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Trabalhos de Estudantes Trabalhos de Música- 5º Ano |
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Flauta de Bisel e Fado Autores: Ana Rita Ferraz Escola: Escola E. B. 2,3/S de Baião Data de Publicação: 02/07/2010 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a Flauta de Bisel e o Fado, realizado no âmbito da disciplina de Música (5º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Fado A origem do fado, um estilo musical tipicamente português, é de difícil localização temporal e geográfica. Mesmo assim, pensa-se que o fado de Lisboa terá nascido a partir dos cânticos do povo muçulmano, marcadamente dolentes e melancólicos. Outras teorias apontam para a origem do fado no lundum, música dos escravos brasileiros que teria chegado até nós através dos marinheiros, cerca de 1820. Outra hipótese remete para os trovadores medievais cujas canções contêm características que o fado conserva. As cantigas de amigo revelam semelhanças com alguns temas recorrentes do Fado de Lisboa, assim como as cantigas de amor possuem a áurea romântica do Fado de Coimbra. A crítica política e social tão típica do Fado tem correspondência nas cantigas de escárnio e maldizer. Nos centros urbanos de Lisboa e do Porto, o fado é um fenómeno situado nas zonas mais antigas da cidade, e é cantado em casas típicas, onde a decoração alusiva ao fado - o xaile negro e a guitarra portuguesa - está sempre presente. Os temas mais recorrentes passam pelo amor, a tragédia, as dificuldades da vida, e a saudade, daí o seu tom triste e lamentoso. A ideia do destino (a palavra fado deriva do latim fatum, que significa destino) como uma força implacável que está para além da vontade humana é essencial para a compreensão deste estilo musical. A figura de Maria Severa (1820-1846) permanece como a mítica representante do fado lisboeta de meados do século XIX, tendo mesmo sido objecto de um romance e peça de teatro com o seu nome, posteriormente adaptada ao cinema por Leitão de Barros. Já no século XX, o Fado tem em Amália Rodrigues (1920-1999) a sua embaixatriz nos maiores palcos de todo o mundo, onde a sua voz interpretou canções como "Povo Que Lavas No Rio", "Foi Deus", e "Vou Dar De Beber À Dor". Outros fadistas que fizeram a história deste estilo musical incluem Carlos do Carmo, Carlos Ramos, Alfredo Marceneiro, Fernando Maurício, Hermínia Silva, Lucilia do Carmo, Maria Teresa de Noronha, António Mourão, Rodrigo, Tristão de Silva, e Maria Alice, entre muitos outros. Nas décadas de 80 e 90, novas gerações surgiram, das quais se destacam Nuno da Câmara Pereira, Dulce Pontes, e Camané, entre outros. O fado de Coimbra estará associado aos temas do amor - realizado nas célebres serenatas à pessoa amada - e do findar de um ciclo da vida concretizado na despedida da universidade. Nesta variante do fado, destaca-se o nome do guitarrista Artur Paredes - pai de Carlos Paredes - , intérprete inovador do estilo coimbrão de tocar guitarra. Grandes nomes do fado de Coimbra incluem Edmundo Bettencourt (1889-1973), António Menano, e Armando Goes, entre outros. É de destacar ainda a figura de Augusto Hilário (1864-1896), natural de Viseu e estudante universitário em Coimbra, que se notabilizou como singular cantor de fado e tocador de guitarra, e cujo estilo ficou imortalizado como Fado Hilário. Os principais instrumentos do Fado são: as tão conhecidas Guitarras Portuguesas.
Fig. 1 - Amália Rodrigues FLAUTA DOCE OU DE BISEL A SUA CONSTITUIÇÃO A FLAUTA DOCE ou de BISEL tem o tipo de embocadura, constituída por um bloco que é encaixado em um “bico” formando um canal de ar por onde deve ser conduzido o sopro. No fim do canal há uma lâmina de madeira posicionada de modo a servir de “obstáculo” ao ar, provocando sua vibração e a consequente formação do som. O formato e afinação da flauta doce sofreram modificações ao longo dos séculos: na Idade Média utilizavam-se modelos cilíndricos, que podiam ser construídos em madeira, bambu ou osso, com número de orifícios variáveis, sendo uma das mais utilizadas a “flauta de 3 furos”, instrumento tocado com uma única mão para que a outra pudesse simultaneamente tocar um tambor.
Fig. 2-Flauta de Bisel ORIGEM O aparecimento da flauta de bisel foi provavelmente no século XII, sendo o seu aparecimento uma grande evolução para os instrumentos populares. Mas, infelizmente não chegou até aos nossos tempos algum exemplar daquela época tornando obrigatória a recorrência a fontes iconográficas para o estudo da sua história. As flautas de bisel mais antigas que se conservaram até hoje são do século XV/XVl. A História O instrumento mais antigo e completo sobrevivendo, é a chamada flauta doce de Dordrecht datada de meados do século XIII. Esta “flauta doce medieval” é caracterizada obviamente por seu corpo estreito e cilíndrico (o transcurso largo do tubo interno no meio do instrumento é responsável pela afinação e resposta sonora) A segunda flauta doce medieval mais ou menos completa e datando do século XIV foi reportado de Göttingen (norte da Alemanha) onde foi achada em uma latrina na Weender Straßer número 26 em 1987. A “flauta doce de Göttingen” faz parte da coleção do Stadtarchäologie Göttingen. No século XV a flauta doce se desenvolveu e passou a ser chamada como a “flauta da renascença” que alcançou seu apogeu em meados do século XVI. Durante o século XVII foi mais usada como instrumento solo. Antes era composta de uma ou duas partes, neste século ela já era formada por três partes. Sua feição permitia produzir som com mais intensidade e com mais possibilidade de expressão. Muitas dessas formas ainda existem nos dias de hoje em condições de uso. Assim a flauta foi sendo usada até se tornar um século XVIII profissionalmente, e como instrumento amador no século XIX, até que foi sendo quase que substituída pela flauta transversal. A flauta doce alcançou seu espaço no Novo Mundo, a partir do momento em que os colonizadores perceberam que os índios utilizavam uma cana como instrumento que era assemelhada a flauta doce. A presença física de flautas doce na América do Norte foi documentada já em 1633 quando um inventário de uma plantação em New Hampshire listou 15 flautas doces, e um inventário semelhante feito em outra proprieda de New Hampshire informou a presença de 26 flautas doce (Música 1983; Pichierri 1960: 14). Depois do surgimento da orquestra clássica, os compositores procuravam instrumentos com maiores recursos dinâmicos. Assim, começa o declínio da flauta doce perante a flauta transversal que já por volta de 1750 praticamente desaparecia do repertório de qualquer compositor. Assim a flauta doce ficou presente apenas na história dos instrumentos musicais. Somente no final do século XIX que alguns músicos começaram a ter contato com este instrumento novamente, através das antigas, através de literaturas musicais existentes no museu. Como por exemplo Cristopher Welch (1832-1915) e Canon Francis Galpin. Galpin, além de estudar este instrumento, ensinou sua família a tocá-lo. Mas foi o inglês Arnold Dolmetsch (1858-1940) que concluiu que a flauta doce só renasceria se sua reconstrução recebesse mesmo tratamento dos demais instrumentos. O fruto de suas pesquisas o permitiu construir um quarteto de flautas e tocá-las com sua família em um concerto histórico no Festival Haslemere em 1926. Seu filho Carl se tornou um virtuoso no instrumento e elevou-o a um nível de alta interpretação. Esse conjunto de flautas feitos por Arnold Dolmetsch, foram copiadas e produzidas em série na Alemanha, onde se tornaram muito populares. Tubos de bambu foram introduzidos em escolas dos E.U.A. nos anos 1920 e depois nas escolas da Grã-Bretanha, quando Hilda King, diretora de uma escola em Londres, começou a ensinar seus alunos em 1926. O “_rémio de Flautistas de Bambu”, fundado por Margaret James em 1932, foi patrocinado por Louise Hanson-Dyer na França, onde ela pôde promover compositores como Auric, Ibert, Milhaud, Roussel, Poulenc, Arthur Benjamin da Austrália e Margaret Sutherland, para escrever para este meio. Em 1935 Edgar Hunt introduzia o ensino de flauta doce nas escolas primárias inglesas, e em 1937 foi fundada a “Society of Recorder Player”. Aos poucos a flauta doce ressurgia e os compositores começaram a escrever para o instrumento. Com o aumento do número de grandes intérpretes a flauta doce se tornou um instrumento de pesquisa e técnicas alternativas de execução. Hoje em dia as flautas doces fabricadas possuem um som mais suave do que as flautas do século XVIII nas quais elas ao baseadas. No entanto, estas flautas doce neobarrocas permanecem como instrumentos para solo. Temos também hoje, a produção em série de flautas de plástico a partir de cópias de originais como, por exemplo, as japonesas Yamaha, Aulus e Zen-on, além de uma série de edições modernas facsímiles e edições antigas e manunscritos editados na Europa. Hà o conhecido fundo musical(para quem assistiu e prestou atenção).,”may it be” que toca sempre em momentos eswpeciais dos Hobbits, como Frodo lembrar do condado, ou quando lembra de Bilbo,e geralmente nas primeiras cenas(a sociedade do anel)e no final,pra fechar. A Família da Flauta de Bisel As flautas de bisel não são todas iguais. As mais pequenas têm um som mais fininho (AGUDO) e as maiores têm um som mais grosso (GRAVE). Por essa razão podemos dizer que as flautas de bisel são uma grande família. Constituída por:
Fig.3-Família da Flauta de Bisel
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