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Trabalhos de Português - 10º Ano

 

Ficha de Leitura: O Pagador de Promessas

Autores: Nathalia Machado

Escola: [Escola não identificada]

Data de Publicação: 04/08/2011

Resumo do Trabalho: Ficha de Leitura da obra: "O Pagador de Promessas" do autor Dias Gomes, realizado no âmbito da disciplina de Português (10º ano). Ver Trabalho Completo

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Ficha de Leitura: O Pagador de Promessas

Título: O Pagador de Promessas

Autor: Gomes, Dias

Editora: Bertrand Brasil

Informações sobre o autor: Dias Gomes nasceu em Salvador (BA) sendo membro de uma família de classe média que o estimulava nas atividades culturais. Assim, desde a infância interessou-se pela literatura e por representações teatrais. Escreveu sua primeira peça “A Comédia dos Moralistas” aos 15 anos de idade, em 1937. Embora não tenha sido encenada, a obra foi premiada e publicada pelo Serviço Nacional de Teatro.

Outras Obras do autor: Os Fugitivos do Juízo Final, A Revolução dos Beatos, O Santo Inquérito, O Berço do Herói, A Invasão, Campeões do Mundo, Vargas, O Rei de Ramos, Meu Reino por um Cavalo entre outras.

Resumo

O livro é sobre um homem muito humilde, do interior da Bahia, chamado Zé do Burro e sua esposa Rosa. O livro já começa falando sobre uma promessa que o Zé do Burro fez. Ele e sua esposa teriam que ir até a Salvador, que ficava a quarenta e dois quilômetros de onde eles moravam, carregando uma cruz tão pesada quanto a de Jesus Cristo nas costas, até chegar à igreja de Santa Bárbara. O motivo de sua promessa foi o seu burro de estimação, que teria ficado doente pela queda de um galho de árvore na cabeça, então Zé fez uma promessa, se ele se curasse ele iria dividir parte de suas terras para os pobres e iria também carregar uma cruz até a Igreja de Santa Bárbara. Porém, em sua cidade não havia igreja da Santa, então fez a promessa em um terreiro de cancomblé, onde ela é conhecida pelo nome de Iansan.

Chegaram lá no dia da festa de Santa Bárbara por volta das quatro horas da madrugada, exaustos, famintos, pararam para descançar na escadaria da igreja ainda fechada. Rosa já estava muito frustada e começou a se lamentar. Enquanto Zé do Burro esperava ansiosamente, um gigolô avistou Rosa e se encantou pela sua beleza. Ele conseguiu se aproximar do casal, e como Rosa estava exausta e faminta, o rapaz a convenceu de ir com ele para um hotel e descansar um pouco, Zé concordou. No livro, não é declarado que houve traição, porém mais além no livro é bastante insinuado.

Ao amanhecer, o padre abriu as portas da igreja, porém não estava nada feliz com a situção, ao saber que Zé do Burro teria feito a promessa feita em um terreiro de candomblé para Iansan, Santa Bárbara, pela cura de um burro, se recusou a receber Zé e sua cruz, acusando-o de heresia e culto ao demônio. O padre então fechou as portas da igreja e se recusou a abrí-las até que ele fosse embora. Mas como Zé tinha lutado muito para estar alí e não iria voltar para casa sem cumprir sua promessa, ele esperou alí, na escadaria da igreja.

Como era o dia da Festa de Santa Bárbara, as pessoas iam chegando para a procissão, eram atraídas por aquela cena, e nisso a notícia se espalhou. Até que um repórter muito traissoeiro aparece e classifica Zé como o novo Messias, apoiador da reforma agrária e fala que sua promessa é uma campanha política.

Um guarda também aparece e tenta convencer Zé a ir embora e depois, mas ele não aceitou. Com isso, apostas foram feitas quanto ao dia da entrada ou não de Zé e a cruz na igreja. O Padre Superior ficou sabendo da historia, foi à igreja e propôs que Zé pedisse perdão por seu pecado e fosse embora abandonando a cruz, mas ele também não aceitou.

Logo após, Bonitão, como era conhecido o gigolô, comunicou a polícia que deveria haver suspeitas a respeito de Zé do Burro, então apareceu um policial na praça buscando indícios para condená-lo. Rosa, vendo a situação, tentou convender Zé a voltar para casa, mas ele negou. Nessa situação, Rosa teve outra recaída com Bonitão.

Logo após esse momento, chegaram vários policiais para levarem Zé do Burro preso, porém ele se negou a sair dalí, que só sairia morto, ele se exaltou, tirou uma faca de seu bolso e partiu para cima deles. Logo começa uma briga entre todos eles e de repente se houve um tiro, que atingiu a Zé do Burro, o tiro foi fatal, todos ficaram chocados, os policiais foram embora, o padre se sentiu culpado, e algumas pessoas que estavam na praça, ajudaram a colocar seu corpo em cima da cruz, levando-o para dentro da igreja.

Citações:

“Agora eu decidi: só morto me levam daqui. Juro por Santa Bárbara, só morto.”        (Dias Gomes, Pagador de Promessas)

Achei essa parte muito interesante, pois admirei muito sua coragem, principalmente de encarar todos aqueles policiais correndo o risco de realmente ser morto. Ele foi até o fim com sua promessa, tudo pelo seu grande amigo e pela fé que ele tem.

“No meio da praça fica apenas Zé do Burro, deitado com a mão na barriga, tenta inutilmente avançar em direção da igreja, mas cai morto.”

(Dias Gomes, Pagador de Promessas)

Esse trecho é bem no final do livro, é uma parte muito triste pois depois de ele ter lutado tanto para cumprir sua promessa, acabou morto na frente da igreja. Mesmo com as melhores das intenções, todos o interpretaram mal e ele não conseguiu cumprir sua promessa enquanto esteve vivo.

Apreciações:

Eu realmente gostei muito deste livro, achei uma história bem diferente. Quando comecei a ler este livro, já vi que era diferente dos outros, pois o autor consegue fazer com que nós leitores tenhamos cada vez mais interesse em ler o livro.

A história do Zé do Burro também nos ensina a ser pessoas humildes e a não desistirmos do que queremos, nos ensina a ter palavra e ser honestos sempre.

Uma das coisas que me decepcionei foi no final do livro, pois achei muito injusto que ninguém acreditou na sua humildade, pois ele só queria colocar a cruz dentro da igreja, outro fato injusto foi que ele teve que morrer para a promessa dele ser cumprida.

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