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Trabalhos de História - 7º Ano

 

Civilização Egípcia 

Autores: David Ferrão

Escola: Escola EBI da Qtª do Conde

Data de Publicação: 06/09/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a Civilização Egípcia, realizado no âmbito da disciplina de História (7º ano).

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Civilização Egípcia 

O Egipto foi palco do surgimento de uma das civilizações que merecem destaque na história da antiguidade. As realizações artísticas, tanto na arquitectura como na escultura e na pintura, atingiram seu auge entre a terceira e a quarta dinastias de faraós, dando origem aos padrões e formas estéticas que iriam perdurar, ainda que mais subtilmente, por toda a civilização egípcia da posterioridade. Os avanços tecnológicos alcançados por esta civilização podem ser conferidos em suas mais arrebatadoras obras arquitectónicos realizadas, as pirâmides, gigantescas tumbas destinadas aos faraós, cuja construção deve ter iniciado por volta do ano de 2.700 a. C. Após suas mortes, os corpos dos faraós eram embalsamados e sepultados no interior das pirâmides. Os egípcios possuíam a crença da vida após a morte, o que explica o grande cuidado na conservação dos corpos de seus governantes. Por outro lado, as técnicas de irrigação eram avançadas para sua época: já era empregada a técnica de irrigação através da canalização das águas do rio. Também eram aproveitadas as cheias periódicas do rio Nilo: com o alagamento e esvaziamento periódicos, as terras referentes às margens do rio tornavam-se bastante férteis e produtivas.

Inicialmente, a região do Egipto estava sob controle de dois reinos diferentes. Zonas agrícolas eram constituídas aos longo das margens sul e norte do rio Nilo, e conforme houve a proximidade de tais áreas, regidas separadamente pelos já referidos reinos, foi realizada a unificação dos reinos, sob o reinado do Faraó Menes. A partir daí, uma série de dinastias se sucederam. Os faraós eram considerados também os maiores representantes das divindades na terra, sendo também considerados herdeiros das divindades. A figura do faraó era identificada como o deus Horus, o deus com feições de falcão. Após um período de domínio pelos Hyksos Semíticos da Ásia, o Novo Reino estabeleceu um império na Síria. A partir daí, o Egipto passou a se envolver em muitas guerras na Ásia. Com a conquista do Egipto pela Pérsia em 525 d. C., o Egipto desapareceu enquanto território de tradições culturais próprias.

No apogeu da existência da civilização egípcia, já havia alta cultura entre os egípcios: através de seus registros hieroglíficos, supõe-se que a escrita egípcia deve ter sido desenvolvida a partir do ano de 3.200 a.C. Uma tradição de escribas possibilitou o registro de uma surpreendente produção "literária". Entre esta produção, contavam-se textos de ordens científica, histórica, filosófica e religiosa. Nesta última modalidade, pode ser observado o sistema religioso egípcio, que justificava o poder dos governantes: a representação dos deuses hierarquizados difundia-se através da classe sacerdotal, a qual obtinha muito prestígio e poder político

O Rio Nilo

O Nilo, "O Misterioso", rio de unidade nacional, fertiliza o solo e facilita as comunicações. O rio Nilo era a fonte da vida do povo egípcio, que vivia basicamente da agricultura.

De Junho a Setembro, no período das cheias, as fortes chuvas inundavam o rio; este transbordava e cobria grandes extensões de terras que o margeavam. Essas águas fertilizavam o solo, pois traziam limo e matéria orgânica, que se transformava em fertilizante de primeira qualidade. Crescem ali o loto e o papiro. Cultivavam-se vários cereais que fizeram do Egipto o "celeiro do mundo antigo".Além de fertilizantes, o rio trazia abundância de peixes e dava chances a milhares de barcos navegando.

Para o povo egípcio, era uma verdadeira bênção dos deuses. Aliás, o próprio rio era tido como sagrado. Mas o Egipto não era só esse presente da natureza. Havia necessidade da inteligência, do trabalho, da aplicação e da organização dos homens. No tempo da estiagem, num trabalho de união de forças e de conjunto, os egípcios aproveitavam as águas do rio para levar a irrigação até terras mais distantes ou construir diques para controlar as cheias.

Os Faraós

Ramesés II

Ramsés II (1289 –1224 a.C.) foi o terceiro faraó da XIX dinastia, o que mais se destacou no Egipto por seus grandes feitos contra seus inimigos do Norte (pititas) e do Sul (núbios), conseguindo com isso alargar seu território. O comércio dessa época se estendeu a Ásia e as ilhas mar Egeu. Com isso a sociedade egípcia foi assimilando costumes estrangeiros, fato incomum para os egípcios que costumavam se isolar das outras culturas.

Logo cedo, desde de pequeno, Ramesés apresentou forte personalidade ao poder, sendo logo associado ao trono por seu pai Seti I. Durante a maior parte do seu reinado, Ramesés organizou várias campanhas militares importantíssimas, como o pacto assinado com os hititas.

Ramesés ergue vários templos como os de Abu-Simbel e Ramesseum, criando uma nova capital       Pi–Rameses, no delta do Nilo. Algumas obras de reinados anteriores foram concluídas ou restauradas.

Ramesseum

Ele também se destacou por Ter numerosos haréns, mas tendo somente oito esposas principais, entre elas duas de suas filhas e uma de suas irmãs. Mas de todas as suas mulheres, a mais querida foi a primeira Nefertari, dedicando-lhe o Templo de Abu-Simbel.

Nefertari

Mas a velhice debilitou Ramesés, incapacitado de governar o país, ele teve que passar seu poder para as mãos dos sacerdotes. Com isso o Egipto começou a perder o poder sobre o império Assírio, e não se preparou contra a migração de tribos indo-europeias. Foi no reinado de Ramesés II que se deu o grande êxodo dos judeus.

Múmia de Ramesés Tutancâmon

O maior acontecimento arqueológico deste século foi, a descoberta do túmulo de Tutancâmon em 1922, anda intacto. “O que você está vendo?” lorde Carnavon, perguntou. Carter respondeu : “Vejo coisas maravilhosas, cintilando de ouro.” Depois de muitas pesquisas e cavando por seis anos em Tebas no Vale dos Reis. A entrada do túmulo foi encontrada próxima de um povoado onde descobriu uma escada que conduzia até a porta onde estava o selo de Tutancâmon. O sarcófago em que repousava a múmia de Tutancâmon era um ataúde de ouro maciço que pesava quase uma tonelada.

Sarcófago de Tutancâmon 

A múmia imperial estava protegida por três sarcófagos: um de madeira dourada, outro também de madeira, mas com incrustações preciosas e, finalmente, o que continha o corpo do faraó, em ouro maciço com aplicações de lápis-lazúli, coralinas e turquesas. O faraó é representado como Osíris, deus dos mortos. Nas suas mãos, os símbolos do poder: o cetro hekat e o látego nekhakha, enquanto a cabeça está coberta com um ornamento listrado chamado nemes, adornado com a cobra e o abutre, animais que representavam as deusas Uadjit e Nekhebet, protectoras do faraó. Tutancâmon era um faraó quase que desconhecido, cujo nome tinha sido riscado das listas reais, morreu aos 19 anos de idade, em 1352 a.C. . O túmulo desse faraó é uma grande construção formada por um salão de entrada, onde duas portas secretas dão acesso à sala sepulcral e à chamada câmara do tesouro. Era um dos menores no Vale dos Reis, e foi terminado as presas, pois todos os objectos estavam uns em cima dos outros enchendo as câmaras apertadas do túmulo.

Livro dos Mortos

Para os antigos egípcios, a ligação entre a vida e a vida após a morte era muito importante. Eles acreditavam que, após a morte, a alma das pessoas viajava para longe do corpo mumificado, para um vasto mundo do além, cheio de desafios e perigos. O supremo desafio aguardava-a no Salão das Duas Verdades. Ali, seu coração era testado e pesado por Osíris, deus do mundo dos mortos, na presença de quarenta e dois "deuses assessores". Para passar no teste, a pessoa morta precisava recitar uma lista de confissões.

O Salão do Julgamento

O coração da pessoa morta, ao ser pesado, tinha que ser mais leve que a Pena da Verdade. Se o morto vencesse o teste, tinha permissão de passar a eternidade em terras à margem de um rio, pescando e caçando num mundo bastante semelhante ao Egipto. Se falhasse, seu coração era comido por um crocodilo-monstro, o "devorador dos mortos". Grande parte do que era registrado no Livro dos Mortos reflectia as crenças morais comuns da época.

Para guiar a alma quando estava longe do corpo, os egípcios reuniam orações, desenhos e encantos mágicos num Livro dos Mortos. Esses livros eram escritos em papiro ou em couro, encerrados numa caixa decorada com uma imagem de Osíris e enterrados no sarcófago ou colocados entre os panos que envolviam as múmias antes do enterro. Os arqueólogos encontraram centenas desses manuscritos, cada um ligeiramente diferente do outro.

Os Deuses Locais

Considerados como divindades supremas dentro do limite de determinada região, alguns deuses adquiriram prestígios nacional com a evolução política e o predomínio de sua cidade sobre todo país. Vamos falar sobre alguns deuses mais conhecidos.

Amon - deus de Tebas, conseguiu prestígio nacional, sendo identificado com Rê, o Sol, passando a denominar-se Ámon- Rê. Era representado sob a forma humana.

Anúbis - deus de Cinópolis, dos embalsamadores e da mumificação, representado como homem com a cabeça de chacal.

Atum - deus de Heliópolis, criador dos deuses, do homem e da ordem divina.

Hórus - deus falcão, filho de Osíris e Isis, deus do céu e dos faraós.

Isis - guardiã, deusa da mágica. É a mais famosa de todas as deusas egípcias, representada como uma mulher tendo na cabeça o hieróglifo de seu nome, e um abutre, simbolizando a sua maternidade.

Osíris - o mais popular deus do Egipto Antiga, deus da fecundidade, soberano do mundo dos mortos, representado como homem com a cabeça coberta por uma tiara.

Ptah - deus de Mênfis, considerado o pai de todos os deuses, criador do mundo.

Seth - deus da desordem dos desertos, das tempestades e da guerra.

Tot - deus da escrita, sabedoria, da lua e da contagem, representado em forma humana com a cabeça de íbis.

Os deuses cósmicos - ele não tinham nenhum poder ligado a uma determinada região, não sendo então em sua maioria objecto de culto. Exemplo: Num- o oceano, que cercava o mundo, a água primordial, origem de todas as coisas.

Os deuses estrangeiros - alguns dos deuses estrangeiros recebiam culto popular e as vezes até mesmo oficial. Exemplos: Astarte- deusa semífica do amor e da guerra. Baal- deus fenício da tempestade e dos combates.

Os génios - os egípcios acreditavam na existência de uma infinidade de génios que influenciavam na vida cotidiano muito mais do que os grandes deuses. Exemplos: génio da fertilidade, do solo, génio da inundação.

Homens divinizados - os faraós apareciam em primeiro lugar como homens divinizados, considerados deuses já em vida, recebiam após a morte, um culto especial em seu templo funerário.

Cleópatra

CLEÓPATRA VII

Cleópatra exerceu forte influência sobre os destinos de Roma, graças às relações amorosas que manteve com Julius Caesar e Marcus Antônius. Última rainha da Dinastia Lágida, filha de Ptolomeu XII, Cleópatra nasceu em Alexandria no ano 69 a.C. e subiu ao trono do Egipto em 51 a.C. O pai deixara o reino em testamento para o filho Ptolomeu XIII, então com dez anos, e para Cleópatra, prevendo o casamento entre ambos, segundo a tradição. Três anos depois, no entanto, ela entrou em choque com os ministros, deflagrou uma guerra civil contra o irmão e foi reconduzida ao trono por Julius Caesar, junto ao irmão menor, Ptolomeu XIV. Uniu-se então a Caesar e foi para Roma, onde deu à luz Ptolomeu XV Caesar, conhecido como Cesarion. Com o assassinato de Caesar, em 44 a.C., Cleópatra voltou ao Egipto. A presença de Marcus Antonius, que se encontrava na Anatólia como governador da porção oriental do Império Romano, estimulou a ambição da rainha, que o seduziu e casou-se com ele em 37 a.C. O Senado romano declarou-lhes guerra em 31 a.C. Após serem derrotados por Otavius na batalha naval de Actium, ambos se suicidaram. A união de Cleópatra com Caesar, e depois com Marcus Antonius, se vincula estreitamente a fatos políticos referentes a dois grandes impérios da antiguidade. Caesar não foi movido apenas por motivos sentimentais para restabelecer Cleópatra no trono, após derrotar Pompeius. Convinha à política oriental de Roma ter o Egipto como aliado, ao invés de anexá-lo como província, fato que poderia reaglutinar o Oriente contra Roma; convinha também afastar Ptolomeu XIII, e ter Cleópatra sozinha no trono, como aliada. Marcus Antonius uniu-se a Cleópatra para contar com os recursos financeiros e militares do Egipto na disputa com Otavius pela chefia do Império Romano. No início apenas um trunfo, o Egipto acabou sendo para ele sua própria força. As razões pessoais pesaram também em suas decisões: Cleópatra dera-lhe dois filhos, cujo futuro ele deveria assegurar, o que explica o acordo pelo qual Marcus Antonius se comprometeu a desposá-la, a reconhecer Cesarion como herdeiro e recuperar o poderio egípcio. A derrota que sofreu contra os partos e a volta a Alexandria, sob protecção da esquadra de Cleópatra, transformou-o num joguete em suas mãos. Daí em diante, só ela teria poder para ajudá-lo a realizar seu sonho: fazer do Oriente um império dos Ptolomeus, com capital em Alexandria. Tendo frustradas suas ambições pela derrota, Cleópatra preferiu a morte e deixou-se picar por uma serpente, em Alexandria, em 30 a.C. .

Pirâmides

Durante o período de aproximadamente um milénio (entre 2630 e 1640 a.C.) os egípcios construíram suas famosas pirâmides, dentre as quais três delas assombram o mundo até hoje. A mais antiga que se conhece data da III dinastia e era constituída por mastabas sobrepostas formando degraus. O idealizador deste tipo de construção foi o sábio Imhotep, proeminente figura do reinado do faraó Djoser. Essa é provavelmente a única pirâmide desse tipo que foi concluída. No início da IV dinastia as pirâmides começaram a ser construídas com suas paredes inclinadas e não mais em forma de degraus, sendo que as últimas datam da XII dinastia.

As Mastabas

Até o final da II dinastia os túmulos dos soberanos e dos nobres egípcios eram constituídos de uma câmara funerária cavada profundamente no solo, sobre a qual se erigia uma estrutura baixa, de paredes verticais, de teto achatado, com base rectangular, construída com tijolos de lama cozidos ao sol, que ficaram conhecidas com o nome de mastabas. Tais estruturas, no passar dos anos, evoluíram: o material construtivo passou a ser a pedra; as paredes passaram a ser ligeiramente inclinadas, formando uma pirâmide truncada; as dimensões cresceram, inclusive em altura, com o acréscimo de vários andares em degraus, até atingirem a forma piramidal.

As Pirâmides de Degraus

Inovando totalmente em matéria de sepulcros, o faraó Djoser, da III dinastia, cujo reinado se estendeu aproximadamente entre 2630 e 2611 a.C., encarregou seu primeiro ministro e arquitecto Imhotep de construir um túmulo totalmente em pedra, material que até aquela época era usado apenas em partes isoladas das construções. Superpondo seis mastabas progressivamente menores, o genial arquitecto ergueu uma pirâmide de degraus. O local escolhido foi uma extensão de terras elevadas em Saqqara, a sobranceiro da cidade de Mênfis, próximo do grande cemitério de mastabas que havia sido usado no decorrer das duas primeiras dinastias. Posteriormente, outros faraós da mesma dinastia também ergueram pirâmides em degraus, embora menos majestosas.

A Pirâmide torta

O primeiro faraó da IV dinastia, Snefru, que reinou aproximadamente entre 2575 e 2551 a.C., mandou erguer na localidade de Dahshur uma pirâmide que se tornou única, entre tantas construídas, em função da forma final que acabou tendo. Inicialmente a obra fora planejada para ser uma pirâmide verdadeira. Entretanto, houve uma redução abrupta no ângulo de inclinação das suas faces externas, num ponto um tanto acima da metade da altura prevista para o monumento, o que alterou a sua forma piramidal. O resultado final fez com que actualmente essa construção seja conhecida como pirâmide torta, falsa, romba, romboidal ou rombóide.  

A Pirâmide de Quéops

Quéops, segundo faraó da IV dinastia, cujo reinado se estendeu de 2551 a 2528 aproximadamente, talvez influenciado pelo tamanho da pirâmide erguida por seu pai Snefru, escolheu um planalto situado nas bordas do deserto, mais ou menos a oito quilómetros de Gizé, e ali ergueu uma pirâmide de dimensões ainda maiores. Conhecida como a Grande Pirâmide ou Primeira Pirâmide de Gizé, esse monumento marca o apogeu da época de tais construções, tanto no que se refere ao tamanho quanto no que se refere à qualidade do trabalho. Tendo uma base que cobre quase 53 mil metros quadrados, esse é, sem dúvida, o monumento mais polémico de toda a antiguidade egípcia e a única das Sete Maravilhas do Mundo que chegou até nossos dias.

A Pirâmide de Kéfren

O faraó Kéfren (em egípcio Khaef-Re), irmão de Kéops e quarto rei da IV dinastia, reinou entre 2520 e 2494 a.C. e mandou construir o monumento que hoje é, em tamanho, a segunda maior pirâmide do Egipto antigo. Imponente, era revestida de pedra calcária e granito vermelho e os antigos egípcios deram-lhe o nome de Grande é Kéfren e também chamavam-na de A Grande Pirâmide. No seu interior foi achado um sarcófago com dois metros e 43 centímetros de comprimento por um metro de largura e 68 centímetros de profundidade, mas o corpo do rei não foi encontrado. Nas proximidades do monumento, um conjunto rochoso foi aproveitado para que nele se esculpisse a famosa esfinge, cuja cabeça representa a face do faraó.

A Pirâmide de Miquerinos

Desde o século I da nossa era que a terceira dentre as mais famosas pirâmides do mundo teve sua construção atribuída a Miquerinos (em egípcio Men-kau-Re), filho de Kéfren e quinto soberano da IV dinastia, cujo reinado se estendeu de 2490 a 2472 a.C. No século XIX descobriu-se seu nome escrito com ocre vermelho no teto da câmara funerária de uma pirâmide secundária do conjunto de monumentos a ele atribuídos, confirmando-se, assim, a informação que havia sido dada por Heródoto. Ela ocupa menos de um quarto da área coberta pela Grande Pirâmide, mas mesmo assim seu tamanho é considerável e sua altura atingia mais de 66 metros, o que corresponde a de um prédio de 22 andares.

As outras Pirâmides

Além das três famosas pirâmides de Gizé e de mais algumas também bastante conhecidas, como a do faraó Djoser e a chamada pirâmide torta, dezenas de outras foram erguidas ao longo dos séculos pelos antigos egípcios. A pirâmide vermelha, que leva esse nome porque nela foi empregado um calcário rosado; o complexo funerário de Sahure, dotado de um elaborado sistema de drenagem das águas pluviais e cujos relevos mostram a partida de navios para uma terra distante; o monumento de Wenis, que se destaca por nele terem sido encontrados os mais antigos textos das pirâmides que se conhecem, são apenas alguns exemplos. A lista completa já conta com mais de 80 exemplares. Veja nessa secção detalhes sobre a maioria dessas obras surpreendentes.

Os Textos das pirâmides

Os assim chamados textos das pirâmides são uma colecção de encantamentos reunidos sem uma ordem fixa determinada, não formando, portanto, uma narrativa contínua. Eles foram encontrados nas pirâmides dos seguintes faraós: Wenis, da V dinastia; Teti, Pepi I, Merenre e Pepi II, todos da VI dinastia; Ibi, da VIII dinastia e nas pirâmides de três rainhas do faraó Pepi II. A maioria das inscrições ocorre em mais de uma pirâmide, mas poucas são repetidas em todas as pirâmides nas quais tais textos são encontrados. Na pirâmide de Wenis, por exemplo, existem apenas 228 inscrições de um total já conhecido que excede setecentas.

Porque Foram Construídas

O túmulo para um egípcio antigo era o seu castelo da eternidade e deveria durar para sempre. Eles acreditavam que a sobrevivência após a morte dependia em primeiro lugar da preservação do corpo físico. Além disso, todo material que se fazia necessário para o corpo e para o ka do morto deveria ser suprido ao longo dos anos após a morte. Tais crenças levaram os antigos egípcios a dedicarem atenção especial à edificação de seus túmulos. E embora o formado dos sepulcros possa ter mudado ao longo do tempo, seu propósito fundamental permaneceu o mesmo ao longo dos 3000 anos da história egípcia.

Como foram construídas

Não foram encontrados registros pictóricos ou textuais que expliquem como as pirâmides foram planejadas e construídas. O estudo detalhado dos monumentos e o conhecimento crescente dos meios disponíveis na época tornaram possível determinar muitos detalhes construtivos. Várias questões, entretanto, continuam sem solução e, nesses casos, as respostas sugeridas baseiam-se apenas na crença de que através dos meios propostos poderiam ser atingidos os resultados que são observados hoje em dia. Além da visão clássica do problema, várias tentativas de explicações alternativas têm surgido ao longo dos tempos.

1ª e 2ª Dinastia

As tribos que viviam espalhadas às margens do Nilo foram unidas sob um chefe, Menés, e subordinadas a um governo regular. Menés fundou a Primeira das 30 Dinastias do Egipto estendendo o domínio para o Norte e unificou o país e fundou a cidade de Mênfis, estabelecendo aí sua capital. Menés e seus sucessores imediatos (18 reis de duas dinastias consecutivas que abrangem cerca de 400 anos) governaram de Mênfis, levantando túmulos e unificaram o Baixo e o Alto Egipto.

3ª Dinastia

Junto com a Terceira Dinastia, teve início a era conhecida por Antigo Império. Durante os 500 anos seguintes, o Egipto foi pacífico e próspero. O rei-deus era supremo e todos os outros eram seus servos. Foi essa a época que deu origem às pirâmides. Sendo a primeira, A Pirâmide de Degraus em Sacara, construída para Zoser, primeiro faraó da Terceira Dinastia.

4ª Dinastia

Foram levantadas as três pirâmides de Gizé, para os reis da Quarta Dinastia (Quéops, Quéfren e Miquerinos). Sendo essas as mais famosas das 80 pirâmides que restam das muitas construídas pelo Egipto durante sua longa história.

5ª Dinastia

Junto com a Quinta Dinastia, surgiram indícios de inquietação. Primeiro foram problemas religiosos. Antes da Quinta Dinastia o rei tinha sido Deus, porém agora, ainda deus, era considerado filho encarnado de Rá, e cada vez que Rá e seus sacerdotes subiam de importância, o poder do rei-deus diminuía. Depois constataram-se problemas económicos. O Egipto pagou alto preço para a construção das pirâmides e agora era dispendioso mantê-las. Finalmente, houve dificuldades políticas. Os nobres ameaçavam à omnipotência do monarca.

6ª Dinastia

Os problemas enfrentados na Quinta Dinastia agravaram durante a Sexta Dinastia e chegou ao auge no tempo de Pepi II, o último grande faraó do Antigo Império, que governou por mais de 90 anos. Com a morte de Pepi II, a desordem e a crise ressurgiram extinguindo a paz, a prosperidade e o poder centralizado.

7ª a 10ª Dinastia

Os governadores de províncias criaram para si pequenos principados e entraram em guerra um com os outros marcando. O Antigo Império desintegrou-se e o Egipto entrou no Primeiro Período Intermediário - época feudal instável que iria durar dois séculos. Em Mênfis, as famílias de duas dinastias efémeras arrogavam-se o governo da terra, mas fora de seus domínios locais não foram reconhecidas. Surgiram duas famílias em Heracleópolis que governaram com a Nona e a Décima Dinastia. Essas dinastias tiveram curta duração sofrendo rápidas sucessões de reis.

11ª Dinastia

Finalmente, uma quinta família subiu ao trono, em Tebas, competindo com os reis de Heracleópolis, estabelecendo-se como a 11ª Dinastia e estendendo seu domínio para o norte. O Egipto entrava na Era do Médio Império.

12ª Dinastia

Com o surgimento de outra família tebana, fundando a 12ª Dinastia, o Egipto reunificou-se. Os reis da 12ª Dinastia estabeleceram a capital em Lisht. Restringiram o poder dos nobres provinciais reorganizando a política interna do país.Os hábeis dirigentes da 12ª Dinastia restauraram a grandeza do Egipto e deram ao país muitos motivos de orgulho. Reputação militar, territórios para explorar e um vasto comércio exterior. Mas o Egipto recaiu mais uma vez antes de atingir o apogeu seguinte.

13ª Dinastia

Durante o domínio da 13ª Dinastia o país entrou no Segundo Período Intermediário , no qual houve uma longa série de governantes ineficientes. O país parece que se separou nas duas intersecções geográficas naturais, O Alto e O Baixo Egipto. E de tempos em tempos as duas áreas entravam em guerra civil sendo agitadas por pequenas disputas.

14ª a 17ª Dinastia

Surgiu uma dinastia rival ao governo tebano, uma dinastia de estrangeiros, Os Hicsos, e os egípcios começavam a sofrer a humilhação de serem governados por estrangeiros. Os Hicsos, apesar de possuírem altas técnicas militares, não ocuparam todo o país e nunca forma capaz de subjugar o governo tebano.

18ª Dinastia

Uma família vigorosa e determinada fundou a 18ª Dinastia, organizando um poderoso exército tomando a fortaleza que os Hicsos haviam levantado em sua capital, expulsando do país os governantes estrangeiros. Mais uma vez o Egipto se reunificou e a 18ª Dinastia foi a primeira do Novo Império. O Egipto estava em paz e o comércio florescia porém mais uma vez recomeçaram as lutas políticas e religiosas, essa última pela vontade do faraó Aquenáton em instituir um Deus único chamado Áton, representado pelo disco solar, obrigando a todos egípcios renderem culto a esse deus.

19ª e 20ª Dinastia

Com a 19ª e a 20ª Dinastia, o politeísmo foi restaurado. O Egipto alcançou vitórias sobre o inimigo, ergueram edifícios monumentais e regeram uma corte extremamente luxuosa, porém foi o período que prenunciou a desintegração política do Egipto e o seu fim como uma grande potência.

21ª a 30ª Dinastia

A partir da 20ª Dinastia, o Egipto entrou em profunda decadência. Os faraós da 22ª e 26ª Dinastia conseguiram reerguer o país por um breve um período, mas a opulência do passado nunca mais retornaria.O Egipto estava agora subordinado aos romanos e por certos períodos aos assírios.

Religião

Os egípcios eram politeístas. Adoravam vários deuses, em cerimónias patrocinadas pelo estado ou pelo povo. Geralmente os deuses possuíam formas de animais (zoomorfismo) ou uma mistura de homem e animal (antropozoomorfismo). Os nomes no período Pré-Dinastico possuíam deuses pessoas representados por animais da região, como falcões, hipopótamos, crocodilos, leões, chacais e etc. Com a unificação do país, os deuses locais passaram a conviver com novos deuses cultuados em toda a extensão do reino. O deus mais importante era Rá, considerado como o criador do Universo. Quando a capital do império passou a ser Tebas, Amon, o deus protector dos tebanos e Rá passaram a ser um só deus, chamado Amon-Rá. Logo depois vem os mais populares: Osíris, Ísis, Hórus, Ptah, Hator, Anúbis e Tot.

A Criação

No princípio emergiu das águas uma ilha, e nela havia um ovo, do qual saiu Rá, iluminando todas as coisas. Todos os outros deuses seriam filhos de Rá (Nut, Chu e Geb).

A deusa Nut se casou com Geb em segredo. Depois de algum tempo, Rá descobriu o que tinha acontecido, e ficou furioso com Nut. Como castigo tornou Nut estéril. Com isso Nut usou sua criatividade desafiando Tot, em um jogo de dados. Com sua vitória, consegui que Tot acrescentasse cinco novos dias ao calendário de 360 dias. Com os novos dias, que não eram vigiados por Rá, teve seus filhos: Osíris, Ísis, Set e Néftis.

A Festa do Heb Sed

Quando um rei completava 30 anos de reinado, celebrava-se o heb sed mágico. Suponha-se que essa festa renovasse a força do rei. As cerimónias que simbolizavam o ato de assumir o controle do reino e também mostrava que ele estava fisicamente apto a continuar no trono.

O Deus Nilo

Os antigos egípcios acreditavam que o Nilo era um deus, cujo nome era Hapi. Um velho Hino saudava Hapi, dizendo: “Salve, o Nilo! ó tu que surgiste sobre esta terra e que vens em paz para dar vida ao Egipto. Regas a terra em toda parte, ó deus dos grãos, senhor dos peixes, produtor do trigo e da cevada... Logo que suas águas se erguem, a terra se agita de alegria, todo ventre se regozija, todos dorso é sacudido pelo riso e todo dente tritura Ele traz as provisões deliciosas, cria todas as boas coisas; ó senhor dos animais, que providencia as coisas necessárias para os sacrifícios a todos os deuses. Ele abrange dois países, e os celeiros enchem-se, os entrepostos regurgitam, os bens dos pobres se multiplicam; torna feliz cada um, conforme seu desejo... Não se esculpem pedras nem estátuas em sua honra, nem se proferem palavras misteriosas para o seu encantamento, não se conhece o lugar onde ele está (se origina). Entretanto, governas como um rei cujos decretos são estabelecidos pela terra inteira, por quem são bebidas as lágrimas de todos os olhos e que é pródigo de suas bondades.”

A Lenda de Osíris

Hórus, Osíris e Ísis

Osíris veio ao Egipto acompanhado de sua irmã-esposa, a deusa Ísis. Ele ensinou aos homens a agricultura, a metalurgia... Diz a lenda que Osíris, era um grande rei que, ao lado de sua esposa, trazia fartura e alegria para sua gente. Mas seu irmão Set(o deus do mau, o vento seco do deserto)ficou com inveja. Mas um dia Set convidou Osíris para uma festa e, enganando-o, fechou-o dentro de uma caixa que ele lançou ao rio. Ísis, desesperada, o achou em Biblos, onde uma grande árvore que retivera o prisioneiro. Mas Set, uma noite em que Osíris caçava sob a claridade da lua, matou-o e cortou-o em catorze pedaços, os quais espalhou pelo o Egipto. Pacientemente, Ísis os recolheu e com a ajuda do seu filho Hórus, juntou-os e compôs o corpo do seu marido, e valendo-se de seus poderosos mágicos, ressuscitou-o levando seu marido a uma nova existência. Para vingar o pai, Hórus, seu filho enfrentou e venceu seu maldoso tio, passando a ocupar o trono do Egipto. Do Deus Hórus, descenderam todos os faraós. A lenda de Osíris, explica a origem dos faraós de modo a reforçar a ideia de que eles eram deuses.

Ba e Ka

Os egípcios acreditavam que as pessoas tinham diversas almas. O Ka era a força vital, que ficava no túmulo, extraindo forças das oferendas feitas para o morto. O Ka é representado como um pai de braços erguidos.

O Ba, a personalidade, podia ir onde quisesse e assumir qualquer forma, mas quase sempre é mostrado como um pássaro de cabeça humana. O Ba representava o espírito que enfrentava o julgamento do Além.

O akh era um eminente espírito glorificado que andava com os deuses e com as estrelas que os egípcios chamavam de As Imperecíveis. Era representada como Íbis com crista.

O Barco do Sol

Durante o dia, os reis mortos navegavam pelo céu com o deus Rá. A noite, eles o acompanhavam pelo Além, iluminando o reino de Osíris.

Como o transporte mais usado pelos egípcios era o barco, eles acreditavam que o Sol também usasse um.

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