Trabalhos de Estudantes  

Trabalhos de Física - 10º Ano

 

Ficha do trabalho:

Rendimento no aquecimento de liquidos

Autores: Daniela Alexandre

Escola: [Escola não identificada]

Data de Publicação: 04/03/2014

Resumo: Trabalho sobre o rendimento no aquecimento de liquidos, realizado no âmbito da disciplina de Física (10º ano). Ver Trab. Completo

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Rendimento no aquecimento de liquidos

Introdução:

 

Objetivos da experiência:

Esta experiencia laboratorial tem como finalidade principal determinar o rendimento num processo de aquecimento da água, através da medição de um período de tempo, e identificar alguns dos fatores dos quais este rendimento pode depender.

 

· Como podemos aumentar o rendimento no aquecimento?

Esta é uma questão que se pretende estudar melhor ao longo desta atividade, tendo o objetivo de poder respondê-la no final de toda a experiência, fundamentando-a.

Com esta experiência laboratorial permite também aos alunos, um aprofundamento dos concelhos estudados e precisos à boa execução da atividade.

 

Introdução Teórica:

Para a realização desta atividade experimental é necessário dominar alguns conceitos relacionados com as transferências de energia, que nos ajudaram em todo o processo da experiência.

. Termodinâmica: estuda as relações entre o trabalho e o calor, mais explicitamente, estuda e reflete sobre os métodos para a transformação e energia térmica em energia de movimento. Esta área de estudo tem patentes duas leis aplicáveis a quaisquer sistemas na natureza:

 

1º. Lei da termodinâmica: princípio da conservação da energia aplicada a sistemas termodinâmicos;

2º. Lei da termodinâmica: apresenta os limites estabelecidas pela natureza quando se transforma calor em trabalho;

 

Trataremos agora a distinção entre o calor e energia interna:

 

. Calor: é a nomenclatura atribuída à energia, sendo transferida de um sistema para outro, unicamente em virtude da diferença de temperaturas entre eles. O calor é uma das formas de se transferir energia de um sistema para outro, e expressa a quantidade de energia transferida através da fronteira comum aos sistemas.

 

. Energia interna: é o conteúdo total em energia de um sistema termodinâmico. É normalmente comum que a energia interna e o calor sejam confundidos, mas é bom saber que os dois constituem-se por definições bem distintas, definições que implicam o facto de se poder dizer sem erro que um sistema qualquer possui energia interna e também o facto de jamais se poder dizer que um sistema possui calor.

 

Podemos ainda observar que a transferência de energia poder ser feita através de 3 processos:

. Transferência de energia como trabalho: a interação mecânica do sistema com a sua vizinhança, está associada à aplicação de forças no sistema, as quais podem realizar trabalho.

. Transferência de energia como calor: a energia transferida, como calor, de um sistema que está a uma temperatura mais elevada para outro que está a uma temperara mais baixa, fica neste último sistema como energia interna. Um sistema, depois de “absorver” ou depois de “perder” energia como calor, encontrar-se-á com um valor diferente de energia interna.

Nesta atividade, iremos necessitar de outros conceitos como:

A potência exprime-se em W (watt) e é definida pela razão entre a energia transferida, em J (joule) e o Δt, expresso em segundos, durante o qual a transferência se realizou, concluímos que:

O rendimento- ᶯ , segundo as leis da termodinâmica, este conceito que calcula a unidade que expressa o grau de aproveitamento de um determinado processo e as perdas que o referido processo suporta. Nas máquinas, o rendimento consiste na relação entre a energia que estas convertem em trabalho e a energia total que consomem para o efeito, sendo geralmente expresso em percentagem. Traduz-se pela forma:

 

Temos que sempre em consideração, que nem toda a energia que é fornecida a um sistema, é totalmente utilizada pelo mesmo, parte dela é dissipada para o meio, e outra é aproveitada para as funções do próprio sistema.

Após a definição das noções acima descritas, a realização da experiência deve ser feita tendo em conta a explicação anterior, sendo que será utilizada uma placa de aquecimento caracterizada por uma potência elétrica, para aquecer uma dada massa de água contida num gobelé. A energia fornecida à placa de aquecimento é calculada com recurso à potência elétrica da placa, indicada pelo fabricante, e ao tempo durante o qual a placa está a fornecer energia ao recipiente com água, tal que:

 

A energia que é recebida pela água, sob a forma de calor, vai produzir um acréscimo de energia interna da água, não havendo mudança de estado físico. Assim, a variação de energia interna da água, ou seja, a energia útil, igual á energia recebida sob a forma de calor, vai ser diretamente proporcional á massa de água, m, e á variação da temperatura, Δ t, experimentada pela água.

 

A letra Q diz respeito à energia recebida sob a forma de calor, que faz com que a temperatura da água aumente, e c é a capacidade calorífica especifica, ou capacidade térmica mássica da água.

 

Protocolo Experimental:

 

Materiais:

* Fonte de alimentação/energia

* Placa de aquecimento- P. Selecta; COMBIMAX; mod. 230A; Watt- 5000; Volt- 220

* Balança- ± 0,01g; Matter Toledo; AB204; Max. 310g; Min. 0,02g

* Gobelé- 800ml; Germany

* Termómetro- -10ºC até 150ºC; Hernandez

* Agitador

* Cronómetro

* Suporte Universal: garra, nós, rolha de borracha

* Pega de borracha

 

Reagentes:

* Água- 400g

 

Procedimento Experimental:

1º. Encheu-se o gobelé com água;

2º. Mediu-se a massa de água;

3º. Registou-se a temperatura da água;

4º. Montou-se o suporte universal;

5º. Colocou-se em frente do suporte universal, a placa que aquecimento;

6º. Ligou-se a placa à fonte de eletricidade;

7º. Colocou-se o gobelé sob a placa;

8º. Pôs-se o termómetro dentro da água;

9º. Cronometrou-se o tempo de exposição da água ao calor, até esta ter uma temperatura de 90ºC;

10º. Registou-se o tempo obtido até aos 90º C da água;

11º. Procedeu-se aos devidos cálculos (presentes na interpretação de resultados e cálculos);

12º.  Realizou-se a limpeza e arrumação do material utilizado e do laboratório;

 

Interpretação de Resultados e Cálculos:

n – rendimento

Eu – energia útil

Ef – Energia fornecida

 

Eu = Q = m × c × ∆θ

 

m = 400g

c água = 4186 J/Kg -1 ˚C -1

= 4,186 J/g ˚C

Δϴ = ϴf - ϴi = 90˚C - 18˚C = 72˚C

 

Eu = 400 × 4,186 × 72 = 120556,8 J

Q – Energia necessária para fazer variar Δϴ˚C a temperatura da água

m – massa da água utilizada

Δϴ - variação da temperatura pretendida

c – capacidade térmica mássica

 

 Ef = P × ∆t

P – potência

 

Δt – intervalo de tempo durante o aquecimento da água

P = 500 W

Δt = 05”18”22 = 5 × 60 + 18 = 318s

Ef = 500 × 318 = 159000J

Rendimento: n =  × 100 = 75,82188679… ≈ 75,82%

 

Discussão:

           

Fazendo uma primeira análise ao cálculo do rendimento, podemos afirmar que a energia útil tem de ser sempre inferior à energia fornecida.

O valor do rendimento que foi obtido pelo nosso grupo é de cerca de 75%, sendo que podemos avaliar este valor e, dizer que é plausível. Utilizámos uma placa de aquecimento de pequenas dimensões, por isso, a energia em forma de calor da placa, era mais aproveitada pelo gobelé que continha a água.

Comparando o valor do rendimento do nosso grupo, com os valores obtidos pelos outros grupos da turma, sendo que foram mais baixos que o nosso, cerca de 25%, e utilizaram placas de aquecimento de grandes dimensões, podemos afirmar que tendo uma placa de aquecimento de tamanho pequeno, é possível obter um maior valor de rendimento, visto que é aproveitada também uma maior quantidade de calor vindo da placa. Com uma placa de dimensão maior, mais energia, calor, é dissipado e desperdiçado para o meio, não sendo usufruído pela água.

 

Conclusão:

 

Na realização desta atividade não encontrámos qualquer dificuldade, visto que cumprimos os nossos objetivos definidos inicialmente.

Conseguimos obter conclusões acerca desta atividade. A principal e mais importante, e que responde também à questão colocada nos objetivos acima.

Podemos aumentar o rendimento no aquecimento utilizando materiais que sejam bons isoladores de calor; é conveniente que o recipiente deva estar tapado para evitar perdas de calor devido à evaporação da água; um dos fatores que ajuda também no aumento do rendimento no aquecimento é utilizando, nesse caso, uma placa de aquecimento de pequena dimensão, o que irá permitir uma quantidade inferior de calor emanado da placa, seja dissipado para o meio envolvente, sendo assim aproveitado a máxima energia calorífera possível.

Contrariamente, se for utilizada uma placa de tamanho maior que o recipiente, em que se situa o que desejamos aquecer, o calor não será ao máximo aproveitado pelo sistema, havendo perdas significativas, existindo assim um menor valor de rendimento.

 

Anexo  1- transferência de energia como calor.

Anexo 2- Correntes de convecção de calor (azul corrente fria; vermelha corrente quente).

Anexo 3- energia fornecida a um sistema.

 

Anexo 4- suporte universal e balança

Anexo 5- experiência iniciada. Aquecimento da placa que produzirá calor ao gobelé que contém a água, e o termómetro para observarmos a temperatura da água até aos 90˚C, cronometrando o tempo.

 

 

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