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Trabalhos de Estudantes Trab. Formação Cívica - 7º Ano |
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Violência na Família Autores: David Ferrão Escola: Escola EBI da Qtª do Conde Data de Publicação: 05/09/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a Violência na Família, realizado no âmbito da disciplina de Formação Cívica (7º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Introdução: Definição de Violência: Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objecto. Nega-se autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro ... Existem vários tipos de violência: . Violência na familia . Violência na doméstica . Violência no Desporto . Violência nas escolas, etc. Desenvolvimento: Violência na familia Habitualmente, a família constitui o primeiro e o mais importante espaço de crescimento físico, intelectual, afectivo e moral. Através de uma relação privilegiada com as figuras parentais, e muito particularmente com a mãe nos primeiros meses de vida (ou uma sua substituta), o bebé vai aprendendo a conhecer o mundo que o rodeia e vai percebendo que ele é diferente das outras pessoas, tendo cada uma delas a sua identidade própria. Esta é, sem dúvida, uma aquisição difícil, mas importante, que se vai processando durante toda a infância mas que se inicia por volta do segundo semestre de vida. Um dos aspectos que dificulta este processo de reconhecimento da diferença e da distinção entre o Eu e o Outro resulta da fusionalidade, isto é, da estreita relação em que a díade, ou o par mãe-filho, inicialmente se encontra. Aquando do nascimento, o obstetra ou a parteira cortam o cordão umbilical que liga o recém-nascido à mãe. No entanto, e apesar deste desligamento, o bebé necessita de manter uma relação de forte ligação e dependência (ligação fusional) com a figura adulta a quem se vai vincular (figura de vinculação principal): é ela que não só o vai alimentar, mudar quando está sujo, aquecer quando tem frio ou libertar de alguma roupa quando tem calor, como é também a mãe que vai perceber aquilo de que o seu filho necessita em cada momento. Nascendo cheio de potencialidades, o recém-nascido é, contudo, inicialmente muito imaturo e tem apenas o corpo e a voz para comunicar. O choro, os movimentos do corpo, a mímica vão sendo progressivamente interpretados pela mãe que passa a saber cada vez melhor quando é que o bebé está a chorar porque tem fome, ou quando é que o faz porque tem a fralda suja ou porque, muito simplesmente, quer companhia e quer tagarelar com alguém. Desta forma, a mãe (e também outras pessoas como o pai, os irmãos, os avós, etc.) vai ajudando o bebé a descodificar as suas emoções e a dar nome às coisas, num processo que é extremamente importante para o desenvolvimento da sua capacidade de pensar e para o aparecimento e desenvolvimento da própria linguagem. Os problemas de comunicação Como podemos facilmente compreender esta tarefa não é fácil, pois o bebé comunica de uma forma muito diferente da nossa. Há, portanto, muitas situações em que a mãe não acerta com aquilo de que o bebé necessita e este, nessas circunstâncias, chora, e por vezes chora muito, deixando a mãe muito cansada e muito desesperada. Habitualmente ela já está cansada por outras razões (noites mal dormidas, divisão da atenção e dos cuidados entre o bebé e os outros irmãos, lida da casa, trabalho) e, por vezes, sente-se triste, com falta de força, muito sensível nos meses que se sucedem ao parto (podendo sofrer daquilo que se chama depressão pós-parto e que tem que ser diagnosticado por um profissional de saúde e tratado convenientemente). Por umas e por outras razões, pode acontecer que, entre a mãe e o bebé, se desenvolvam dificuldades de comunicação. Em situações mais desesperadas, a mãe pode mesmo desistir, deixando o bebé sozinho, entregue a si próprio por períodos mais ou menos longos e, nem sempre,em condições de segurança. Quando isto se repete com frequência, o bebé começa a ser negligenciado, isto é, começa a não ser atendido nas suas necessidades físicas (alimentação, higiene, saúde, protecção, vigilância face ao perigo, habitação) e afectivas (contacto corporal, carícias, mimos, brincadeiras, companhia). Outras vezes, em situações em que a mãe procura, sem o conseguir, fazer com que a criança lhe obedeça e faça aquilo que ela entende que é necessário e correcto (por exemplo, comer a papa, dormir, estar acordado) pode surgir um comportamento mais violento (berros, pancada, apertões, etc.) que, em função da sua intensidade e do local em que o bebé é atingido, pode chegar a pôr em perigo a sua saúde ou mesmo a sua vida. A violência pode,como vemos, surgir nestas ocasiões. Quando a mãe e o bebé não estão sozinhos, outras pessoas como o pai, os irmãos, os avós, os tios, etc., podem ajudar a esbater estas tensões mas podem, também, aumentá-las (por darem indicações contraditórias, por exigirem também uma parte da atenção, por criarem muito ruído e confusão, por criarem alianças de uns contra os outros) e, nessa altura, a violência pode alargar-se e envolver mais pessoas. Como acabei de referir, o início da vida de um bebé obriga a uma dependência muito grande entre ele e a mãe (ou seu substituto). Mais ou menos a partir dos seis meses, essa forte ligação deve começar a transformar-se para dar lugar a uma dependência cada vez mais relativa, de modo a permitir não só que outras pessoas (desde logo o pai, mas também outros elementos) passem a fazer parte activa da vida do bebé como a possibilitar-lhe a experiência de estar sozinho. Será na ausência da figura de vinculação que o bebé aprende a distinguir-se dos Outros, pois só nessa altura compreende que os esses Outros não são um prolongamento dele próprio (do seu Eu) nem estão sujeitos integralmente à sua vontade (omnipotência). A gestão deste equilíbrio entre uma grande dependência e uma dependência relativa é algo que se torna simultaneamente difícil para a mãe e para a criança. À medida que cresce, esta vai experimentando novas forças e vai testando o adulto no sentido de ver o que é que pode ou não pode fazer e até onde é que tem capacidade para ser ela a determinar o rumo dos acontecimentos e a influenciar o comportamento dos outros. À medida que o tempo vai passando e que a mãe vê o seu filho crescer, ela percebe que ele vai tendo cada vez mais capacidades para se ir autonomizando: mas se isso, por um lado, lhe dá geralmente prazer, por outro lado, fá-la experimentar um terrível sentimento de perda com o qual nem sempre lida muito bem e face ao qual é, muitas vezes, tentada a reforçar os laços de dependência, tornando-se “mãe galinha” e podendo submeter demasiadas vezes a criança à sua vontade. Esta, no entanto, e ao mesmo tempo que necessita de ser amada e protegida, reforçada nas suas necessidades de dependência, procura libertar-se da corrente de afectos que a aprisiona, provocando o adulto no sentido de, por vezes da forma mais inadequada e inábil, testar, simultaneamente, a sua capacidade de dar afecto e de dar autonomia. Os conflitos É neste contexto que se geram, quer na infância quer na adolescência, muitas guerras que terminam, mas também se prolongam, em actos de violência psicológica (insultos, gritos, críticas permanentes, desvalorizações, ameaças de abandono) e/ou física (empurrões, bofetadas, tareias, queimaduras, mordeduras, etc.). Na infância, como a criança tem menos poder físico do que o adulto e o vê, habitualmente, como tendo mais autoridade (hierarquia vertical) os comportamentos violentos ocorrem mais frequentemente do adulto para a criança, sendo esta, na grande maioria das vezes, a vítima. Numa situação de maior semelhança com o adulto (quer em termos físicos quer em termos cognitivos), o adolescente pode, também, aparecer como agressor, alternando, muitas vezes, com o adulto, num jogo de papéis em que, ora sendo um vítima e o outro agressor e vice-versa, é a própria violência que se auto-alimenta.
Como pudemos perceber, a
violência está muito ligada a dois aspectos: Em famílias e em sociedades em que as hierarquias são muitos rígidas (e em que, portanto, quem manda e quem obedece estão em níveis de poder muito diferentes), em que as crenças em torno da obediência e do respeito consideram que quem está no topo da hierarquia tem o direito de ser obedecido em qualquer circunstância e que quem obedece o deve fazer sem contestação, em famílias e em sociedades em que o grau de autonomia relativa dos sujeitos é muito pequeno (porque existe uma forte dependência de uns face aos outros) e em que se considera que os homens são mais fortes e devem exercer a sua protecção sobre as mulheres, consideradas estas mais frágeis, submissas e dependentes, a possibilidade de surgirem comportamentos violentos como forma de resolver questões de poder, de auto-afirmação, de contestação e de autonomia pessoal é muito grande. É nesse sentido que temos todos que estar atentos, de forma a respeitarmos o Outro na sua individualidade, para nos respeitarmos a nós próprios e sermos por ele respeitados, e de modo a encontrarmos formas menos destrutivas de resolvermos as nossas dificuldades, divergências e conflitos.
Há famílias em que a
violência ocorre, fundamentalmente, entre o casal. As razões são, em
minha opinião, as mesmas: muitas vezes pouco seguros de si próprios,
estes dois adultos criam uma forma de comunicação em que um ataca e o
outro se torna vítima mas em que, geralmente, ambos contribuem para a
perpetuação da violência. As suas famílias de origem (isto é, os seus
pais, irmãos, cunhados, tios, etc.) estão, na maior parte das vezes,
envolvidas, mesmo quando isso não é muito claro e mesmo quando o que
todos mais querem é ajudar. Criança Aspectos gerais do desenvolvimento da criança O desenvolvimento psicoafectivo e maturativo da criança faz-se por etapas, dependendo umas das outras. Assim, cada período ou fase da vida duma criança deve ser olhado como uma pequena peça dum grande puzzle que é a construção da sua saúde mental. As doenças mentais na infância são raras, contudo as perturbações da saúde mental são cada vez mais frequentes. Este facto só pode ser superado se cada um de nós estiver atento aos sinais de risco que precocemente se manifestam no comportamento infanto-juvenil. As intervenções psicoterapêuticas atempadas poderão evitar situações crónicas ou de difícil solução. Eis algumas causas que na sociedade contemporânea podem fazer perigar a vida psicológica das crianças e adolescentes: . crises familiares prolongadas (violência doméstica, divórcio/ separação dos pais, etc.); . abandonos sucessivos, perdas por luto mal geridas; . falta de confiança nos prestadores de cuidados ; . negligência; . desamor; . ausência de vínculos afectivos; . conflitos na escola; . ausência de supervisão parental; . solidão e isolamento; . ausência de mediação em relação ao visionamento dos meios de comunicação social; . excessiva permissividade parental; . ausência ou contradição na autoridade, etc. Os sintomas que podem levar a uma redução da qualidade de vida da criança ou mesmo à perturbação do seu comportamento e, em última análise, à doença mental, são: . tristeza; . desmotivação; . isolamento; . apatia; . estados de ansiedade e melancolia; . alterações bruscas de humor; . agressividade; . discurso frequente sobre a temática da morte; . reactivação dos medos já anteriormente ultrapassados; . ideias fixas, por exemplo obsessivas, etc. Outras questões: Uma mãe que negligencia ou maltrata o seu filho pode gostar dele? Como sabemos, o mau-trato infantil cobre toda e qualquer acção ou omissão (dos pais ou seus substitutos), não acidental, que impeça ou ponha em risco a segurança dos menores e a satisfação das suas necessidades físicas e psicológicas básicas. A negligência assume o carácter de mau-trato passivo: temporária ou permanentemente, os progenitores (ou seus substitutos) não atendem às necessidades físicas e/ou psicológicas da criança. No mau-trato activo, o dano físico pode variar desde a tareia que deixa marcas até aquela que pode provocar a morte e o dano psicológico pode englobar insultos, críticas, ameaças de abandono, etc. Apesar deste tipo de comportamento ferir a integridade física e/ou psíquica da criança, e de poder comprometer mais ou menos seriamente o seu desenvolvimento global, o problema não tem tanto a ver com o facto da sua mãe ou do seu pai gostarem mais ou menos dela mas tem a ver com o facto de que, desejando controlar a criança e ajustá-la às suas próprias necessidades, o adulto responde violentamente aos desafios, provocações ou manifestações de autonomia que ela faz e que podem ser perfeitamente normais ou podem fazer já parte do tipo de comunicação que se estabelece na família Conclusão: Eu escolhi para fazer o meu trabalho com o tema – “Violência na familia” para a disciplina de Formação Cívica , porque sou criança e queria saber porquê que hà tantos adultos a maltratar as crianças, fiquei apesar de tudo sem perceber porquê, nem o meu pai nem a minha mãe entendem!! Eles dizem que são coisas que os transcendem...que também nunca perceberam porquê que existem pessoas se comportam pior que alguns animais. Bibliografia Apoios: Consulta na Internet (http://www.google.pt/) Site( http://www.violencia.online.pt/) Outros Trabalhos Relacionados
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