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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de História - 9º Ano |
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Teófilo de Braga Autores: Catarina Saraiva Escola: Escola Secundária E,B 2,3 Eugénio de Castro Data de Publicação: 12/07/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre Teófilo de Braga (uma das grandes figuras da 1º República), realizado no âmbito da disciplina de História (9º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Introdução Este trabalho irá ser realizado no âmbito da disciplina de história. Com este trabalho pretendo aprofundar os meus conhecimentos sobre aquele que foi uma das grandes figuras da 1º República, tendo um papel muito importante no desenvolvimento deste país, Teófilo de Braga. Biografia
Joaquim Teófilo Fernandes Braga nasce a 24 de Fevereiro de 1843 em Ponta delgada, ilha de São Miguel nos Açores, e morre em Lisboa a 28 de Janeiro de 1924. Teófilo de Braga foi o último filho entre sete irmãos de Joaquim Manuel Fernandes Braga e Maria José da Câmara Albuquerque, tendo raízes aristocráticas. O facto de ter perdido a mãe cedo e a má relação que tinha com a madrasta influenciou a sua personalidade agreste com um temperamento fechado. Licenciou-se em Coimbra em Direito mas é em Lisboa que se fixa dando aulas de literatura no Curso Superior de Letras (hoje chamada Faculdade de Letras). Para além de professor foi escritor, ensaísta e político, chegando a Presidente da República. Aluno brilhante, quando em 1867 terminou o curso, foi convidado pela Faculdade de Direito a doutorar-se, o que fez defendendo-a a 26 de Julho de 1868, uma tese intitulada História do Direito Português: I: Os Forais. Contudo, a sua adesão pública às ideais republicanos levaram a que fosse abstraído quando em 1868 concorreu para professor da cadeira de Direito Comercial na Academia Politécnica do Porto. O mesmo aconteceu em 1871 quando concorreu para o cargo de professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Fixou-se então em Lisboa, iniciando a sua actividade como advogado e, nesse mesmo ano de 1868, casou com Maria do Carmo Xavier, irmã de Júlio de Matos, de quem teve três filhos. Tanto a esposa como os filhos faleceram muito jovens, ela em 1911, os filhos antes dessa data, sendo pois já viúvo e sem filhos quando ascendeu ao cargo de Presidente da República. Em 1872, concorreu a professor da cadeira de Literaturas Modernas do Curso Superior de Letras, sendo nomeado para o lugar na sequência de um concurso onde teve como opositores Manuel Pinheiro Chagas e Luciano Cordeiro. No Curso Superior de Letras dedica-se ao estudo da literatura europeia, com destaque para os autores franceses, e iniciou uma carreira académica que o levou a publicar uma extensa obra filosófica fortemente influenciada pelo positivismo de Auguste Comte. Essa influência positivista foi decisiva no seu pensamento, na sua obra literária e na sua atitude política, fazendo dele um dos maiores membros da geração doutrinária do republicanismo português. Em 1878 fundou e passou a dirigir com Júlio de Matos a revista” O Positivismo”. Nesse mesmo ano iniciou a sua acção na política activa portuguesa concorrendo a deputado às Cortes da Monarquia Constitucional Portuguesa integrado nas listas dos republicanos federalistas. A partir desse ano exerceu vários cargos de destaque nas estruturas do Partido Republicano Português. Em 1880 passou a colaborar com a revista A Era Nova. Nesse mesmo ano, com Ramalho Ortigão, organizou as comemorações do Tricentenário de Camões, momento alto da pronunciação do Partido Republicano, de onde sai com grande prestígio. As comemorações camoneanas foram encaradas por Teófilo Braga como uma aplicação do projecto positivista de substituir o culto a Deus e aos santos pelo culto aos grandes homens. A partir de 1884 passa a dirigir a Revista de Estudos Livres, em parceria com Teixeira Bastos, um seu antigo aluno no Curso Superior de Letras que se revelaria como um dos principais divulgadores do positivismo em Portugal. Em 1890 foi pela primeira vez eleito membro do directório do Partido Republicano Português (PRP). Nessa condição, a 11 de Janeiro de 1891 foi um dos subscritores do Manifesto e Programa do PRP. Este manifesto, e a sua apresentação pública, precederam em três semanas a Revolta de 31 de Janeiro de 1891, no Porto, à qual Teófilo Braga, como aliás a maioria dos republicanos lisboetas, se opôs. Em 1 de Janeiro de 1910 torna-se membro efectivo do directório político, conjuntamente com Basílio Teles, Eusébio Leão, José Cupertino Ribeiro e José Relvas. A 28 de Agosto de 1910 é eleito deputado republicano por Lisboa às Cortes monárquicas, não chegando contudo a tomar posse por entretanto ocorrer a implantação da República Portuguesa.
Pelo decreto publicado no Diário do Governo de 6 de Outubro do mesmo ano é nomeado presidente do Governo Provisório da República Portuguesa saído da Revolução de 5 de Outubro de 1910. Naquelas funções foi de facto chefe de Estado, já que o primeiro Presidente da República Portuguesa, Manuel de Arriaga, apenas foi eleito a 24 de Agosto de 1911.
Teófilo de Braga
Quando Manuel de Arriaga foi obrigado a resignar do cargo de Presidente da República, na sequência da Revolta de 14 de Maio de 1915, Teófilo Braga foi eleito para o substituir pelo Congresso da República, a 29 de Maio de 1915, com 98 votos a favor, contra um voto de Duarte Leite Pereira da Silva e três votos em branco. Como foi um Presidente de transição, devido à demissão de Manuel de Arriaga, cumpriu o mandato até ao dia 5 de Outubro do mesmo ano, sendo substituído por Bernardino Machado. Foi a sua última participação na vida política activa. O seu mandato presidencial decorreu em condições difíceis, já que João Pinheiro Chagas que havia sido escolhido pela Junta Constitucional para presidir ao governo não pôde tomar posse do cargo, porque na noite de 16 para 17 de Maio foi vítima de um atentado, vindo do senador evolucionista João José de Freitas, que o alvejou e obrigou a permanecer internado no Hospital de São José. Mesmo enquanto Presidente da República, recusava honras e ostentações e andava proletariamente de eléctrico, com o guarda-chuva no braço ou de bengala já sem ponteira. O exercício da presidência não estaria muito na sua maneira de ser. Já era viúvo aquando da sua eleição, após o mandato, Teófilo Braga, que desde que enviuvara passara a ser um misógino enfiado na sua biblioteca, isolou-se, dedicando-se quase em exclusivo à escrita. Faleceu só, no seu gabinete de trabalho, a 28 de Janeiro de 1924.
Escreve a História da Poesia Popular Portuguesa, em 1867, abrangendo o Romanceiro Geral e Cancioneiro Popular e A Floresta de Vários Romances de 1868.Como investigador das origens dos povos, seguiu a linha da análise dos elementos tradicionais desde os mitos, passando pelos costumes e terminando nos contos de tradição oral, que lhe permitiram escrever obras como Os Contos Tradicionais do Povo Português, de 1883, O Povo Português nos seus Costumes, Crenças e Tradições, em 1885, e História da Poesia Portuguesa, que lhe levou anos a escrever, procurando as suas origens através das várias épocas e escolas. As áreas restantes das suas 360 obras, abrangem campos tão diversos como o da História Universal, História do Direito, da Universidade de Coimbra, do Teatro Português, da influência de Gil Vicente naquela forma de manifestação artística, da Literatura Portuguesa, das Novelas Portuguesas de Cavalaria, do Romantismo em Portugal, das Ideias Republicanas em Portugal, passando pelos folhetos de polémica literária e política e ensaios biográficos. Poesia . Visão dos Tempos (1864) . Tempestades Sonoras (1864) . Torrentes (1869) . Miragens Seculares (1884) Ficção . Contos Fantásticos (1865) . Viriato (1904) Ensaio . As Teocracias Literárias - Relance sobre o Estado Actual da Literatura Portuguesa (1865) . História da Poesia Moderna em Portugal (1869) . História da Literatura Portuguesa [Introdução] (1870) . História do Teatro Português (1870 - 1871) . Teoria da História da Literatura Portuguesa (1872) . Manual da História da Literatura Portuguesa (1875) . Bocage, sua Vida e Época (1877) . Parnaso Português Moderno (1877) . Traços gerais da Filosofia Positiva (1877) . História do Romantismo em Portugal (1880) . Sistema de Sociologia (1884) . Camões e o Sentimento Nacional (1891) . História da Universidade de Coimbra (1891 - 1902) . História da Literatura Portuguesa (1909 - 1918) Antologias e recolhas . Antologias: Cancioneiro Popular (1867) . Contos Tradicionais do Povo Português (1883) . O cancioneiro portuguez da Vaticana . Floresta de vários romances Conclusão A elaboração deste trabalho contribuiu para aprofundar os meus conhecimentos sobre uma personalidade de relevo da história da nossa república, como foi Teófilo de Braga, concretizando assim os objectivos. Bibliografia http://pt.wikipedia.org/wiki/Te%C3%B3filo_Braga http://www.presidencia.pt/?idc=13&idi=37 Outros Trabalhos Relacionados
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