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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de História da Cultura e das Artes - 10º Ano |
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Pos Impressionismo Autores: Paula Fariña, Rubina Andre, Sara Afonce. Escola: Escola da Apel Data de Publicação: 22/06/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a expressão artítica Pos Impressionismo, realizado no âmbito da disciplina de História da Cultura e das Artes (10º ano). Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Pos impressionismo Pós impressionismo é a expressão artística utilizada para definir a pintura e a escultura no final do impressionismo, por volta de 1885, marcando também o início do cubismo, já no início do século XX. O pós-impressionismo tinha como objectivo encontrar novos caminhos para a pintura. Os artistas desta época começaram por acentuar a cor e bidimensionalidade das pinturas. A maioria de seus artistas iniciou-se como impressionista, partindo daí para diversas tendências distintas. Nas obra pós-impressionistas os artistas não voltavam a representar fielmente os preceitos originais do impressionismo, Sentindo-se limitados e insatisfeitos pelo estilo impressionista, alguns jovens artistas queriam ir mais além, ultrapassar a Revolução de Manet. Aí se encontra a génese do novo movimento, que não buscava destruir os valores do grande mestre, e sim aprimorá-los. Insurge-se contra o impressionismo devido à sua superficialidade ilusionista da análise à realidade. Movimentos impressionistas como o Pontilhismo ou o Divisionismo nunca são chamados pós-impressionistas mas sim de neo-impressionistas. Van Gogh Vincent Willem Van Gogh, nasceu na Holanda a 30 de Março de 1853 e foi um dos artistas impressionistas mais conhecidos. Nas suas obras podemos encontrar o realismo expressionista, influências de Delacroix, pois foi seu discípulo em Paris, e dos restantes Impressionistas da altura. Nas suas obras predominam os tons claros e vibrantes de cor, característicos da sua época, assim como o desenho anguloso e violento reinventado pelos pós-impressionistas. São utilizadas cores contrastadas e arbitrárias (cor que não tem qualquer relação realista ou natural com o objecto que representa, mas que pode ter significado emocional ou expressivo) As formas apresentam-se sinuosas e flamejantes com pinceladas largas e pontilhadas, arrastadas e matéricas.
Exemplo da pintura de Van Gogh, ‘Sapatos’ Pontilhismo O Pontilhismo é uma técnica de pintura, com base no movimento impressionista, em que pequenas manchas ou pontos de cor provocam, pela justaposição, uma mistura óptica nos olhos do observador (imagem). Esta técnica baseia-se na lei das cores complementares. Trata-se de uma consequência extrema dos supostos ensinamentos dos impressionistas, segundo os quais as cores deviam ser justapostas e não entre mescladas, deixando à retina a tarefa de reconstruir o tom desejado pelo pintor, combinando as diversas impressões registadas. A técnica de utilização de ponto coloridos justapostos também pode ser considerada o culminar do desprezo dos impressionistas pela linha, uma vez que esta é somente uma abstracção do Homem para representar a natureza. Esta técnica foi criada na França, com grande impulso de Georges Seurat e Paul Signac, nos idos do século XIX.
Exemplo de Pontilhismo, autor desconhecido Paul Cezanne Paul Cézanne foi um artista pós-impressionista, discípulo de Pizarro, nasceu em França a 19 de Janeiro de 1839. A sua pintura varia pelos temas de paisagens, natureza-morta e retrato onde podemos observar a luminosidade, o rigor da forma, e o volume. Paul Cézanne proferiu: « Tudo na Natureza se modela como esferas, cones e cilindros» Nas suas obras a cor era aplicada com pinceladas curtas com carácter pontilhista, grandes massas de tinta e cores galantes. Dependendo do tema, o artista variava entre as cores vivas e as mais ténues, numa adaptação perfeita ao momento exacto.
Exemplo da pintura de Paul Cézanne, ‘Pyramid of Skulls’ (Pirâmide de Caveiras Paul Gauguin Paul Gauguin nasceu em Paris a 7 de Julho de 1848. Foi discípulo de Pizarro e contactou com Cézanne e Van Gogh. Recebeu influências das estampas japonesas, da arte medieval e do vitral. Na sua pintura observa-se a simplificação e sintetização das formas, é utilizada uma linha de contorno negro que nos restringe as figuras constituídas por cores planas. As suas obras apresentam temas inspirados na natureza (orquestrada pelo pintor - carácter alegórico, simbólico, místico, idílico e sugestivo) onde as formas bidimensionais e estilizadas, sintéticas e estáticas marcam o espaço. O pintor utiliza cores anti-naturalistas, simbólicas, alegóricas e exóticas. «Se vir uma arvore verde, pinte-a tão verde quanto possível. Um quilometro de verde é mais verde que meio quilometro. Porque não exagerar na pintura, do mesmo modo que os poetas empregam as metáforas? Curve mais um ombro se isso torna o corpo mais bonito. Faça-os mais brancos se assim fica melhor. Mova os galhos das arvores ainda que não sopre vento.» Paulo Gauguin O artista defendia que: a pintura não é a cópia da realidade, mas sim a sua transposição mágica, imaginativa e alegórica.
Exemplo da pintura de Paul Gauguin, ‘The Spitit of the dead keep watch’ (O espírito dos mortos continua a observer) Simbolismo O simbolismo tratou-se de uma reacção contra o percurso representativo e objectivo da arte vingente (o naturalismo, o realismo e o impressionismo) Este valoriza, em oposição às outras correntes artísticas: a subjectividade, a interioridade e a sublimação da realidade visível Baseou-se em estados emocionais (angustias, sonhos e fantasias) e valorizou temas históricos, literários, mitológicos, religiosos, filosóficos e quotidiano. Usados como símbolos que o espectador devia descodificar. A cor, a linha e as forma não reproduzem a realidade natural, mas sim a espiritual e a arte não é fiel o motivo que lhe deu origem.
Exemplo de Simbolismo. Autor desconhecido. Emile Bernard Emile Bernard nasceu em Paris, a 28 de Abril de 1969. Foi amigo e confidente de Vincent Van Goh e herdou muitas das suas técnicas e gostos, observáveis na sua pintura. Foi pouco conhecido na sua época tal como hoje em dia por vezes permanece no anonimato. É conhecido acima de tudo pela sua relação intima com Van Gogh e pelas obras bibliográficas que escreveu acerca do amigo. «Deve-se pintar com base na lembrança que se conserva do motivo; a memória regista as impressões e apenas preserva o essencial do motivo, um núcleo onde se concentram não só as qualidades substanciais do modelo, mas também, as condicionadas pela perspectiva.» Emile Bernard A sua pintura é tipicamente pós-impressionista. Utiliza cores contrastantes e planas, as figuras encontram-se sob uma linha de contorno negra e grossa que as destaca dos fundos galantes. A pincelada é grossa e matérica.
Exemplo da pintura de Emile Bernard,’ Mulheres Britânicas num campo relvado’ Sintetismo
Tem origem na pintura de
Gauguin e busca a simplificação da forma através de superfícies planas
de cor delimitadas por linhas em preto. É outra subcorrente do
Simbolismo.
Exemplo de Sintetismo. Obra de Fellix Valloton Les Nabis Les Nabis, ou simplesmente Nabis, foi um grupo de jovens artistas pós-impressionistas vanguardistas da última década do século XIX. Paul Sérusier impulsionou Les Nabis, arranjou o nome e a grande influência, Paul Gauguin. A palavra Nabi deriva do árabe, da palavra profeta. Pierre Bonnard e Edouard Vuillard tornaram-se os mais conhecidos do grupo, mas na altura estavam um pouco afastados dos restantes membros. Conheceram-se na Académie Julian, e depois em casa de Paul Ranson, e chegaram à conclusão que: «uma obra de arte é o produto final da expressão visual e sentimental do artista». Receberam muitas influências simbolistas e abriram caminho às obras abstractas prematuras e à arte não figurativa. Entre o grupo estava Maurice Denis, cujos trabalhos jornalísticos fizeram publicidade a Les Nabis. Tinha uma definição para arte produzida pelo gupo, que se aproximava bastante da realidade — "uma superfície lisa coberta de cores organizadas". As suas Théories (1920; 1922) levaram a arte Nabis muito para além da sua extinção devido ao Fauvismo e Cubismo.
Les Nabis- membros do grupo. Pierre Puvis de Chavannes Pierre Puvis de Chavannes nasceu no dia 14 de Dezembro de 1824 e foi discípulo de Antoine Delacroix. É conhecido pela sua pintura de murais e foi presidente e co-fundador da Sociedade Nacional de Belas Artes em Paris. A sua pintura caracteriza-se pelos temas fantasiosos, de sonho, o inconsciente. A pintura é acima de tudo simbolista com um carácter fantasioso tanto das cores como das formas, obrigando o observador à análise da obra. A cromatização da obra não prima pela variedade tónica, as obras têm tons muito próximos que por vezes confundem os planos e as formas.
Exemplo da pintura de Chavannes, ‘Mulher sentada numa posição clássica’ Gustave Moreau Gustave Moreau nasceu a 6 de Abril de 1826. Inspirou-se na literatura, na mitologia e na religião. As suas obras apresentam formas difusas e sem linha de contorno, confundindo-se a forma com o fundo. Utiliza cores ricas e luxuriantes e temas como a fantasia, sensualidade e misticismo.
Exemplo da pintura de Moreau, ‘O triunfo de Alexandre’ Odilon Redon Odilon Redon nasceu em Bordeaux a 20 de Abril de 1840, foi o mais simbolista dos simbolistas. A sua arte é poética e valoriza o sobrenatural, o oculto e as visões extra-sensoriais. As suas composições são delicadas e sensíveis, valorizando o inconsciente. Os materiais mais utilizados foram o pastel e a gravura.
Exemplo da pintura de Redon, ‘Retrato de Violette Heymann’. Maurice Denis Maurice Denis nasceu a 25 de Novembro de 1870. Era jornalista e pintor. Escreveu as proposições (princípios) dos Nabis em : Teorias do Simbolismo de Gaugin a uma Nova Ordem Clássica As suas obras têm inspiração oriental e foi mais conhecido pela pintura de murais. No entanto, este artista não é totalmente reconhecido pelas suas obras, grande parte do seu sucesso deve-se ao trabalho que realizou com os Nbis, este era que os promovia através da imprensa, onde trabalhava.
Exemplo da pintura de Denis, ‘Psique á abandonada pelos pais no cimo da montanha’ Conclusão Com este trabalho concluímos que o pós-impressionismo foi o período de gloria para aqueles artistas que pretendiam quebrar as regras e os cânones, formar um novo estilo livre, onde primava a expressão, o sentimento, a emoção. Fartaram-se das limitações dos estilos anteriores e criaram um estilo individualista, onde o Homem expõe o que pensa, o que vê, o que sente, sem medos nem receios. O pós-impressionismo é o estilo da liberdade, da expressão e da emoção. Criaram-se novas técnicas, novas formas de expressão, como o pontilhismo, o sintetismo, o simbolismo, o cubismo, etc. os artista procuravam a novidade técnica e formal. Inspiraram-se nos países orientais e absorveram as suas tradições, criaram, recriaram, sempre à sua maneira. Com os materiais que queriam, os suportes que queriam, os temas que queriam. LIBERDADE! É a palavra de ordem! Bibliografia comminfo.rutgers.edu/~mjoseph/CP/MD.html pt.wikipedia.org/wiki/Maurice_Denis pt.wikipedia.org/wiki/Gustave_Moreau pt.wikipedia.org/.../Pierre_Puvis_de_Chavannes www.diretoriodearte.com/uncategorized/nabismo/ http://images.google.pt/images?hl=ptPT&gbv=2&q=emile%20bernard&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi pt.wikipedia.org/wiki/Simbolismo http://images.google.pt/images?um=1&hl=pt-PT&gbv=2&tbs=isch:1&sa=3&q=simbolismo&btnG=Pesquisar+imagens DICKINS, Rosie e GRIFFITH Mari; INTRODUÇÃO À ARTE com ligações na Internet, em parceria com The National Gallery, Londres; Editora Estampa. PINTO, Ana Lídia; MEIRELES, Fernanda; CAMBOTAS, Manuela Cernada – História da Cultura e das Artes, 11º ano, 3ª Parte, Porto Editora COLECÇÃO TESOUROS ARTÍSTICOS DO MUNDO, Volume IX ‘Uma artes de ruptura, do realismo ao impressionismo’; Ediclube. Fichas informativas fornecidas pelo docente. Outros Trabalhos Relacionados
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