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Nome comum da espécie Freira-da-Madeira Designação científica Pterodroma mollis Fotos
Características morfológicas
Não existem estruturas internas ou externas de dimorfismo sexual. Distingue-se das outras aves pela forma como voa, fazendo um V pronunciado.
É uma espécie endémica da Ilha da Madeira, sendo por isso uma mais-valia para o nosso país mas também uma grande responsabilidade. Distribuição e abundância – em Portugal e no mundo Por ser uma espécie endémica da Madeira, só existe lá. Não havendo registos da espécie em outras parte do Mundo. Porém, remontando á sua origem, uma passagem transequatorial de uma ave pelo Atlântico Sul, encontramos espécies semelhantes: . Pterodroma Hasitata (Haiti e República dominicana)
. Pterodroma Caribbae (Ilha Jamaica)
. Pterodroma Cahow (Ilhas Bermudas)
. Pterodroma Feae (Ilhas Desertas e Cabo Verde)
Habitat e comportamento Habitat
A Ilha da Madeira tornou-se assim, actualmente, a região do mundo onde essa floresta, denominada Laurissilva, assume maior representatividade. Trata-se da maior área de Laurissilva a nível mundial, sendo também a melhor em termos de estado de conservação e número de espécies. Ocupando uma faixa que vai dos 300 aos 1300 m de altitude, a Laurissilva desempenha um papel fundamental na protecção do solo e na infiltração da água da chuva. A designação de Laurissilva da Madeira corresponde a 3 tipos de comunidades vegetais distintas: a Laurissilva do Barbusano, a Laurissilva do Til e a Laurissilva do Vinhático. Dada a sua riqueza em diversidade biológica, a Laurissilva do Til está incluída na área de Laurissilva da Madeira incluída na Lista do Património Natural Mundial da UNESCO e classificada como Reserva Biogenética do Conselho da Europa. Uma pequena área das florestas da Laurissilva do Barbusano e do Vinhático também estão incluídas na área de Património Mundial. O nome Laurissilva resulta de dois termos em Latim, laurus e silva que significam, respectivamente, loureiro e floresta. Esta floresta é constituída por árvores e arbustos de folhas planas, por fetos, musgos, líquenes, hepáticas e outras plantas de pequeno porte, com inúmeros endemismos. Ocupa uma área de cerca de 15.000 hectares e localiza-se essencialmente na costa norte, entre os 300 e 1300 m de altitude. Devido à intervenção humana, na costa sul, está restrita a alguns locais entre os 700 e 1200 m de altitude. Actualmente, é a mancha de Laurissilva mais extensa e mais bem conservada dos Arquipélagos que constituem a Macaronésia e é considerada por muitos uma relíquia da floresta subtropical que, na era Terciária, existiu no sul da Europa e bacia do Mediterrâneo. Uma preciosidade a nível mundial, por incluir espécies em risco de extinção e a preservação de áreas extensas florestais de elevada qualidade, criando assim o Parque Natural da Madeira.
Para além da sua beleza deslumbrante, este puzzle natural, de diferentes formas e tons de verde, revela todo o dinamismo típico dos sistemas vivos equilibrados.
Dentro da Laurissilva, encontramos esta ave e os seus ninhos acima dos 1600 metros, lá para as bandas do Pico Ruivo e Pico Areeiro, com vista para o Curral das Freiras, que lhe emprestou o nome, tornando muito complicado o seu estudo, tendo-se de recorrer a técnicas de escalada, o que valoriza ainda mais o papel dos Vigilantes da Natureza.
Comportamento A ave passa grande parte do tempo no mar, vindo a terra apenas para preparar o ninho e para reproduzir, que ocorre entre os meses de Abril e Setembro. O ninho é escavado no solo até um metro de profundidade, pondo um único ovo que, e um pouco à “semelhança” do ser humano, é chocado alternadamente pela fêmea e pelo macho. O facto de o ninho estar a uma profundidade tão pequena torna a cria vulnerável aos predadores, onde se incluem animais domésticos abandonados pelo Homem, tendo sido este também o maior responsável pelo seu quase desaparecimento.
É nesta altura que, durante a noite é possível presenciar um espectáculo natural e selvagem quando, envoltas pelo silêncio das montanhas, as pessoas são surpreendidas pelos seus chamamentos que se assemelham a uivos, assustando os mais desprevenidos. Relações tróficas
São um pouco desconhecidos os hábitos alimentares desta ave marinha, porém pela informação que fui recolhendo ao longo da minha pesquisa fui capaz de elaborar uma cadeira alimentar. Esta ave alimenta-se no mar, de pequenos peixes, lulas e crustaceos. Os seus predadores são essencialmente gatos e ratos! Optei por colocar o fitoplancton como produtor desta cadeia porque serve de alimento a vários pequenos peixes conforme os representados na figura. Estatuto de conservação Esta ave marinha está ameaçada de extinção à escala mundial. É uma ave marinha rara, cujo habitat está confinado á região da Madeira. Com uma população reprodutora de 60 a 79 casais, esta espécie encontra-se, hoje, ameaçada de extinção. A sua sobrevivência depende de medidas vitais de conservação e está classificada, segundo a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, como espécie “Ameaçada em Perigo Critico”. O presente estado de conservação desta espécie é fortemente atribuído, à predação por parte de mamíferos introduzidos, ratos e gatos, nomeadamente à ratazana preta (Rattus rattus) e ao gato assilvestrado (Felis catus) e à perda de habitat devido à degradação do mesmo pela presença de herbívoros.
Medidas de conservação (em Portugal) Este endemismo madeirense de grande interesse e extrema raridade é protegido segundo directiva comunitária (Anexo 1, da Directiva 91/244/CEE de 9 de Março de 1991), e tem sido alvo de um grande e trabalhoso projecto de conservação. A freira da Madeira é alvo de um programa de conservação que tem trabalhado sob múltiplas vertentes. Desde o início dos anos 90 foi criada uma área livre de predadores, nomeadamente ratos e gatos, em redor das áreas de nidificação conhecidas. Ao abrigo do projecto LIFE- um Projecto co-financiado pelo instrumento financeiro comunitário LIFE Natureza, coordenado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves; conta com a parceria de ICN, INIAP-IPIMAR, Universidades de Aveiro e dos Açores, IMAR, e com o apoio da Secretaria Regional dos Recursos Naturais – Madeira e Direcção Regional do Ambiente – Açores- a Freira-da-Madeira está mais protegida do homem. A conservação da freira da Madeira através da recuperação do seu habitat, teve o seu início em 2001, estas medidas foram alargadas e reforçadas e, de acordo com os resultados verificados, estão a funcionar de uma forma bastante eficaz e adequada. Em 2001 foram criadas as condições para a recuperação dos habitats das zonas de nidificação da freira da Madeira, através da retirada total do gado aí existente.
Dada a importância para a ave, os picos Ruivo e do Areeiro foram considerados Zonas Especiais de Protecção e foram integrados na Rede Natura 2000.
A Rede Natura 2000 é uma rede ecológica coerente cujo objectivo é a conservação da diversidade biológica e ecológica dos Estados Membros da Comunidade Europeia atendendo às exigências económicas, sociais e culturais das diferentes regiões que a constituem.
Em paralelo com estas medidas, a área de nidificação é alvo de vigilância permanente, estando as visitas nocturnas dependentes de autorização do Serviço do Parque Natural da Madeira. Com o objectivo de preservar esta espécie foi criado pelo Parque Natural da Madeira um programa que se intitula Conservação da Freira da Madeira através da recuperação do seu habitat. Fontes informativas
http://ec.europa.eu/environment/nature/conservation/wildbird/docs/pterodroma_
http://www.madeiranature.com/index/cms/page/-/page/activities_bird_watching http://ilheu.bloguepessoal.com/92561/Freira-da-Madeira-2/ http://members.netmadeira.com/marcolivramento/freiradamadeira.htm
http://www.atlantico-online.net/blogue/2008/03/03/nato-vs-freira-da-
http://static.blogstorage.hi-pi.com/bloguepessoal.com/i/il/ilheu/images/gd
http://faunaflorasantana.blogspot.com/2008/05/introduo-ao-longo-deste- http://img140.imageshack.us/img140/6051/priolo2fc2.jpg http://www.dnoticias.pt/diario/fotos/230208/dn0401020401.jpg http://www.dnoticias.pt/diario/fotos/240507/animais.jpg
http://www.enciclopedia.com.pt/images/articles/floresta_laurissilva_funduras. http://birds.nu/frimarken/madeira04.jpg http://www.projetoalbatroz.org.br/guiaDeIdentificacao.aspx http://www.spea.pt/pdfs/ComunicadodeImprensaDiadoMar161105.pdf http://europa.eu/scadplus/leg/pt/lvb/l28076.htm http://europa.eu/scadplus/leg/pt/lvb/l28046.htm http://programamarinho.spea.pt/index.php?op=e4 http://ilhadamadeira.weblog.com.pt/arquivo/243986.html http://www.ama-lingua.com/index.php?mod=biol Outros Trabalhos Relacionados
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Esta
ave pode atingir os 32 cm, tendo as suas asas de 241 mm a 254 mm e o seu
bico mede entre 22 e 26 mm. A parte superior do corpo é escura, sendo
interior das asas e a zona inferior do corpo, brancas. Normalmente vive
até aos 15 anos de anos, tornando-se reprodutiva apenas aos 6. O seu
bico é preto, assim como a área ao redor dos olhos na ave. O peso de uma
ave deste género varia entre os 175 gramas e os 231.
A Macaronésia, área
geográfica em que a Madeira se encontra incluída, possui a
particularidade de conservar os restos de uma floresta cuja origem
remonta à Era terciária e que povoou vastas extensões do continente
europeu. A última glaciação, contudo, veio provocar a destruição massiva
de várias espécies vegetais das florestas europeias, as quais, devido à
influência benéfica do oceano, conseguiram sobreviver nas ilhas
Atlânticas. 
