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Trabalhos de Psicologia - 12º Ano

 

Psicologia Educacional

Autores: Dina Coelho

Escola: [Escola não identificada]

Data de Publicação: 19/07/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a psicologia educacional (área da psicologia que aborda todas as problemáticas referentes à educação e aos processos de ensino e aprendizagem nas crianças e adultos), realizado no âmbito da disciplina de Psicologia (12º ano). Ver Trabalho Completo

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Psicologia Educacional

Introdução

De entre os temas propostos para o trabalho, a minha escolha recaiu na psicologia educacional, pois para além de ser interessante, acho que é o ramo da psicologia que mais me poderá ajudar futuramente, no ensino superior.

É importante a realização destes trabalhos escritos pois é uma boa forma de participarmos activamente na nossa aprendizagem.

Os objectivos são conhecer esta área, melhorar a minha maneira de recolher dados e elaborar trabalhos e ser outro parâmetro de avaliação na disciplina de Psicologia.

O trabalho irá consistir em:

 

O que é a Psicologia Educacional?

Psicologia Educacional é a área da psicologia que aborda todas as problemáticas referentes à educação e aos processos de ensino e aprendizagem nas crianças e adultos.
Cruza-se assim frequentemente com a Psicologia de Desenvolvimento, que procura compreender o que se desenvolve e modo como tal acontece, desde a concepção até à morte.

A Psicologia Educacional busca incessantemente respostas para questões tais como: quais os mecanismos de aprendizagem promotores de desenvolvimento? Quais as metodologias educacionais mais eficazes? E qual o contexto escolar mais eficiente? A sua abrangente consideração estende-se da especificidade do indivíduo até à política institucional por ele frequentada.

Figura  1: Psicologia Educacional

Aprendizagem

Podemos definir aprendizagem como, uma mudança relativamente estável e duradoura do comportamento e do conhecimento. É uma mudança que se traduz por um hábito ou por uma tendência a responder de uma certa forma numa determinada situação. Esta mudança é resultado do exercício e da experiência, podendo ocorrer de forma consciente ou inconsciente, num processo individual ou interpessoal.
A aprendizagem é um processo cognitivo que implica que o ser humano interaja com o meio, a partir da sua experiência de vida. Para se adaptar, cada um de nós tem de gerir a informação que recebe, tendo em conta as solicitações da situação e as informações que já possuímos. Assim se percebe que face a uma mesma situação, diferentes pessoas aprendam de forma diferente e que o resultado da aprendizagem seja também diferente.   A aprendizagem é um processo pessoal, que envolve a totalidade da pessoa: o seu pensamento, as suas emoções e afectos, a sua história de vida. Ao aprender, modificamo-nos e reorganizamo-nos interiormente. O modo como integramos uma informação ou conhecimentos novos resulta de uma síntese entre o que somos e o que sabemos, entre as representações do mundo que possuímos e o que se nos apresenta de novo. Daí que não se possa ensinar a mesma coisa do mesmo modo a todas as pessoas.         Assim se explica porque razão não aprendemos da mesma maneira as mesmas coisas, mesmo que a informação seja a mesma.

Figura 2: Aprendizagem

Factores da aprendizagem:

. Dinâmica do Ambiente;

. Motivação;

. Conhecimentos Anteriores;

. Experiências Passadas;

. Factores Sociais;

. Expectativas dos pais, dos professores e dos alunos;

. Quantidade de Informação;

. Diversificação das Actividades;

. Planificação e Organização;

. Cooperação;

. Idade;

. Inteligência;

Memória

Inerente aos processos de aprendizagem está a memória. Só a memória nos possibilita reter o que aprendemos, para responder adequadamente à situação presente e nos proporcionar a possibilidade de projectar o futuro. É a memória que assegura a nossa identidade social.

A memória é um processo cognitivo que consiste na retenção e evocação das informações, conhecimentos, acontecimentos e experiências. A memória envolve um conjunto de processos:

. Codificação: preparação das informações sensoriais para serem armazenadas no cérebro.

. Armazenamento: a informação é conservada por períodos mais ou menos longos, para poder ser utilizada quando necessário.

. Recuperação: Quando precisamos, procuramos recuperar e/ou actualizar a informação armazenada, para utilizar na experiência presente.

Tipos de Memória:

. Memória sensorial: é a informação que recebemos pelos sentidos e que é armazenada durante fracções de segundo;

. Memória a curto prazo: designa o armazenamento de informação durante um período limitado de tempo, podendo ser esquecida ou passar a memória a longo prazo;

. Memória a longo prazo: permite conservar dados durante horas, meses ou toda a vida.

A relação esquecimento - memória geralmente, associa-se o termo esquecimento a um valor negativo, sendo muitas vezes considerado uma falha de memória. Contudo, o esquecimento é essencial, porque é a partir do esquecimento que continuamos a reter informações adquiridas. É impossível conservar todos os materiais que armazenamos, portanto o esquecimento tem uma função selectiva e adaptativa: afasta a informação que já não é útil, para podermos adquirir novos conteúdos.

O que faz um psicólogo educacional?

Figura  3: Psicólogo educacional

O psicólogo desta área dedica-se prioritariamente à avaliação e diagnóstico de dificuldades de aprendizagem/necessidades educativas especiais, desenvolvendo e aplicando estratégias de reeducação e intervenção psico-pedagógicas adaptadas às problemáticas individuais. Intervém a nível individual, grupal, institucional ou comunitário. Pode estar presente em instituições como creches, jardins-de-infância, instituições de reeducação, internatos, universidades, etc.

A par da intervenção individualizada com o aluno e a família, frequentemente o psicólogo educacional articula com outros técnicos intervenientes no processo académico, nomeadamente educadores e docentes. Ou seja, interessa-se com a forma como os alunos aprendem e se desenvolvem, por vezes em subgrupos particulares como crianças com determinada deficiência.

Para entender as características dos alunos na infância, adolescência, idade adulta e na velhice, estes psicólogos desenvolvem e aplicam teorias do desenvolvimento humano. Em suma as suas funções são:

. Desenvolvimento de um trabalho cooperado com os pais, educadores, professores e outros agentes educativos;

. Acompanhamento psico-pedagógico;

. Despiste e possível sinalização de problemas de desenvolvimento;

. Promoção de estratégias que potenciem o desenvolvimento cognitivo (atenção, concentração, memória, percepção, raciocínio), afectivo-social (autonomia/ personalidade/ regras), emocional, psicomotor, comportamental e da linguagem;

. Desenvolvimento de estratégias motivacionais;

. É importante referir ainda, que a Psicologia Educacional na escola (tem como função o serviço de psicologia e orientação vocacional - escolar e profissional; métodos e técnicas de estudo; intervenção na elaboração de programas de formação de docentes e inovação educativa; cedência de informação sobre as variáveis que influenciam a actividade docente) não deve ser encarada como um recurso para evitar o fracasso escolar ou melhorar o rendimento dos alunos, pois estes objectivos atingem tal dimensão que só se cumprirão com o envolvimento de todos sem excepção.

Porém, como já referi, oferece quadros teóricos, metodologias e instrumentos, resumindo, em práticas educativas, que fomentam a reflexão, a avaliação contínua e a intervenção pluridisciplinar, que podem caso a caso fazer a diferença. (ver anexos I, II, III)

Metodologias utilizadas:

. Avaliação colectiva ou individual;

. Entrevistas;

. Observação em diferentes contextos (exemplos: sala de aula, recreio);

. Dinâmicas de grupo;

. Sessões de grupo com educadores e professores;

. Participação activa, promoção da tomada de decisão, responsabilização;

. Incentivo de iniciativas de cariz desportivo-cultural;

. Conversas/colóquios/conferências sobre temáticas propostas por alunos, educadores, professores e pais.

Jean Piaget

Piaget foi um psicólogo educacional que deu uma contribuição muito significativa para a nossa compreensão do desenvolvimento mental enquanto processo de interacção. Através de um longo estudo intensivo de crianças, durante longos períodos de tempo – um penoso processo de observações quase infindáveis – Piaget começou a delinear o inexplorado território da mente humana e a produzir um mapa dos estádios de desenvolvimento cognitivo. Piaget propôs, antes de mais, que o desenvolvimento cognitivo se processa em estados de desenvolvimento, o que significa que tanto a natureza como a forma da inteligência mudam profundamente ao longo do tempo. As diferenças não são de grau (os que aprendem com lentidão e os que aprendem com rapidez) mas sim qualitativas. A transformação da mente humana à medida que se desenvolve pode ser comparada com a metamorfose de um casulo numa lagarta e, seguidamente, numa borboleta. Os estádios de desenvolvimento diferem marcadamente uns dos outros e o conteúdo de cada estádio consiste num sistema fechado que determina a forma como compreendemos e damos sentido às experiências (particularmente à experiência de aprender com alguém). Deste modo se pretendermos proporcionar experiências que alimentem e facilitem o desenvolvimento, temos de ter em consideração o sistema intelectual que a criança utiliza num dado momento. O trabalho de Piaget delimitou vários sistemas cognitivos que as crianças usam em diferentes períodos das suas vidas. Cada novo sistema em evolução constitui uma transformação qualitativa fundamental. (ver anexo IV)

Figura  4: Jean Piaget

Conclusão

Como vimos, este trabalho é o resultado de um estudo minucioso que exigiu, no decorrer do mesmo muita análise (foi difícil a escolha dos “subtemas” a abordar) e síntese. Uma das vantagens oferecidas e que considero a mais importante foi o conhecimento que tive a respeito da Psicologia Educacional que até hoje era, para mim, uma área desconhecida. Foi um estudo realmente, muito interessante e instrutivo.

Concluo que a Psicologia Educacional é essencial para o desenvolvimento humano, pois este passa por várias etapas e fases da vida, quer elas sejam significativas ou relevantes, mas o conhecimento está lá. O seu objectivo é a promoção da qualidade do desenvolvimento das pessoas. A educação tem um contributo de máxima importância, a escola da vida e a formação académica definem a cultura e a vantagem que cada um representa entre si. Ou seja, estamos em constante aprendizagem e a educarmo-nos.

Palavras-chave:

Psicologia educacional, psicólogo educacional, desenvolvimento, estádios do desenvolvimento, processos de aprendizagem, motivação, memória, educação, avaliação das competências, diferenças.

Bibliografia

. Sprinthall, Norman A. e Richard C. (1993) Psicologia Educacional. Editora

  McGraw-HILLL. Lisboa

. Monteiro, Manuela e Ferreira, Pedro (2009) SER HUMANO – 2ª Parte. Porto

  Editora. Porto

. Education & Life (2008) Psicologia Educacional. Retirado a 24 de Maio de 2011

  em: http://www.edulife.com.br/index.php?view=category&id=92

  3Apsicologiaeducacional&option=com_content&Itemid=70

. Portal da Psicologia (2008) Psicologia da Educação. Retirado a 24 de Maio de

  2011 em: http://redepsicologia.com/psicologia-da-educacao

. Genialmente (2011) Psicologia Educacional. Retirado a 24 de Maio de 2011

  em: http://www.genialmente.pt/junior/terapia-e-reabilitacao/psicologia

  educacional/

ANEXOS

I – Inventário de hábitos de estudo

II – Teste de inteligência geral

III – Teste de aptidões perceptivas

Os anexos I, II, III são testes que um psicólogo educacional pode utilizar, estes foram fornecidos pela psicóloga escolar, Drª. Maria do Carno.

IV -  Os estádios cognitivos segundo Piaget

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