A 1ª Guerra Mundial e a Crise de 1929

Determina os antecedentes da 1ª Guerra Mundial.

Os antecedentes da 1ª Guerra Mundial foram as rivalidades entre as grandes potências europeias por posse de colónias e de mercados. Essa rivalidade transformou-se em ódio, dando origem a um nacionalismo exagerado. Os países começam uma corrida ao armamento e a Europa passa a viver numa “paz armada”. Os países fazem alianças entre si:

 - Tríplice Entente ou Aliados: França, Rússia e Inglaterra;

 - Tríplice Aliança ou Bloco Central: Alemanha, Império Austro-húngaro e Itália.

A Sérvia planeia formar a Jugoslávia, constituída pela própria Sérvia, por Montenegro e pela Bósnia (que pertencia ao Império Austro-húngaro). O Império Austro-húngaro recusa ceder a Bósnia à Sérvia e mais tarde, o herdeiro do trono austro-húngaro é morto por membro de uma organização sérvia. O Império Austro-Húngaro declara guerra à Sérvia e o mecanismo de alianças fez o resto.

Descreve brevemente as três fases da guerra.

1ª Fase - Guerra dos Movimentos: O primeiro passo foi dado pela Alemanha (o plano Schlieffen) que invade a Bélgica, que era um país neutro, para chegar o mais rápido possível a França. Porém, estas são detidas.

2ª Fase - Guerra das Trincheiras: Esta foi a fase mais longa mas também a mais rica da I Grande Guerra.  É nesta fase que Portugal entra na Guerra, que Itália troca de grupo, devido à mudança de regime e que a Rússia abandona a Guerra, devido a uma revolução que impôs o regime comunista. Nesta altura surgiram várias invenções e inovações: o gás venenoso, os canhões, o lança-chamas, o avião, o submarino, a gilette, a pastilha elástica… As condições de vida nas trincheiras eram terríveis: falta de alimentos, humidade, frio, piolhos, ratazanas, ataques de gases venenosos e constante cheiro a mortos.

3ª Fase - Retorno à Guerra dos Movimentos: Nesta fase os Aliados já contavam com a preciosa ajuda dos EUA, que entraram na Guerra para assegurar os investimentos na Europa, principalmente em Inglaterra e França.

Determina as razões da entrada de Portugal na I Guerra Mundial.

Portugal entra na guerra em 1917, apesar da crise económica, política e social, com o objectivo de aprisionar os barcos alemães que estavam ancorados nos nossos portos, a pedido de Inglaterra, nossa velha aliada, e para proteger as nossas colónias.

Refere as consequências económico-financeiras, sociais, demográficas e políticas da 1ª Guerra Mundial.

A Primeira Grande Guerra afectou todos os sectores da economia: agricultura (terrenos e colheitas destruídas, necessidade de menos mão de obra, menos produção), indústria (necessidade de menos mão de obra, menos matéria prima, menos produção) e comércio (menos produtos para vender, menos exportações, menos vendas). Os preços subiram, aumentou a dívida externa e a desvalorização da moeda.

Socialmente, aumentou o número de emigrantes e o desemprego. As mulheres ganharam importância, direitos na sociedade e o direito ao voto, pois eram elas que trabalhavam para sustentar a família.

Demograficamente, diminuiu a esperança média de vida e a população activa.

Quanto à política, acabaram os impérios e estes deram origem a novos países na Europa de Leste, diminuíram as monarquias e aumentaram as democracias parlamentares. Criou-se a Sociedade das Nações e assinou-se o Tratado de Versalhes.

Enuncia as cláusulas do Tratado de Versalhes.

Ficou decidido com o Tratado de Versalhes que a Alemanha devia reduzir as forças militares e não possuir armamento pesado, aviões e submarinos. Deveria também pagar indemnizações aos aliados, ficar sem colónias e devolver a Alsácia e a Lorena a França.

Reconhece os objectivos da Sociedade das Nações.

Os objectivos da Sociedade das Nações eram: manter a paz na Europa e recuperar economicamente a Europa com cooperação entre os países.

Refere as razões que justificam a prosperidade económica dos EUA.

A prosperidade económica dos EUA deveu-se aos capitais oriundos das dívidas de guerra, à abundância de recursos naturais, ao aumento das exportações para a Europa e para o resto do mundo, à constituição de sociedades e às inovações e novos métodos de trabalho (fordismo – o produto é que vai ter com o operário, montagem em série o que leva a uma maior produção em menos tempo e a conseguir pagar melhor aos funcionários; taylorismo – cada operário tem a sua função).

Compreende as razões do colapso da economia americana em Outubro de 1929.

A crise económica deveu-se basicamente à superprodução e ao subconsumo (o consumo estagna mas a produção agrícola e industrial continua a subir, o que leva a acumulação de stocks sem compradores) e à especulação bolsista (as pessoas pediam empréstimos para comprar acções e por vezes acabavam por contrair dívidas).

Explica o que foi o “Crash” de Wall Street.

No dia 24 de Outubro de 1929, ou quinta-feira negra, 13 milhões de acções foram postas à venda e ficaram sem comprador. O valor das acções cai acentuada e bruscamente (Crash).  A bolsa de Nova Iorque declara falência.

Descreve as consequências económicas e sociais nos EUA.

Esta crise levou à falência de bancos, que como não podiam investir, levou à falência de empresas e ao aumento do desemprego. Muitas pessoas para manter o emprego trabalhavam com horários e salário reduzidos. O poder de compra diminuiu  e o excesso de produtos no mercado levou à destruição dos mesmos na tentativa de manter os preços.

Justifica a rápida mundialização da crise.

Esta crise rapidamente se espalha pelo resto do mundo porque os bancos americanos retiraram os capitais do estrangeiro, principalmente na Europa. Devido a esta retirada de capitais, os bancos europeus foram à falência originando a falência de inúmeras empresas. Os EUA adoptam medidas proteccionistas, diminuindo as importações, que afectou muito os países que delas viviam.

Mostra de que forma a política do New Deal contribuiu para a recuperação económica dos EUA.

O New Deal, soluções para a crise lançadas por Roosevelt, esteve dividido em 2 fases e só a segunda alcançou resultados satisfatórios.

A 2ª fase do New Deal pretendia baixar o desemprego (as pessoas ganham poder de compra – as fábricas tem de produzir – precisam de mais pessoal – empresas podem colocar dinheiro nos bancos – bancos podem investir); aumentar o pessoal, mas produzir o mesmo (reduzindo os horários de trabalho e os salários); criar o salário mínimo e o subsídio de desemprego (para os desempregados poderem ter poder de compra).

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