Objectivos Reconhecer a presença de amoníaco ou de iões amónio nas diferentes substâncias analisadas. partir do azoto atmosférico e do gás natural, respetivamente, para produzir amoníaco. N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g) Esta reação é catalisada pelo ferro, sob as condições de 250 atmosferas de pressão e uma temperatura de 450 °C. O amoníaco é um composto químico cuja molécula é constituída por um átomo de azoto (N) e três átomos de hidrogénio (H) de fórmula molecular NH3, cuja estrutura é: A molécula não é plana, apresenta geometria piramidal. Esta geometria ocorre devido à formação de orbitais híbridas sp³. Em solução aquosa comporta-se como uma base transformando-se no ião amónio (NH4+) com um átomo de hidrogénio em cada vértice do tetraédro. À temperatura ambiente e pressão atmosférica o amoníaco é um gás incolor, irritante, inflamável, tóxico, de odor caraterístico e sufocante, muito solúvel na água. A síntese industrial do amoníaco é feita pelo processo de Haber-Bosch, descoberto devido à necessidade de disponibilizar uma maior quantidade de alimentos com o aumento da população mundial, visto que o amoníaco possuía azoto na sua constituição, elemento essencial ao desenvolvimento das plantas. O amoníaco é principalmente utilizado em ciclos de compressão (refrigeração, há mais de 120 anos) devido ao seu elevado calor de vaporização e temperatura crítica. Também é utilizado em processos de absorção em combinação com a água. O amoníaco e os seus derivados (ureia, nitrato de amónio, ácido nítrico, carbonato de amónio, sulfato de amónio...) têm para além dos referidos anteriormente, um vasto conjunto de utilidades: . Na agricultura como fertilizantes (adubos); . São constituintes de vários produtos de limpeza; . São utilizados na guerra para o fabrico de bombas; . São utilizados na medicina; . Fazem parte da constituição de numerosos perfumes; . São utilizados na panificação como substituintes das leveduras. Existem adubos simples e adubos compostos, sendo que os primeiros os que contêm apenas um elemento fertilizante (azoto, fósforo ou potássio). De entre estes, distinguem-se os adubos azotados, os fosfatados e os potássicos. Os adubos azotados podem apresentar-se sob diferentes formas: . Forma nítrica: adubos que contêm azoto na forma de iões NO3-, nomeadamente o nitrato de cálcio, Ca(NO3)2, o nitrato de sódio, NaNO3, e o nitrato de potássio, KNO3. As plantas absorvem rapidamente o azoto nesta forma porque os nitratos são sais muito solúveis em água. Estes fertilizantes têm uma ação muito rápida sobre as culturas; . Forma amoniacal: adubos que têm na sua composição iões NH4+, como o nitrato de amónio, NH4NO3, e o sulfato de amónio, (NH4)2SO4. Os iões NH4+ são retidos no solo, depois, lentamente, são transformados em iões NO3- pelas bactérias do solo, ficando disponíveis para serem assimilados pelas plantas; . Forma orgânica: o azoto orgânico pode encontrar-se nos adubos orgânicos sob diferentes formas, em especial sob a forma proteica. O azoto da ureia, CO(NH2)2, é, do ponto de vista químico, azoto orgânico, mas no domínio dos adubos não é considerado como tal. Os segundos contêm pelo menos dois dos três elementos fertilizantes referidos. Podendo encontrar-se na forma binária, como, por exemplo, NP (azoto, fósforo), NK (azoto, potássio), ou PK (fósforo, potássio); podem ainda encontrar-se na forma terciária, NPK (azoto, fósforo, potássio). Para além destes, existem também os adubos orgânicos, que se obtêm a partir de matéria de origem vegetal ou animal como, por exemplo, a uréia, o estrume e os adubos verdes. A presença de amoníaco e de compostos de amónio é comum em produtos de limpeza e em adubos sendo possível identificá-los através de testes laboratoriais. O Amoníaco e o Homem O amoníaco é utilizada em circuitos frigoríficos há mais de um século, em máquinas de compressão mecânica de potências médias e grandes (estima-se que no Mundo inteiro existam 300.000 instalações a compressão de amoníaco), e em máquinas frigoríficas de pequenas potências (refrigeradores e frigoríficos domésticos) e a grande potência (em especial para a recuperação do calor industrial). O amoníaco é uma substância produzida em grandes quantidades pelas sociedades químicas. Fica queimado quando a condensação do ar atinge valores entre 16 e 25% e é inflamável quando atinge a temperatura de 651°C. Estes dois valores mostram que o risco de inflamação do amoníaco é muito limitado. São estas caraterísticas que fazem do amoníaco uma substância muito útil na área da refrigeração. A título de curiosidade pode também referir-se que o amoníaco está também presente nos sistemas de refrigeração e controle térmico das estações espaciais. Apesar das vantagens, o amoníaco apresenta sérios riscos: . Ingestão: Perigoso. Os sintomas incluem náuseas e vómitos, causando danos nos lábios, boca e esófago; . Inalação: Os vapores são extremamente irritantes e corrosivos; . Pele: Soluções concentradas podem produzir queimaduras severas e necroses; . Olhos: Pode causar danos permanentes, inclusive em pequenas quantidades. O Amoníaco e o Meio Ambiente O amoníaco é facilmente biodegradável. As plantas absorvem-no com muita facilidade, sendo um nutriente muito importante como fornecedor de azoto para a produção de compostos orgânicos azotados. Em concentrações muito altas, por exemplo, na água de consumo, pode causar danos graves, já que interfere no transporte do oxigénio pela hemoglobina, entre outros efeitos nefastos. Os organismos necessitam, nesse caso, de manter uma baixa concentração de amoníaco que, caso contrário torna-se particularmente tóxico. Atividade Experimental Propõem-se quatro testes para cada uma das amostras sendo os resultados obtidos objeto de análise com vista à conclusão sobre a natureza da amostra ensaiada (ter ou não ter amoníaco ou compostos de amónio na sua composição): . Teste A - fumos brancos de NH4Cl (s); . Teste B - deteção do carácter alcalino de uma solução; . Teste C - formação de um composto sólido amarelo – acastanhado; . Teste D - formação de um precipitado/ião complexo. Teste A Produção de cloreto de amónio (sólido) a partir de amoníaco e do cloreto de hidrogénio na fase gasosa. Serve para identificar a presença do amoníaco indiretamente, do ião amónio, já que este na presença de bases fortes origina amoníaco. Se a amostra tiver na sua composição amoníaco ou o catião amónio, formar-se-ão fumos brancos de cloreto de amónio: NH3(g) + HCl(g) NH4Cl(s) Teste B Ensaio comprovativo do caráter alcalino de uma solução, o que acontece se a amostra ensaiada contiver amoníaco ou o catião amónio, o qual origina amoníaco. Aproximando da boca do tubo de ensaio, contendo a amostra devidamente alcalinizada, um pedaço de fita de papel vermelho de tornesol previamente humedecido, aquecendo-se ligeiramente, observa-se a alteração da cor vermelha para azul, o que indica a formação de amoníaco gasoso a partir da amostra, e o caráter alcalino da sua solução aquosa, segundo as equações: NH3(aq) NH3(g) NH3(g) + H2O(l) NH4Cl(aq) + HO-(aq) Teste C Realizado em solução aquosa, serve para identificar o amoníaco, por formação do composto aminado contendo iodo e mercúrio, utilizando o reagente de Nessler (solução alcalina de tetraiodomercurato (II) de potássio). No caso de existir amoníaco ou o ião amónio transformado em amoníaco, formar-se-á um sólido de cor amarelo acastanhado, de cor mais intensa no caso de concentrações mais elevadas. Aproximando-se da boca do tubo de ensaio, contendo a amostra, um pedaço de papel de filtro humedecido com algumas gotas de reagente de Nessler, observa-se o aparecimento da cor amarelo acastanhado indicando a presença de amoníaco. Outro processo alternativo consiste em realizar o ensaio directo, adicionando três gotas do reagente de Nessler a 1 cm3 da amostra a analisar (no caso de sólidos, dissolver previamente em água). A presença de amoníaco leva ao aparecimento de um precipitado de cor amarelo acastanhado, no caso das soluções diluídas, e vermelho acastanhado no caso das soluções concentradas. NH4+(aq) + HO-(aq) NH3(aq) + H2O(l) NH3(aq) + 2[Hgl4]2-(aq) 7I-(aq) + 3NH4Cl(aq) + HgNI(s) Teste D Realizado em solução aquosa, permite identificar o amoníaco por formação de: . um precipitado gelatinoso azul claro de hidróxido de cobre (II); . um ião complexo, tetraminocobre (II), de cor azul intensa, segundo as equações: Cu2+ (aq) + 2HO- (aq) Cu(HO)2 (s) Cu2+ (aq) + 4NH3 (aq) [Cu(NH3)4]2+ (aq) Adicionando a amostra em análise gota a gota à solução aquosa de sulfato de cobre diluída. No caso de haver amoníaco, aparecerá, de início, uma mistura contendo um precipitado azul claro, Cu(HO)2, e, continuando a adicionar a solução em análise, a mistura adquire uma cor azul intensa, devido à formação de Cu(NH3)4 2+. Reagentes . Solução aquosa de hidróxido de Sódio (NaOH); . Solução aquosa de hidróxido de Cálcio (Ca(OH)2); . Solução aquosa de Hidróxido de Amónio (NH4OH); . Solução aquosa de Ácido Clorídrico concentrado (HCl); . Solução aquosa diluída de Sulfato de Cobre II (CuSO4); . Reagente de Nessler; . Papel Roxo de Tornesol; . Reagente X; . Reagente Y. Procedimento Experimental Teste A – Pesquisa de amoníaco com ácido clorídrico 1. Colocar um pouco da amostra a analisar num tubo de ensaio; 2. Adicionar umas gotas de hidróxido de sódio (base forte) e homogeneizar, cuidadosamente, com o auxílio de uma vareta; 3. Mergulhar uma vareta em ácido clorídrico concentrado e aproximá-la da boca do tubo de ensaio; 4. Registar o que observa. Teste B – Pesquisa de amoníaco com o indicador papel azul de tornesol 1. Colocar um pouco da amostra a analisa, devidamente alcalinizada, num tubo de ensaio; 2. Aproximar da boca do tubo de ensaio um pedaço de fita de papel roxo de tornesol, previamente humedecida; 3. Registar a cor da fita; Teste C - Pesquisa de amoníaco com o reagente de Nessler 1. Colocar um pouco da amostra a analisar num tubo de ensaio; 2. Aproximar da boca do tubo de ensaio um pedaço de papel de filtro humedecido com algumas gotas de reagente de Nessler; 3. Registar a cor do papel; 4. Num outro tubo de ensaio, colocar 1cm3 da mesma amostra utilizada anteriormente; 5. Adicionas três gotas de reagente de Nessler; 6. Registar a cor do precipitado formado; 7. Colocar novamente 1cm3 da mesma amostra, mas mais diluída, num tubo de ensaio; 8. Adicionar três gotas de reagente de Nessler; 9. Registar a cor do precipitado formado. Teste D – Pesquisa de amoníaco com uma solução diluída de sulfato de cobre II 1. Colocar um pouco da solução diluída de sulfato de cobre II num tubo de ensaio e adicionar, gota a gota, a amostra que se está a analisar; 2. Registar o que observa; 3. Continuar a adicionar, gota a gota, a solução em análise; 4. Registar a cor da mistura. Resultados Experimentais Materiais | Teste A | Teste B | Teste C | Teste D | Amostra Padrão A | Obs: Verifica-se a libertação de fumos brancos. | Cor: A fita escurece, ficando roxa escura. | Cor 1: Castanho. Cor 2: Precipitado acastanhado. | Obs: Solução escurece, verificando-se uma camada superior mais escura, correspondente ao precipitado. Cor: Azul escuro. | Amostra Padrão B (contém amoníaco ou iões amónio) | Obs: Sem observações a registar. | Cor: Mantém-se a cor da fita. | Cor 1: Amarelo. Cor 2: Precipitado laranja. | Obs: Sem observações a registar. Cor: Mantém-se, azul clara. | Reagente X | Obs: Verifica-se a libertação de fumos brancos. | Cor: A fita escurece, ficando roxa escura. | Cor 1: Castanho. Cor 2: Precipitado acastanhado | Obs: Solução escurece, verificando-se uma camada superior mais escura, correspondente ao precipitado. Cor: Azul escuro. | Reagente Y | Obs: Sem observações a registar. | Cor: Mantém-se a cor da fita. | Cor 1: Amarelo. Cor 2: Precipitado laranja. | Obs: Sem observações a registar. Cor: Mantém-se, azul clara. | Discussão e Interpretação de Resultados Ao contrário do sucedido nas outras atividades experimentais por nós realizadas este ano, a análise de resultados obtidos nesta é feita somente através das observações por nós registadas, e dos diversos acontecimentos e alterações que se verificaram nos reagentes em estudo. É por isso de destacar que a taxa de falibilidade das afirmações é superior à que se verifica quando os resultados são matematicamente comprováveis. Contudo, as observações registadas por nós (consultar página anterior), e a sua posterior interpretação e discussão, que agora fazemos, levar-nos-á a tirar certas conclusões altamente prováveis acerca dos reagentes em estudo. É de relembrar que o objetivo desta atividade experimental era a verificação da presença de amoníaco ou de iões amónio em substâncias, para nós desconhecidas, de uso comum, tendo sido usadas as designações de Reagente X e de Reagente Y para as mesmas. Para que pudéssemos confirmar a presença de amoníaco ou de iões amónio nas substâncias em estudo, foram analisadas, para além do Reagente X e do Reagente Y, uma solução aquosa de hidróxido de amónio (Amostra-Padrão A) e uma solução aquosa de hidróxido de cálcio (Amostra-Padrão B). Deste modo, pudemos verificar como cada substância se comportava nos diferentes testes e pudemos observar os resultados que se previam em substâncias que contivessem amoníaco ou iões amónio, e em substâncias que não os contivessem. Para que as conclusões obtidas fossem as mais rigorosas possível, foram efetuados quatro testes diferentes que detetariam a presença de amoníaco ou iões amónio. Tal deve ser feito porque, como seria de esperar, alguns testes são mais fiáveis que outros e, embora não tenha ocorrido connosco, é possível que em alguns casos a presença de amoníaco ou iões amónio não seja detetada em substâncias que efetivamente os contenham. Nos quatro testes verificámos que as reações das substâncias eram semelhantes par a par: o reagente X comportava-se de forma semelhante à Amostra-Padrão A, enquanto o reagente Y se comportava de forma semelhante à Amostra-Padrão B. Através da discussão dos Resultados obtidos, chegámos à conclusão que iríamos ter um Reagente X com presença de amoníaco ou iões amónio, um adubo ou produto de limpeza amoniacal, e um Reagente Y sem amoníaco ou iões amónio, um adubo ou produto de limpeza não amoniacal, e sem agentes branqueadores. As nossas suspeitas foram posteriormente confirmadas pela professora, indicando-nos que o Reagente X se trataria do adubo Substral dissolvido em água, enquanto o Reagente Y seria Fairy, um detergente para a loiça, também dissolvido em água. Conclusão/Crítica aos Resultados Após o desfecho desta atividade experimental e através de uma análise, interpretação e posterior discussão dos resultados obtidos pudemos chegar a algumas conclusões que eram o objetivo desta mesma atividade. O principal objetivo cumprido foi o de detetar a presença de amoníaco ou iões de amónia em dois produtos desconhecidos (Reagente X e Reagente Y), através da comparação dos mesmos com hidróxido de amónio e hidróxido de cálcio. Concluímos que o produto X continha amoníaco ou iões amónio enquanto o produto Y não continha nem amoníaco nem iões amónio, tirámos estas conclusões depois de os compararmos com as amostras padrão (Hidróxido de Amónio e Hidróxido de Cálcio). Nesta atividade existiram vários erros que podiam alterar os resultados da experiencia. Um deles foi o facto de termos contaminado a pompete, o que poderá ter alterado a autenticidade de alguns resultados. Contudo, para minimizar os erros, substituímos a pompete contaminada por uma incólume. Uma vez que os quatro testes foram realizados num curto espaço de tempo, para que todos os grupos tivessem a oportunidade de realizar todos os testes, alguns protocolos não foram cumpridos por completo, já que tal não comprometeria os resultados obtidos. Um exemplo disto acontece no Teste C, em que os pontos 7, 8 e 9 foram ignorados, uma vez que os resultados eram previsíveis e certamente semelhantes aos registados obtidos anteriormente. No Teste B, por outro lado, o procedimento não foi seguido por completo por alteração do material usado, uma vez que em laboratório só tínhamos fita de papel roxo de tornesol. Contudo, os resultados não terão sido comprometidos devido a isso. É também importante realçar que as condições do nosso laboratório nem sempre são as mais propícias às atividades desejadas, embora nesta atividade em específico tenhamos usado a hotte para a realização do teste A (pesquisa de amoníaco com o acido clorídrico), uma vez que este seria o mais perigoso de realizar, devido à libertação de fumos tóxicos, e à utilização de ácido clorídrico. As medidas de segurança foram respeitadas em pleno sendo claro de concluir que não foi registada a ocorrência de qualquer tipo de problema. É também de realçar a possível ocorrência de oscilações nas condições de medição, não podendo estas ser detetadas por nós, uma vez que o laboratório não possui nenhum aparelho para avaliar as condições do meio (temperatura, pressão, entre outros). Quanto a erros acidentais, apenas a já mencionada contaminação da pompete, cujos estragos causados foram nulos, uma vez que a pompete foi trocada e o teste em questão repetido. Apesar de todos estes inconvenientes, podemos afirmar que conseguimos tirar uma boa conclusão depois de analisadas as quatro amostras nos diferentes testes, tendo sido por isso cumpridos os objetivos propostos para esta atividade experimental com sucesso. Caderno de Atividades Laboratoriais 1. Grande parte dos solos não possui, ou possui em quantidade insuficiente, os elementos nutritivos de que as plantas necessitam para crescerem saudáveis. Para compensar estas faltas, um agricultor deve fertilizar os solos, antes das sementeiras, utilizando um adubo adequado. Os principais elementos fertilizantes são o azoto (N), o Fósforo (P) e o Potássio (K), e é por eles que se faz a distinção entre os dois tipos de adubos que existem, os adubos simples e os adubos compostos. Enquanto os adubos simples contêm apenas um dos elementos referidos, os adubos compostos contêm pelo menos dois dos três elementos fertilizantes referidos. Podendo encontrar-se na forma binária, como, por exemplo, NP (azoto, fósforo), NK (azoto, potássio), ou PK (fósforo, potássio); podem ainda encontrar-se na forma terciária, NPK (azoto, fósforo, potássio). 2. Os adubos simples mais conhecidos são: o nitrato de amónio (NH4NO3), o sulfato de amónio ((NH4)2SO4), o nitrato de cálcio (Ca(NO3)2), o nitrato de sódio (NaNO3) e a ureia (CO(NH2)2). Existem três tipos de adubos simples, os adubos azotados, que contêm Azoto (N), os adubos fosfatados, que contêm Fósforo (P) e os adubos Potássicos, que contêm Potássio (K). 3. 3.1. Este adubo é constituído por dois tipos de iões, o ião amónio () e o ião nitrato (). 3.2. A função fertilizante do ião nitrato atua de forma muito rápida sobre as culturas pois, uma vez que os nitratos são sais muito solúveis em água, as plantas absorvem rapidamente o azoto. No que toca ao ião amónio, é retido no solo, sendo lentamente transformado em ião nitrato pelas bactérias do solo, ficando depois disponível para ser assimilado pelas plantas. 4. 4.1. Este adubo é composto uma vez que apresenta os três elementos fertilizantes. 4.2. O composto representado pela forma P2O5 designa-se por Pentóxido de Difósforo, enquanto o composto representado pela fórmula K2O se designa por Óxido de Potássio. 4.3. (A) - Falso. Encontram-se todos os elementos fertilizantes principais: o Fósforo (P), o Azoto (N) e o Potássio (K). (B) - Verdadeiro De acordo com o enunciado kg de Fósforo (C) - Verdadeiro kg de Potássio (K2O) Ar (K) = 39,1 g/mol Ar (O) = 16 g/mol (D) - Falso kg de Azoto 4.4. 4.4.1.Teste A: Ao se aproximar uma vareta de vidro, em ácido clorídrico, da boca do tubo de ensaio, contendo a solução, vão originar-se fumos brancos de Cloreto de Amónio, resultado da reação do amoníaco com o ácido clorídrico. Teste B: Ensaio comprovativo do caráter alcalino de uma solução, o que acontece se a amostra ensaiada contiver amoníaco ou o catião amónio, o qual origina amoníaco. Aproximando da boca do tubo de ensaio, contendo a amostra devidamente alcalinizada, um pedaço de fita de papel vermelho de tornesol previamente humedecido, aquecendo-se ligeiramente, observa-se a alteração da cor vermelha para azul, o que indica a formação de amoníaco gasoso a partir da amostra, e o caráter alcalino da sua solução aquosa, segundo as equações: NH3(aq) NH3(g) NH3(g) + H2O(l) NH4Cl(aq) + HO-(aq) Teste C: Realizado em solução aquosa, serve para identificar o amoníaco, por formação do composto aminado contendo iodo e mercúrio, utilizando o reagente de Nessler (solução alcalina de tetraiodomercurato (II) de potássio). No caso de existir amoníaco ou o ião amónio transformado em amoníaco, formar-se-á um sólido de cor amarelo acastanhado, de cor mais intensa no caso de concentrações mais elevadas. Aproximando-se da boca do tubo de ensaio, contendo a amostra, um pedaço de papel de filtro humedecido com algumas gotas de reagente de Nessler, observa-se o aparecimento da cor amarelo acastanhado indicando a presença de amoníaco. Outro processo alternativo consiste em realizar o ensaio directo, adicionando três gotas do reagente de Nessler a 1 cm3 da amostra a analisar (no caso de sólidos, dissolver previamente em água). A presença de amoníaco leva ao aparecimento de um precipitado de cor amarelo acastanhado, no caso das soluções diluídas, e vermelho acastanhado no caso das soluções concentradas. NH4+(aq) + HO-(aq) NH3(aq) + H2O(l) NH3(aq) + 2[Hgl4]2-(aq) 7I-(aq) + 3NH4Cl(aq) + HgNI(s) Teste D: Realizado em solução aquosa, permite identificar o amoníaco por formação de: . um precipitado gelatinoso azul claro de hidróxido de cobre (II); . um ião complexo, tetraminocobre (II), de cor azul intensa, segundo as equações: Cu2+ (aq) + 2HO- (aq) Cu(HO)2 (s) Cu2+ (aq) + 4NH3 (aq) [Cu(NH3)4]2+ (aq) Adicionando a amostra em análise gota a gota à solução aquosa de sulfato de cobre diluída. No caso de haver amoníaco, aparecerá, de início, uma mistura contendo um precipitado azul claro, Cu(HO)2, e, continuando a adicionar a solução em análise, a mistura adquire uma cor azul intensa, devido à formação de Cu(NH3)4 2+. 4.4.2. Tubo 1 (Teste A): De acordo com o rótulo, o ião amónio reage com o ião hidróxido, segundo a seguinte equação química: O amoníaco obtido na anterior reação reage então com o ácido clorídrico, formando fumos brancos de cloreto de amónio de acordo com a equação: Tubo 2 (Teste B): Numa primeira fase procede-se ao aquecimento da amostra segundo a equação: Numa segunda fase, comprova-se o carácter alcalino da Solução, devido à formação de iões amónio e de iões hidróxido: Tubo 4 (Teste D): Ao adicionar a amostra a analisar à solução aquosa de Sulfato de Cobre II, observar-se-á o aparecimento de uma mistura que contém um precipitado azul claro, de Hidróxido de Cobre. A equação química que traduz a reação é: Este precipitado adquirirá uma cor mais intensa à medida que a amostra é adiciona, devido à formação do ião tetraminocobre II, segundo a equação: 4.4.3. Ao ser adicionada lixivia (hipoclorito de sódio - NaClO), sendo uma substância fortemente alcalina, reagirá o seu ião hidróxido (OH-) com o ião amónio presente na amostra, originando Azoto (NH3) em estado gasoso, uma substância tóxica e nociva para os olhos e para as vias respiratórias. 4.4.4. Ambos não devem colocar-se na mesma prateleira, devido ao facto de formarem uma substância tóxica e nociva quando misturados. Para minimizar os riscos, é melhor guardar a lixivia e o adubo em prateleiras distintas, para que não aconteça nenhum acidente que possa por em causa a saúde dos envolvidos. 5. Um detergente deve ter uma afinidade para a água (zona da molécula polar), ou seja ser hidrófilo, e ao mesmo tempo deve ter afinidade para moléculas de gordura (zona apolar), ou seja lipófilo ou hidrófobo. 6. a) Para as nódoas de gordura, a parte lipófila de várias moléculas do detergente fixa-se à superfície da mesma. Em seguida, a agitação da solução promove a separação do conjunto da superfície sólida. Este mesmo conjunto é solúvel em água devido à sua parte hidrófila. b) Para as nódoas de terra, é a parte hidrófila do detergente que se fixa à sua superfície, associando-se aos iões que a constituem. Após isto, uma segunda camada de detergente liga-se à primeira pela sua parte lipófila. O conjunto obtido é, assim, solúvel em água. 7. Em relação à natureza da sua parte hidrófila (representada a azul, no quadro), os detergentes são classificados como catiónicos, aniónicos ou neutros, como mostra o quadro seguinte: Natureza | Fórmula | Aniónico | | Catiónico | | Neutro | | __________________________________ Outros Trabalhos Relacionados | Ainda não existem outros trabalhos relacionados | |