|
Início » Trab. Estudantes » História » 9º Ano |
Trabalhos de Estudantes Trabalhos de História - 9º Ano |
|
|
A Revolução Soviética Autores: Jacinta Ferreira Escola: Escola E.B. 2/3 Rosa Ramanho Data de Publicação: 15/06/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a revolução Soviética, realizado no âmbito da disciplina de História (9º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
|
|
A Rússia nas Vésperas da Revolução No começo do século XX, a Rússia era um país extremamente atrasado em relação à Europa e ao resto do mundo, em diversos parâmetros. A nível político, o czar governava o Império Russo de forma autocrática, ou seja, absoluta, concentrando em si todos os poderes (legislativo, executivo e judicial), tal como acontecia no Antigo Regime. O Czar era apoiado pela Igreja Ortodoxa, pelo exército e pela nobreza, que possuía terras. Ao nível da economia, a principal actividade económica era a agricultura. Esta actividade estava pouco desenvolvida (utilizavam-se técnicas e instrumentos rudimentares), o que traduzia uma baixa produtividade. A Coroa, a Igreja Ortodoxa e a nobreza detinham a esmagadora maioria das terras, que eram cultivadas pelos camponeses. Estes estavam sujeitos a péssimas condições de trabalho e tinham que pagar pesados impostos aos proprietários das terras. Nas cidades mais desenvolvidas (Moscovo e S. Petersburgo) começou a desenvolver-se, nos finais de oitocentos, a industrialização, mais de um século depois desta ter arrancado em Inglaterra. A indústria Russa estava muito pouco desenvolvida e apoiava-se essencialmente, nos capitais e investimentos estrangeiros. O atraso do Império Russo era também visível nos transportes e meios de comunicação, o que dificultava a dinamização do comércio. A sociedade russa era hierarquizada, sendo o clero e a nobreza os grupos privilegiados. A burguesia representava uma minoria da sociedade e aspirava ter uma participação mais activa na vida política do império. Os camponeses (cerca de 80% da população) e os operários (cerca de 2% da população) estavam na base da sociedade e viviam em condições miseráveis. Devido às más condições de vida e de trabalho, as greves eram frequentes e os operários manifestavam-se nas ruas.
O “Domingo Sangrnto”
Em 1905, num domingo, realizou-se, na capital do império, São Petersburgo, uma manifestação para entregar ao czar Nicolau II uma petição em que milhares de trabalhadores reivindicavam a melhoria das condições de vida, o fim da censura e um parlamento. O czar, discordando da petição, ordenou que a sua guarda dispara-se sobre a manifestação, matando assim milhares de manifestantes, ficando esse dia conhecido como "Domingo Sangrento". Ocorreram, então, várias greves e surgiram conselhos (sovietes) de operários de camponeses e de soldados, que difundiam ideias revolucionárias. Estes sovietes eram controlados pelo partido bolchevique (cuja chefia estava confiada a Lenine, desde o Congresso do Partido Social-Democrata Russo, em 1903). Embora o czar tenha prometido a criação de uma Duma (parlamento), a existência dos partidos políticos e uma constituição, os movimentos revolucionários organizaram, em Novembro, uma greve geral. Como resposta, os sovietes foram ilegalizados e os líderes da oposição presos e exilados. Apenas se manteve a Duma, em funcionamento entre 1906 e 1917, que contudo era controlada pelos aristocratas e pelo czar, que tinha o poder de a dissolver.
A Revolução de Fevereiro de 1917
A crise económica e a agitação social foram aproveitadas pelas forças revolucionárias para divulgar as ideias liberais e socialistas, desencadeando manifestações e greves por todo o país. A Fevereiro de 1917, em S. Petersburgo deu-se a Revolução de Fevereiro. Esta foi uma revolução burguesa, logo, os seus mentores eram da burguesia russa, capitalistas (Kerensky). Pretendiam implementar um regime parecido com os que havia na demais Europa, um regime parlamentar. Contudo, não conseguiram resolver os problemas existentes na Rússia e apoiavam a continuação da participação na Guerra Mundial, o que fez com que a contestação continuasse. A Revolução Russa de Outubro de 1917
Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por Lenine, organizaram uma nova revolução que ocorreu em Outubro de 1917, instaurando assim um regime de ditadura do proletariado. Lenine impôs medidas radicais quando subiu ao poder: assinou a paz com a Alemanha; aboliu a propriedade privada redistribuindo-as pelos trabalhadores do campo, sem pagar indemnizações aos proprietários; os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores. Do Comunismo de guerra à Nova Pilítica Económica (NEP) As medidas tomadas pelo novo governo, chefiado por Lenine, conduziram a Rússia a um período de guerra civil.
Entre 1918 a 1920 a Rússia viveu um período de guerra civil, opondo os "Russos Brancos" (liberais apoiados pela França, Grã-Bretanha e EUA) e os "Russos Vermelhos" (bolcheviques, apoiados pelos operários e camponeses). Durante a guerra Lenine impôs medidas radicais para controlar o país: instaurou a censura, constituiu a polícia política (Tcheca) e fazem-se perseguições, prisões, torturas e morte dos opositores ao regime. Estas medidas foram chamadas de "Comunismo de Guerra". Os "Russos Vermelhos" de Lenine venceram a guerra mas o país ficou ainda mais destruído do que estava antes. Depois da guerra civil, a Rússia ficou completamente destruída e os índices de produção eram baixíssimos. Lenine introduz uma nova política: a NEP. Com esta política permitiu-se pequenas unidades privadas de produção agrícola e industrial (porque a indústria pesada e as grandes infra-estruturas continuavam nas mãos do Estado); a entrada de capitais e técnicos estrangeiros e alguma liberdade de comércio (exemplo: a venda livre de produtos agrícolas). É verdade que a NEP constituía um passo atrás na construção de uma sociedade comunista igualitária sem classes sociais, mas a verdade é que a NEP permitiu aumentar os índices de produção, potenciando uma melhoria das condições de vida das populações e estabilidade política. Posteriormente, quando Estaline sobe ao poder, a NEP é suspensa e volta-se a nacionalização e colectivização dos meios de produção.
A Formação da URSS Após a revolução, foi implantada a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), onde era reconhecida alguma autonomia às várias nacionalidades que a formavam. Porém, após a revolução a situação da população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas.
Outros Trabalhos Relacionados
|
|
Início » Trab. Estudantes » História » 9º Ano |