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Trabalhos de Estudantes

Trabalhos de História - 9º Ano

 

O 25 de Abril

Autores: Joana Ribeiro, Luís Simões

Escola: Escola Secundária de Barcelos

Data de Publicação: 12/12/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre o 25 de Abril, realizado no âmbito da disciplina de História (9º ano).

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O 25 de Abril

Depois do fim da 2ª Guerra Mundial, em 1945, os principais países Europeus, acabaram com as suas Ditaduras e iniciaram Regimes Democráticos. Portugal, também simulou uma abertura do regime, surgindo um ‘Movimento de Unidade Democrática’, cujo objectivo era concorrer ás eleições para combater o Regime Salazarista, mas acabaram por desistir e mais tarde por ser perseguidos. Em 1958, houve um momento de grande oposição ao regime: o General Humberto Delgado, era candidato da oposição às eleições, parecia muito popular, contudo só teve 25% dos votos, afirmando que as eleições foram fraudelentas, o que não lhe valeu de nada, acabando por ser perseguido pela PIDE e mais tarde morto.

Causas da revolução

O tardio desenvolvimento económico:

Portugal, durante a 2ª Guerra Mundial alcançou um período de alguma prosperidade económica mas, no fim do conflito não acompanhou o desenvolvimento económico dos outros países da Europa, pois, Salazar recusou o apoio do Plano Marshall, adoptando a política de ‘orgulhosamente sós’, a nível politico, económico e social. O país tinha uma balança comercial desfavorável, uma mão-de-obra pouco qualificada e uma elevada taxa de analfabetismo. Em 1960, Portugal aderiu à EFTA, o que possibilitou um desenvolvimento a nível industrial, mas este limitou-se à região de Lisboa, enquanto que o resto do país continuava pouco industrializado e com uma agricultura pouco desenvolvida.

A emigração:

Como as condições de vida dos Portugueses eram difíceis e havia grande necessidade de mão-de-obra nos países industrializados (França e Alemanha) os salários nestes países eram elevados e havia a possibilidade de fugir às guerras coloniais, todas estas razões contribuíram para o aumento da emigração em Portugal.

Os movimentos de independência e a guerra colonial:

Países como a Inglaterra, França e Holanda concederam a independência às suas colónias, mas o Regime de Salazar opôs-se afirmando que não possuía colónias mas sim províncias ultramarinas. A recusa da descolonização por Salazar originou a formação de movimentos de libertação que mais tarde originaram guerras.

O Marcelismo:

Em 1968, Salazar sofreu um acidente que o tornou incapaz de continuar à frente do governo, sendo substituído por Marcello de Caetano que governou seguindo o lema ‘evolução na continuidade’ que constou em dois blocos: uma ‘maquilhagem’ das instituições repressivas que basicamente constou na alteração dos nomes dos órgãos e instituições repressivas; e numa politica social, tendo fundado a ADSE. Nas eleições de 1969 voltaram a ‘ir a votos’ após 44 anos, mas as eleições foram novamente fraudelentas.

A revolução

Com a persistência de Salazar e Caetano de manter a situação de guerra colonial, a falta de liberdade e a crise económica pela qual o país atravessava, um grupo de militares das forças armadas a revoltarem-se contra o regime. Estes organizaram-se e, em 1973 criam o Movimento das Forças Armadas (MFA), que tinha como principais objectivos acabar com a guerra, dando independência às colónias e pôr fim ao regime autoritário, transformando Portugal num Regime Democrático.

O MFA contava com o apoio da população e pôs fim ao regime no dia 25 de Abril de 1974.

Depois da revolução, desencadeou-se o processo de democratização da sociedade portuguesa que constou no fim das estruturas repressivas e dos órgãos de apoio ao regime , na abolição da censura , na libertação dos presos políticos e exilados , foram autorizados os partidos políticos e sindicatos, foi negociada a libertação das colónias e foram organizadas eleições para o formação de uma nova assembleia que aprovou a Nova Constituição da República.

Depois da revolução

Logo em 1974, começou um ciclo de reuniões que foram passos decisivos para o processo de descolonização das colónias, e, em pouco mais de um ano, nasceram em África cinco novas nações: A Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde, S.Tomé e Príncipe e Angola. Os dois territórios restantes, Macau e Timor, Macau foi entregue à China cumprindo um acordo e Timor foi ocupado em 1975 pela Indonésia e viu a sua independência reconhecida em 2002.

Os Portugueses que viviam nas colónias, sofreram alguns confrontos violentos com os habitantes das colónias e cerca de 500000 portugueses abandonaram as terras que tinham e regressaram a Portugal.

Quando a revolução de Abril aconteceu, Portugal atravessava uma grave crise económica, o capital era investido na guerra colonial e a economia pouco evoluiu, e as crises do petróleo fizeram aumentar os preços também em Portugal. Houve a necessidade de procurar alternativas para redefinir a economia.

De acordo com a fórmula ‘democratizar, descolonizar, desenvolver’, o desafio para democratizar e desenvolver passava pela ‘opção europeia’ e os responsáveis políticos entenderam que o desenvolvimento económico e social do país iam tornar-se mais fortes com a adesão de Portugal à CEE, Portugal daria o seu contributo para a construção da unidade europeia e para reforço do seu papel e do da Europa na cena internacional. A Março de 1977, o pedido de adesão de Portugal à CEE, seguiu-se uma década de negociações. Em 1985 o pedido foi aceite. A partir de 1 de Maio de 1986, Portugal passou a ser membro de plano direito da Comunidade Europeia. Após o Tratado de Maastritch, a CEE passou a designar-se de EU (União Europeia). Este tratado, para além de inúmeras vantagens, permitiu uma maior solidariedade entre os Estados Membros, e a adopção de uma moeda única, o euro.

 

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