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Trabalhos de Estudantes

Trabalhos de Química - 10º Ano

 

Determinação do Ponto de Fusão do Naftaleno

Autores: Bebiana Costa Sousa

Escola: Escola Secundária 2,3 Oliveira Júnior

Data de Publicação: 08/08/2011

Resumo do Trabalho: Relatório de actividade laboratorial cujo objectivo foi determinar o ponto de fusão do naftaleno, realizado no âmbito da disciplina de Química (10º ano). Ver Trabalho Completo

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Determinação do Ponto de Fusão do Naftaleno

Objectivos

. Determinar o ponto de fusão do naftaleno.

. Avaliar o seu grau de pureza.

. Utilizar a metodologia de resolução de problemas num caso concreto.

Quando aquecemos uma amostra sólida e esta passa para líquido, é porque atingiu o seu ponto de fusão.

O ponto de fusão de uma substância indica-nos o grau de pureza da mesma, já que :

. Se não há variação de temperatura durante a fusão da amostra, aceitando-se variações de 1ºC, essa amostra é pura;

. Se a amplitude de variação de temperatura for elevada durante a fusão da amostra, esta é impura, ou seja, mistura.

Introdução Teórica

Este trabalho está inserido na área da química.

O ponto de fusão de uma substância é a temperatura à qual esta passa do estado sólido ao líquido, nas condições normais de pressão, coexistindo ambas as fases (líquida e sólida) em equilíbrio.

O ponto de fusão é característico de cada substância.

Assim, o ponto de fusão do naftaleno é 80,2ºC, sendo este o valor esperado nos resultados finais do procedimento. Caso contrário, a amostra não é considerada pura, mas sim impura ou mistura.

Existem duas técnicas para encontrar o ponto d fusão de uma amostra:

. Técnica tradicional;

. Aparelho automático para a determinação do ponto de fusão.

A técnica usada foi a técnica tradicional.

A fórmula química do naftaleno é C10H8.

A Massa molecular relativa é 128,16.

Tem odor característico.

É insolúvel na água, mas não em dissolventes orgânicos.

O ponto de fusão é 80,2ºC e o ponto de ebulição é 217,7ºC.

Teve origem na destilação de alcatrão de hulha onde existe a ~10%.

O naftaleno é o nocivo por ingestão e muito tóxico para organismos aquáticos.

Este produto, bem como o seu recipiente, devem ser eliminados como resíduos perigosos.

É usado como reagente de partida em síntese orgânica, antitraça, explosivos, preservativos, lubrificantes, etc.

No uso do naftaleno é aconselho o uso de vestuário de protecção e luvas adequadas.

Naftaleno

Material

Equipamento

. 1 vidro de relógio

. 2 tubos capilares

. 1 disco de aquecimento

. 1 goble

. 1 suporte universal

. 1garra

. 1 noz

. 1 pipeta

. 2 borracha

. 1 termómetro (que atinja valores superiores a 80ºC)

. 1 agitador magnético (magnete)

Material de Segurança

. bata

. óculos

. luvas termorresistentes

Regente

. naftaleno laminado

Procedimento Experimental

Preparação da amostra

Triturou-se a amostra com um almofariz e colocou-se a mostrar num vidro de relógio.

Através de um tubo capilar fechado numa das extremidades, introduziu-se a amostra no tubo e inverteu-se para a fazer descer. Repetiu-se este último processo obtendo-se cerca de 1cm de altura do sólido.

Montagem Experimental

Assentou-se o suporte universal no  local a realizar a experiência - na bancada respectiva ao grupo.

Junto ao suporte universal colocou-se o disco de aquecimento.

Encheu-se o goble com água, mas não por completo, cerca de meio.

Colocou-se o goble sobre o disco de aquecimento.

Agarrou-se a noz ao suporte universal, e a garra á noz, assegurando que ficava acima do goble.

Prendeu-se o tubo capilar ao termómetro, com uma borracha, de modo a que a extremidade fechada do tubo coincide-se com o mercúrio do termómetro.

Apresou-se o termómetro á garra fazendo com que fica-se dentro do goble com água.

Atenção: não mergulhar a extremidade aberta do tubo capilar, nem a anilha de borracha no banho de aquecimento.

Colocou-se o agitador magnético no goble e certificou-se de que este não ficaria junto ao termómetro.

Ligou-se o disco de aquecimento numa temperatura relativamente elevada e com uma velocidade moderada de agitação da água.

Realização

Conhecendo o ponto de fusão do naftaleno, iniciou-se com aquecimento rápido até a uma temperatura 20ºC abaixo do ponto de fusão esperado, no caso do naftaleno, aqueceu-se rapidamente até aos 60ºC e depois baixou-se a temperatura do disco aquecedor.

Após atingir os 60ºC, controlou-se e registou-se a rapidez do aquecimento em ºC/min., para poder realizar-se um gráfico da variação da temperatura em função do tempo de aquecimento, mais tarde.

Enquanto uns elementos do grupo observaram a variação da temperatura, outros observaram o sólido para se informar de quando começaria a fusão, e ainda outros fizeram o registo.

A fusão iniciou-se com a primeira gota de líquido no tubo capilar e acabou quando desapareceu o último vestígio de sólido.

Registou-se a temperatura e os minutos, decorridos após terem sido atingidos os 60ºC, no inicio e no fim da fusão.

Desligou-se o disco de aquecimento e retirou-se o tubo capilar junto ao termómetro.

Com objectivo na obtenção de uma média, realizou-se este processo novamente - 2º ensaio.

Atenção: Arrefecer o banho, entre cada ensaio, cerca de 20 a 30ºC.

Resultados Obtidos

Registo ºC/min. após os 60ºC a uma temperatura inicial de 2 e final de 4

1º Ensaio

Min.

ºC

Naftaleno

O

60

1

63

2

65

3

66

4

67

5

68,5

6

68,5

7

68,5

8

68,5

9

69

10

70

11

72

12

73

13

75

14

77

15

78

16

79

16.30

80

Inicio da fusão

16.30

80

Fim da fusão

18.20

82


 

Registo ºC/min. após os 60ºC a uma temperatura inicial e final de 3

2º Ensaio

Min.

ºC

Naftaleno

O

60

1

64

2

67

3

69

4

71

5

72

6

74

7

75

8

76

9

76,5

10

77

11

78

12

78,5

13

79

14

79

15

79

16

80

17

80

Inicio da fusão

18

80,5

Fim da fusão

20

82

Tratamento e Análise dos Resultados

1ºEnsaio

A fusão iniciou-se aos 16.30 minutos com a temperatura nos 80ºC; e terminou aos 18.20 minutos com a temperatura nos 82ºC.

2ºEnsaio

A fusão iniciou-se aos 18 minutos com a temperatura nos 80,5ºC; e terminou aos 20 minutos com a temperatura nos 82ºC.

Variações durante a fusão:

1ºEnsaio

Temperatura

final - ∂inicial

82ºC - 80ºC

A variação foi de 2ºC .

 

Tempo

tfinal - tinicial

18.20 min. - 16.30 min.

A variação foi de 1.9 min. (~2min.) .

2ºEnsaio

Temperatura

final - ∂inicial

82ºC - 80,5ºC

A variação foi de 1,5ºC .

 

Tempo

tfinal - tinicial

20 min. - 18 min.

A variação foi de 2 min.

Media dos dois ensaios

Temperatura

(∂1 + ∂2 ) /2

(2ºC+1,5ºC) /2

A variação foi de 1,75ºC .

 

Tempo

(t1 + t2 ) /2

(1.9 min. + 2 min.) /2

A variação foi de 1.95 min.

Media do Ponto de Fusão

(Inicio1 + Inicio2) /2

(80ºC+80,5ºC) /2

80,25ºC

Fim1 + Fim2) /2

(82ºC+82ºC) /2

82ºC

Conclusão e Crítica

Resposta aos objectivos

. O ponto de fusão do naftaleno encontrado é de 80,25ºC .

. Para avaliar a pureza da amostra necessitamos de saber a variação da temperatura durante a fusão, que foi de 1,75ºC . Assim, concluímos que a substância é pura porque embora a variação seja superior a 1ºC, até 2ºC é aceitável.

A parte mais difícil, e onde a rigorosidade não foi tão acentuada, foi em ver quando é que a fusão iniciava e terminava, em ambos os ensaios.

Ao meu nível pessoal, penso que tudo se desenrolou como o previsto e desejado.

Ao nível de grupo, penso que a coordenação poderia ter sido melhor, e será um ponto a melhorar na próxima vez, pois os resultados obtidos poderiam ter mais precisão e exactidão. Sendo que, mesmo assim, o  objectivo inicial se tenha cumprido.

Auferiu-se que o ponto de fusão era de 80,25ºC. Partindo da afirmação de que o ponto de fusão do naftaleno teoricamente previsto é de 80,2ºC, o resultado apresentado pelo grupo no final da experiência é exacto.

Bibliografia

Sobrinho Simões, Teresa; Alexandra Queirós, Maria; Otilde Simões, Maria; Manuel Silva, Carlos. Química em Contexto. 2007. Porto-Portugal: Porto Editora.

pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_fusão

www.coladaweb.com/quimica/pontodefusao.htm

multilog.edunau.net/gmodules/gReadBlob.asp?table=OBJECTO&blobi d=873 -

br.geocities.com/galileon/2/termo/mud_est.htm

www.infopedia.pt/$naftaleno

pt.wikipedia.org/wiki/Naftalina

www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/produtos/naftaleno.html

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