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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Filosofia - 11º Ano |
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Problema da Origem do Conhecimento: o Empirimo Autores: Raquel Calçada Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 17/04/2010 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre o problema da origem do conhecimento: o empirismo, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (11º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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O problema da origem do conhecimento: o Empirismo A meu ver, o Empirismo é a resposta válida para o problema da origem do conhecimento, quando afirma que todas as ideias dependem de experiências sensíveis. Esta perspectiva filosófica argumenta assim, dizendo que todas as ideias resultam de experiências sensíveis; que se não ocorrerem experiências sensíveis, não podemos então, tecer ideias; e que as ideias (do passado, expresso pela memória, e do futuro, expresso pela imaginação) são menos fortes e vivas do que as impressões (que ocorrem no presente - aqui e agora, dadas por experiências sensíveis – que englobam os cinco sentidos e as sensações). Exemplificando os argumentos: para eu saber se a água que pus na panela ao lume já está suficientemente quente para que eu possa cozinhar o meu almoço, terei de o averiguar colocando a mão dentro de água. Obter esta conclusão mediante cálculos matemáticos seria desastroso, senão vejamos: ao pôr a panela ao lume, eu poderia não a tapar; poderia andar constantemente a destapá-la, ou contrariamente, mantê-la sempre tapada. Visto estes factores estarem sempre a alterarem-se, os cálculos acabariam então por estar errados. A ideia de que a água já está quente, resulta da experiência de colocar a mão dentro de água. Aliás, como poderia eu depois afirmar que o almoço estava salgado, sem o provar? Posso ter uma estimativa pela quantidade de sal que coloquei, mas certezas, só mesmo depois de o provar. Ou seja, eu só posso ter uma ideia do almoço, se tiver a experiência de o provar. O conhecimento é assim mais forte quando está a “ser vivido” ou transmitido no presente, do que em momentos anteriores ou posteriores aos momentos que vivo agora. Verifica-se facilmente este facto, quando penso no almoço salgado de hoje (que ainda me faz sede), mas em relação ao almoço que comi na sexta-feira da última semana de Dezembro, já não posso ter certezas de que tenha acontecido o mesmo. Outra perspectiva bastante interessante que o Empirismo defende é de que não existe uma relação de causalidade. A relação de causalidade é definida pela relação obrigatória que se estabelece entre dois acontecimentos, ou seja, se acontece A, tem necessariamente de ocorrer B; só ocorreu B porque antes aconteceu A. O empirismo defende que um acontecimento que se sucede a outro não tem necessariamente de derivar desse. Além do mais, nós só tiramos tal conclusão, depois de nos habituarmos a presenciar essa situação várias vezes. Por exemplo, todas as segundas-feiras eu tenho estendido a roupa, e depois disso tem chovido. A primeira vez que me aconteceu tal coisa eu não liguei; a segunda vez, achei estranho; com o passar do tempo, supus que tal iria acontecer novamente. Mas a acção “estender a roupa” e “chover”, nada têm a ver uma com a outra. São acções independentes, e logo não é certo que depois que eu realize uma, a outra aconteça. Concluo que pressupostos científicos de nada servem; o conhecimento apenas pode ser adquirido através de experiências sensíveis, tal como defende o Empirismo.
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