a captação da imagem, dando qualidade e definição, mas com rapidez. Mas não se alteraram muito os principios básicos da fotografia. Mas a grande e recente mudança foi a digitalização da fotografia. A fotografia digital mudou por completo o mundo da fotografia, sendo ainda mais rápido e os seus custo diminuídos.
Figura 5 - estes são dois dos muitos exemplos de máquinas digitais que podemos encontar hoje em dia no mercado A fotografia a cores A fotografia colorida foi explorada durante os anos de 1800, a fim de colocar cores nas fotos. Já existiam pessoas especializadas em colorir fotos pintando-as, mas nenhuma técnica conseguia fixar e nem impedir que as cores enfraquecessem. A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico, filósofo e matemático, James Clerk Maxwell. Para conseguir tal efeito ele fotografou o elemento colorido três vezes usando três filtros de cores fundamentais – vermelho verde e azul - obtendo, desta forma, três negativos monocromáticos com variações de cinza distintos. Maxwell converteu os negativos em slides e os projetou um sobre o outro, reproduzindo as cores do elemento original.
Figura 6 – 1ª fotografia colorida, tirada por Maxwell. Entretanto existiam algumas complicações. Os principais problemas em utilizar este método eram a impossibilidade de obter fotos em movimento e a grande perda de luz, pois cada filtro só permitia a passagem de 1/3 da luz total. Era um processo complicado, mas foi o primeiro passo a caminho do mundo das fotos coloridas. O primeiro filme colorido, o Autocromo, não chegou ao mercado antes de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata. O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfacolor em 1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963. A fotografia colorida pode formar imagens como uma transparência positiva, planejada para uso em projetor de diapositivos ou em negativos coloridos, planejado para uso de ampliações coloridas positivas em papel de revestimento especial. A última é atualmente a forma mais comum de filme fotográfico colorido (não digital), devido à introdução do equipamento de fotoimpressão automático. Fotografia digital A fotografia digital é a fotografia tirada com uma câmera digital ou determinados modelos detelemóveis, resultando em um arquivo de computador que pode ser editado, impresso, enviado por e-mail ou armazenado em websites ou CD-ROMs. A fotografia tradicional era um fardo considerável para os fotógrafos que trabalhavam em localidades distantes - como correspondentes de órgãos de imprensa - sem acesso às instalações de produção. Com o aumento da competição com a televisão, houve um aumento na urgência para se transferir imagens aos jornais mais rapidamente. Foi em 1991, utilizando o corpo de uma câmera Nikon F3, que a Kodak criou a DCS 100, a primeira câmera digital do mundo. Ela nasceu da ideia de facilitar o trabalho dos fotojornalistas, que enfim poderiam enviar as fotos sem precisar voltar ao estúdio ou à redação. Com 200 MB de espaço disponível, a câmera podia armazenar até 156 imagens, de 1.3 megapixels, sem compressão. Entretanto a praticidade ainda estava longe das máquinas digitais, já que também era preciso carregar um equipamento para visualizar e armazenar as imagens e para comportar a bateria. Toda essa “facilidade” custava em torno de 30 mil dólares
Figura 7 – 1ª câmara digital Na fotografia digital, a luz sensibiliza um sensor, chamado de CCD ou CMOS, que por sua vez converte a luz em um código electrónico digital, uma matriz de números digitais (quadro com o valor das cores de todos os pixels da imagem), que será armazenado em um cartão de memória. Tipicamente, o conteúdo desta memória será mais tarde transferido para um computador. Já é possível também transferir os dados diretamente para uma impressora gerar uma imagem em papel, sem o uso de um computador. Uma vez transferida para fora do cartão de memória, este poderá ser apagado e reutilizado
Figura 8 – Sensor CCD, que substitui o filme nas máquinas digitais Câmaras fotográficas Uma câmara ou câmara fotográfica (também chamada de máquina fotográfica) é um dispositivo usado para capturar imagens (geralmente fotografias), única ou em sequência, com ou sem som, como com câmera de vídeo. O nome é derivado de camara obscura, latim para "câmara escura". O seu formato peculiar, deriva-se das antigas observações de Leonardo da Vinci tido até hoje como o primeiro a descrever os princípios da câmara escura. Basicamente, uma câmara, qualquer que seja ela, deriva de um único princípio. Uma caixa preta com um orifício por onde é captada a imagem. Por este orifício entram os raios do Espectro visual ou outras porções de espectro. Câmara de visor directo/Não reflex É uma câmara de “aponta e dispara”. Característica como o próprio nome diz, é ter o visor directo, ou seja, o fotógrafo vê a imagem que vai fotografar através de um visor que esta separado da lente da câmara. os fotografados.
Figura 9- Câmara com visor directo Nos modelos mais simples o foco é do tipo fixo, ou seja, está regulado para focalizar a partir de mais ou menos 1 metro e meio até o infinito. Mas existem modelos mais sofisticados em que o foco é do tipo auto-focus. Neste caso um dispositivo electrónico utiliza geralmente raios infravermelhos para medir a distância entre a câmara e o objeto a ser fotografado e assim focalizar precisamente a imagem.
Figura 10 - Erro de paralaxe Câmara reflex É um tipo de câmara em que o que se vê no visor é a imagem exactamente como ela será capturada no filme. Isto graças a um espelho inclinado a 45 graus que reflete a imagem vinda da lente da câmara para uma malha do visor, o que acontece antes de se fazer a exposição, daí o nome reflex. O único inconveniente é que no exato momento em que se aperta o disparador da máquina, o visor se torna escuro e impossibilita de se ver qualquer imagem.
Figura 11 - Esquema de uma câmara reflex Outras características são: podemos trocar suas lentes com facilidade, são mais pesadas e menos silenciosas do que as de visor direto e também muito mais caras. As câmaras reflex podem ser do formato que utilizam filmes 35mm que são as mais populares, ou as de formato médio de uso profissional.
Figura 12 - Câmara reflex Câmara Reflex de Duas Objetivas São câmaras com algumas características interessantes, como a óptima qualidade e tamanho da imagem vista na superfície plana do seu visor. Por ter um espelho fixo, necessita de duas lentes: uma para o visor e outra para levar a imagem até o filme. É muito silenciosa, mas provoca erro de paralaxe devido o uso de duas lentes e a imagem vista no visor é invertida no sentido direita/esquerda. Não permite a troca de lentes, mas é possível o acoplamento de lentes adaptadoras por cima das originais da câmara, sendo que os resultados deste uso são inferiores aos das reflex comuns. Utiliza filmes de formato médio como os do tipo 120. Por as suas características de maneabilidade, tamanho e peso, actualmente o uso destas câmaras está restrito aos profissionais. Câmara Polaroid ou Instantânea Estas câmaras caracterizam-se pela enorme facilidade para se obter rapidamente as fotos à medida que vão sendo feitas. Em média são gastos 30 segundos após se fotografar e obtermos a cópia final que tem o tamanho de 8,3 x 10,7 ou 8,3 x 8,6 cm. Portanto não podemos fazer ampliações a partir das mesmas ou mesmo cópias dos originais. As fotos instantâneas vem acondicionadas em um chassi em número de 10 e contém filme, revelador e fixador. Cada uma contém negativo e positivo e o revelador e fixador que são prensados no momento que a foto é expelida da câmara fotográfica. E assim a foto é revelada e fixada rapidamente, então é só descolar-mos o negativo do positivo e o processo estará terminado.
Figura 13 - Câmara Polaroid Câmara APS É uma tecnologia lançada há alguns poucos anos. Estas câmaras utilizam um tipo especial de filmes feitos especialmente para elas, mas que ainda utilizam-se da prata como elemento sensível a luz e são de processamento químico como os filmes convencionais. Também podem tirar três formatos de fotografias, bastando para isto apertar um botão selecionador. Possuem um sistema de intercâmbio de informações em que a câmara grava no filme informações de cada foto de forma magnética. Estas informações serão posteriormente utilizadas no momento da revelação das fotos para melhoria do resultado final. Depois de revelado o filme, o mesmo é novamente armazenado em seu cassete para melhor proteção. Junto com o filme revelado é fornecida uma cópia fotográfica que contém miniaturas de todas as fotos tiradas no mesmo. Data, hora e número de identificação do cassete são impressos no verso das cópias. Também é possível acrescentar texto as imagens fotográficas. Com um filme colocado na câmara é possível saber se o mesmo não esta exposto, parcialmente exposto ou completamente exposto ou processado. Com a utilização de um aparelho acessório pode-se ver as imagens do filme processado numa tv ou computador. As câmaras APS podem ser pequenas, compactas e fáceis de manusear, ou serem de modelos que possuem características profissionais. Pode-se dizer que a fotografia APS é uma ponte entre a fotografia de base química convencional e a digital. Câmara Digital As câmaras digitais utilizam tecnologia de ponta da área da informática. E por isto o seu aperfeiçoamento tem sido feito de maneira vertiginosa nestes poucos anos de sua invenção. Encontramos câmaras digitais de visor direto ou reflex que mostram a imagem a ser fotografada num pequeno monitor de cristal líquido colocado normalmente na sua parte posterior. Sua principal característica é não utilizar filmes. Em seu lugar usa-se um sensor eletrônico chamado CCD que captura as imagens que recebe da lente da máquina. Estas são então armazenadas internamente em memórias flash já na forma digital cujos dados são depois copiados para um computador via um cabo que une câmara ao computador. Deste modo as imagens fotográficas poderão prontamente serem vistas em qualquer programa visualizador de imagens ou de tratamento de imagens bitmap. Se necessário poderão então serem impressas nas mais diversas tecnologias de impressão encontradas atualmente e com qualidade praticamente igual as da fotografia convencional. Também existem câmaras que imprimem suas fotos diretamente em impressoras próprias e assim dispensando o uso do computador.
Figura 14 - Câmara digital Câmara Pinhole A câmara pinhole é uma máquina fotográfica sem lente. A designação tem por base o inglês, pin-hole, "buraco de alfinete" e é usada para referir a fotografia estenopeica. Este tipo de fotografia é uma prática económica e simples pois utiliza uma qualquer caixa em que a luz não penetre.
Figura 15 - Câmara Pinhole O princípio de uma máquina fotográfica de pinhole é que os raios de luz de um objeto passam por um pequeno buraco para formar uma imagem. A câmara pinhole consiste numa maneira de ver uma imagem real, através de uma câmara escura. De um pequeno orifício onde a luz é captada para dentro da câmara, e sofrendo um movimento de inversão, a imagem é projectada para a parede oposta ao orifício ao contrário. Para produzir uma imagem razoavelmente nítida, a abertura tem que ser um furo pequeno na ordem de 0,5 mm ou menos. O obturador da câmera pinhole geralmente consiste de uma mão espalmada ou de algum material à prova de luz para cobrir e descobrir o furo. As câmaras pinhole requerem um tempo maior de exposição do que as câmeras convencionais devido à pequena abertura; os tempos de exposição vão de 5 segundos a até mais de uma hora. Câmaras curiosas Quem gosta de isqueiros pode comprar a câmara fotográfica inspirada nos modelos Zippo. A Zippo Digital Câmera permite tirar fotos de maneira discreta, seu formato de isqueiro engana qualquer pessoa, principalmente se a câmara estiver fechada. Custa por volta de 100 dólares, possui conexão USB, timer e faz fotos contínuas. Com 64mb, ela armazena 30 fotos 640×480, ou até 100 fotos 320×240. Funciona apenas com uma pilha AAA.
Figuras 16 e 17 - Câmara Zippo, aberta e fechada A câmera Seitz é fora do comum! Faz fotos de, nada mais que, 160 megapixels! O resultado disso são arquivos de imagem com até 1GB cada uma! Diferente da Zippo, essa aqui é nada discreta. Para quem tem coragem, ela custa em torno dos 33 mil dólares!
Figura 18 e 19 - Câmara Seitz A Canon SAP é praticamente um anel. É uma câmara super discreta, mas que fornece imagens de alta qualidade.
Figura 20 - Câmara Canon SAP Com 16 MB de capacidade interna, a Digital Hero 3 faz fotos de 3 megapixel e foi projeta para ser utilizada na natureza. Se preferir ela fica bem presa ao pulso, para fazer fotos em movimento, e é resistente à água (até 100 metros de profundidade).
Figura 21 – Câmara Digital Hero A próxima câmara combina câmara fotográfica com binóculos! Faz imagens de dois megapixels e as armazena em um total de 32mb de capacidade. Funciona com duas pilhas AA, é discreta (116 x 67 x 37 mm) e leve (215g).
Figura 22 - A câmara Thanko’s BINOCA01 Esta câmara faz fotos de 5 megapixel. Não preciso dar especificações, mas algo que é necessário acrescentar é que a Hello Kitty fica ruborizada cada vez que você faz uma foto!
Figura 23 - A câmara Hello Kitty Objectivas A objectiva é o elemento óptico que foca a luz da imagem no material sensível, o filme fotográfico. A distância focal e a abertura do diafragma são as mais importantes características da objectiva.
Figura 24 - Objectiva As objectivas podem estar embutidas no corpo da câmara, como numa câmara compacta, ou podem ser intermutáveis, como em câmaras SLR. A objectiva permite controlar a intensidade da luz que a atravessa, abertura, através do diafragma, permitindo maiores ou menores exposições à luz. A abertura é medida em números. Os números maiores correspondem a menores aberturas. A distância focal (medida em milímetros) de uma objetiva indica o seu grau de ampliação da imagem e o seu ângulo de visão. Uma objectiva de 50 mm, é uma objectiva normal e corresponde aproximadamente ao angulo de visão do olho humano. Todas as distancias focais abaixo de 50 mm são consideradas grande angular, pois oferecem um maior ângulo de visão, e todas as distâncias focais acima dos 50 mm são consideradas teleobjectiva, pois têm um angulo de visão inferior e aproximam a imagem. As objectivas podem ter apenas uma distância focal, comumente chamadas de "focal fixa" ou simplesmente "fixas", ou permitir um intervalo de distâncias focais, como por exemplo 28-80 mm. Estas últimas denominam-se Diafragma fotográfico O diafragma fotográfico é o dispositivo que regula a abertura de um sistema óptico. É composto por um conjunto de finas lâminas justapostas que se localiza dentro da objectiva, e que permitem a regulação da intensidade de luz/iluminada que ira sair na material foto-sensível O valor do diafragma se dá através de números, conhecidos como números f ou f-stop, e seguem um padrão numérico universal. Esta escala inicia -se em 1, 1.4, 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22, 32, 44, 64 etc, sendo que, quanto menor for o número f, maior a quantidade que luz que ele permite passar e, quanto maior o número f, menor a quantidade de luz que passará pelo diafragma. Cada número maior, ou seja, mais fechado, representa a metade da luz que a abertura anterior permite passar, assim como a cada número menor, ou seja, mais aberto, permite a entrada do dobro de luz.
Figura 25 - Diafragmas com diferentes aberturas Obturador O obturador é um dispositivo mecânico que abre e fecha, controlando o tempo de exposição do filme à luz em uma câmara fotográfica. É uma espécie de cortina que protege a câmara da luz, e quando accionado o disparador, ele abre-se. Quanto mais tempo estiver aberto, mais luz entra. Ele fica embutido no interior do corpo da câmara após o diafragma. A velocidade do obturador, é um dos factores utilizados para alterar o resultado final de uma fotografia pelo fotógrafo Filme fotográfico Filme fotográfico utilizado em fotografia, é constituído por uma base plástica, geralmente triacetato de celulose, flexível e transparente, sobre a qual é depositada uma emulsão fotográfica. Esta é formada por uma fina camada de gelatina que contém cristais de sais de prata sensíveis à luz que chega a ela através da lente da câmara.
Figura 26 - Filme fotográfico Os sais de prata, quimicamente chamados de haletos ou halogenetos de prata, podem ser mais ou menos sensíveis à luz. Então, há filmes que exigem maior quantidade de luz para registrar as imagens. Outros permitem o captação com menos luz. A essa propriedade dá-se o nome de sensibilidade. Os filmes podem ser diferenciados quanto: Ao formato São variados os formatos de filme existentes no mercado. Cada formato tem a sua aplicação específica sendo necessária uma câmera apropriada para cada formato de filme. Actualmente, no meio fotográfico, designa-se por "pequeno formato" todos os tamanhos de filmes inferiores ao de 120, como "médio formato" os tamanhos de 120 e 127 e como "grande formato" todos os tamanhos iguais ou superiores a 4x5 polegadas, estes, normalmente dispostos em chapas. À cor Os filmes em cores negativos são destinados a elaboração de ampliações coloridas em papel. Os diapositivos (cromos ou slides) são filmes positivos coloridos para transparências (projecções) e serviços gráficos. Há poucos filmes que podem gerar um positivo preto e branco. Os filmes a preto e branco negativos produzem películas negativas para cópias fotográficas monocromáticas. À sensibilidade A sensibilidade dos filmes é indicada normalmente por números ISO, e as sensibilidades mais comuns no mercado são: ISO 32, 50, 64, 100, 125, 160, 200, 400, 800, 1600 e 3200. Filmes de baixa sensibilidade: ISO 32 a ISO 64. São ideais para o trabalho com muita luz (dias ensolarados, sol forte e flashes de alta potência). Em condições favoráveis, esses filmes produzem resultados de grão excepcionalmente fino, o que proporciona boa definição nos detalhes e bom contraste, mesmo em grandes ampliações. São indicados para fotografar retratos, paisagens e temas ligados à natureza. Filmes de média sensibilidade: ISO 100 a 400, são os mais populares para os objetivos gerais a que se propõe a emulsão em preto e branco. São filmes de granulação fina e ainda permitem trabalhos em condições de luz um pouco mais variadas. Indicados para dias ensolarados (ISO 100) ou nublados (ISO 200) e flashes de baixa potência (embutido na câmara). Filmes de alta sensibilidade: ISO 800 a ISO 3200. Os filmes desta categoria apresentam um aspecto nitidamente granulado quando ampliados. São ideais para trabalhos com pouca luz, como ambientes externos a noite, museus, teatros e casas de espetáculos em geral sem necessidade de uso de flash ou quando se necessita de alta velocidade para "congelar" o movimento (fotos de ação). Os filmes de ISO acima de 800 geralmente destinam-se a serviços profissionais, pois permitem alterações desses índices em condições extremas. Filtro fotográfico Um filtro fotográfico é um acessório de câmara fotográfica ou de vídeo que possibilita o manejo de cores e/ou a obtenção de efeitos de luz pela sua inserção no caminho óptico da imagem.
Figura 27 - Filtros fotográficos Os filtros são de gelatina, plástico, vidro ou cristal, na maioria das vezes montadas em anéis rosqueáveis na objetiva, ou em anéis elásticos para montar no cilindro liso da objetiva. Os filtros circulares são mais comuns, mas uma gama de filtros mais ampla, de dezenas de filtros, é disponibilizada em formato quadrado, para serem encaixados em magazines de porta-filtros universais. A finalidade básica dos filtros fotográficos é a de filtrar a luz adequando-a às características do filme ou sensor de imagem. Algumas poucas situações exigem o emprego do filtro: . fotografia a altas altitudes (dois mil metros ou mais); . fotografia à sombra tirada ao meio-dia; . fotografia à contra-luz com sol baixo; . presença de reflexos indesejáveis (na superfície da água, de uma vitrine). A presença de luz mista às vezes é inevitável ou até mesmo necessária. Nesta situação os estúdios fotográficos, ou de cinema e TV fazem uso de filtros de gelatina em folhas para aplicar, não na direção da câmara, mas na direção da fonte de luz, como em janelas e refletores de luz Enquadramento e Focagem O enquadramento é o acto de selacção do motivo ou motivos que se pretende fotografar. É a procura dos aspecto, ou aspectos, que se pretende exprimir, mostrar ou documentar. Focar é avaliar ou medir a distância entre o objecto ou o motivo a fotografar e a objectiva da máquina, de modo a permitir a nitidez da imagem. A focagem deve ser feita sobre o assunto ou objecto frincipal a fotografar. Para se fotografar correctamente deve-se ter em conta: 1. Fazer o enquadramento; 2. Focar o assunto; 3. Seleccionar o diafrgma conforme a assunto e a luz; 4. Seleccionar a velocidade de acordo com o diafrgma e com o movimento do assunto; 5. Disparar em boas condições. Revelação fotográfica Revelação fotográfica é o processo de transformação da imagem latente registada no filme fotográfico em imagem visivel através de processo químico. A luz sensibiliza os cristais de prata contidos na emulsão fotográfica que sofrem alterações que resultarão em sua transformação em prata metálica. Para efetivar esta transformação é necessário um acúmulo de energia luminosa. Quando uma pequena exposição é dada ao filme, os haletos de prata sofrem uma alteração mínima não perceptível, a essa alteração chamamos de Imagem Latente. A revelação, por processo de óxido-redução, aumenta em cerca de 1 bilhão de vezes a energia captada, concluindo sua transformação em prata metálica, produzindo assim uma imagem visível. Os haletos não expostos e, portanto, não reduzidos continuam fotossensíveis, e serão eliminados no processo de fixação. A revelação de uma fotografia é dividida em várias etapas: Revelador A função do revelador é concluir a transformação dos haletos de prata contidos no filme em prata metálica, através do processo de óxido-redução. Neste processo o agente revelador se oxida, ’doando’ o seu elétron ao haleto de prata, o que o transforma em prata metálica negra. Os reveladores são soluções alcalinas, e as fórmulas mais utilizadas são à base de metol e hidroquinona. Interruptor ou banho de paragem A função do interruptor é neutralizar a ação da solução reveladora presente na emulsão, além de tornar o meio gelatinoso ácido, preparando-o para o fixador, que também é ácido. Fixador A função do fixador é retirar da emulsão os cristais de prata (haletos) não sensibilizados pela exposição e, portanto, não transformados em prata metálica na revelação. A base das soluções fixadoras é o tiossulfato de sódio, pois este elemento reage com os cristais de prata formando complexos solúveis em água, provocando desta forma a dissolução dos haletos de prata não expostos e a preservação da imagem. Por ser responsável pela preservação da imagem, deve-se estar atendo a este processo, pois a permanência de resíduos, provenientes desta reação, ao longo do tempo acabarão decompondo-se, atacando e manchando a imagem de prata metálica. Lavagem A função da lavagem é remover da emulsão os produtos químicos do fixador. A lavagem tem o importante papel de remover esses produtos deixando na emulsão somente a imagem de prata metálica. Pois, se o tiosssulfato de sódio do fixador e o tiossulfato de prata, resultante da fixação, permanecerem na emulsão, atacarão a imagem produzindo descoloramento e manchas. A retirada dos produtos na lavagem acontece por difusão, ou seja, os sais migram do meio mais concentrado (emulsão) para o meio menos concentrado (água). Isso se baseia no facto de que duas soluções tendem a se equilibrar. Por isso a água tem de ser trocada constantemente. Secagem Antes da secagem, deve-se utilizar uma solução surfante (espécie de detergente), para que seja reduzida a tensão superficial da água, evitando assim, a formação de gotas durante a secagem. Pois a formação de gotas na emulsão durante a secagem pode gerar marcas no filme, devido ao "inchaço" que a emulsão sofre quando molhada. A secagem natural é considerada sempre ideal, por não forçar a desidratação do filme. As estufas podem ser usadas, desde que a temperatura interna não ultrapasse os 40ºC. Áreas de abrangência da fotografia A fotografia está presente em todos os modernos processos de comunicação. Isso a transformou numa atraente carreira profissional envolvendo técnicos e artistas que se dedicam exclusivamente a tarefa de construir imagens. Jornalismo – A fotografia é fundamental no jornalismo. O seu papel é ilustrar e dar clareza ao texto ajudando a entender o assunto. São as fotos que induzem o leitor a viver a notícia. Pesquisas – Quase todas as ciências modernas recorrem à fotografia como apoio nas suas pesquisas. A adaptação das câmaras em sofisticados equipamentos ópticos como microscópios ou telescópios, permite fotografar imagens intrigantes e imperceptíveis ao olho humano. Para isto, existe uma série de filmes e acessórios específicos que visam facilitar a operação da máquina fotográfica em anatomias ou condições desfavoráveis. Medicina – A medicina transformou a fotografia no seu mais importante veículo de transmissão de saber. É indispensável nas pesquisas, acompanhamento de casos patológicos, ensino ou simples documentação. Existem especializações onde chega a ser obrigatória, como a cirurgia plástica. Através do emprego de filmes especiais, pode também se transformar numa eficiente ferramenta de diagnóstico. Odontologia – Várias especializações da odontologia utilizam a documentação fotográfica. Na ortodontia, por exemplo, a câmara fotográfica já faz parte do instrumental do dentista, que registra em fotos todas as fases de um tratamento. Actualmente, muitos professores de odontologia usam exibições de slides como apoio didático para as suas aulas. Publicidade – Milhões de fotos são produzidas com o objetivo de vender os mais diversos produtos e serviços. São trabalhos sofisticados, criados na mesa de directores de arte e com forte apelo ao consumo. Memórias – O mais completo arquivo de memórias da vida de uma pessoa é o seu álbum de fotos. Por isso, fotografar os momentos importantes é um hábito para muita gente que encontrou na fotografia a melhor maneira de guardar as suas recordações. Hobby e lazer – Fotografar é um hobby bom, divertido e, sobretudo, barato. Quem fotografa por prazer vê o mundo diferente, além de fazer um delicioso exercício de criatividade. Eventos sociais – Casamentos, formaturas, festas e a maioria dos eventos sociais não dispensam um registro fotográfico. Criou-se aí um enorme e atraente mercado de trabalho movimentando milhares de fotógrafos profissionais dedicados a documentação social em quase todas as cidades do país. Arte e cultura – Em muitos países já existem galerias vendendo fotos como objetos de arte sem o menor preconceito. Projetos culturais envolvendo fotografia vêm se tornando rotina nas entidades culturais e empresas. Os concursos fotográficos são cada vez mais frequentes, chamando a atenção da comunidade para vários assuntos de seu interesse. Retratos feitos com fotografia ganham a cara de portraits artísticos e, democraticamente, começam a ocupar espaços antes restritos somente às aristocráticas pinturas de tela e pincel. A luz: onde a fotografia começa Para que possamos compreender o fenômeno da fotografia, é necessário conhecer algumas propriedades físicas da luz. A luz é uma forma de energia eletromagnética radiante, à qual nossos olhos são sensíveis. A maneira como a vemos e como a fotografamos é diretamente afetada por duas importantes características da luz: ela viaja em linha reta e a uma velocidade constante. A luz pode ser refletida, absorvida e transmitida. Quando a luz é refletida por um objeto, se propaga em todas as direções. O orifício de uma câmara escura, quando diante desse objeto, deixará passar para o interior alguns desses raios que irão se projetar na parede branca. E como cada ponto iluminado do objeto reflete assim os raios de luz, temos então uma projeção da sua imagem, só que de forma invertida e de cabeça para baixo. Como cada ponto do objeto corresponde a um disco luminoso, a imagem formada possui pouca nitidez e, a partir do momento em que se substitui à parede branca pelo pergaminho de desenho, esta falta de definição passou a ser um grande problema para os artistas que pretendiam usar a câmara escura na pintura. ConclusãoEu acho que consegui atingir os meus objectivos para este trabalho. Aprendi muito sobre a fotografia, câmaras fotográficas, primeiros fotográfos e como a fotografia evoluiu, desde os seus primórdios até aos dias de hoje. A Fotografia é uma forma de arte, uma forma de ver o mundo. Foi uma das invenções mais importantes do Homem. Gostei muito de realizar este trabalho. Foi muito interessante e curioso, pois fiquei a saber muito mais acerca da Fotografia. Espero vir a conseguir uma boa nota. Anexos
Figura 28 - Joseph Nicéphore Niépce, inventor francês responsável pelas primeiras fotografias.
Figura 29 - Louis Daguerre BibliografiaSites: . www.cotianet.com.br/photo . www.pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia . www.mnemocine.com.br/fotografia/histfoto2.htm . www.fosgrafe.wordpress.com . www.geocities.com/SoHo/Studios/2677/Manualfotoweb/Manual/apostila2.htm . www.br.kodak.com/BR/pt . www.fujifilm.com.br/comunidade/historia_da_fotografia/index.html . www.fotoserumos.com/histfoto.htm Livros:
Langford, Michael
Ramos, Elsa; Porfírio,
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