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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Filosofia - 11º Ano |
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As Teorias do Conhecimento Autores: Telma Marques Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 21/06/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre o conhecimento e a ciência, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (11º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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INTRODUÇÃO Este trabalho consiste na abordagem de um tema sobre o Conhecimento e a Ciência. Assim, após a escolha de “As Teorias do Conhecimento”, desenvolvi-o de modo a elaborar um trabalho. Inicialmente, foram-nos facultados três guiões onde estavam explícitos os temas, bem como os objectivos e como deveríamos começar a orientar esta nossa investigação. O projecto foi iniciado no segundo período e é composto por duas grandes fases. Uma primeira fase que foi desenvolvida no 2º Período e cujo resultado foi apresentado (por escrito) no final do mesmo. Temos, ainda, uma segunda fase que consiste na elaboração de uma dissertação filosófica com base no que até lá foi investigado, seleccionado e trabalhado. Para que esta fase seja concretizada com sucesso, não pude deixar de me empenhar em procurar mais informação (e aumentar a bibliografia) porque apesar de uma primeira fase corresponder às expectativas, não basta o que até lá foi trabalhado (é necessário explorar e desenvolver). Por fim (e fazendo parte desta segunda fase) temos a apresentação oral à turma na qual iremos expor o que desenvolvemos, dando a conhecer aos nossos colegas o que por nós foi trabalhado. No segundo período começou-nos por ser entregue os guiões e a professora fez uma breve explicação esclarecendo o objectivo do trabalho de investigação (disponibilizando-se para nos auxiliar sempre que necessário). Comecei, deste modo, por fazer a escolha do meu tema, sabendo à partida que se tratava de um tema que iríamos abordar nas aulas, daí ter que ultrapassar o que sabia. Apesar de saber que se tratava de uma tarefa um pouco árdua, não quis deixar de arriscar, aprofundando mais o que já era do meu conhecimento. Então, foi necessário colocar uma questão – problema à qual iria responder no decorrer do projecto. Claro que não poderia responder à questão – problema sem primeiro recorrer à elaboração dos sub-temas que serviriam para não deixar que me dispersasse ou que esquecesse o objectivo final do trabalho a realizar. Procurei, então, informação em livros, na Internet e em documentos de jornais e revistas. Seleccionei os documentos e excertos de livros que achei que seriam úteis para me ajudar a responder à questão – problema colocada. Posteriormente, seleccionei um desses documentos que sublinhei, tendo em conta o que seria mais importante e relevante para elaborar uma síntese do assunto tratado nesse mesmo documento. Escrevi, ainda, um comentário pessoal ao mesmo (baseando-me no que já era do meu conhecimento e apoiando-me em todas as fontes que contribuíram para o enriquecimento do meu trabalho). Depois de feita esta selecção e este resumo (incluindo um comentário pessoal), escolhi uma das perspectivas (empirista; racionalista; apriorista) para responder à minha questão – problema. Como isto não era o suficiente para completar o meu trabalho, apoiei-me novamente noutra teoria para responder à mesma questão, criticando a perspectiva anteriormente focada. O meu trabalho escrito é composto, então, por um índice, uma introdução que inclui os objectivos do trabalho, bem como os métodos utilizados para o elaborar. É, ainda, composto por um mapa conceptual, onde estabeleço relações entre o tema e o desenvolvimento e temos uma conclusão onde todo o trabalho é resumido, permitindo uma síntese que finaliza o trabalho escrito, incluindo uma crítica pessoal. Por último, temos uma bibliografia onde são citadas as fontes de todos os documentos utilizados e os anexos onde são colocados os apoios à realização de toda a componente escrita. As teorias filosóficas do conhecimento, apesar de serem muito diversificadas, centram-se todas em grandes problemas como: Qual a origem do conhecimento? Qual a sua Natureza? Qual o seu valor? Sabemos que por um lado existe quem defenda que a razão é a fonte principal do verdadeiro conhecimento (racionalistas), mas também existe quem nos fale da experiência como meio para atingir os verdadeiros saberes (empiristas). Agora, quem terá mais razão face a este tema? Serão os racionalistas? Ou serão os empiristas? Para responder a isto temos, também, quem nos diga que não existe conhecimento sem experiência e sem o uso da razão. É neste trabalho que desenvolvo duas das teorias do conhecimento criticando uma delas com base na outra. É, de facto, interessante compreender como cada filósofo pensava e confrontar argumentos e ideias. Para que se estabeleçam relações entre estas duas teorias que escolho, não basta apenas explicar o que cada uma delas contempla, ou seja, a crítica, de que já falei, está implícita, bem como um esquema geral que irá estabelecer relações de semelhança e diferença entre ambas.
Teorias do Conhecimento Questão – Problema: O conhecimento alcança-se através da razão ou da experiência?
1.
A razão
como fonte principal do verdadeiro conhecimento Descartes é um filósofo que dá muita importância à razão no acto de conhecer. Ele, como todos sabemos, diz-nos segundo uma perspectiva racionalista que podemos conhecer meramente com base na razão.
Podemos perguntar: Se todos os homens têm a mesma razão, então porque é que existe uma diversidade de opiniões tão grande? Descartes diz-nos que esta diversidade deriva da forma como cada sujeito organiza os seus pensamentos e dos diversos objectos a que se aplica essa razão. Isto significa que as diferentes opiniões resultam de uma diferente condução dos pensamentos aplicada a diferentes objectos. E porque é que é importante sabê-lo quando nos debruçamos sobre de onde deriva o conhecimento? Se pensarmos que Descartes encontra um método para guiar o seu pensamento pelo qual consegue construir verdadeiros conhecimentos e se todos os homens têm a mesma capacidade de distinguir o verdadeiro do falso, então se ele fizer uma boa condução dos pensamentos através deste método, todos os homens têm a capacidade de o conseguir também. É, portanto, com base na razão que se alcança o (verdadeiro) conhecimento. Isto significa que este defendia que simplesmente através da via racional podemos conhecer a essência dos objectos, ou seja, as propriedades essenciais (que os objectos não podem deixar de ter para serem considerados como tal). Agora podemos perguntar: Será que este filósofo coloca a hipótese que haver uma relação sujeito – objecto (a que chamamos experiência)?
Não. Descartes não coloca essa hipótese. Defende que é na razão que encontramos a forma de alcançar os verdadeiros saberes. Vamos então recorrer à nossa imaginação. Se em vez de sermos educados numa cultura, sermos aconselhados pelas pessoas do que é bom ou mau, ou seja, se não tivéssemos pré-juízos formados, mas tivéssemos construído tudo com base na nossa razão, será que os nossos juízos não seriam mais sólidos e puros? Para os defensores do racionalismo, os nossos conhecimentos deveriam ter sido “conseguidos” apenas guiando-nos pela nossa razão. De facto, é difícil destruir tudo o que já está construído para com base na razão se construir algo sólido. Mas pensemos. Se existir uma ponte com pilares pouco seguros é correcto deixar que por ela passem carros e outros tipos de viaturas? Correndo o risco de ruir tudo? Não é, de todo, correcto. Então o que devemos fazer segundo Descartes é destruir estas bases pouco sólidas e simplesmente com base na razão (exercendo uma actividade pensante) alcançar o conhecimento. No fundo, destruir estas bases sólidas implica a aplicação da dúvida de modo a questionar a veracidade de tudo o que nos é apresentado. É neste contexto que Descartes fala no mundo composto (basicamente) por duas espécies de espírito:
1. Uma das espécies é
aquela que supondo que é mais hábil (do que na verdade é) não consegue
ter paciência suficiente para conduzir ordenadamente os seus
pensamentos. O que aconteceria se alguma vez duvidasse dos princípios
que sempre seguiu? 2. Outra das espécies é aquela que sendo demasiado modesta, julga-se incapaz de distinguir o verdadeiro do falso e acaba por se guiar pelas opiniões dos primeiros, em vez de ela própria procurar opiniões melhores. Não é, portanto, capaz de duvidar das verdades que conhece até então. Descartes considerar-se-ia um destes últimos espíritos se nunca tivesse tido mais do que um mestre e se não tivesse tomado conhecimento das diferentes opiniões dos mais sábios. Há filósofos que diriam que a construção de novas bases é feita através dos sentidos que nos dão as sensações. Vamos, então, recorrer à imaginação. Se perdêssemos os nossos poderes sensoriais, perderíamos a nossa capacidade de raciocínio? Para Descartes existe o conhecimento puramente racional, o que não implica o uso destes “poderes”. Para procurar estas bases pouco sólidas é necessário um método (conjunto de regras que ao serem observadas por alguém não permitem tomar o falso pelo verdadeiro) que seja fundado na unidade e na simplicidade da razão humana. Vamos, mais uma vez questionar Descartes: Porque e que ele achou que seria necessário um método para guiar o seu pensamento? Houve alguma coisa que o levou a procurar este método? Quando era mais jovem, Descartes dedicou-se à lógica e dedicou-se à análise geométrica e à álgebra. Três aspectos que contribuíram para o seu projecto. E como? Quanto à lógica, embora sirva para ensinar, serve especialmente para explicar a arte de falar de uma forma que não requereu qualquer reflexão. Existem aqui muitos preconceitos prejudiciais ou superficiais. Quanto ao segundo ponto, ao estar-se ligado a matérias muito abstractas e ligadas às figuras, não se consegue exercitar a mente sem cansar a imaginação. No último ponto, Descartes diz que esta arte está tão restringida por determinadas regras que acabou por ser uma arte “confusa e obscura”. Foi a partir daqui que Descartes pensou que era importante um método que não contemplasse todos estes “defeitos”. Se este método inclui, também, a experiência? Não. Fala-nos, e agora sim, de aceitar como verdadeiro apenas aquilo que se apresentasse como tal ao espírito. Não se fala na experiência, porque aquilo que os nossos sentidos captam através dela não se pode apresentar clara e distintamente (primeira regra do método). A forma como o espírito atinge a evidência, Descartes chama de intuição. INTUIÇÃO? Aquilo que resulta também da experiência? Claro que não! Descartes chama de intuição não “testemunho dos sentidos”, mas sim conceito da mente pura e atenta, ou seja, conceito que não suscite dúvidas, que nasça só da luz da razão. Para ele a intuição é “o acto puramente racional com que a mente colhe o seu próprio conceito e se torna transparente a si mesma”. Numa segunda regra, Descartes fala-nos da análise dos problemas de modo a dividi-los tornando-os mais simples para os podermos considerar separadamente. Onde é mencionada a palavra experiência? E a palavra sentidos? Já numa terceira regra, o objectivo é conduzir por ordem todos estes pensamentos começando pelo objecto mais simples para se elevar pouco a pouco. A esta organização dos pensamentos Descartes chamou de ordem de dedução (onde existem primeiro as coisas absolutas – mais simples que são independentes das outras – e as relativas que devem ser deduzidas a partir das primeiras – através de uma série de raciocínios). Por fim falamos da enumeração com o intuito de se fazer revisões gerais e completas para se ter a certeza de nada omitir. Agora é caso para perguntar: É com a experiência que conseguimos aceder ao verdadeiro conhecimento se é a nossa razão que faz toda esta organização minuciosa? É dada uma grande importância à racionalidade do sujeito porque é este que organiza (conduz por ordem) os seus pensamentos. Então se é o sujeito que organiza o seu pensamento, significa que se não estiver tudo bem conduzido os verdadeiros conhecimentos não são adquiridos. É a razão que tem o poder de organizar novamente os pensamentos até atingir o verdadeiro conhecimento, já que esta se se enganar tem possibilidade de aceder ao seu erro e corrigi-lo. Então não será o sujeito com a sua RACIONALIDADE (razão) que atinge os verdadeiros saberes? Sem dúvida que é. Se Descartes já tem um método então ele já pode começar a duvidar das bases pouco sólidas do seu conhecimento. Já que os empiristas e os aprioristas defendem que o conhecimento tem origem na experiência, falemos sobre os nossos sentidos. Como pode o conhecimento através da experiência ser fiável quando pensamos naquela bolinha pequenina amarela que vemos no céu e a que chamamos sol? Todos sabemos que não se trata de uma bolinha pequenina, mas sim de uma estrela de grandes dimensões que está muito afastada de nós. Não podemos ter como base sólida os sentidos, se pelo menos uma vez nos enganaram. Este filósofo fala, ainda, do que vemos no estado de vigília e o que sonhamos enquanto dormimos. Como podemos ter a certeza que a realidade se prende com o estado de vigília se as imagens que vemos enquanto dormimos também nos parecem tão reais? Já com as matemáticas, este filósofo preferiu pensar que existia um génio maligno que nos fazia acreditar que, por exemplo, 2 + 2 = 4, quando não o era. No entanto, Descartes percebe que enquanto duvidava está a pensar e é através disto que ele chega à sua primeira verdade. Quando Descartes chega a esta primeira verdade que se apresenta clara e distintamente (“Penso, logo existo.”) – Cogito Cartesiano, ele sabe que está a pensar enquanto está a duvidar (forma utilizada por ele para chegar à primeira verdade). Se está a pensar para chegar a esta verdade (a este conhecimento), está a exercer uma actividade pensante (utilizar a razão), assim, ele apenas existe como ser pensante, isto é, espírito, intelecto, razão. A partir daqui se a nossa razão é incapaz de duvidar da nossa existência como “coisa” pensante, então sabemos que pensamos e, por isso, existimos. Então se ele conseguiu chegar a esta verdade exercendo uma actividade pensante, ou seja, utilizando a razão, significa que é possível construir verdades (que vão constituir o conhecimento) APENAS com base na razão. Pode defender-se, ainda, que a experiência não é utilizada no acto de conhecer quando pensamos sobre as ideias que surgem ao nosso pensamento. Se nos debruçarmos sobre a ideia de perfeição, de infinitude, de alma… (ideias inatas – que nascem connosco) temos que saber qual a sua origem. Segundo Descartes teriam que vir, necessariamente, de um ser com estas características. Descartes sabe que é um ser imperfeito, finito e dependente de um outro ser superior e sabe, também, que Aquele ser de que depende possui todas as coisas que procura e de que tem ideia no seu pensamento (ideia de infinitude, de perfeição…). É então que se diz que “Deus existe.”. Então, mas agora perguntam alguns filósofos: “Porque é que eu não posso duvidar da existência de Deus?” As pessoas ao colocarem esta questão, mostram apenas a sua incapacidade de elevarem o espírito, ou seja, “passar acima” das coisas sensíveis. Isto significa que a maioria das pessoas, bem como alguns filósofos (empiristas) têm como máxima que não há entendimento daquilo que não tenha passado primeiro pelos sentidos (defensores de que o conhecimento provém da experiência). Mas será que determinadas ideias que surgem à nossa razão podem ser apreendidas através dos sentidos? O conhecimento implica, portanto, não uma experiência, mas sim um trabalho da razão que permite duvidar dos sabres tradicionais, com o objectivo de chegar àqueles que são os verdadeiros saberes. Caso contrário, como teríamos a ideia de Perfeição ou de infinitude? Com base no olfacto, na visão, no tacto ou no paladar? Se assim fosse, não teríamos estas ideias. Uma vez que a existência de Deus foi reconhecida, Descartes percebe que Deus como ser perfeito não poderia enganar-nos. Ou seja, as faculdades de juízo que dele recebemos, não podem induzir-nos em erro e se o fizerem é porque foi a razão foi aplicada incorrectamente, já que podemos corrigir os nossos erros. Então, a dúvida aplicada a todos os conhecimentos deixa de existir se reconhecermos a existência de um Deus criador. No entanto, não deixa de ser a razão que nos permite, no fundo, adquirir conhecimento já que é esta que conduz por ordem os pensamentos de modo a conhecer a realidade (adopta-se uma postura dogmática). Para Descartes, a razão é, no fundo, a função do pensamento correcto que se opõe ao conhecimento ilusório (conhecimento adquirido através dos sentidos). Para ele, a razão constrói juízos a priori (que são universais e explicativos) defendendo, também, as ideias inatas dizendo que aqui seria impossível o uso da experiência para adquiri-las. É, portanto, com base nisto que Descartes nos diz que a realidade conhecida são os conteúdos da consciência que são projectados no mundo exterior (daí o desemboque no Idealismo). Se é a razão que constrói todo este conhecimento, então acredita-se que esta é o único guia autónomo do homem, ou seja, só esta permite chegar a verdades absolutas (Dogmatismo). Este conhecimento seria então autêntico e comprovado (justificado), permitindo-nos ultrapassar aquilo que nos era dado pelas sensações (algo aparente). É com esta teoria explicativa que percebemos como se vê na razão (segundo Descartes) uma força única que é infalível e omnipotente, que como tal não precisa de mais nada além de si.
Para este grande filósofo, o verdadeiro conhecimento tratava-se de um
Conhecimento Racional (conhecimento não
observacional).
2. A
experiência e o uso da razão para atingir o verdadeiro
conhecimento Kant, ao contrário de Descartes, foi um filósofo que não considerou que seria na razão que se centrava todo o saber. A sua crítica (que vai para além da crítica às posições empirista e racionalista) orientada pela questão da possibilidade do conhecimento (“Como são possíveis os juízos sintéticos a priori?”) vai responder, no fundo, a três objectivos (que estão interligados): 1. Objectivo Metafísico à referente à natureza do objecto do conhecimento da razão; 2. Objectivo Gnosiológico à referente à origem dos conhecimentos puros da razão; 3. Objectivo Metodológico à referente ao método a adoptar no tratamento das questões da metafísica, de modo que seja possível dar-lhe a qualidade de uma ciência. Relativamente à primeira questão (objectivo nº1), Kant pretende ultrapassar o conflito que existe entre o filósofo empirista – para quem o objecto dos sentidos é real – e o filósofo racionalista – para quem este objecto dos sentidos é aparente e apenas é verdadeiramente real o mundo das ideias (apreendido pelo entendimento). Como vamos desenvolver mais à frente, a teoria de Kant resume-se na seguinte formulação: o mundo sensível é, de facto, o mundo cognoscível (que podemos conhecer e apenas o mundo que podemos conhecer), mas não como realidade ou coisa em si, apenas como fenómeno. Ele diz-nos, então, que o mundo inteligível não é cognoscível (não se pode conhecer) e por isso não é objecto do conhecimento. Relativamente à segunda questão (objectivo nº2), o que Kant pretende é mostrar a especificidade e também importância das duas fontes do conhecimento (sensibilidade e entendimento), ultrapassando o dilema mediante o apriorismo. Por um lado, este defende a sensibilidade dando especial importância às duas formas originárias que estruturam a percepção sensível (sensações que provêm da experiência), que são o espaço e o tempo. Por outro lado, põe em destaque o entendimento, já que este produz completamente a priori as categorias que lhe vão permitir conhecer o que lhe for dado pela experiência através da sensibilidade. No entanto, há um pormenor, o entendimento não vai criar o “ser das coisas”, este apenas dá a forma que as coisas devem ter para poderem ser conhecidas e pensadas. Estes são, de facto, os dois objectivos que vão ser mais desenvolvidos no decorrer deste trabalho. Kant mostrou-nos um outro lado das teorias do conhecimento. Será que não há mesmo “espaço” para a experiência no acto de conhecer? Será que não se pode falar numa combinação entre o sensível e o racional? Kant vem mostrar-nos através de uma outra perspectiva que não há conhecimento sem o uso da razão e da experiência. Este filósofo fala-nos, então, da experiência (onde tem origem o conhecimento) explicando-nos que esta consiste na captação da matéria do exterior através dos sentidos. Isto significa que através da cópia das características do objecto pelos sentidos, podemos captar matérias do meio exterior ao sujeito. O sentir é a nossa abertura para o mundo. Mas será que basta apenas esta relação sujeito – objecto para que adquiramos conhecimentos? De facto, esta matéria não está organizada de forma a concebermos verdades. Se esta matéria necessita de uma organização, então vamos dar-lha. É aqui que Kant nos fala acerca das nossas faculdades mentais (mente) que segundo ele estão divididas em três compartimentos que contêm formas puras a “priori”. Estas formas são segundo Kant formas que moldam a matéria. Que são vazias porque apenas dão forma à matéria recolhida do exterior (pela experiência). Então é caso para perguntar a Descartes: Como é que podemos obter ou aceder ao verdadeiro conhecimento apenas com base na razão? É verdade que é a nossa mente que organiza tudo de modo a construir conhecimentos, mas será ela capaz de organizar alguma coisa que não existe? É necessário, de facto, uma matéria que é organizada dentro destas faculdades mentais que pertencem ao sujeito. É, portanto, correcto se Kant disser que considera a matéria (objecto) sob 2 pontos de vista: a) Enquanto objecto recebido pelo espírito (objecto intuído pelo espírito); b) Enquanto objecto pensado e conhecido pelo espírito. Não podemos, de todo, dizer que é na razão que encontramos verdadeiros saberes. Todo o conhecimento tem de ter um conteúdo para organizar ao qual se atribui uma significação. Sendo assim porque é que o nosso poder de conhecer poderia ser desperto, a não ser por objectos que impressionam os sentidos do sujeito? São os objectos que põe em movimento a nossa faculdade intelectual, para que ela ligue, separe ou compare representações, mas só o é assim porque a nossa faculdade trabalha a matéria da experiência (a que podemos chamar de amorfa). Não queremos dizer que a experiência tem o papel mais importante no acto de conhecer, até porque sem as nossas faculdades mentais (sensibilidade, entendimento, razão) não existiria o saber. Contudo, criticamos o facto de se dizer que a razão adquiriu sozinha os conhecimentos. Temos, então um conhecimento a priori (que existe à partida independentemente da experiência) com o qual abordamos o mundo e sem o qual não o poderíamos experienciar. É a partir daqui que Kant explica que o sujeito possui faculdades mentais e que a primeira tem o nome de sensibilidade.
Esta matéria precisa de uma organização. Esta organização é, então, dada pelas formas puras a priori (que têm este nome porque estão vazias e são independentes da experiência) que existem na sensibilidade (estas formas são o tempo e o espaço que espacializam num determinado tempo o que recebem do exterior).
Formam-se as intuições que precisam de sofrer, ainda, uma síntese que só é possível na faculdade a que chamamos entendimento. Aqui, tornam-se inteligíveis estas intuições, formando os conceitos que permitem ao sujeito conhecer. Existem as categorias (doze) que são as formas do entendimento que levam à formação dos conceitos. Kant toca, assim, no segundo ponto da sua crítica falada anteriormente.
Existe, no final, a razão como faculdade de pensar e relacionar os conceitos de forma a atingir verdadeiros saberes.
É
assim que se forma o que Kant chama de juízos sintéticos a priori
(sintéticos porque têm origem na experiência e a priori porque as
faculdades do sujeito existem a partida, sem experiência). Vamos, agora debruçar-nos sobre as formas puras a priori (espaço e tempo). Será que existem estas formas a priori mesmo sem matéria? Kant diz-nos que, por exemplo, o tempo não é algo real e objectivo, mas sim algo ideal porque apenas determina os objectos da nossa intuição. Ele separado da matéria não é real, ou seja, não existe. Para Kant, tempo não é uma realidade em si nem independente de nós. É uma estrutura do nosso “sentido interno”. Então se esta estrutura não existe sem moldar a matéria é porque o conhecimento pressupõe primeiro a experiência, caso contrário não existia entendimento nem organização dos conceitos. Com isto, Kant tenta explicar-nos que as formas puras à priori (espaço e tempo) não existem sem matéria para moldar. Nada disto seria possível sem a experiência (onde começa todo o conhecimento). Para se chegar a um conhecimento objectivo, é preciso tornar sensível um conceito abstracto, ou seja, o conhecimento implica a correspondência entre um objecto e uma intuição dada. Contudo, Kant diz-nos que não podemos conhecer as coisas em si, apesar dos fenómenos (aquilo que aparece ao nosso espírito) dependerem de uma fonte absoluta da realidade. Portanto, esta realidade absoluta é completamente distinta da fenoménica (de fenómeno). E porquê? Esta afirmação é fundamentada falando (e agora sim estabelecendo relações com as nossas faculdades mentais) das formas puras à priori que são o tempo e o espaço. È que a realidade que o sujeito pode conhecer é uma representação ligada (sempre) a um espaço e um tempo. Se o sujeito dá forma à matéria através destas formas que existem dentro de si, então este é um conhecimento que não é totalmente absoluto porque atribuímos à realidade do meio exterior formas que estão dentro de nós (dentro do sujeito). É, portanto, aqui que Kant nos diz que os objectos são apreendidos tal como nos aparecem (como são dados à intuição através do espaço e tempo). Mas podemos dizer que eles não apareceriam se não existissem. O que este filósofo nos diz é que conhecemos os objectos sensíveis (fenómenos), mas que só o fazemos porque os objectos existem na realidade. Agora Descartes poderia (caso tivesse contactado com esta teoria) falar no Princípio da Causalidade. Porque ao expor desta forma o seu raciocínio parece que Kant desenvolveu uma espécie de raciocínio causal. No entanto, é o próprio Kant que nos diz que não tenta chegar aos númenos (coisas em si) através dos fenómenos (o que conhecemos). O seu raciocínio não é causal. Ao haver fenómenos, é necessário que eles tenham uma causa, ou seja, os númenos. Este princípio da causalidade Kant condenou formalmente. Ora, então como ele explica esta inferência? Será que consegue explicar com base na sua teoria? Mais uma vez Kant consegue explicar o porquê desta inferência. Como o conhecimento pressupõe a experiência que é captação da matéria do exterior, então existe logo a consciência imediata da existência das coisas exteriores. O conhecimento do que nos aparece não implica um conhecimento do objecto tal como ele é. Para contrapor Descartes vamos pensar: Há duas formas de descrever a natureza, nomeadamente Determinada e Indeterminada. A natureza Indeterminada é a que o sujeito não experiencia, não pensa e não conhece, já a natureza Determinada é a experimentada, pensada ou conhecida. É aqui que distinguimos fenómeno de númeno, sendo que as coisas em si (númeno) são para o sujeito absolutamente indeterminadas. Assim, embora na natureza determinada a forma e a matéria sejam distinguíveis, elas estão necessariamente ligadas. E se ainda assim Descartes negar a existência de coisas em si (realidade absoluta) que não podemos conhecer? Bem, se Descartes negar que o nosso pensamento construtivo se reporta à realidade fenoménica e só a esta, vamos estar a negar toda a realidade e agimos de uma forma absurda! Não estará Descartes a pôr em causa todo o fundamento do nosso pensamento, bem como todo o esforço humano? De facto, ele não estaria apenas a pôr em causa como também a destruir. Resumindo, fenómeno e númeno estão ligados através de uma correlação necessária. Assim, apesar de todos os fenómenos dependerem de uma fonte absoluta da realidade, o conhecimento dos fenómenos é completamente independente da coisa em si. Perguntemos então: Como pode Descartes defender a razão como faculdade de conhecer quando pensamos no homem que existe no tempo como fenómeno? Pensemos, se o homem existe no tempo como fenómeno, então isto implica a sua existência eterna como númeno. Isto leva Kant a crer que a razão está “submetida a condições especiais” enquanto pretende atingir o conhecimento. No entanto, este não a desvaloriza porque é esta que tem a capacidade de produzir e de ligar conceitos, ou seja, pensa mas não conhece (isto porque para Kant a razão apenas tem o poder de relacionar e pensar os conceitos, ela não conhece, já que ao entendimento cabe “essa tarefa”). Voltemos, então, à questão: Terá a razão a capacidade cognoscente de chegar a verdades absolutas? Descartes tem confiança na razão humana ao ponto de chegar ao dogmatismo, aceitando, sem se preocupar, todas as afirmações desta razão. Já Kant não concorda com esta posição, desconfiando sempre de todo o conhecimento determinado. Como podemos nós dizer que conhecemos a realidade? Se o que conhecemos é resultado da aplicação do pensamento à matéria dada com os sentidos, pode haver objectividade? Quanto à objectividade, se nós sabemos que o sujeito constrói juízos sintéticos a priori a partir desta teoria, então significa que tudo começou na experiência, que amplia o conhecimento (sintéticos), mas as estruturas puras a priori é que trabalham a matéria. Embora sejam as estruturas do sujeito que trabalham, todos os sujeitos têm as mesmas estruturas, assim existe uma universalidade que leva a uma objectividade já que há um consenso. Ao que Kant defendeu chama-se criticismo já que se crítica razão como faculdade única de conhecer a própria realidade. Pensar um objecto não é conhecê-lo e um conceito determinado pela razão pura não contém qualquer conhecimento. Para Kant, a concepção da coisa em si é o limite da razão humana e leva-o a distinguir pensamento e conhecimento. Ele diz-nos que “pensar é infinitamente mais vasto que conhecer”. Isto significa que, por exemplo, embora não possamos conhecer uma coisa em si podemos pensar nela. O pensamento para Kant é, então, pensamento incondicionado, já que é o limite de qualquer saber que seja objectivo (de qualquer conhecimento fenomenal). Já que estamos a falar de sujeito, de objecto, de conhecimento e de pensamento, vamos reportar à Revolução Copérnica do conhecimento (considerada assim por Kant). O que quero dizer com isto é que Kant imagina para a sua filosofia o mesmo que imagina Copérnico para a astronomia.
Mais especificamente, Copérnico reconheceu que a Terra teria um movimento diurno em torno do próprio eixo e outro movimento anual em torno do sol (como representado em baixo).
Através de Kant (com o idealismo) o objecto passa a gravitar à volta do sujeito, como a Terra à volta do Sol. Esta revolução Copérnica contraria teorias anteriores que diziam que o sujeito gravitava em torno do objecto. Com Kant passou a poder aceder-se à transcendência, já que o conhecimento passa a ser anterior ao pensamento. Anteriormente, trazia-se a “coisa” à razão e procurava-se no ser a substância. Com o idealismo de Kant, passa a extrair-se a “coisa” da própria razão.
Afinal o que é o conhecimento para Kant? Kant vê conhecimento como uma hipótese verificada: 1) Uniforme; 2) Confirmada pela experiência e sem contradições; 3) Abrangente e aplicável a qualquer objecto. Assim, a crítica da razão pura (que Descartes defende) confirma que a sensibilidade é imprescindível no acto de conhecer. De facto, mediante a sensibilidade são-nos dadas as intuições que através do entendimento são pensadas nascendo conceitos. Mas, de facto, deve referir-se a sensibilidade porque nenhum objecto nos pode ser dado de outra forma. No conhecimento humano temos que admitir um factor racional e um factor empírico. Vamos agora supor que Descartes, como grande filósofo que é, questionava Kant.
Então, Kant diz que “sem sensibilidade nenhum objecto nos seria dado e sem entendimento nenhum objecto seria pensado. Pensamentos sem conteúdos são vazios e intuições sem conceitos são cegos.” Será que ainda assim há quem concorde com Descartes? Creio que não. Sem dúvida que a posição de Descartes não contempla tão relevantes pontos e podemos então considerar que “O conhecimento não pode intuir nada nem os sentidos pensar seja o que for. Somente da sua união pode sair o conhecimento.” No fundo, Kant estuda a possibilidade para a razão de ter um objecto, qualquer que seja ele. Se examina as condições desta possibilidade é porque tenta chegar ao “limite extremo em que o espírito humano se possa aventurar”. CONCLUSÃO Numa primeira fase do meu trabalho esclareci qual a questão – problema à qual iria responder. Foi necessário, como já referi na introdução, a colocação de sub-temas para facilitar e precisar o desenvolvimento do trabalho. Comecei, então, a responder à questão, tendo por base a teoria apresentada por Descartes. Descartes como todos nós sabemos, é um racionalista e por isso defende a razão como faculdade que tem capacidade de atingir o verdadeiro conhecimento. Descartes encontra um método pelo qual guia o seu pensamento com o intuito de destruir os falsos saberes, chegando, assim, a verdades evidentes que não suscitem dúvidas, para a partir delas edificar todo o seu conhecimento. Ao duvidar de tudo (apenas com o uso da razão) para atingir o conhecimento, Descartes sabe que está a pensar e chega assim a uma primeira verdade a que chama Cogito Cartesiano: “Penso, logo existo!”. Assim, ele fala-nos das ideias inatas que surgem ao seu pensamento e ao explicar a sua origem justifica a existência de um Deus que possui as características de infinitude, perfeição, alma (que são as ideias que surgem ao seu pensamento). Ao que leva Descartes esta forma de ver as coisas? Descartes vai cair num idealismo já que para ele a realidade que podemos conhecer (através da via racional) é projectada no exterior, formando juízos a priori (que não aumentam em nada o nosso conhecimento). Para Descartes é possível o conhecimento de toda a realidade chegando a verdades absolutas, já que existe uma fé na capacidade cognoscente da razão. A isto chamamos Dogmatismo, já que não se põe em causa a capacidade da razão conhecer toda a realidade que nos rodeia. Agora chegou a vez de perguntarmos algumas coisas a Descartes para podermos perceber se de facto a sua teoria faz sentido. Quem melhor para o fazer que Kant? É, então este filósofo que vai criticar Descartes expondo e justificando a sua teoria. Como pode Descartes afirmar com tanta certeza que a experiência não contribui para o conhecimento? Kant vem explicar-nos que tanto a razão tem um papel importante, como a experiência também o tem. Pessoalmente, acho que a teoria que Kant desenvolveu, para além de ser mais complexa é também mais correcta já que Descartes não consegue explicar alguns pormenores que Kant procura explicar de uma forma completa. Como pode a razão conhecer sem que alguma matéria lhe seja dada para tal? É por aqui que Kant começa por dizer que de facto é imprescindível a existência de uma matéria que só se consegue através da experiência. Assim, através dos sentidos, o sujeito é afectado por um objecto. Desta forma, as sensações (que resultam da forma como o sujeito foi afectado) são representações que ainda são consideradas matéria amorfa. Se esta matéria é amorfa é porque precisamos de lhe atribuir uma significação. As sensações precisam, então de ser conduzidas até ao sujeito, onde vão sofrer uma organização. Onde é que é feita esta organização de forma a possuir conhecimento? Nas estruturas a que Kant dá o nome de faculdades mentais do sujeito (mente, que são as estruturas puras a priori, por existirem a partida, sem a intervenção da experiência. Estas estruturas são a sensibilidade, o entendimento e a razão. As sensações começam por chegar à primeira estrutura (a sensibilidade) onde vão sofrer a primeira organização. A toda a matéria do meio exterior (que chega a nós através das sensações) é preciso dar uma forma que começa por ser dada nas estruturas: espaço e tempo. Depois de ocorrer esta primeira síntese, formam-se as intuições que precisam ainda de sofrer uma síntese maior para que o sujeito possa possuir conhecimento de algo. Desta forma, as intuições (agora formadas) vão passar para o entendimento que possui formas (também elas a priori) a que chamamos categorias. Formam-se, agora, os conceitos. Agora sim, podemos conhecer. É aqui que o sujeito conhece, ou seja, depois de recolher a meteria do meio exterior a si, dá-lhe uma organização nas faculdades mentais do sujeito (sensibilidade e entendimento) até chegar à síntese máxima que é o conceito (que é conhecido). No entanto, Kant explicou que havia ainda uma outra faculdade mental a que se chama razão. Esta é uma razão diferente da que Descartes chama de bom senso, já que esta é apenas uma das estruturas da mente do sujeito. Se nos debruçarmos sobre o que o sujeito pode, então, conhecer Kant diz-nos que este nunca pode conhecer a realidade em si, ou seja, as coisas em si (a que ele chama de númeno). Se as representações dos objectos vão sofrer uma organização das estruturas mentais do sujeito e se o tempo e o espaço são formas do sentido interno do mesmo, então as coisas em si nunca podem ser conhecidas. A única coisa que o homem pode conhecer é o fenómeno. De uma forma muito sintética, Kant defende o apriorismo já que razão e a experiência em conjunto constroem juízos sintéticos a priori (é na experiência que tem origem todo o conhecimento, mas as estruturas do sujeito vão organizar a matéria do exterior). Kant desemboca, também, num idealismo do ponto de vista de que a razão cria instrumentos que lhe permitem organizar a matéria conhecendo, assim, os fenómenos. Contudo, a sua teoria assenta, também no criticismo, na medida em que Kant critica a razão como faculdade de conhecer a própria realidade. Se não podemos conhecer o que não é acessível pela experiência, então apesar de supor a existência das coisas em si, ele não as pode conhecer (Agnosticismo Matafísico). Se Kant por um lado criticou a razão pura que Descartes defendeu e tentou justificar, por outro lado, também eu critico esta forma que Descartes utiliza para dizer que a razão tem capacidade de conhecer toda a realidade. A teoria apriorista é, sem dúvida, mais completa e permite perceber como é possível adquirir o conhecimento. Esta é a grande questão: Será que não há mesmo espaço para BIBLIOGRAFIA Livros: . DESCARTES, Discurso do Método, publicações Europa-América, 1977; . GRAYEFF, Félix, Exposição e interpretação da filosofia teórica de Kant, edições 70 – O Saber da Filosofia, Lisboa – 1971; . GRANGER, Gilles-Gaston, A Razão, edições 70 – O Saber da Filosofia, Lisboa – 1955; . DOS SANTOS, Leonel Ribeiro, A razão sensível – estudos kantianos, Edições Colibri, Lisboa – 1699; . ABBAGNANO, Nicola, História da Filosofia – volume VI, Editorial Presença, 4ª edição, Lisboa – 1992; . LACROIX, Jean, Kant e o Kantismo, RÉS – Editora, Porto – 1978; . VANCOURT, Raymond, Kant, edições 70, Lisboa – 1995; . HETHERINGTON, Stephen, Realidade, Conhecimento, Filosofia – uma introdução à metafísica e à epistemologia, Colecção pensamento e filosofia, instituto Piaget, Lisboa – 2007; . HESSEN, Prof. Johannes, Teoria do Conhecimento, Arménio Amado – editor sucessor, Coimbra – 1980 Internet: . http://afilosofia.no.sapo.pt/11.Modelosexplicativos.1.htm; Outros Trabalhos Relacionados
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