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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Filosofia - 11º Ano |
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A Filosofia na Cidade - Convicção, Tolerância e Diálogo - Haverá Forma de Resolver os Conflitos Político-Sociais Atuais? Autores: Catarina Cândido Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 28/06/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a Filosofia na cidade - Convicção, Tolerância e Diálogo (Haverá Forma de Resolver os Conflitos Político-Sociais Atuais?), realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (11º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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A Filosofia na Cidade - Convicção, Tolerância e Diálogo - Haverá Forma de Resolver os Conflitos Político-Sociais Atuais? |
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Desde pequena me pergunto porque motivo existem tantos conflitos no mundo. Porque motivo se cansam as pessoas a discutir em vez de gozar a vida em paz e em alegria. Por estes motivos, decidi, no âmbito da disciplina de filosofia, tentar encontrar algumas explicações para as perguntas que há tanto tempo não me deixam descansar. Este trabalho consiste numa relexão, ainda que simples e ligeiramente superficial, sobre as causas dos conflitos politico-sociais atuais e se haverá, de facto, alguma forma de os resolver. Estou longe de ter soluções aplicáveis, estou longe de conseguir resolver os conflitos que dominam a atualidade. Mas, ingenuamente, acredito que não custa tentar. Como Gandhi disse uma vez: “Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.”[1] Quais as causas dos conflitos político-sociais atuais? Certamente existe uma grande quantidade de religiões, cada uma com os seus ensinamentos, mas, se as analisarmos bem, todas elas têm uma finalidade comum: o melhoramento do indivíduo, baseando-se em princípios de paz, amor, tolerância e respeito. É, por isso, curioso o modo como a religião é responsável por tantos conflitos ao longo da História da Humanidade. Nos tempos mais remotos, na altura do Império Romano, existia uma feroz perseguição aos Cristãos, que tinha como objetivo eliminar essa nova religião emergente que punha em causa toda a estrutura em que se baseava esse vasto império. Mais tarde, por volta dos séculos X a XII, deram-se as Cruzadas Cristãs, que visavam a ocupação dos territórios Muçulmanos, em nome de Cristo e, geralmente, recorrendo às armas. Há cerca de quinhentos anos, vigorava por toda a Europa a Santa Inquisição, cuja função consistia em defender a fé cristã, mesmo que isso significasse a morte e tortura de pessoas cujo único “pecado” era a defesa de uma tese diferente daquela que era aceite pela Igreja Católica. Obviamente, isso levou à morte de muitos inocentes e ao retardamento do progresso da ciência, por exemplo. No entanto, os conflitos por motivos religiosos não ocorrem apenas entre religiões: também existem dentro da mesma religião, como é o caso das guerras entre xiitas e sunitas, ambos muçulmanos. A diferença entre estes dois braços do Islamismo reside no facto de os sunitas acreditarem que os líderes dos muçulmanos são os descendentes dos quatro califas- sucessores de Maomé, enquanto que os xiitas creem que apenas os descendentes do quarto califa são os legítimos líderes dos muçulmanos. Por este motivo, os seguidores de Alá encontram-se divididos e, muitas vezes, em guerra. Também dentro do Cristianismo existem conflitos e divisões. Uma delas deveu-se a Martinho Lutero, criador da corrente protestante, fortemente perseguido pelo Vaticano. Revoltado contra as irregularidades cometidas pela Igreja Católica e pelo abuso de poder junto da população, idealizou 95 teses que serviram de bases para o aparecimento de um novo ramo da religião Cristã. Se o conflito entre religiões é estranho, o conflito dentro de uma religião ainda consegue ser mais. Assim sendo, não posso deixar de me perguntar: a que se devem estes conflitos religiosos? Este tipo de conflitos não é diferente dos demais que irei abordar, pois deve-se, sobretudo, à ambição humana. Quando uma pessoa toma certa crença como verdadeira, deseja, em regra, que mais pessoas apoiem a veracidade dessa crença. E quando essa crença sobre determinado Objeto é confrontada com diferente crença sobre esse mesmo Objeto, aí, torna-se imperativo convencer o maior número de pessoas de que a verdade está do seu lado, na medida, em que isso lhe vai conferir, algum poder de influência sobre os restantes. No fundo, é isso que se passa com as religiões. Diferentes religiões constituem diferentes crenças em relação ao Desconhecido, designado de Deus, e cada religião considera que a sua crença é a verdadeira. Acreditando que a verdade está do seu lado, os crentes tentam que cada vez mais pessoas partilhem das suas convicções. Tendo em conta que cada religião estabelece um conjunto de condutas a seguir, consideradas fundamentais para a realização do indivíduo, a religião é, para um crente, um modo de vida. Assim sendo, a sua influência na vida do crente é notória. Outro aspeto a ter em conta é o facto de todas as organizações religiosas possuírem um líder, que é considerado “a voz de Deus na Terra”. Como o líder aconselha os crentes relativamente à melhor forma de agir e viver, a influência do líder na vida do fiel é muito grande. Perante estas constatações, podemos verificar que, quantos mais fiéis seguirem determinada religião, maior poder e influência terá o seu líder. Contudo, existem ameaças a esse poder, sendo as principais as outras religiões, ou seja, as outras perspetivas em relação ao Objeto, que podem ameaçar o poder e influência do líder. Deste modo, gera-se, primeiramente, uma espécie de competição entre teses para ver qual proporciona as melhores respostas e, mais tarde, começa a intolerância entre as religiões, que pode conduzir a graves conflitos, incluíndo guerras e atentados. Deste modo, surgem bastantes conflitos entre religiões, ao longo dos tempos, como a Guerra Santa, que opunha Cristãos a Muçulmanos e que era fundamentada por motivos de ordem religiosa: a conquista de territórios tinha como intuito a posterior disseminação da fé na religião do povo conquistador, nos povos conquistados. No entanto, essas guerras, mais do que um caráter religioso, possuíam um caráter político fortemente ligado à ambição humana de conquista e domínio sobre outros povos- mais terrritório significava mais poder. O poder político e o poder religioso têm tendência para se confundir,ao longo da História da Humanidade. Por motivos anteriormente referidos, a Religião tem uma grande influência nos crentes. Essa influência também está muito associada ao facto de, no passado, as pessoas terem muito poucos conhecimentos em relação ao mundo em que viviam e aos fenómenos que aí observavam. Sem terem uma explicação lógica e racional para esses acontecimentos, rapidamente os atribuíram a uma Entidade Divina Desconhecida, mais tarde designada de Deus. E para que pudessem viver em paz, as pessoas acreditavam que tinham de seguir os princípios estipulados por Deus, que lhes eram transmitidos por via de profetas e pelos líderes religiosos. Assim, as pessoas, por serem tementes a Deus, eram muito obedientes aos princípios da religião que seguiam. Como tal, os princípios e deveres religiosos eram postos, muitas vezes, à frente dos princípios e deveres políticos. No fundo, acabavam por ser as entidades religiosas as principais detentoras do poder, já que os assuntos da alma eram considerados prioritários comparativamente com os assuntos do país. Este é o exemplo de uma sociedade da Idade Média, sociedade com poucos conhecimentos e informação, na qual a Igreja desempenhava o papel principal. O Clero ocupava uma posição tão forte na sociedade da época, que até a nobreza, detentora de grandes exércitos, se submetia às suas vontades. A ilustrar essa situação, existia a venda de indulgências: pagamento que os nobres tinham de efetuar à Igreja Católica para garantirem o acesso ao Reino de Deus, após a morte. Assim foi crescendo a fortuna do Vaticano. Por volta do século XVI, altura em que a Santa Inquisição vigorava na Europa, este órgão de controlo e proteção da fé cristã, possuía os seus próprios tribunais, aplicava as suas próprias leis e podia condenar à morte pessoas por heresia, perante a passividade do Estado. No meu ver, esta é a situação que melhor demonstra o poder que a Igreja Católica detinha na Europa Como já vimos, o poder de uma religião exprime-se pelo número de seguidores. Não é por acaso que que o Cristianismo é a religião com mais seguidores- 2.106.962.000 fiéis- e, em 2º lugar encontra-se o Islamismo- 1.283.424.000 fiéis[2] , embora os números de seguidores (em relação aos números da população mundial) tenham vindo a decrescer. A que se deve então este decréscimo? Entre outros aspetos, deve-se, sobretudo, ao facto de a população estar mais informada e ter mais conhecimentos em relação ao que a rodeia e não procurar tanto explicações para os fenómenos que a rodeia: hoje já sabemos porque existem relâmpagos, porque é que num ano existem más colheitas e como contornar esse problema, etc. Por outro lado, vivemos numa época na qual o poder político está a ser posto cada vez mais em evidência. O facto de as pessoas poderem decidir quanto ao futuro político do país, gera um maior interesse em torno deste assunto, em detrimento da religião, a qual as pessoas apenas têm de seguir sem questionar e opinar sobre as suas decisões. Como nos dias de hoje as pessoas têm cada vez mais liberdade, é a política que a salvaguarda, logo passará a exercer maior influência junto dos cidadãos e terá, por isso, mais poder. Perante esta alteração dos órgãos de maior poder na sociedade, podemos ser levados a concluir que seja num regime democrático,seja numa religião, seja numa ditadura, cabe ao povo a entrega do poder a determinado órgão que ele escolha,mesmo que de modo indireto, isto porque as decisões tomam-se por maioria. Pudémos ver isso pela religião, em que maior poder tinha a religião que possuísse maior número de seguidores, podemos constatar isso pela democracia, em que é eleito para chefe de estado aquele que tiver maior número de votos e, no fundo, acabamos por ver isso também através dos regimes ditatoriais, que acabam no momento em que a maioria da população, descontente, se decide revoltar. Exemplo disso é o 25 de Abril de 1974. Como tal, tudo indica a resolução dos conflitos atuais depende da vontade das pessoas. Mas como havemos de conciliar a vontade de milhares de milhões de pessoas provenientes de diferentes culturas com diferentes padrões de moralidades e de costumes? O nosso planeta sempre foi composto por diferentes raças e diferentes culturas, com diferentes valores. Embora os problemas do multiculturalismo não sejam de hoje, eles estão agora mais evidentes do que nunca, sobretudo, devido à globalização. Num tempo em que temos uma vasta gama de transportes à nossa disposição e em que podemos chegar a Paris em duas horas, culturas com valores muito diferentes são postas facilmente em contacto, por vezes, sem bons resultados. Outrora, quando as comunicações eram escassas ou inexistentes, as pessoas estavam rodeadas por elementos da sua cultura e tradições, e nem consideravam a ideia de que noutra parte pudessem existir tradições ou culturas diferentes. Apesar disso, já existiam situações de discriminação, fosse por motivos económicos, fosse por motivos religiosos, entre outros. Desde a Antiguidade era comum discriminar aqueles que não correspondessem aos normais padrões da sociedade. Assim, numa primeira fase, era discriminado o pior caçador ou o pior guerreiro, por ser considerado incapaz. Mais tarde, era discrimidado aquele que tinha menos bens ou menos capacidades intelectuais. Quando surgiram os contactos com culturas muito diferentes, eram discriminados os povos mais fracos, que muitas vezes eram feitos escravos. As discriminações também existiam no âmbito da religião porque cada Religião considerava que só as suas ideias eram as verdadeiras. Os Judeus, por exemplo, desde o início da sua existência, antes de Cristo, se consideram o “povo escolhido” (por Deus), visto que creem que Deus entregou a sua palavra ao seu povo e os encarregou de espalhar a justiça pelo mundo. Deste modo, os Judeus estão a discriminar os outros povos, por os considerarem, ainda que indiretamente, não merecedores da palavra de Deus. Obviamente que estas ideias geraram polémicas entre os Judeus e outros povos, tendo o auge da polémica resultado na terrível 2ª Guerra Mundial, que vitimou grande parte desta comunidade. Os conflitos etnico-culturais, resultado da aversão e discriminação do que é diferente , traduzem-se numa série de problemas, como o racismo e a xenofobia. No passado, a espécie humana era dividida em diferentes raças, cada uma com determinada posição numa hierarquia. Os derivados conceitos de “raças superiores” e de “raças inferiores” serviam de explicação para o domínio dos colonizadores europeus sobre os povos colonizados, explicação essa, mais tarde, aproveitada pelos nazis, para justificar o extremínio em massa de Judeus. Esses conceitos são a fonte do racismo, já que as chamadas “raças inferiores” eram consideradas menos importantes, menos evoluídas e menos capazes, tendo, por isso, de servir as “raças superiores”, que as exploravam como entendessem. Nos dias de hoje estes conceitos foram abolidos, por se considerar que o conceito de “raça” não tinha fundamento a nível biológico. Em sua substituição, surge agora o conceito de “grupos étnicos ou culturais”, que acaba por ser um “novo racismo”, na medida em que esta nova interpretação do racismo não tem por base uma componente ideológica, mas sim uma componente institucional: este “novo racismo” ou “racismo institucional” baseia-se numa visão da sociedade que se encontra estruturada de modo a manter a exclusão de um grupo específico, evitando a sua progressão na sociedade. Um exemplo do “novo racismo” ou “racismo institucional” segundo organizações anti-racistas, é a adesão ao Acto Único Europeu em 1993, pois ao ser permitida a livre circulação entre as fronteiras da União Europeia para os seus nacionais, o direito a essa liberdade estava a ser negado para os não-nacionais - estava a ser instituído um comportamento discriminatório naqueles países em relação aos não-nacionais. Como este, existem muitos outros exemplos de discriminação face a determinados grupos étnicos. Outro exemplo de discriminação de grupos étnicos ou culturais está relacionado com a imigração: nos Estados Unidos, onde existe um grande número de imigrantes mexicanos, a maioria em situação ilegal, estes são discriminados à partida, pelo facto de os restantes cidadãos americanos considerarem que eles não têm direito a estar no país deles (devido ao suposto “estado de ilegalidade”, mesmo que seja falso) e, por isso, a maioria dos imigrantes mexicanos apenas consegue os empregos com pior remuneração. Devido a esta visão da sociedade, os mexicanos dificilmente conseguem deixar o patamar inferior da pirâmide social nos EUA. É notório que habitamos numa “aldeia global”: o mundo encontra-se interligado, podemos viajar para qualquer canto do mundo numa questão de horas, podemos celebrar a passagem do mesmo ano em três cidades diferentes, podemos entrar em contacto com chineses na Índia, africanos na América e americanos em Itália e podemos ter notícias dos nossos familiares portugueses na Indonésia, numa questão de segundos. No entanto, o mundo moderno não tem só maravilhas. Esta crescente globalização promove fortemente o multiculturalismo, o que eu considero uma vantagem, visto que podemos conhecer diferentes culturas e diferentes hábitos sem sair da mesma cidade, mas que causa estranheza e desconfiança a muitos. A atitude de desconfiança em relação aos estrangeiros designa-se de xenofobia e é fonte de muitos conflitos atuais, constituíndo um sério obstáculo ao desenvolvimento de um país. Os xenófobos consideram que a presença de estrangeiros é prejudicial para o país e que são estes os responsáveis por roubos, fraudes, raptos, entre outras situações de caráter criminoso que ocorram no país. Por exemplo: quando há um assalto, é comum as pessoas rapidamente dizerem “Devia ser preto.”, ou então “Deviam ser romenos ou brasileiros”. Nunca ouvi alguém dizer: Devia ser português. Os comportamentos xenófobos são postos em grande evidência, sobretudo, quando um país atravessa um período de recessão económica: rapidamente alguém culpa os imigrantes por “roubarem” postos de trabalho, ou os grupos culturais minoritários por não trabalharem. A verdade é que a sociedade precisa de um bode expiatório, um alvo fácil para culpar pelos problemas que atravessa, e assim surge a xenofobia: medo do estrangeiro. O que eu considero curioso nos xenófobos e na xenofobia em geral, é o facto de apenas adotarem pontos de vista negativos em relação aos estrangeiros. A verdade é que, são os estrangeiros quem torna a sociedade mais rica a nível cultural, ideológico e de desenvolvimento. Se não fossem os estrangeiros, a quem exportaríamos os excendentes das nossas produções? Se não fossem os estrangeiros, como “importaríamos” as novidades mais recentes a nível da ciência? Acredito que o sucesso das descobertas cientifico-tecnológicas está fortemente condicionado por um grande trabalho em equipa que, se for apoiado por um diálogo inter-cultural, trará grandes benefícios, já que irá resultar numa partilha e cruzamento de informações, à luz de diferentes pontos de vista. Assim, a ciência, por exemplo, poderá chegar a conclusões unânimes internacionalmente e fazer grandes progressos em menos de metade do tempo que levaria um país a fazê-los sozinho. Penso que a junção dos esforços, aplicada a qualquer área, é a chave do progresso. Tanto a xenofobia como o racismo começam com a identificação de um grupo (no caso da xenofobia é o grupo dos “estrangeiros”, no caso do racismo é um grupo étnico que possuí caraterísticas físicas naturais).De seguida dá-se a perceção do grupo como uma ameaça, levando, por fim, ao apelo a medidas de proteção, discriminação ou segregação. O “novo racismo” caracteriza-se por dois aspetos: . O povo colonizado/grupo étnico minoritário sente-se inferior; . O colonizador/grupo étnico maioritário teme a invasão ou perda de identidade. Sendo estes aspetos comuns ao “novo racismo” e à xenofobia, podemos considerar, que a origem destes problemas se prende no medo da dominação da cultura desiganda de dominante, por parte da cultura emergente. Mas como pode ser isto possível nos dias de hoje? Ao promover o contacto entre culturas com vista a diminuir as suas diferenças, está a ocorrer um receio crescente de perda de especifidade da cultura, em vez de levar a uma globalização cultural. Um exemplo desta situação é o facto de jovens ingleses, alemães, franceses ou portugueses descendentes de imigrantes serem alvo de exclusão, por serem classificados de estrangeiros, quando na realidade se sentem muito mais ingleses, alemães, franceses ou portugueses do que qualquer outra coisa. Este tipo de situações gera um sentimento de revolta nos jovens, que os leva a voltarem-se para as tradições dos países de origem dos pais, numa tentativa de encontrar um sentimento de pertença. Assim, em vez de a imigração promover a aproximação entre culturas, esta tem, por vezes, o efeito contrário, levando a situações de intolerância e conflito. Conflitos por desigualdade de direitos Artigo 1.º Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.[3] A Declaração Universal dos Direitos Humanos, reformulada em 1948, após a 2ª Guerra Mundial, é um documento de grande importância a nível internacional, pois representa uma valorização do indivíduo na sociedade, conferindo-lhe segurança e proteção, direitos e deveres. Pelo menos em teoria. Em pleno século XXI assitimos a violações desses direitos, que foram aprovados internacionalmente em 1948. Como podemos falar em igualdade quando existem pessoas a serem discriminadas? Como podemos falar em dignidade quando existem pessoas a viver em barracas e com pouco mais que um pão para comer? E para assistirmos a tudo isto não precisamos sequer de ir a África. As violações dos direitos humanos manifestam-se através de atitudes racistas, xenófobas e sexistas. No entanto, existem também casos de violações de direitos humanos que chegam a ser mais graves, como o tráfico humano, a escravatura, entre outros . Por serem mais graves, a ONU tem-lhes dado maior importância. Acontece que são os casos considerados “menos graves” os mais frequentes. Por serem mais frenquentes, vão abranger um maior número de pessoas. Quanto maior esse número, maior o sentimento de revolta perante a repressão e o aparecimento de conflitos. Por esse motivo, quando falamos em violações dos direitos humanos, não nos podemos restringir às situações mais insólitas e mais chocantes, pois são certas situações de repressão e de discriminação do dia-a-dia de muitos, que geram um clima de insatisfação a grande escala, responsável por muitos desentendimentos e conflitos. É certo que são muito mais chocantes e dolorosos os casos de escravatura sexual de mulheres no leste europeu e devem ser extinguidos mas, ao mesmo tempo, não nos podemos esquecer dos casos de dicriminação no trabalho, sejam eles por motivos raciais, xenófobos, sexistas, ou outros. Nos EUA está em tribunal um processo contra a maior cadeia de supermercados do mundo por discriminação contra mulheres. Segundo um artigo do Jornal da Globo, uma funcionária conta: “...uma vez questionou o chefe sobre o aumento salarial de um colega. A resposta foi que ele era um chefe de família e deveria ganhar mais. "Mas eu também tinha uma família, sou mãe solteira e tenho dois filhos”, disse ela. A gota d’água foi quando ela decidiu pedir uma promoção. “Perguntei, o que preciso fazer para ser promovida? E ele respondeu que eu precisava melhorar a minha maquilhagem e de me embonecar. Aí eu pensei: agora chega". Segundo as acusações das funcionárias, a empresa paga salários menores para mulheres, cria barreiras para elas no processo de promoção e dá prioridade aos homens nos aumentos de salário.” [4] Neste texto podemos constatar uma grande desigualdade de direitos, agravada pelo facto de acontecer nos EUA, país onde a discriminação com base no género é crime. Este tipo de situações, para além de criar conflitos e insatisfação na sociedade, demonstra que há um aproveitamento e exploração dos “mais fracos” por parte dos “mais fortes”- como os cargos de maior poder são ocupados por homens, as mulheres tornam-se mais vulneráveis perante situações de discriminação. Mas esta situação na qual os mais fortes se aproveitam dos mais fracos não é de hoje, aliás, começou há muito tempo, nos primordios da existência da espécie humana. Inicialmente vigorava a “lei da selva”: os mais fortes dominavam os mais fracos e, por isso, existia um permente clima de disputas e conflitos. No sentido de obter maior segurança e proteção, os indivíduos começaram a agrupar-se em comunidades. Mas, para que a comunidade funcionasse bem, foi necessário criar aquilo que hoje designamos de Contrato Social. Segundo este contrato, os indivíduos renunciavam a parte da sua liberdade natural, que “entregavam” a um sobreano (a partir do momento em que o indivíduo decide ingressar numa comunidade, as suas liberdades ficam restringidas; a sua liberdade termina a partir do momento em que interfere com a liberdade do outro) e passavam a fazer parte de uma sociedade que lhes garantia aqueles que são considerados, de acordo com Locke, os três direitos naturais: vida, liberdade e propriedade. Para isso, tinha de existir uma entidade reguladora que garantisse que todos os cidadãos usufruíssem desses direitos, de modo a que os mais fortes não se aproveitassem dos mais fracos: o Estado. O problema deste contrato social prende-se no facto de, por vezes, o Estado não garantir o exato cumprimento do mesmo, quer seja por restrições mais, pesadas a nível da liberdade individual (por exemplo, em regimes ditatoriais), quer seja por não proteger as propriedades que pertentem ao indivíduo. A insatisfação gerada destas situações é o motor para o surgimento de conflitos, tais como os que estamos a presenciar nos dias de hoje: revoltas e revoluções. Haverá forma de resolver os conflitos político-sociais atuais? Após a apresentação de alguns dos conflitos que têm vindo a dominar a sociedade humana, chego à pergunta em torno da qual gira o meu trabalho: “Haverá forma de resolver os conflitos político-sociais atuais?”. Se fosse feita uma sondagem a este respeito, provavelmente os resultados seriam um pouco pessimistas. A verdade é que, à partida, a resolução dos conflitos que dominam o mundo atual parece ser uma tarefa de extrema complexidade. No entanto, se formos ao cerne da questão, ou seja, se tentarmos entender a que se devem realmente esses conflitos, o problema perde grande parte da sua complexidade. Quando abordei sumariamente os conflitos religiosos, cheguei à conclusão que estes se deviam à ambição humana. Em relação aos conflitos etnico-culturais, ententi que estes se deviam, sobretudo, ao medo de perda de identidade de uma cultura face a outra- ao medo da dominação . As causas dos conflitos por desigualdades de direitos têm a ver, como o próprio nome indica, com a existência de desigualdade de direitos entre indivíduos, o que deixa aqueles que estão a ser prejudicados descontentes, pelo facto de estarem a ver o seu contrato social desrespeitado- não estão a ter direito a tanta liberdade quanto deviam comparativamente com os outros, o que gera revoltas. Poderia ter falado de muitos outros conflitos mas cheguei à conclusão que estes eram suficientes para demostrar a fonte de grande parte dos problemas da Humanidade. Vejamos outros exemplos: os conflitos por motivos económicos centram-se na ambição humana de querer ter sempre mais do que se tem (neste caso, dinheiro); os conflitos de caráter político estão muito relacionados, não só com a ambição humana, mas também com o medo de ser dominado/o medo de que o seu lugar seja conquistado por outro, daí os “inimigos políticos”. E poderia prosseguir com muitos outros exemplos, mas penso que já se tornou clara a fonte de grande parte dos problemas de ordem político-social que o nosso mundo enfrenta.Estes conflitos têm, no fundo, uma única fonte: o Homem. Já determinámos a origem dos conflitos e agora, como resolvê-los? À primeira vista, podemos assumir que a culpa de todos os conflitos é dos governos porque tomam as decisões. Não nos podemos esquecer, no entanto, que os governos são eleitos, em princípio, pelo voto de cada cidadão, e que cada cidadão é parte integrante da sociedade, sendo o seu melhoramento também da sua responsabilidade. Por isso, quando os cidadãos vêem o contrato social a ser desrespeitado- quando vêem negados os seus direitos à propriedade, liberdade e/ou à vida, devem expressar o seu descontentamento e dar uso aos seus direitos políticos para escolher um governo que respeite os seus direitos. Assim deve acontecer numa democracia. Mas o desrespeito pelo contrato social quando ocorre num regime democrático é rapidamente resolvido, no intuito de tornar a população mais satisfeita. O problema centra-se, portanto, nos regimes não democráticos. Nos regimes não democráticos,ditatoriais, os cidadãos não têm direitos políticos: não lhes cabe a decisão de escolher um chefe de governo. Isso traz, naturalmente, descontentamento a muita gente que não concorda com os ideais e medidas tomadas pelo ditador. Apesar disso, esse descontentamento não pode ser, de forma alguma, expresso, sob pena de se sofrer terríveis consequências- o direito à vida pode ficar ameaçado. Assim, podemos constatar que os direitos à liberdade e a vida são postos em causa neste género de regimes. O direito à propriedade também não está seguro. Com os três direitos fundamentais dos cidadãos ameaçados- liberdade, vida e propriedade, surge um clima que instiga a revolta e, por isso, surgem revoltas e conflitos como aqueles que estão a ser hoje vivenciados no Norte de África e Médio Oriente. É por motivos como estes, que a Democracia é a melhor forma de governo que a Humanidade já experimentou até hoje, visto que o poder está na mão dos cidadãos: eles escolhem quem deve zelar pelos seus direitos, eles escolhem o governo que melhor os representa. Há sempre descontentes,mas a decisão é da maioria, o que confere maior justiça os resultados da escolha que é feita. Um governo escolhido pelo povo vai reduzir os conflitos de cariz políticos, já que todos têm direito a escolher aquele que mais lhes convém. O interesse privado e o interesse comum O ser humano é tendencialmente egoísta. Não quero com isto dizer que todos o sejam, mas a maioria é. Podemos ver isso nas mais variadas situações: no trânsito, quando uma pessoa compromete a segurança de todas as outras ao realizar uma manobra perigosa, apenas porque está com pressa para sair dali; quando preferem guardar algum objeto ou até mesmo deitar fora só para que mais ninguém fique com ele, ou o contrário: quando uma pessoa quer uma coisa só porque mais alguém quer. Uma pessoa assim não hesita em pôr o seus interesses à frente do interesse comum. Se a situação assim já é má, multiplicada pelos restantes milhões de pessoas egoístas que existem, a situação torna-se muito, mas muito pior. É evidente que o egoísmo extremado não é muito comum, mas o egoísmo é, em si, uma atitude muito característica do Homem. Mas isso não é desculpa para que o interesse privado seja sobreposto ao interesse comum. Se um médico decidisse interromper uma operação de emergência porque já tinha ultrapassado o número de horas máximas diárias para trabalhar, se um bombeiro resolvêsse deixar o incêndio deflagrar porque o seu turno já tinha acabado, se os funcionários da câmara decidissem não fazer a recolha do lixo porque, como todos os dias havia mais, de nada servia removê-lo, a nossa sociedade não avançaria. Embora sejamos indivíduos detentores de certas liberdades e direitos não nos podemos esquecer que, acima de tudo, vivemos em sociedade e, como tal, desempenhamos um papel dentro dela, papel do qual muita gente depende, seja um médico, seja um secretário. Para que a vida em sociedade se desenrole de forma harmoniosa, não nos podemos preocupar só com a nossa vida, temos também de nos lembrar da vida de tantos outros sobre os quais recaem as consequências das nossas decisões. A nossa sociedade está feita para priveligiar o bem comum. É por isso que existem leis e regras para isso mesmo. O código da estrada, por exemplo, diz que um automável deve ceder sempre passagem a um autocarro que inicie a marcha, no entanto, um veículo que inicie a marcha nunca tem prioridade. Mas esta regra existe porque o autocarro transporta mais pessoas e, como tal, tem direito a prosseguir primeiro a marcha. Se um extremista decidir detonar uma bomba num centro comercial porque não concorda com as últimas medidas tomadas pelo governo, está a ter apenas em consideração os seus interesses, porque embora possam existir mais pessoas contra as medidas, ao detonar a bomba, essa pessoa não está a ter em atenção o grande número de pessoas a quem está a tirar a vida, pessoas que têm família, pessoas que desempenham papéis na sociedade, pessoas que, talvez não concordem também com essas medidas, pessoas que, juntas, se poderiam unir para arranjar uma solução. Há que pensar nos outros. Quão menor seria o número de conflitos se isso acontecesse! Esta situação do interesse privado/ interesse comum assume um caráter mais importante quando aplicado ao governo, que, mais do que um órgão de soberania, é um conjunto de pessoas reunidas para tomar decisões acerca da sociedade. Se essas pessoas se guiarem apenas pelos seus interesses próprios, mesmo que estes estejam contra os interesses da maioria da população, o chamado interesse comum, a situação seria complicada. Podemos compreender isso ao pensar o que seria se um governante resolvesse despedir todos os polícias- a segurança das pessoas estaria comprometida, ou seja, o governo não estaria a cumprir a sua função de proteger a vida das pessoas. Assim, torna-se imperativo que, sejam as pessoas, seja o governo, tenham primeiro em conta os interesses comuns, e só depois os seus. Isto é que significa viver numa democracia. É por isso que a democracia é a melhor forma de governo experimentada, na medida em que permite um melhor entendimento entre as pessoas, o que se traduz diretamente na redução dos conflitos. A Educação e o caminho para a resolução dos conflitos Se repararmos, estes conflitos estão intimamente relacionados com comportamentos que fazem parte da mentalidade da espécie humana: ambição, medo, etc. Por isso, a sua resolução implica uma mudança de mentalidades. Essa mudança requer bastante tempo e, acredito que não seja conseguida em apenas uma geração. É preciso muito mais do que isso. Ainda assim, há que começar por algum lado, e penso que é através da educação que se começam a resolver os conflitos. Parece estranho que educar uma criança ajude a resolver a guerra no Iraque, mas não é assim tão estranho: quem nos garante que essa criança não terá um dia um alto cargo de chefia e que esteja nas suas mãos o fim dessa terrível guerra? Ninguém nos garante. A educação condiciona fortemente as ações futuras e o modo de vida das pessoas. Por isso, uma boa educação é fundamental. O respeito pelos outros, o ensinamento de princípios de tolerância e de compaixão, fazer ver às crianças que todas as pessoas são cidadãs do mundo e, por isso, detentoras de direitos e deveres,por exemplo, são lições fundamentais que as crianças devem ter desde pequenas. O respeito pelo que é diferente e o incentivo ao diálogo são medidas fundamentais para a promoção da paz. Quando abordei os conflitos etnico-culturais, compreendi que estes derivavam, em grande parte, do medo da dominação por parte de outrém. Mas por vezes, o sujeito que suscita esse “medo de dominação” não tem, sequer, ideias de dominar. Se houvesse espaço para o diálogo, nada disso aconteceria. A tolerância e o diálogo são comportamentos para ser aprendidos e adotados, tanto por crianças, como por adultos. Pelo facto de o multiculturalismo ser cada vez mais evidente, estes comportamentos tornam-se cada vez mais necessários, para o bem da sociedade. Neste trabalho tentei demonstrar, brevemente, quais são alguns dos principais conflitos político-sociais atuais e porquê e como resolvê-los. Abordando, os conflitos religiosos, cheguei à conclusão de que estes se deviam, em grande parte à ambição humana, à ambição de poder. Em relação aos conflitos étnico-culturais, constatei que estes se deviam, principalmente, ao medo de dominação por parte de outrém, o que leva a pressupostos errados e a graves problemas, como a xenofobia e o racismo. Ainda falei um pouco dos conflitos por desigualdades de direitos que, em grande parte, se devem ao desrespeito do contrato social, e como estass desigualdade podem desencadear conflitos. Concluí que todos os conflitos tinham como ponto em comum o Homem. Como tal, considero o Homem a causa dos conflitos atuais. Após encontrar e analisar as causas dos conflitos, enunciei alguns aspetos fundamentais para a sua resolução, tais como o papel preponderante do governo em proteger os interesses dos cidadãos, garantido o respeito pelo contrato social, o privilégio que deve ser dado ao interesse comum em detrimento do interesse privado, a importância que deve ser dada à educação da sociedade, e acima de tudo, dos jovens, para que haja tolerância e uma predileção do diálogo como forma de resolver os conflitos. Com este trabalho pude concluir que, sendo o Homem o grande responsável pelos conflitos atuais, a sua resolução cabe também ao Homem. Penso que o caminho para a paz está longe de ser impossível, ainda que seja bastante complicado, já que só é possível com uma mudança de mentalidades, com um grande trabalho de todos nós para que a sociedade possa funcionar da melhor forma. É necessário respeito, é necessária convicção, é necessária tolerância, é necessário diálogo. Mas não, não é impossível, até porque a Humanidade já deu um grande passo nesse sentido: ainda que não na generalidade, já entendeu que o melhor regime é aquele que preza as liberdades e igualdades dos cidadãos, é aquele que tem em atenção as suas opiniões; é um regime chamado Democracia. Termino este trabalho concluíndo que a resolução de qualquer conflito passa pela vontade de todas as partes para que o conflito seja resolvido- é necessária uma mudança de mentalidade das pessoas: devem deixar o egoísmo de lado e pôr em prática soluções que garantem o melhor para todos. Porque juntos conseguiremos. Bibliografia CARMO, Hermano (coord.) (2001), Problemas Sociais Contemporâneos, Lisboa, Universidade Aberta, ISBN: 972-674-347-8 PAIVA, Marta; TAVARES, Orlanda; BORGES, José Ferreira (2009), Contextos, Porto, Porto Editora, ISBN: 978- 972-0-41043-6 As causas da guerra civil do Iraque, IV:Os interesses dos EUA – e os interesses do povo, Serviço Noticioso da revista Um Mundo A Ganhar (SNUMAG), data de publicação: 11/12/2006, data de acesso: 27/04/2011- 22h10, http://paginavermelha.org/guerra/061211-iraque-guerra-civil4.htm 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Manoela Roland, data da publicação:12/12/2008 - 10:24, data de acesso:27/04/2011- 22h45, http://www.juventudesulamericanas.org.br/index.php/opiniao/46-principal/122-60-anos-da-declaracao-universal-dos-direitos-humanos
Estado de Natureza,
contrato social, Estado Civil na filosofia de Hobbes, Locke e Rousseau,
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data de atualização: 23/04/2011- 08h14, data de acesso:
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http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:rTeF62kmYhYJ:www.cefetsp.br/edu/eso/filosofia/contratualistaschaui.html Rousseau – O Contrato Social, Unicamp- Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, data de publicação: 30/08/2008- 03h50, data de acesso: 28/04/2011-23h09, http://aquiesta.wordpress.com/2008/08/30/rousseau-o-contrato-social/ Rede de supermercados é acusada de discriminar funcionárias nos EUA, Jornal da Globo, data de atualização: 05/04/2011-01h26, data de acesso: 29/04/2011- 16h32, http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2011/04/rede-de-supermercados-e-acusada-de-discriminar-funcionarias-nos-eua.html John Locke direitos naturais à vida, liberdade e propriedade, Jim Powell, data de publicação: 01/08/1996, data de acesso: 29/04/2011-17h10, http://www.thefreemanonline.org/featured/john-locke-natural-rights-to-life-liberty-and-property/ Jean-Paul Sartre: o ser-para-si, Professora Cléa Gois e Silva-Departamento de Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro –UERJ,DCH da Universidade Veiga de Almeida – UVA, data de atualização: 23/04/2011- 09h42, data de acesso: 29/04/2011- 17h49, http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/jadircleasartreparasi.htm Por que Povo Escolhido?, Rabino Chefe da Inglaterra, Professor Jonathan Sacks, data de atualização: 22/04/2011-10h16, data de acesso: 01/04/2011-22h44, http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/povo/home.html Rui António Costa Oliveira, 2010, A fatalidade do diálogo Estado-Religião, Dissertação apresentada para a obtenção do Grau de Mestre em Ciência das Religiões,no Curso de Mestrado em Ciência das Religiões; orientador: Prof. Dr. Paulo Mendes Pinto; Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Faculdade de Ciência Política, Lusofoniae Relações Internacionais,Lisboa. [1] Mohandas Karamchand Gandhi , data de acesso: 07/05/2011- 23h15 http://www.citador.pt/citacoes.php?frases=Mohandas_Gandhi&cit=1&op=7&author=84&firstrec=20 [2] As 10 maiores religiões do mundo, Antonio Carlos Barro, www.miaf.org.br, acedido via http://vilamissoes.wordpress.com/2009/06/05/as-10-maiores-religioes-do-mundo/, data de publicação: 05/06/2009, data de acesso: 02/05/2011- 22h53
[3] Declaração
Universal dos Direitos Humanos, 10/12/1948, adotada pela
Assembleia Geral das Nações Unidas,
http://www.portugal.gov.pt/pt/GC18/Portugal/SistemaPolitico/dudh/Pages/Declaracao [4] Rede de supermercados é acusada de discriminar funcionárias nos EUA, Jornal da Globo, data de atualização: 05/04/2011-01h26, data de acesso: 29/04/2011- 16h32, http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2011/04/rede-de-supermercados-e-acusada-de-discriminar-funcionarias-nos-eua.html, (3º a 5º parágrafo) Outros Trabalhos Relacionados
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