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Trabalhos de Estudantes Trab. de Religião e Moral - 9º Ano |
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Budismo Autores: Eduardo Cunha, Maria João, Rita Monteiro, Vítor Moreira Escola: Colégio da Trofa Data de Publicação: 24/10/2011 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre o Budismo, historia da religião, tipos de budismo e locais onde este prodomina, realizado no âmbito da disciplina de Religião e Moral (9º ano). Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word através do Formulário de Envio de Trabalhos pois só assim o nosso site poderá crescer.
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IntroduçãoO principal objectivo na realização deste trabalho, é conhecer uma religião que nos era desconhecida, denominada por Budismo. Neste trabalho escrito, estará explícita a história desta grande religião, os tipos de budismo e os locais onde este predomina. Também daremos a conhecer, o livro sagrado desta religião, o Tripitaka, as festas budistas e o seu culto. Este trabalho será muito importante para a nossa vida futura, porque ao realizá-lo incentivamos as técnicas de pesquisa e aperfeiçoamos o entendimento entre o grupo, que nos servirá para uma melhor vida profissional. "Não cometer qualquer má acção, praticar sempre o bem, purificar a nossa mente; este é o ensinamento de Buddha." Dhammapada (1k3) O que é o Budismo?O budismo não é uma religião, pois não existe um deus criador, porém também não será correcto denominá-lo como uma filosofia, pois aborda muito mais do que uma mera absorção intelectual. O Budismo não tem uma definição, contudo podemos denominá-lo de caminho de crescimento espiritual, através dos ensinamentos dos Buddhas. Todos os seres sencientes têm o mesmo desejo primordial - seres felizes e livrarem-se do sofrimento. Até mesmo recém-nascidos, animais e insectos têm esse desejo. É o desejo desde tempos sem inícios e está presente em nós todo o tempo, mesmo quando estamos a dormir. Existem vários tipos de Budismo, consoante a aspiração de cada pessoa. Existem três tipos principais de Budismo, o Hinayana, o Mahayana e o Vajrayana. A Hinayana (ou pequeno veículo), o praticante tem como motivação e objectivo a iluminação para bem próprio,tentando cessar o seu sofrimento pessoal. o culminar deste caminho será a cessação de samsara e a obtenção do estado de Arhat. A Mahayana (ou Grande Veículo), o praticante tem como motivação e objectivo a iluminação para o bem de todos os seres. A motivação de Mahayana é a compaixão universal, pela qual se tenta atingir a cessação do sofrimento pessoal como o Hinayana, mas com uma outra intenção última, que todos os seres também se possam livrar de todos os sofrimentos. A Vajrayana (ou veículo Diamante), o praticante tem a mesma motivação, bodhichitta, mas através de receber instrucções especiais e secretas, poderá atingir a iluminação de um modo mais rápido. Quem foi Buddha?Teoricamente, Buddha é um estado mental existente com todos os seres vivos, mas a pessoa a quem se pode atrair este nome é Gautama Siddharta, que ficou conhecido por Buddha Shackyamuni. Por volta dos séculos V e VI a.C, Shakya era governado por um rajá denominado Shuddhodana Gautama. Este era casado com Maya-devi Gautami, sua prima. No entanto, estes desejavam, muito, ter filhos, mas devido ás diferenças de idades e à velhice estes não conseguiram tê-los. Certa noite, Maya sonha com um elefante branco, que simbolizava o nascimento de um filho que seria um imperador universal ou um asceta, dependendo das suas acções. Shuddhodana não queria que o seu futuro filho tivesse uma vida pobre e com limitações, mas sim, uma vida luxuosa para que pudesse solucionar os problemas imperiais. No fim de uma gestação de 10 meses, Siddhartha Gautama nasceu nos jardins de Lumbini, na Índia, dizendo depois apontando com a mão direita para o céu e com a mão esquerda para a terra “Entre o céu e a terra, sou o único que é digno de veneração”. Uma semana depois, Maya morre e Siddharta passou a ser cuidado por Prajapati Gautami, sua tia e futura monja budista. Aos 16 anos, este casa com Yashodhara, filha do rajá Dandapani, recebendo desta um filho e um palácio em Visharamvan. Mais tarde, volta a casar com Gopa e Mrigaja. Aos 29 anos, este implora a seu pai para visitar a cidade onde vivia. Como este nunca tinha saído dos palácios reais e pensava que o mundo fora deles era perfeito, seu pai manda esconder todos os que sofriam, durante a sua excursão. No entanto, quatro seres divinos aparecem perante o príncipe, como um velho, um doente, um morto e um asceta, fazendo com que este perceba que o mundo não era como lhe teriam ensinado, abandonando assim a sua vida luxuriosa. Siddhartha saiu, assim, do palácio e trocou a sua vida palaciana pela ascética. Este passou a praticar ascetismo na floresta de Uruvela, no reino de Magadha, cortando com uma espada seus longos cabelos. Algum tempo depois, foi-lhe ensinado técnicas avançadas de meditação, mas estas não serviram para a resposta à questão: “Como extinguir o sofrimento?” Durante toda a sua vida, Shakyamuni passou por diversas aventuras de fé, que o levou a criar e expor a sua doutrina nas cidades de Rajagriha e Vaishali. Levando-o a criticar o sistema de castas, o abuso de autoridade dos brâmanes e os costumes sociais, políticos e religiosos da época, pois não aceitava a discriminação existente na Índia, sendo conhecido pela sua enorme compaixão e disciplina pura. No 15º dia do 2º mês lunar de 486 a.C, este morre e o seu corpo é cremado e dividido entre Lumbini, Magadha, Varanali, Shravasti, Kanyakubja, Rajagriha, Vaishali e Kushinagara, os relicários. Tripitaka – O Livro SagradoO Tripitaka é o conjunto da doutrina budista onde cada cesto corresponde a uma parte mental e prática do Budismo.
1. O Cesto dos Sutra, agrupa os ensinamentos de Buda, através de conversas e sermões colectados por Ananda, um dos seus discípulos. 2. O Cesto do Vinay, corresponde às regras disciplinares a que todos os que pertenciam a Sangha, eram obrigados a seguir. 3. O Cesto dos Abhidhama ou textos filosóficos, que pretende esclarecer certas paisagens dos cestos anteriormente referidos, assim como , interpretar as escrituras mais antigas . Tipos de BudismoO Budismo Theravada (fig.6) predomina no Sri Lanka, onde é seguido por cerca de 70% da população, pois tem um importante papel espiritual no país. Historicamente, o Budismo nasce no sudeste asiático com a introdução do Dharma no Sri Lanka. Desde logo criou-se uma ligação e identificação entre este e o Estado, o que agradou aos monges, que obtinham favores reais, e aos reis, que gozavam de uma legitimação do seu poder politico. O monge Buddhaghosa, foi um indiano que viajou para este país no século V, sendo quem tivesse compilado um grande compêndio da doutrina, o Visuddhi-mogga, que em português significa “Caminho para a Pureza” e resumido o material sobre o Vinaya assim como a maior parte do Sutta Pitaka O Budismo Tântrico O Budismo Tântrico (fig.7) nasceu no século VI e tem como base os Tantras (textos). Os praticantes tântricos, consideram estes textos como a forma mais rápida de atingir a natureza budista, acontecendo o mesmo em outras vertentes do Budismo Mahayana. As áreas fundamentais do Budismo Tântrico são: a meditação, o ritual, o simbolismo e a magia, embora esta última não faça parte dos ensinamentos de Buda. O Tantrismo pretende procurar interligar todos os estados e condições humanas. Estes estados são todos de natureza-de-Buda se observados e experimentados correctamente. No Budismo Tântrico os cinco jinas ou Ghyani-Buddha (Budas Celestiais) são objectos importantes de meditação, como, o Akshobya, Amitaba, Amoghasiddhi, Ratnsambava e Vaicorana. O Tantrismo vê cada eminente como uma manifestação particular da existência de Buda. Além das recitações dos mantras é usada a meditação sobre a mandala da deidade e exercícios que pretendem alterar os desequilíbrios. O Budismo Zen (fig.8) foi introduzido no Japão de acordo com duas vertentes: . Rinzai Zen; . Soto Zen. O Rinzai Zen, foi introduzido pelo padre Eisai e era constituído por aristocratas, como, os samurais. O segundo, é mais meditativo e popular, sendo introduzido pelo padre Dogen e composto pelos camponeses. Este tipo de budismo sustenta que se pode alcançar o Despertar com o nosso próprio esforço. O Rinzai prefere as técnicas simples de eficácia imediata como o koan, mas o Soto defende unicamente a ideia da meditação, em posição de sentado. O Zen tem a sensação de que o acordar é natural e se implica alguma dificuldade é por ser muito simples. Este também é directo no seu modo de ensinar, pois aponta directa e abertamente a verdade, e não se perde com simbolismos.
CultoA divindade dos budistas manifesta-se através da veneração das relíquias, estátuas de Buddha e das peregrinações. Esta religião, como todas as outras, contém elementos base do culto como: a meditação, a oferta de flores e de incensos, o anjali (saudação com as mãos juntas e estendidas) e as salmodias. Os mosteiros são os locais de culto onde os monges veneram Buddha e vivem em comunidade. As Festas1. Cerimónia de limpeza do Buda (fig.9) No dia 7 de Agosto, anualmente, monges limpam solenemente a estátua do Grande Buda, no Grande Templo de Este em Nara. Nesta cidade, construída no século VII, dois grandes templos marcavam os seus limites. O que ficava a Oeste, encontra-se nos arredores da cidade e perdeu o seu esplendor. O de Este, é hoje muito conhecido. Neste dia, há uma grande cerimónia de ofertas, de orações e de cânticos. Encontra-se também o Buda cheio de cordas e escadas, onde toda a gente, de escova na mão, cumpre com as suas tarefas. 2. Festa das Flores (fig.10) Marcada pelo nascimento de Gautama (8 de Abril), nesta festa oferecem-lhe flores e rega-se com uma infusão clara e doce. Constrói-se em frente ao templo um gracioso edifício, em madeira branca, muito alto. Sobre o padestal há uma estátua de bronze negro que representa o Buda Sãkyamuni criança, e neste dia oferece-se às crianças bolos de farinha de arroz. 3. Parinirvâna (fig.11) Neste dia (15 de Março), marca-se a Entrada do Buda no Nirvana. Os monges penduram um rolo com a pintura que representa a cena, e andam á sua volta a cantar. Celebra-se todos os Invernos, no Grande Mosteiro de Este de Nara.
O Budismo no MundoO Budismo floresceu na Índia (fig.12), nos fins do Período Bramânico entre os séculos IX e III a.C. Este foi fundado pelo Buda, o príncipe Siddhartha Gautama [2]. Actualmente, a maior parte dos budistas indianos localizam-se na região do leste asiático, pois a Índia é, na verdade, composta por cerca de 80% de hindus. O Budismo chegou à China através dos comerciantes por volta da era cristã, e quando se iniciou a sua introdução este foi visto de forma suspeita pela classe dirigente de formação confucionista. O Budismo chinês (fig.13), cresceu durante cerca de quatro séculos devido à desintegração do sistema politico e social do país, na dinastia Ming. No século IX, o Budismo entra num período de decadência: . os governantes consideram-se descendentes de Lao Tazé, o fundador do Tauísmo; . a Sangha estava corrompida por razões parecidas àquelas que originaram o cisma do oriente, em relação ao Cristianismo. Em 1951, o governo comunista, que se havia implantado na China, confisca a maior parte das terras pertencentes a Sangha e reduzem-nas ao estado laico. Dois ano depois, foi criada a Associação Budista Chinesa, que tinha como objectivo controlar a comunidade budista. No entanto, durante o período da Revolução Cultural assistiu-se a perseguições budistas. Actualmente, o Budismo está presente na China mostrando sinais de renascimento junto da juventude e da população citadina. O Budismo foi introduzido no Japão e na Coreia na mesma altura que na China, mas o seu desenvolvimento adquiriu contornos especiais. No inicio, foi vista com desconfiança, por ser uma religião estrangeira e desconhecida, mas mais tarde, tornar-se-á num órgão institucional do Estado Japonês. No entanto, este tinha começado por ser visto pelo carácter mágico e supersticioso dos rituais budistas. Só no final do século VIII, o Budismo a ser visto como tal e não como magia. A pouco e pouco, o Budismo foi-se associando no Japão às ideias de patriotismo e orgulho nacional. Durante o período Meiji, no século XIX, o Budismo enfrentou dificuldades, pois foi ignorado devido à instauração do Xintoísmo, que apoiado pelo Estado, pois glorificava o imperador. A partir da Restauração Meiji, o celibato foi proibido, sendo a razão pela qual o casamento clerical é aceite na actualidade.
CuriosidadesNo início, Buda baseou-se em três observações fundamentais, para a sua análise de condição humana. Criando “ As três marcas da existência ": . A Impermanência (anitya), que é o ponto de partida para o sistema budista, onde as coisas não passam de uma ilusão. . A Insatisfação ( duhkho ), ou seja, a dor. Esta é a consequência da anitya, porque no pensamento budista a impermanência gerava a insatisfação. . A inexistência a alma (anatman), porque para os budistas, os seres humanos não têm “ atman” ou seja , alma porque no seu ponto de vista são constituídos por componentes físicos e mentais e que estão constantemente em mudança. Mais tarde, buda percebeu que a sua ideia pessimista da condição humana não está completamente certa e surge a existência de uma via de saída de impasse: As quatros nobres verdades: . consideração da vida insatisfatória ; . ideia de que essa insatisfação derivação dos desejos (tsana ), que assolavam o ser humano da sua ignorância (avidya); . o destino dos homens eram diferentes e que haveria forma de fugir à escravatura deste planeta insatisfatório; . determinação do caminho de fuga à escravidão, originando as Oito Vias Sagradas: 1. parecer correcto e adequado; 2. intenção recta; 3. discurso recto; 4. acções rectas; 5. existência recta; 6. esforço recto; 7. espírito recto; 8. concentração recta. Destas oito vias, as duas últimas são aquelas que se podem considerar as de maior cariz religioso. O espírito recto caracteriza-se por um exercício espiritual budista, enquanto a segunda, a concentração recta, refere-se á meditação correcta e adequada. Segundo os budistas através da meditação pode-se compreender a natureza e realidade, obtendo a libertação de ciclos intermináveis de samsana. Na nossa opinião, o Budismo é para além de uma religião, é um modo de vida e pensamento, em que o principal objectivo é encontrar a paz interior, recorrendo à meditação ou ao culto a Buddha, para a encontrar. Se fosse realizado um ranking das Religiões mais pacíficas do Mundo, o Budismo seria obrigatoriamente a primeira, porque ao longo de todos este anos nunca entrou num conflito bélico, pois pretende pacificar e não destruir o Planeta como fazem as outras religiões. Adoramos realizar este trabalho, porque descobrimos uma religião totalmente diferente da nossa, o Cristianismo, descobrindo o seu culto, as festas, os tipos e onde se distinguiram mais no Mundo! Eduardo, Maria João, Rita e Vítor ConclusãoCom a realização deste trabalho escrito, foi descoberta a origem do Budismo e como se instaurou e distinguiu no Mundo. Também ficamos a conhecer o seu culto, as suas festas (Cerimónia de limpeza do Buda, Festa das Flores, Parinirvâna), o seu livro sagrado, o Tripitaka (doutrina budista onde cada cesto corresponde a uma parte mental e prática do Budismo) e os seus tipos. Concluindo, este trabalho foi muito interessante e permitindo o aperfeiçoamento de técnicas de resumo, pesquisa e trabalho colectivo.
Bibliografiahttp://budismotibetano.no.sapo.pt/budismo.htm http://budismotibetano.no.sapo.pt/buddha.htm http://www.viacapella.com.br/portal/religioes.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Budismo Rodrigues Pereira, José Eugénio; Gomes Faria, José Joaquim; Gomes Coelho de Pinho e Queirós, Maria Alzira, “A Melhor Opção E.M.R.C. 9ºano”, Secretariado Nacional da Educação Cristã, Lisboa, página 55 e 56. [1] O Budismo na Índia não está aprofundado porque o trabalho em geral retrata o mesmo; [2] Vêr pags. 5 e 6.
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