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Trabalhos de História - 10º Ano

 

A Idade Média

Autores: Daniela Pereira

Escola: Escola EB 2,3/S Moimenta da Beira

Data de Publicação: 06/08/2012

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a Idade Média, também conhecida por Era Medieval, caracterizou-se principalmente pela interferência da Igreja ( Cristã ) na sociedade, realizado no âmbito da disciplina de História (10º ano).

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A Idade Média

Introdução

A Idade Média, também conhecida por Era Medieval, caracterizou-se principalmente pela interferência da Igreja ( Cristã ) na sociedade.

Nesta era, a sociedade encontrava-se dividida em três classes: o Clero, a Nobreza e o Povo. O Clero tinha como função orar pela salvação de todos, a Nobreza combater e assim garantir a segurança de todos e, o Povo, a classe mais baixa, tinha como função trabalhar para garantir a subsistência de todos.

A Arte Gótica – O Surgimento

A arte gótica desenvolve-se na Idade Média, dos séculos XII ao XIV. A princípio era conhecida sob o nome de opus francês – “obra francesa” - devido à sua principal origem. A arte gótica ficou conhecida também como a “Arte das Catedrais”. Há controvérsias quanto à denominação “gótica”: alguns autores ligam tal denominação com os Godos, os bárbaros mais conhecidos na Idade Média, também conhecidos pela habilidade como arquitectos. Porém, outros autores crêem que os humanistas do Renascimento tenham adoptado o termo “gótico” como sinónimo de bárbaro, no sentido de origem da região de além-Alpes, por oposição a românico.  A arte gótica surgiu num contexto histórico muito importante: final do sistema feudal e início da criação das cidades, ascensão de novas categorias sociais dedicadas ao artesanato e ao comércio, consolidação do absolutismo (como na França e na Inglaterra) e forte influência do clero na vida social e política. É possível dizer que a arte gótica nasceu com as cidades, produto de uma sociedade dinâmica, em evolução. Os habitantes da cidade tiveram grande participação nas construções góticas e eram incentivados por dois motivos: religioso e orgulho cívico, pois a rivalidade entre as cidades era intensa.       

Da França (mais especificamente da Île-de-France, região a Norte de Paris), o estilo gótico espalhou-se por toda Europa. Na Inglaterra, a primeira construção gótica foi a Catedral de Cantuária de 1174, logo depois seguiram outras obras como a Catedral de Lincoln e a Abadia de Westminster. O gótico alemão abrange todo o território linguístico das populações germânicas além de estender a sua influência à Europa oriental e à Escandinávia, alguns exemplos são: a Catedral de Colonia (Alemanha) e a Catedral de Santo Estevão (Viena- Áustria). Na Espanha e na Itália, o gótico é menos puro, surge “latinizado”, perdendo as suas características mais puras.         Acreditava-se chegar a Deus não apenas pela fé, mas também pela razão, por um esforço do pensamento. Tal conceito pode ser aplicado na arquitectura e explica a grandiosidade das construções complexas e requintadas, ricas em pormenores.

Catedral de Cantuária, Inglaterra

Abadia de Westmister, Inglaterra

Catedral de Lincoln, Inglaterra

Arte Gótica – a Arquitectura - Características

Verticalismo:

O verticalismo das edificações góticas enfatiza as transformações dos ideais estéticos, do gosto e do pensamento filosófico da época traduzidos no plano arquitectónico. Os mestres góticos desenvolveram técnicas, com o conhecimento das leis mecanicas e da resistência dos materiais, que permitiam cada vez mais a verticalização das construções (as flechas da Catedral de Estrasburgo chegam a 142 metros). Tais construções foram possíveis devido à utilização de abóbadas sustentadas por cruzarias ogivais e do arco quebrado em vez do arco de volta perfeita, além do emprego do arcobotante e dos contrafortes.

Arco de Ogiva:

Também conhecido como “arco quebrado”, é formado por dois arcos de círculo que se cortam em ângulo agudo. É o principal elemento da arquitectura gótica.

Abóbada de arcos cruzados:

A abóbada de arcos cruzados é constituída pelo cruzamento de duas abóbadas de berço. As estruturas que suportam o peso da abóbada e que se intersectam em forma de X, tomam o nome de arestas e convergem no ponto mais alto da abóbada, chamado chave da abóbada. É um sistema racional e dinâmico de distribuição e equilíbrio de forças.

Contrafortes e os Arcobotantes:

Os arcobotantes (arcos com a abertura de um quarto de círculo) têm uma função estática definida: eles recebem pressões laterais das abóbadas de cruzaria ogival, descarregam-na sobre os contrafortes (estruturas de sustentação dispostas na parte de fora das paredes exteriores da catedral), e daí, para o chão. São destacados do corpo do edifício e vão até os pilares de sustentação externa, ou seja, aos contrafortes que têm finalidade de reforçar as paredes e de contrariar a pressão descarregada sobre eles.

O Vitral:

A arquitectura gótica é uma arquitectura de paredes transparentes, luminosas e coloridas. O vitral é um importante elemento, pois cria uma atmosfera mística que deveria sugerir, na visão do povo medieval, as visões do Paraíso, a sensação de purificação. A luz externa é filtrada pelos vitrais, dessa forma é criada uma atmosfera luminosa que não parece provir de uma fonte natural, transmitindo ao fiel uma sensação de êxtase.Os vitrais figurativos, além da função da luz, também serviam para mostrar às pessoas que não sabiam ler (e não conheciam as Escrituras) aquilo em que deveriam crer, ou seja, os vitrais também tinham função educativa.   A transparência do vidro colorido sugeria que a luz provinha directamente de Deus.

Rosácea

A rosácea (localizada na zona superior nas fachadas das catedrais) é um elemento muito importante na arquitectura gótica, pois a sua forma circular remete a dois símbolos: o sol, símbolo de Cristo e a rosa, símbolo de Maria. A rosácea também tem a função de constituir fonte de luz.

Principais Construções Góticas

Abadia de Saint Denis –1.ª construção gótica (França)

Catedral de Notre Dame (Paris e Chartres - França)

Catedral de Beauvais (França)

Catedral de Colonia (Alemanha),

Catedral de Lincoln (Inglaterra)

Catedral de Estrasburgo (Alemanha)

Abadia de Westminster (Inglaterra),

Catedral de Siena (Itália)

A Arte Gótica em Portugal

A Arte Gótica em Portugal desenvolveu-se mais tarde que noutros países em consequência da guerra e da escassez de recursos de que o país dispunha na altura para investir numa arte cara e sofisticada.

Alguns monumentos

Mosteiro de Alcobaça

Sé de Coimbra

Sé de Évora

Convento de Santa Clara-a-Velha em Coimbra

Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha

Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa

A Criação da Universidade Portuguesa

A Universidade foi fundada em Coimbra, em 1290, pelo rei D. Dinis, tendo sido ratificada pela bula papal a 9 de Agosto do mesmo ano, pelo Papa Nicolau IV.

A carta régia que deu origem à criação da Universidade de Coimbra data de 1 de Março de 1290, o que faz dela uma a universidade mais antiga de Portugal e uma das mais antigas da Europa.

Seria de esperar que a Universidade tivesse sido criada em Lisboa, visto ser a capital; tal não aconteceu pois D. Dinis achou por bem criar esta instituição num lugar calmo, para uma melhor concentração e um melhor estudo dos alunos.

Aquando da sua fundação, a Universidade de Coimbra oferecia aos alunos as seguintes cadeiras: Medicina, Artes, Direito, Teologia e Cânones.

D. Dinis – O Reinado

Nascido em Santarém, filho de D. Afonso III e de D. Beatriz de Castela, D. Dinis casou em 1282 com Isabel de Aragão, também conhecida como «Rainha Santa».·

D. Dinis subiu ao trono em 1279, aquando da morte de seu pai. Tentando revitalizar a vida económica do reino, procurou reorganizar a administração interna, elaborando um conjunto de leis baseadas na realidade política, económica e social do país, combinadas sempre com uma forte actuação humana.

Normalizou as relações com Castela, estabelecendo-se entre os dois monarcas (D. Dinis e D. Fernando IV de Castela) o Tratado de Alcanizes (1297), que procurava fixar a nossa fronteira de leste com a incorporação das praças alentejanas junto ao Guadiana.

D. Dinis ficou conhecido como «O Lavrador», devido a uma série de medidas que tomou com vista à protecção da agricultura, da pesca e do comércio, orientadas para o desenvolvimento das várias regiões. Procurou ainda, através das inquirições, evitar as crescentes e abusivas usurpações sobre o património régio. A actividade piscatória e salineira registou igualmente um grande incremento durante o seu reinado, com a fundação de numerosas póvoas marítimas e a promoção da construção naval.
O monarca português nacionalizou ainda as ordens militares, criando em 1315 a ordem de Cristo, destinada a manter a cruzada religiosa contra os infiéis, cuja fundação viria a ser confirmada pela bula papal de Março de 1319 Ad ea ex quibus. Esta nova ordem militar viria a ter uma enorme influência no reino, sobretudo na expansão ultramarina dos séculos XV e XVI.       

O final do reinado de D. Dinis foi marcado por violentas guerras familiares, primeiro com o seu irmão (D. Afonso) e depois com o seu filho herdeiro (D. Afonso IV) e o seu filho bastardo (D. Afonso Sanches). Nestas guerras sobressaiu a figura da rainha D. Isabel, que contribuiu, decisivamente, como medianeira em várias esforços, para restabelecer a paz entre pai e filho.     

A D. Dinis se deve a fundação do Estudo Geral Português, em Coimbra (1290), onde se leccionavam artes, cânones, leis, medicina e teologia, e que constitui o primeiro núcleo de estudos universitários em Portugal.·        

Durante o seu reinado, os documentos oficiais passaram a ser escritos no nosso idioma, e o monarca ordenou ainda a tradução para português de obras de renome como as Sete Partidas (conjunto de leis de Afonso, o Sábio) e a Crónica do Mouro Rásis.

D. Dinis ficou conhecido como rei letrado devido às suas composições poéticas, com as quais contribuiu para a escola trovadoresca da lírica galego-portuguesa. A sua corte, tal como a do avô, Afonso X de Castela, foi um importante foco literário, acolhendo o rei vários trovadores da época. São da sua autoria 72 cantigas de amor, 51 de amigo, dez cantigas de escárnio e maldizer, três pastorelas e uma sátira literária. A sua poesia revela uma ligação directa aos modelos provençais, afirmada pelo próprio rei, que chegou mesmo a tecer comentários sobre as suas convenções poéticas. A poesia de D. Dinis é notável pela sua delicadeza e subtileza, por um humor leve, com que aborda alguns motivos, e pelo refinamento estilístico. Entre os seus textos mais célebres, contam-se as Flores do Verde Pino e a sátira Proençais Soen Mui Ben Trovar.

A Vida na Corte no Reinado de D. Dinis

Até ao reinado de D. Dinis, a Corte Real portuguesa era itinerante, e esse nomadismo vinha de certa forma dificultar a criação de uma corte à semelhança das restantes cortes reais dos reinos europeus, fixas e sedentárias. Na realidade, se não se tiver em conta a corte ducal de D. Henrique em Guimarães - e não devemos esquecer que D. Henrique era um conde oriundo da Borgonha - as cortes reais portuguesas podiam quase considerar-se casas modestas e frugais. Não se depara aí com quaisquer luxos, quer no vestuário ou nos hábitos alimentares, na quantidade de cortesãos ou mesmo de animadores da corte. Nas cortes reais portuguesas não se encontrava os centros de cultura e arte, que caracterizavam, por exemplo, as cortes reais, ou mesmo feudais, de França ou até de Castela, Aragão ou Navarra.

Durante o reinado de D. Afonso III, que tinha por rainha uma nobre francesa (D. Matilde de Bolonha, de cujo casamento lhe adveio o título de conde de Bolonha) e que passou uma importante fase da vida em França (por isso cognominado de o "Bolonhês", de Boulogne), de alguma forma o status quo foi alterado. Durante este período deu-se inclusivamente um enorme florescimento da poesia jogralesca em Portugal, e pensa-se que esta seria a fase em que a corte real portuguesa contou com um maior número de poetas no seu corpo permanente de jograis.         

A frágil situação económica da corte e as próprias contingências da guerra da Reconquista contra os Árabes dificultaram a criação de um espaço social, cultural, político e administrativo, digno da denominação de Corte. Por outro lado, também não havia em Portugal uma nobreza culta e instruída. Pelo contrário, era fraca de valores materiais e culturais, e intelectualmente muito atrasada, dedicada basicamente à caça e às artes da guerra, aplicando muitas vezes, segundo alguns autores, na vida social, e mesmo na vida familiar, as técnicas guerreiras usadas contra os mouros.· 

Na verdade, os verdadeiros centros de cultura eram os mosteiros, e a classe intelectual era o clero. Era aí que se tomava contacto e se estudavam os textos bíblicos e clássicos, e se desenvolvia uma cultura monárquica característica desta época. Foi nestes centros que nasceu uma comunidade alfabetizada, que sem dificuldades se impôs culturalmente às restantes classes. Mesmo no que diz respeito à arte, mais propriamente à pintura, os mosteiros foram-se tornando, um pouco por toda a Europa, centros de produção artística, formando mesmo escolas, que se celebrizaram e, em alguns casos, rivalizaram em termos de qualidade artística.

No reinado de D. Dinis e D. Isabel de Aragão, deu-se outro ponto de viragem. A princesa aragonesa introduziu alguns aspectos inovadores, e o próprio rei D. Dinis era um homem considerado culto para a sua época, grande instigador da poesia trovadoresca e ele próprio um poeta.

Nas restantes cortes europeias, nasceu o gosto pela literatura poética trovadoresca, que exaltava as qualidades cavalheirescas e os feitos e valores da honra e dos romances platónicos entre os cavaleiros e as suas damas, bem como os heroísmos atingidos durante as Cruzadas. Junto dos reis, ou mesmo junto dos grandes senhores feudais, reuniu-se um grupo relativamente grande de homens, vassalos, que ocupavam os seus dias entre a caça a cavalo, banquetes, torneios e treinos de duelos, liças e justas, e ocasionalmente em batalhas e guerras reais.   

Também a corte real portuguesa, deixando a sua monotonia inicial, se começava a parecer cada vez mais com as suas congéneres europeias, à medida que avançava a baixa Idade Média.

A Lenda Da Rainha Santa Isabel

D. Isabel, a mulher de D. Dinis, ocupava todo o tempo que tinha a fazer bem a quantos a rodeavam, visitando e tratando doentes e distribuindo esmolas pelos pobres.

Conta a lenda que o rei, que tinha muito mau génio apesar de ser também bondoso, se irritou por ver a rainha sempre misturada com mendigos, e proibiu-a de dar mais esmolas.

Certo dia, viu-a sair do palácio às escondidas, foi atrás dela e perguntou-lhe o que levava escondido por baixo do manto. Era pão para distribuir pelos pobres. Mas ela, aflita por ter desobedecido ao rei, disse:

- São rosas, Senhor!

- Rosas? Rosas em Janeiro? - duvidou ele - Deixai-me ver!    De olhos baixos, a rainha Santa Isabel abriu o regaço e o pão tinha-se transformado em rosas, tão lindas como jamais se viu.

As Primeiras Peregrinações

Uma peregrinação é uma jornada realizada por um devoto de uma dada religião a um lugar considerado sagrado por essa mesma religião.

O termo "Peregrino" apareceu na nossa língua na primeira metade do século XIII, para denominar os cristãos que viajavam a Roma ou à Terra Santa (onde actualmente se encontra o Estado de Israel e os territórios palestinos) para visitar os lugares sagrados, às vezes como castigo auto-imposto com o objectivo de pagar determinados pecados e outras vezes para cumprir penas canónicas. Desses peregrinos surgiria mais tarde a ideia das Cruzadas, enviadas para "reconquistar" os lugares que os cristãos consideravam sagrados e que estavam em poder de povos de outras religiões.·

O acto de peregrinar e as peregrinações ocorrem desde os tempos mais remotos, mesmo nos chamados tempos primitivos em que predominavam os costumes ou ritos pagãos. Existem escritos de locais de peregrinação muitas vezes escondidos pela própria religião cristã, como o caso da Catedral de Santiago de Compostela que pode ter sido construída onde passaria antes uma outra rota mais antiga, a peregrinação a Finisterra (fim-da-terra), à costa Ocidental para ver o deus Sol a "morrer" no mar e que no dia seguinte ressuscitava no Oriente.

OS Caminhos para Santiago de Compostela

Rota de Santiago de Compostela

A Basílica de Santiago de Compostela é o ponto final dos Caminhos de Santiago

 

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