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Trabalhos de Estudantes

Trabalhos de Geologia - 11º Ano

 

"Rochário"

Autores: Márcia Martins

Escola: Escola Secundária Moita

Data de Publicação: 25/07/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre as rochas (Glossário de Rochas), realizado no âmbito da disciplina de Geologia (11º ano). Ver Trabalho Completo

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"Rochário"

O que é um mineral?

Mineral é um corpo sólido, natural e inorgânico, com uma estrutura interna cristalina que tem uma composição química que só variará entre certos limites e que pode adquirir, naturalmente, formas poliédricas (designadas por cristal).

Fig.1 - Cristal de Quartzo

Principais propriedades dos minerais

. Forma do cristal;

. Clivagem e fractura;

. Cor;

. Traço ou risca;

. Brilho;

. Dureza;

. Densidade;

. Composição;

Forma dos cristais

  Fig.2 – Quartzo, prisma         Fig.3 – Calcite, romboédrica                  Fig.4 – Pirite, cúbica
              piramidal

A forma dos minerais está relacionada com a qualidade do desenvolvimento das suas faces. Com base neste critério os minerais podem ser euédricos, subédricos ou anédricos.

Designação

Forma

Descrição

Euédrico

 


O mineral está limitado pelas suas faces características.

Subédrico

 


O mineral está limitado apenas por algumas das suas faces características.

Anédrico

 


O mineral não possui nenhuma das suas faces características.

Tabela 1 – Forma dos minerais

Clivagem é a tendência que um mineral possui para partir segundo superfícies planas que estão relacionadas com a estrutura cristalina.

Quando se descreve a clivagem de um mineral deve indicar-se o número de direcções de planos de clivagem, as relações angulares entre eles, a sua qualidade (perfeita, boa, regular, fraca) e a maior ou menor facilidade em os obter (fácil, difícil).

Existem três tipos de clivagem: perfeita (quando a ruptura ocorre segundo superfícies de clivagem lisas e brilhantes; raramente os minerais clivam de outro modo. Ex.: mica, calcite), imperfeita (a ruptura ocorre segundo superfícies de clivagem com algumas irregularidades. Ex.: granada, anfíbolas, piroxenas) ou inexistente (o mineral não cliva. Ex.: quartzo).

Fig.5 – Granada e Quartzo, respectivamente (minerais sem clivagem)

Cor

Muitos minerais apresentam uma cor característica. Os minerais de brilho metálico, por exemplo, apresentam na sua grande generalidade, cores constantes e definidas, facilitando  a sua identificação.

Os minerais podem então ser classificados quanto à cor, em:

. Minerais idiocromáticos - minerais que apresentam sempre a mesma cor;

. Minerais alocromáticos - minerais cuja cor é susceptível de variar


O traço é a cor do pó fino de uma mineral. Embora esta possa variar dentro de limites definidos, de um modo geral, ela é constante pelo que pode ser utilizada como característica de identificação de minerais. Determina-se o traço de um mineral esfregando o mineral em questão sobre uma placa de porcelana não polida - placa de traço.

O traço de um mineral é uma característica mais constante do que a cor. Minerais que macroscopicamente apresentam cores idênticas podem apresentar cores de traço absolutamente distintas, pelo que podem ser distinguidas através desta propriedade. De um modo geral, os minerais de brilho metálico ou submetálico (opacos) produzem traços pretos ou de cor escura enquanto que os minerais de brilho não-metálico produzem traços incolores ou de cores claras.

Brilho

Os minerais têm, na sua grande maioria, um brilho característico. O brilho pode ser definido como sendo o modo como a superfície de uma mineral reflecte a luz, em intensidade e qualidade.  

Podem definir-se três tipos fundamentais de brilho: 

. Brilho metálico - característico dos minerais opacos, ou quase opacos e tem a aparência brilhante de um metal. As superfícies destes minerais são bastante reflectoras.

. Brilho submetálico - característico dos minerais não opacos contudo menos intenso que o brilho metálico.

. Brilho não-metálico - característico de substancias transparentes ou translúcidas e sem a aparência brilhante de um metal; no brilho não-metálico incluem-se, entre outros, os seguintes tipos de brilho: 

Tipos de Brilho não-metálico

Designação

Vítreo

Brilho característico de minerais translúcidos com a aparência do brilho do vidro.

Resinoso

Brilho característico de minerais translúcidos com aparência de resina.

Gorduroso

Brilho do óleo.

Sedoso

Brilho característico dos minerais fibrosos.

Dureza

A dureza é a resistência que um mineral oferece à risca provocada por uma acção mecânica externa. Na prática mineralógica utilizam-se escalas de dureza relativas, representadas por determinados minerais. A mais comum é a escala de Mohs, que contem 10 graus e é composta unicamente por minerais de risca branca.

1

Talco

2

Gesso

3

Calcite

4

Fluorite

5

Apatite

6

Ortóclase

7

Quartzo

8

Topázio

9

Corindo

10

Diamante

Tabela 2 – Dureza dos minerais

Densidade

A densidade é o peso relativo de um mineral comparativamente com o peso de igual volume de água.

Séries de Cristalização Fraccionada de Bowen

Na série descontínua, à medida que se verifica o arrefecimento, o mineral anteriormente formado reage com o magma residual, dando origem a um mineral com uma composição química e uma estrutura diferentes, e que é estável nas novas condições de temperatura.

Na série contínua, que contém apenas plagióclases, verifica-se uma alteração nos iões das plagióclases, sem que ocorra alteração da estrutura interna dos minerais.

Olivina

A olivina é um mineral isomorfo com fórmula química (Mg,Fe)2SiO4, apresenta uma cor verde, tem fractura concoidal, a sua dureza é igual a 6,5/7, o seu risco é incolor e brilho vítreo. A olivina ocorre em rochas magmáticas melanocratas, como o Basalto,  e  ainda como mineral primário em algumas rochas metamórficas. Nos primeiros estádios de arrefecimento (entre os 1300ºC), ocorre a cristalização deste mineral a partir de magma rico em magnésio e pobre em sílica, o qual dá origem à formação de rochas como o gabro, o basalto, o peridotito, etc. Como este mineral é formado a altas temperaturas é menos estável quando é submetido a condições de meteorização, que ocorrem na superfície terrestre. É um mineral característico das rochas máficas, quando o arrefecimento destas é mais lento que o normal, o mineral apresenta um maior nível de desenvolvimento, podendo ser observado à vista desarmada.

Fig. 6 - Olivina

Inclusive o manto, é constituído sobretudo por uma rocha designada por Peridotito, devido à sua grande percentagem deste mineral (olivina).

Piroxena

A piroxena apresenta quase sempre cores escuras, tem fractura irregular, dureza 5 a 6 e brilho geralmente vítreo. Este é um mineral que aparece em muitas rochas magmáticas e metamórficas, com destaque para rochas como o basalto. Como é um mineral que cristaliza a altas temperaturas logo após a cristalização das olivinas, é formado devido à reacção da olivina com a fracção líquida do magma. Aparece com mais frequência em rochas magmáticas e com menor frequência em rochas metamórficas. O manto superior da Terra é composto principalmente por olivinas e por piroxenas, daí a abundância destes minerais nas rochas magmáticas.

Fig. 7 - Piroxena

Anfíbola

A anfíbola apresenta normalmente cores escuras, com predominância para o verde e o azul, estão presentes em rochas magmáticas e metamórficas, sendo contudo mais abundantes nas magmáticas. As anfíbolas formam planos de clivagem oblíquos. Estas podem ser minerais de formação primária ou secundária. Estas formam-se a partir da reacção das piroxenas com o magma envolvente, a temperaturas de formação mais baixas do que as piroxenas ou olivinas. As anfíbolas de formação primária aparecem como constituintes de rochas magmáticas como o granito, o diorito e o andesito; as anfíbolas de formação secundária ocorrem em mármores, em resultado de metamorfismo de contacto (perto de uma intrusão magmática). As anfíbolas são o principal mineral constituinte das rochas conhecidas por anfibolitos.

Fig. 8 - Anfíbola

Biotite

A biotite tem a seguinte fórmula química K(Mg,Fe)3(OH,F)2(Al,Fe)Si3O10. É um mineral que pode geralmente apresentar as seguintes cores: preto, marrom escuro, marrom avermelhado, verde e branco raramente, com risca incolor e brilho vítreo. Este tipo de mineral é comum aparecer em rochas magmáticas e metamórficas, com maior frequência em rochas magmáticas. Este cristaliza a temperaturas muito mais baixas que a olivina, por exemplo. Este é formado através da reacção das anfíbolas com o magma envolvente. Aparece geralmente em rochas como o granito, que se formam a partir de magma com temperatura mais baixa do que o magma basáltico.

Fig. 9 - Biotite

Plagióclase Cálcica – Anortite

A  anortite é um dos minerais da série da contínua de Bowen, um dos grupos de minerais mais abundantes na crosta, a sua fórmula química é CaAl2Si2O8.

A anortite é o extremo cálcico da série da plagióclase, sendo o outro a albite (rica em sódio). Cristaliza a altas temperaturas (por volta dos 1500ºC) sendo rico em magnésio e ferro e cristaliza ao mesmo tempo que a olivina (série descontínua), sendo incolor a branca com brilho vítreo. A sua dureza é de 6/6,5. A anortite ocorre em rochas magmáticas, como o basalto e em rochas metamórficas.

Fig. 10 - Anortite

Plagióclase Calco-Sódica, Sódico-Cálcica, Sódica (Albite)

Simultaneamente, na série contínua, à medida que a temperatura vai diminuindo, na rede cristalina da anortite, a qual permanece em contacto com a fracção líquida do magma, o cálcio pode ir sendo progressivamente substituído por sódio em todas as proporções possíveis, originando a série das plagióclases sucessivamente mais ricas em sódio, dando origem à formação da albite. A albite é um mineral, pertencente à família dos feldspatos. É o extremo sódico da série das plagióclases, não contendo mais de 10% de anortite. Quando pura tem composição química NaAlSi3O8. Normalmente, apresenta uma cor branca. A Albite ocorre em massas graníticas e pegmatitícas e por vezes em filões hidrotermais. A indústria cerâmica faz amplo uso deste mineral para produzir artefactos raefractários, dada a sua alta resistência ao calor.

Fig. 11 - Albite

Feldspato Potássico, Moscovite e Quartzo

A temperaturas mais baixas, o magma residual forma feldspato potássico, moscovite e finalmente quartzo, que cristaliza nos espaços existentes entre os cristais já formados. Se, durante a consolidação, os cristais se forem separando do líquido remanescente, um mesmo magma original pode formar rochas diferentes; os cristais originados durante o processo de solidificação podem separar-se do líquido residual através de diversas formas. Os primeiros cristais que se formam num magma em arrefecimento podem ser separados da fracção líquida por deposição dos cristais no fundo do reservatório magmático ou pela migração da fracção líquida em função dos movimentos tectónicos.

O Feldspato é um mineral que constituí rochas que formam cerca de 60% da crosta terrestre. Eles cristalizam do magma tanto em rochas intrusivas quanto extrusivas; os feldspatos ocorrem como minerais compactos, como filões, em pegmatitas e se desenvolvem em muitos tipos de rochas metamórficas. Também podem ser encontrados em alguns tipos de rochas sedimentares.

Fig. 12 - Feldspato

A moscovite é um mineral do grupo das micas, com fórmula química KAl2(Si3Al)O10(OH,F)2. A moscovite caracteriza-se pela clivagem basal bem marcada e distingue-se da biotite em amostra de mão por ser incolor. De acordo com as impurezas presentes, a moscovita pode ser incolor (mais comum), marrom ou rósea. Esta aparece como componente de muitas rochas, em especial rochas plutónicas e rochas metamórficas, como é resistente a ácidos e à erosão também se encontra em areias (com menos frequência). É um mineral muito comum nos granitos.

Fig. 13 - Moscovite

O quartzo é o mais abundante mineral da Terra. É classificado como tendo dureza 7. Apresenta as mais diversas cores (alocromático) conforme as variedades. Ocorre geralmente em pegmatitas graníticas e veios hidrotermais. A erosão de pegmatitas pode revelar bolsas expansivas de cristais, conhecidas como "catedrais". Pode também ter origem metamórfica ou sedimentar. Geralmente associado aos feldspatos e micas. Faz parte da constituição de granito, arenito, e calcários, por exemplo.

Fig. 14 - Quartzo

Silimanite

A silimanite é um mineral característico das rochas metamórficas normalmente de elevado grau de metamorfismo, aparece nas redondezas de uma intrusão magmática - auréola de metamorfismo e a grandes profundidades. É um mineral índice de rochas metamórficas que sofrem metamorfismo de altas temperaturas e pressões. É um mineral abundante em rochas como a corneana.

Fig. 15 - Silimanite

Andaluzite

A andaluzite é um mineral característico das rochas metamórficas de baixo grau de metamorfismo, apresenta uma cor acinzentada ou castanha e tem dureza de 6,5 a 7,5. É comum em zonas de metamorfismo de contacto, em especial nas auréolas metamórficas que fazem contacto entre intrusões magmáticas. É um mineral abundante, especialmente em mármores.

Fig. 16 - Andaluzite

Distena

A distena é um mineral característico das rochas metamórficas, apresenta uma cor branca, azul ou esverdeada e tem dureza de 4 a 4,5. É comum aparecer em zonas de metamorfismo regional, devido a ser um mineral índice, que indica um elevado grau de metamorfismo de pressão, é comum aparecer em limites convergentes – zonas de subducção. E é característico de rochas foliadas, como o micaxisto, o gnaisse, etc.

Fig. 17 - Distena

Clorite

A clorite é um mineral que apresenta vários tons de verde e tem dureza 2/2,5 é geralmente encontrada em rochas magmáticas como produto da alteração de minerais máficos como a piroxena, anfíbola e biotite. Trata-se de um mineral associado a depósitos minerais hidrotermais, neste tipo de ambiente a clorite pode ser um mineral produzido por alteração metamórfica de minerais ferromagnesianos.

A clorite é também um mineral metamórfico comum, geralmente indicativo de metamorfismo de contacto de baixo grau. Experiências indicam que a clorite pode ser estável em peridotitos do manto terrestre acima da litosfera oceânica arrastada para baixo por subducção.

Fig. 18 - Clorite

Granada

A granada apresentam variadas cores, entre o vermelho, preto, verde, etc, e dureza 6,5 a 7,5. É um mineral característico do metamorfismo de contacto, de médio/alto grau de metamorfização, pois é o primeiro a cristalizar a altas temperaturas, isto é, perto das intrusões magmáticas, aparece frequentemente em rochas com elevado grau de metamorfismo de contacto, como é o caso da corneana.

Fig. 19 - Granada

Calcite

A calcite é um mineral estável e apresenta alguma solubilidade em água. Normalmente tem cor branca ou transparente, e clivagem 3. É um mineral característico das rochas sedimentares ricas em fosséis, como por exemplo o cálcario (este mineral é o principal componente destas rochas). Encontra-se em veios precipitados a partir de soluções, como as estalactites e as estalagmites, encontradas nas grutas. Este mineral resulta da reacção do oxigénio atmosférico que também aparece dissolvido na água, sofrendo carbonatação.

Fig. 20 - Calcite

Caulinite

A caulinite é um mineral que apresenta uma cor branca ou um cinzento esverdeado e tem dureza de 1,5 a 2,5. É um mineral argiloso de alumínio hidratado, formado por hidrólise de minerais silicatados constituintes de outros tipos de rochas, em condições de drenagem menos eficientes, onde todo o potássio é totalmente eliminado pela quebra pela água, e 66% da sílica permanece no mineral, formado através da seguinte reacção:

 

Fig. 21 - Caulinite

Gesso

O gesso é um aglomerante produzido a partir da  pedra de gesso, composto basicamente de sulfato de cálcio di-hidratado. Está muitas vezes associado a rochas sedimentares e a jazigos hidrotermais.

Fig. 22 - Gesso

Pirite

A pirite é o sulfeto mineral mais comum. Encontra-se geralmente associado com outros sulfetos ou óxidos em veios de quartzo, em rochas sedimentares ou rochas metamórficas, em leitos de carvão e também como mineral de reposição nos fósseis. A pirite exposta ao meio ambiente durante o processo de mineração e escavação pode reagir com oxigénio e água produzindo ácido sulfúrico e vir posteriormente a acidificar o solo.

Fig. 23 - Pirite

Halite

A Halite é um mineral que é o principal componente da água do mar, normalmente designado por sal. Este sob pressão, pode fluir para cima e produzir enormes domas na superfície. É produto da evaporação de águas salgadas paradas. Encontra-se normalmente em depósitos sedimentares maciços junto às argilas. É o principal constituinte do sal gema, dando por vezes origem a domas de sal gema, assim designados.

Fig. 24 – Halite

Rochas Magmáticas

Peridotito

O peridotito é uma rocha magmática plutónica de grão grosseiro, composta sobretudo por olivina e piroxena, (minerais máficos), apresenta uma textura fanerítica. Este forma-se através de um lento processo de arrefecimento e cristalização de um magma ultrabásico. Normalmente, aflora à superfície devido à actividade vulcânica. Este é o principal constituinte do manto superior e forma-se por fraccionamento magmático. Pertence ao tipo de rocha basáltica.

 

Fig. 25 - Peridotito

Basalto

O basalto é uma rocha magmática extrusiva, que contêm olivina, piroxenas e anortite, apresenta uma textura afanítica e minerais máficos. Forma-se a partir da consolidação de magma basáltico, este a altas temperaturas (magma básico), que contêm cerca de 50% de sílica e a sua formação está ligada aos pontos quentes e aos riftes, dando origem ao basalto através da fusão das rochas do manto (ricas em peridotito).

Fig. 26 - Basalto

Gabro

O gabro é uma rocha magmática intrusiva, que contém olivina, piroxenas e anortite, apresenta uma textura fanerítica e minerais máficos. A diferença entre o gabro e o basalto, é a sua solidificação. No gabro a solidificação é no interior da crosta e esta é lenta, dando origem a cristais bem desenvolvidos e bem visíveis macroscopicamente, enquanto que no basalto a solidificação é no exterior da crosta e esta é rápida, dando origem a cristais com dimensões mais reduzidas comparadas com o gabro e muitas das vezes muito difíceis de se visualizarem à vista desarmada.

Fig. 27 - Gabro

Riólito

O riólito é uma rocha magmática extrusiva, que contêm quartzo, biotite, moscovite, feldspato potássico e albite, apresenta uma textura afanítica e minerais félsicos. Forma-se a partir da solidificação rápida do magma riolitíco (magma ácido), que contêm cerca de 70% de sílica e elevada quantidade de gases dissolvidos, este forma-se a partir da fusão parcial das rochas constituintes da crosta continental (ricas em água e CO2). O riólito forma-se em locais onde se verifica o choque de placas (limites convergentes), dando origem a cadeias montanhosas. Encontra-se normalmente em correntes de lava.

Fig. 28 - Riólito

Granito

O granito é uma rocha magmática intrusiva, que contêm quartzo, biotite, moscovite, feldspato potássico e albite, apresenta uma textura fanerítica e minerais félsicos. Forma-se a partir da solidificação lenta do magma riolitíco, que contêm cerca de 70% de sílica e elevada quantidade de gases dissolvidos, este forma-se a partir da fusão parcial das rochas constituintes da crosta continental (ricas em água e CO2). A diferença entre o riólito e o granito, é que o riólito solidifica à superfície o que leva a minerais de dimensões mais reduzidas do que as do granito, pois este solidifica em profundidade, sendo que o seu arrefecimento é muito mais lento, dando origem a minerais bem desenvolvidos. O granito forma-se em locais onde se verifica o choque de placas (limites convergentes), dando origem a cadeias montanhosas.

Fig. 28 - Riólito

Traquito

O traquito é uma rocha magmática extrusiva, que contêm albite, biotite, anfíbolas, apresenta uma textura afanítica e minerais félsicos. Forma-se através do arrefecimento e da solidificação rápida do magma andesítico (magma intermédio) quando atinge a superfície. Este tipo de rocha aparece normalmente em domos vulcânicos.

Fig. 29 - Traquito

Sienito

O sienito é uma rocha magmática intrusiva, que contêm albite, biotite, anfíbolas, apresenta uma textura fanerítica e minerais félsicos. Esta rocha é geralmente encontrada nas câmaras magmáticas subjacentes a vulcões.

Fig. 30 - Sienito

Andesito

O andesito é uma rocha magmática extrusiva, que contêm piroxenas, anfíbolas, plagióclases e minerais ferromagnesianos, apresenta uma textura afanítica e minerais félsicos. Forma-se a partir da solidificação do magma andesítico, a temperaturas não muito elevadas (magmas intermédios), que contêm cerca de 60% de sílica e bastantes gases dissolvidos, este forma-se em zonas de subducção de uma placa oceânica sob uma placa continental, zonas altamente vulcânicas. A composição destes magmas da quantidade e da qualidade do material do fundo oceânico subductado, que inclui água, sedimentos e uma mistura de material com origem na crosta continental e na crosta oceânica. Os sedimentos que aprofundam com a subducção têm água retida nos poros e são ricos em minerais de argila, que contêm também água na sua estrutura cristalina.

Fig. 31 - Andesito

Diorito

O diorito é uma rocha magmática intrusiva, que contêm piroxenas, anfíbolas, plagióclases e minerais ferromagnesianos, apresenta uma textura fanerítica e minerais félsicos. Forma-se a partir da solidificação do magma andesítico (temperaturas altas), que contêm cerca de 60% de sílica e bastantes gases dissolvidos, este forma-se em zonas de subducção de uma placa oceânica sob uma placa continental, zonas altamente vulcânicas. A composição destes magmas da quantidade e da qualidade do material do fundo oceânico subductado, que inclui água, sedimentos e uma mistura de material com origem na crosta continental e na crosta oceânica. Os sedimentos que aprofundam com a subducção têm água retida nos poros e são ricos em minerais de argila, que contêm também água na sua estrutura cristalina. A diferença entre o andesito e o diorito, é que o andesito solidifica à superfície o que leva a minerais de dimensões mais reduzidas do que as do diorito, pois este solidifica em profundidade, sendo que o seu arrefecimento é muito mais lento, dando origem a minerais bem desenvolvidos.

Fig. 32 - Diorito

Rochas Metamórficas

Ardósia

A ardósia é uma rocha metamórfica regional com textura foleada, composta por argila ou cinzas vulcânicas que foram metamorfizadas em camadas. As ardósias são constituídas por argilas, matéria carbonosa e algum quartzo; como o seu grau de metamorfismo é baixo, podem conter fósseis. Na maioria, são provenientes de argilitos. Não se identificam à vista desarmada os diferentes minerais devido às suas reduzidas dimensões.

Fig. 33 - Ardósia

Filito

O filito é uma rocha metamórfica regional com textura foleada, resulta de um metamorfismo mais intenso e longo do que aquele que origina as ardósias, o que permite uma maior recristalização (as argilas transformam-se em micas, quartzo e clorite), formando cristais de maiores dimensões comparativamente à ardósia. É uma rocha metamórfica de granulação fina, intermediária entre as rochas ardósia e micaxisto. Tem na Natureza diversas colorações como: branco, creme, rosado, roxo, cinza e preto, e teve sua formação geológica na era proterozóica.

Fig. 34 - Filito

Micaxisto

Os micaxistos são rochas de metamorfismo regional com textura foleada de xistosidade acentuada, apresentam uma maior recristalização dos minerais, que aumentam de dimensão, podendo ser visíveis à vista desarmada. Os planos de foliação são mais desenvolvidos e formam uma xistosidade que permite a sua separação em lâminas paralelas. Estas são formadas essencialmente, por quartzo e mica (moscovite e/ou biotite), podendo conter feldspato, granadas, estaurolite, silimanite e horneblenda. São rochas maciças que não tendem a separar-se segundo planos, como os de xistosidade, mas que mostram um bandado formado pela alternância de níveis de minerais escuros com níveis de minerais claros (rocha bandada). Este tipo de metamorfismo abrange grandes extensões e ocorre nos níveis profundos da crosta sob pressão e temperatura elevadas.

Fig. 35 - Micaxisto

Gnaisse

Os gnaisses são rochas de metamorfismo regional de alto grau, com textura foleada, com muita frequência. O aumento das condições de metamorfismo provoca a segregação dos minerais (de grão grosseiro), que se associam em bandas, as quais alternam entre cores claras ou escuras (diferentes composições mineralógicas), formando um padrão. Não possuem uma foliação bem marcada. As elevadas pressões e temperaturas provocam a recristalização mineralógica, sendo as micas e a clorite substituídas por quartzo e feldspato. São resultantes do metamorfismo de rochas sedimentares ou magmáticas. É a rocha que apresenta elevado grau de metamorfismo regional, devido à elevada pressão que é sujeita e temperatura também, é comum aparecer em zonas de limites convergentes (zonas de subducção) onde a pressão é o factor predominante ou no substrato de sistemas de montanhas de dobras. Os minerais do gnaisse dispõem-se perpendicularmente à direcção da pressão exercida sobre a rocha, o que leva à formação de um bandado, dando origem a planos formados por minerais escuros e minerais claros.

Fig. 36 - Gnaisse

Quartzito

Os quartzitos são rochas metamórficas de contacto, que não apresentam foliação e que derivam de rochas areníticas. Normalmente são encontradas perto duma intrusão magmática – auréola de metamorfismo. A composição destas rochas apresenta quartzo em maior quantidade (daí deriva o seu nome) e em menor quantidade moscovite e biotite, e ainda outros minerais como a sericite, turmalina, dumortierita. São rochas muito duras, com a estratificação normalmente bem conservada, a sua resistência à erosão origina relevos vigorosos que formam as chamadas cristas quartzíticas, frequentes no interior de Portugal continental.

Fig. 37 - Quartzito

Mármore

Os mármores são rochas metamórficas de contacto e formam-se a partir de rochas sedimentares carbonatadas (calcários e dolomitos), quando sujeitas a condições de elevada temperatura, na proximidade das intrusões magmáticas – auréola de metamorfismo, podendo também formar-se durante o metamorfismo regional. É muito comum o mármore aparecer em zonas de calcário metamorfizado regionalmente.

Fig. 37 - Quartzito

Corneana

As corneanas são rochas metamórficas de contacto, estas sofrem um elevado grau de metamorfização, pois resultam de um metamorfismo de sedimentos argilosas a altas temperaturas, na proximidade de uma intrusão magmática – auréola de metamorfismo, que favorece a recristalização dos minerais originais. Os cristais destas apresentam dimensões reduzidas, são semelhantes (cúbicos e esféricos) e conferem uma textura granular e elevada dureza à rocha. Normalmente, apresenta uma cor escura, pois estão o limite entre o metamorfismo e a fusão. Encontram-se a grandes profundidades.

Fig. 38 - Corneana

Rochas Sedimentares

Gesso

O gesso é uma rocha quimiogénica, constituída por sulfato de cálcio. Formada essencialmente por materiais resultantes da precipitação de substâncias em solução. Ocorre, por exemplo, quando a evaporação da água onde as substâncias estão dissolvidas leva à formação de cristais que se acumulam (formando-se evaporitos de sulfato de cálcio) ou quando a precipitação é provocada por reacções químicas, resultado da variação de certas condições do meio (como a temperatura e a pressão).

Fig. 39 - Gesso

Sal Gema

O sal gema é uma rocha translúcida, geralmente incolor, pouco dura, brilhante e com gosto salgado. É formada por halite mineral constituído por cloreto de sódio. Esta é uma rocha menos densa que as encaixantes, por consequinte apresenta anomalias negativas. Quando a formação de halite é muito superior à capacidade do local onde se encontra a rocha, este “transvaza”, aflorando por vezes à superfície. É muito comum aparecer associado a esta rocha, domas, nomeadamente domas de sal gema.

Fig. 40 – Sal Gema

Calcário

O calcário é uma rocha quimiogénica compacta esbranquiçada constituída por calcite, mineral constituído por carbonato de sódio, pouco dura e faz efervescência com o ácido clorídrico diluído. São formadas em mares antigos por precipitação ou acumulo de conchas ricas em calcite, recifes de coral ou nos arredores de fontes de águas quentes. Existe uma grande variedade de calcários. Calcários formados por pequenos grãos arredondados (oólitos) cimentados por carbonato de cálcio e são, por esse motivo, denominados calcários oolíticos. Calcários formados por grãos arredondados aproximadamente do tamanho de ervilhas cimentados por carbonato de cálcio, denominados calcários pisolíticos. Calcários comuns apresentando uma estrutura compacta com colorações variadas, por vezes, com conteúdo fossilífero.

Fig. 41 - Calcário

Calcário Conquífero

O calcário conquífero é uma rocha biogénica que possui maior parte das vezes fosséis, esta entra em efervescência com o ácido clorídrico diluído. É formada no fundo dos mares, por uma espessa acumulação de conchas marinhas (bivalves) e outros organismos marinhos ricos em calcite que se depositam no fundo do mar depois de mortos.

Fig. 42 – Calcário Conquífero

Conglomerado

O conglomerado é uma rocha detrítica constituída por calhaus rolados consolidadas por um cimento natural, associado a depósitos de arenito que tem várias constituições como: óxido de ferro, calcite e caulinite. A natureza dos detritos depende das rochas donde derivaram e da história do seu transporte e deposição. São comuns em praias, lagos e depósitos fluviais. Os conglomerados encontram-se muitas vezes em estratos discordantes.

Fig. 43 – Conglomerado

Brecha

A brecha é uma rocha sedimentar detrítica, semelhante ao conglomerado mas formada por fragmentos grandes e angulares, origina-se a partir de uma massa cimentada por calcite ou material mais fino. Pode ter origem magmática, sedimentar ou metamórfica. A sua origem é normalmente calcária, siliciosa, argilosa ou mesmo siltítica. Normalmente, a brecha consolida em vertentes, em grutas cársicas, zonas de entulho mas sobretudo em depósitos de vertente. Outras brechas resultam de fracturas durante o processo de dobra de massas rochosas (brecha de fricção). Estas encontram-se frequentemente perto de conglomerados e arenitos.

Fig. 44 – Brecha

Marga

A marga é uma rocha sedimentar detrítica/quimiogénica que se forma através da carbonatação. É composta por calcite, menos frequentemente dolomite e minerais argilosos, com vestígios de quartzo, micas e resíduos carbonosos. Forma-se em depósitos marinhos e lacustres de material clástico, que se afundaram progressivamente e se misturaram com produtos de precipitação química ou resíduos orgânicos. São bem estratificadas e a sua cor é variável de acordo com as impurezas, mas predominam o verde claro e o violeta-amarronzado.

Fig. 45 – Marga

Antracite

A antracite é uma rocha sedimentar biogénica, apresenta pequenos núcleos de pirite e quartzo. Esta forma-se em grandes bacias, lagunares ou lagos costeiros, onde a matéria orgânica contida nos sedimentos (restos vegetais de grande porte, que possuam celulose e lenhinha) vão afundando rapidamente, consequentemente a temperatura e a pressão vão aumentar, provocando a morte das bactérias contidas nos sedimentos, ocorrendo a incarbonização. Como a antracite encontra-se a grandes profundidades onde a pressão e a temperatura são elevadas, esta é o tipo de carvão mais calórico e com menos voláteis. Encontram-se muitas vezes em zonas em que alternam com camadas de arenitos e argilitos. Resultam do carvão betuminoso, que se enriqueceu posteriormente em carbono.

Fig. 46 – Antracite

Arenito

O arenito é uma rocha detrítica, constituída por areia na qual os grãos cimentados são calcite ou sílica secundária. Os grãos cimentados podem ser macios, com cimento solto ou bem cimentados e duros. Ocorrem como camadas espessas e estratificadas em sequências sedimentares apresentando, frequentemente acamamento em correntes ou em dunas. O arenito é formado por sedimentação de areias arrastadas por cimentos que se soltam na água em circulação. O arenito é depositado em ambiente continental, nos rios e lagos, ou em ambiente marinho, em praias, deltas ou nas sequências do talude continental.

Fig. 47 – Arenito

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