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A Austrália é um país que compreende um continente-ilha vasto e escassamente povoado onde uma sociedade jovem e competitiva desfruta de uma vida de abundância e liberdade a que poucos países do mundo podem aspirar. Esta ex-colónia britânica, quer se considere a maior ilha ou o continente do globo, é indubitavelmente uma terra de excessos e contrastes. Apesar da sua imensidão é um dos países mais urbanizados do mundo com dois terços da população a viver nas oito maiores cidades, todas elas, excepto Camberra, situadas no litoral. Na região mais produtiva, de criação de gado, mais para nordeste, os vizinhos podem viver afastados mais de cem quilómetros e medem a densidade dos rebanhos em termos de hectares por cabeça de gado, e não ao contrário. Nestes aglomerados isolados, o medico chega por via aérea, a escola é ensinada através da rádio e Internet e os ganadeiros reúnem o gado por meio de helicópteros. Embora na sua maior parte o continente seja formado por extensas planícies e terras baixas - uma paisagem um tanto monótona – existem também florestas espectaculares e grandes zonas, particularmente na metade ocidental, de extensões inóspitas de deserto sem população ou escassamente povoadas. No entanto o seu litoral, estimado em mais de 36 000 km é formado por soberbas praias de areia e barreiras de coral. Os excessos também se aplicam ao clima. No centro a seca é uma banalidade, e podem passar-se anos sem uma gota de chuva. No Norte e Nordeste as inundações são ocorrência anual durante o Verão húmido, entre Outubro e Maio. Nessa altura, as estradas poderão ficar impraticáveis e os ciclones tropicais (furacões) flagelar as localidades costeiras. A imagem da Austrália como terra privilegiada pelo sol não é destituída de verdade, e tanto assim é que Queensland detêm o recorde, nada invejável, da maior incidência de cancro da pele do mundo. Contudo, existem também estâncias de desportos de Inverno nos montes Snowy, que fazem parte da grande cordilheira divisória situada entre Sydney e Melburne, as duas maiores cidades. Na década de 60, a Austrália foi apelidada de terra de sorte. A boa sorte tem origem nos abundantes recursos minerais e num sector agrícola excedentário, criando riqueza que é distribuída por uma população relativamente pequena possibilitando um estilo de vida que repercute os padrões de vida europeu e norte-americano. Apesar de habitada por Aborígenes, a Austrália é um próspero país multicultural que recebeu e recebe imigrantes desde o início do processo da colonização europeia. Tecnologicamente avançado e industrializado, tem excelentes resultados em muitas comparações internacionais dos desempenhos nacionais, tais como os cuidados de saúde, esperança de vida, qualidade de vida etc. A Austrália tem uma grande diversidade de fauna e flora. O seu isolamento durante muitos anos permitiu a evolução de uma fauna que não se parece com nenhuma do planeta e que se caracteriza, sobretudo, pela presença de animais com uma bolsa para as crias como o canguru e o coala, grandes aves corredoras como a Ema e o casuar, sendo que o canguru e a Ema tornaram-se símbolos da Austrália. Por outro lado na flora da Austrália entre as arvores mais conhecidas, contam-se as acácias e as numerosas espécies de eucalipto. Muitas espécies possuem também casca grossa e rija capaz de resistir aos incêndios florestais, um perigo constante na maioria das zonas sobretudo agora com o agravamento das alterações climáticas. Contudo, apesar de actualmente atravessar um período menos risonho, com uma taxa de desemprego relativamente alta, uma quebra das exportações e o enfraquecimento da moeda, podemos dizer que a sorte desta terra ainda não se esgotou. O nome Austrália deriva da palavra em latim australis que se significa “do sul” e a sua origem data de lendas do século II sobre a “terra desconhecida do sul” (terra australis incógnita). O explorador inglês Matthew Flinders atribui a este lugar o nome de terra australis que mais tarde renomeou para Austrália em 1804. Apesar de ter sido nomeada por Nova Gales do Sul pelo navegador James Cook, que reclamou o território para a Grã-bretanha e iniciou a sua colonização, foi no entanto a “Austrália” o nome preferido pelos navegadores que o começaram a usar nos seus despachos enviados para Inglaterra e em 1824 foi finalmente aceite que o continente devia ser conhecido oficialmente como Austrália. A Austrália, embora habitada por aborígenes á mais de 40 mil anos, somente á três séculos despertou interesse aos europeus. Para o mundo, era como um continente invisível, uma vasta terra que os exploradores referiam como pouco interesse para o comércio e colonização sendo por isso desconsiderado nos mapas pelos cartógrafos. Segundo algumas versões foram navegadores portugueses e holandeses que primeiro exploraram a suas costas. Toda avia, a concentração populacional no sudeste da Austrália só começou após uma expedição científica pelo Oceano Pacifico feito pelo navegador britânico James Cook. Cook teve a boa sorte de acertar numa parte muito mais hospitaleira da costa. Em 1770, aportou na costa oriental, numa enseada a que chamou Botany Bay (Baia Botânica) devido á abundante e invulgar vegetação. Cartografou quase toda a costa oriental e reclamou o território para a Grã-bretanha em Agosto de 1770, baptizando-o de Nova Gales do Sul. Pela mesma altura, a Grã-bretanha perdia as suas colónias americanas e, com o objectivo de esvaziar as prisões apinhadas de condenados, decidiu criar uma colónia penal em Botany Bay.
Comandante James Cook A primeira frota de uns primeiros navios degradados chegou em Janeiro de 1788. Como a terra á volta de Botany Bay foi considerada demasiado pantanosa, desmarcou mais para Norte num excelente porto natural a que chamaram Sydney Cove e que Cook não explorara. Os condenados, após cumprirem a sua pena recebiam uma pequena parcela de terra, desde que não houvesse habitantes nelas. Para os primeiros colonos, a vida foi extremamente dura. No entanto, as colónias sobreviveram e nos 50 anos seguintes com o estabelecimento de mais colónias penais e com a chegada de colonos livres, foi-se ampliando o domínio inglês naquele vasto e desprotegido continente. A Austrália é um país do hemisfério sul situado entre as coordenadas geográficas 11-44º Sul de Latitude e 113-154º Oeste de longitude. Compreende a área continental da Oceânia, a Tasmânia e varias ilhas adjacentes no oceano Indico e Pacifico. A banhado a Sul e a Oeste pelo oceano Indico, pelo mar de Timor e mar de Arafura a Norte e mar de Coral e da Tasmânia a Este.
Austrália vista de satélite O clima varia de temperado e de um solo relativamente fértil Sudeste e Sudoeste. A Norte o país tem um clima tropical mas a maior parte do território caracteriza-se pelo clima subtropical com temperaturas elevadas e grande parte do centro tem clima deserto. Formada por um imenso bloco conquistado á costa terrestre, a Austrália é um pouco variada em termos de relevo e paisagem. Dois terços do país são ocupados pelo escudo Australiano, uma vasta planície desértica cuja monotonia só é quebrada por montanhas pouco elevadas e alguns cumes arredondados, isolado no meio das planícies. A leste deste escudo, a grande bacia Artesiana estende-se entre o Golfo da Carpentária e o lago Eyre, este último encontra-se abaixo do nível do mar cerca de 15 m. É nesta grande depressão que se encontram as reservas subterrâneas de água e a única bacia fluvial com alguma importância.
Maior monólito do mundo Ocupando toda a parte oriental, da ilha do cabo Yorque á Tasmânia, surge uma sucessão de modestas montanhas e planaltos que constitui a cordilheira Australiana. Esta prolonga-se para Sueste através dos Alpes Australianos no qual se encontram os cumes mais altos do país. A Austrália é um país de emigrantes sendo 23% da sua população formada por estrangeiros. A maior parte da sua população descende sobretudo de emigrantes ingleses e holandeses. Nos últimos anos vem-se verificando um grande aumento da população idosa e uma diminuição na percentagem de crianças sobre a população.
Localização da Austrália
A Austrália como nação tem pouco mais de 100 anos. Está dividida em 6 estados com governos próprios e é uma monarquia constitucional. A constituição divide o poder entre: parlamento federal (formado pelo Senado com representação igual para todos os estados e a câmara dos representantes com deputados segundo a população de cada estado) e os Estados cada um com o seu próprio Parlamento. O chefe de estado é a rainha Elisabete da Grã-bretanha representada pelo governador-geral e, em cada estado, representada por um governador. O parlamento australiano situa-se em Camberra e tem sido ocupado sobretudo pelo partido trabalhista e partido liberal
O Parlamento Australiano em Camberra A cultura australiana deriva das raízes europeias e mais recentemente americanas, mas mantêm características próprias resultantes do ambiente, cultura aborígene e influência dos povos vizinhos. Os australianos adoram a vida ao ar livre e milhões passam os domingos de céu limpo na praia ou num churrasco num parque suburbano. O bom clima proporciona oportunidades para a maior parte dos desportos, do surf ao esqui, do futebol á pesca, o que serve de escape ás suas necessidades altamente competitivas e stressantes. São em elevado número os apoiantes do Cricket (especialmente nos jogos contra o velho rival a Inglaterra), o râguebi onde é uma potência mundial, do futebol vulgar, ténis e corridas de cavalos. Aliás, os australianos são jogadores inveterados, gastando muito dinheiro em acontecimentos desportivos, lotarias e outras formas de apostas. O mundo artístico também não é negligenciado, apesar da antiga imagem a Austrália como um deserto cultural. Quase todas as cidades possuem centros culturais multifuncionais, como teatros, galerias de arte e salas de concerto. Orquestras e companhias nacionais de ópera, teatro e bailado e uma fluorescente industria cinematográfica proporciona cada vez mais oportunidades aos artistas australianos. BIBLIOGRAFIA: www.wikipedia.pt Enciclopédia Geográfica das Selecções do Reader’s Digest
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