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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de História - 10º Ano |
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A Reforma Protestante Autores: André Freire Escola: [Escola não identificada] Data de Publicação: 23/06/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a reforma protestante, realizado no âmbito da disciplina de História (10º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Individualismo Religioso e Críticas á Igreja Católica Nos finais da Idade Média a Cristandade e a Igreja romana viveram tempos difíceis. O cortejo de fomes, pestes e guerras, em que os séculos XIV e XV foram férteis, fez renascer os terrores apocalípticos e as preocupações com a salvação da alma, tanto mais se acreditava serem as calamidades punições divinas para os pecados dos homens. Ao contrário do que, hoje em dia é esperada pela igreja, nesta altura em vez de apoiar os crentes em tempo de angústia, a igreja oferecia uma triste imagem de desunião. De 1378 a 1417, o Cisma do Ocidente manteve a Cristandade divina na obediência a dois papas: - Um residia em Roma outro estava em Avinhão
A quem iria a igreja obedecer? O fim do cisma não significou o fim da crise da Igreja. Os papas do Renascimento não foram modelos de virtudes nem de concórdia cristã. Inocêncio VIII e Alexandre VI nunca esconderam os seus filhos, que cumularam de honras e riquezas. Leão X (doc.6 , pág.106) escandalizou com o luxo da sua corte. Os maus exemplos frutificavam há muito no seio da hierarquia religiosa. Bispos e prelados acumulavam benefícios e ausentavam-se das paróquias, o clero regular revela-se ignorante e relaxado. De modo que houve uma reacção quase que imediata por parte da Cristandade, desde o século XIV, há alterações nas práticas religiosas e violentas criticas á Igreja. Hierarquia Religiosa
Resumindo
As críticas à Igreja De início as críticas à Igreja tinha um carácter herético Negação ou dúvida de algumas das verdades da Fé católica por um cristão baptizado. Na Inglaterra, por volta de 1380, Wiclif, professor de Oxford, pôs em dúvida a utilidade do clero e o valor dos sacramentos. Apelou para o estudo directo da Bíblia, considerado por ele como a única fonte de fé. Associou-se a esta heresia o movimento dos lolardos, padres pobres que se aliaram aos camponeses na sua luta contra os senhores. As ideias de Wicliff receberam um bom acolhimento, na Boémia, por parte de Jan Huss, reitor da universidade de Praga. Pugnou pela criação de uma Igreja nacional, desligada da obediência do Papa, e defendeu a possibilidade de os leigos praticarem a comunhão sob as duas espécies ( do pão e do vinho ), reservada apenas ao clero. Jan Huss mereceu a condenação do Concílio de Constança, em 1415 sendo levado á fogueira. Condenado como herético, surge-nos o nome do monge Savoranola, que também morreu na fogueira em 1498. Este em Florença atreveu-se a denunciar os vícios do clero e do papa Alexandre VI, além de instigar á revolta contra a família Médicis. Ninguém melhor que os humanistas soube, no entanto traçar o quadro dos abusos da Igreja. Criticaram a corrupção e a hiprocrisia do clero em geral, não poupando a ambição dos papas, cardeais e bispos. Com a palavra dos humanistas preparou-se o terreno para a Reforma.
Ruptura Teológica A Reforma da Igreja concretizou-se, efectivamente, no século XVI, custou a unidade cristã. A Martinho Lutero, monge agostinho alemão, coube dar o passo decisivo. Este passo passou fundamentalmente pela obra escrita por este Von weltlicher Oberkeit wie weit man ihr Gehorsam schuldig sei (De longe, se tem uma secular superior e obediência devida), em 1523, em que consiste uma detalhada exposição das ideias políticas e que, como o título indica, lida com a autoridade temporal. A questão das indulgências Várias leituras bíblicas, entre elas a das Epístolas de São Paulo, permitiram a Lutero vislumbrar a solução para o problema da salvação da alma, inspirando-lhe uma verdadeira ruptura teológica no seio do cristianismo. Ficou conhecida por Reforma Protestante e foi despoletada pela questão das indulgências. A justificação pela Fé e a doutrina da predestinação A justificação pela Fé é a grande base doutrinária da reforma praticada por Lutero. Lutero fez assim da justificação pela Fé nova doutrina da salvação . Sendo assim Lutero, considera a Fé uma questão de eleição, de graça divina. E como apenas alguns mereciam da parte da Deus a Fé ardente que os salvaria, independentemente das acções praticadas, diz-se que o luteranismo abriu o caminho à teoria da predestinação. Primazia da Palavra sobre o rito; sacerdócio universal; desvalorização dos sacramentos; a relação do crente com Deus Lutero rejeitava as obras de Padres da Igreja e as decisões dos consílios que, como simples palavras humanas, estavam sujeitas á crítica e á revisão, considerando a Bíblia como única fonte de Fé e autoridade doutrina. Este rejeitou o culto da Virgem e dos Santos, por considerar que nenhum mediador entre Deus e os homens era necessário Em Resumo Para Lutero a prática cristã define-se pela relação pessoal do crente com Deus e não pelo comprometimento com regras, leis e ritos estabelecidos pelos homens. Para este reformador, a vida religiosa é acima de tudo, uma acção de amor fraternal e incondicional a Deus, a quem se devia expressar uma fé profunda.
As Igrejas Reformadas O luteranismo rapidamente se expandiu pela Alemanha. Burgueses, príncipes e pequena nobreza aderiram ao luteranismo atraídos por convicção e interesse visto que esta doutrina lhes permitia apoderar-se dos bens da Igreja alemã, que deveriam ser dispensadas dos votos religiosos.
Os camponeses,
também esperaram vir a obter alguns desses bens, vendo na pregação de
Lutero o anúncio do reino de Deus sobre a terra. Dϋrer Cranach Lucas Cranach, o Jovem
O calvinismo João Calvino exerceu uma influência internacional no desenvolvimento da doutrina da Reforma Protestante, à qual se dedicou com a idade de 30 anos, quando começou a escrever os "Institutos da religião Cristã" em 1534 (publicado em 1536).Obra, que foi revista várias vezes ao longo da sua vida, em conjunto com a sua obra pastoral e uma colecção massiva de comentários sobre a Bíblia, são a fonte da influência permanente da vida de João Calvino no protestantismo. Abandonou o seu país em 1543, na sequência de perseguições religiosas. Fixou-se em Genebra, onde publicou a tradução francesa do seu livro. Igualmente a Lutero, Calvino baseia o cristianismo na justificação pela Fé, no sacerdócio universal e na autoridade exclusiva da Bíblia. Introduziu, porém, algumas alterações que dotaram a nova doutrina de um maior rigor e, até, inflexibilidade. Em primeiro lugar ele entende a predestinação como absoluta ao afirmar que o ser humano jamais perderia a graça da Fé. O Calvinismo também defende uma Teologia Aliancista e os Sacramentos como meio de graça, Santa Ceia e Batismo, incluindo o Batismo infantil. Calvino na sua principal obra, as Institutas diz: "Eis aqui por que Satanás se esforça tanto em privar nossas criaturas dos benefícios do batismo; Sua finalidade é que se esquecermos de testificar que o Senhor tem ordenado para confirmar as graças que ele quer nos conceder pouco a pouco vamos nos esquecendo das promessas que nos fez a respeito disto. De onde não só nasceria uma ímpia ingratidão para com a misericórdia de Deus, mas também a negligência de ensinarmos nossos filhos no temor do Senhor, e na disciplina da Lei e no conhecimento do Evangelho. Porque não é pequeno estimulo sabermos que educá-los na verdadeira piedade e obediência a Deus. E saber que desde seu nascimento foram recebidos no Senhor e em seu povo, fazendo-os membros de sua igreja." (CALVINO, 1999, p. 1069.) O calvinismo deveria ser austero e disciplinado, ou seja: As pessoas não tinham direito a excessos de luxo, e conforto, sem esbanjamento matriana. Outros Trabalhos Relacionados
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