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Saúde e Socorrismo: Asfixia

Autores: Cátia Sucena

Escola: [Escola não identificada]

Data de Publicação: 10/10/2007

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre Asfixia, realizado no âmbito da disciplina de Saúde e Socorrismo do Curso Profissional de Acção Social.

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Saúde e Socorrismo: Asfixia

Introdução

A asfixia é uma diminuição total ou parcial da respiração por falta de oxigénio. Os sintomas variam em função das causas que podem ser várias como por exemplo, afogamento, estrangulamento, obstrução das vias aéreas por corpos estranhos, choque eléctrico e até mesmo por doenças. No entanto, seja em que caso for a asfixia é um estado grave e que se não for socorrido a tempo pode conduzir á morte da vítima.

Existem várias técnicas de socorrismo que podem ser aplicadas em situações de asfixia, dependendo da sua causa e da faixa etária da vítima.

No caso de não se saber a causa, aplica-se o Suporte Básico de Vida (SBV) também chamado de Ressuscitação Cardio-pulmunar (RCP), que consiste num conjunto de etapas de avaliação e reanimação da vítima.

Definição

Chamamos Asfixia a qualquer situação em que o ar não entra nos pulmões. Como consequência, o sangue encontra-se sem oxigénio. Se esta situação se mantiver por mais de 4 a 6 minutos, na maioria das pessoas dá lugar à morte. Alguns desportistas muito treinados, mergulhadores por exemplo, conseguem aguentar mais tempo sem respirar.

A consequência mais imediata e mais terrível da asfixia é o dano cerebral irreversível que é provocado quando o oxigénio não chega ao cérebro. Quando encontramos alguém a sofrer qualquer tipo de asfixia, é importante socorre-la rapidamente utilizando alguma técnica de respiração artificial.

Causas

. Afogamento;

. Grande traumatismo no tórax;

. Envenenamento por drogas ou por gases;

. Enforcamento;

. Estrangulamento;

. Choque eléctrico;

. Deficiência de oxigénio atmosférico;

. Grande traumatismo no tórax;

. Obstrução das vias aéreas por corpo estranho;

. Qualquer bloqueio das vias respiratórias;

Doenças que causam a asfixia

Tétano

O Tétano é uma doença infecto-contagiosa grave causada pela toxina tetanospasmina. Trata-se de uma doença que acomete todos os animais de sangue quente, inclusive portanto o homem. A bactéria é encontrada nas fezes de animais ou humanos que se depositam na areia ou na terra. A infecção se dá pela entrada das bactérias por qualquer tipo de ferimento na pele contaminado com areia ou terra. O tétano caracteriza-se pelos espasmos musculares e suas complicações.

Com a evolução da doença, o que acontece com estrema rapidez, sobrevêm dificuldades respiratórias devido ao enrijamento da musculatura intercostal e do diafragma, sobrevindo a morte por asfixia devido a esse enrijamento determinar impossibilidade do acto da respiração.   

Raiva

A Raiva é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus Lyssavirus, da família rhabdoviridae que se desencadeia em animais e seres humanos. A sua transmissão pode ser feita através de contacto com a mucosa ou da mordida de um animal infectado.

Na fase inicial aparece apenas dor ou comichão no local da mordidela, náuseas, vómitos e mal-estar moderado. Na fase excitativa que se segue, surgem espasmos musculares intensos da faringe e da laringe com dores extremamente dolorosas na deglutição, mesmo quando se bebe água. A morte segue-se na maioria dos casos cerca de quatro dias após a infecção. Numa minoria de casos, após esses quatro dias surge uma terceira fase de sintomas, com paralisia muscular, asfixia e morte mais arrastada.

Difteria

A Difeteria é uma doença infecto-contagiosa causada pela toxina do bacilo Corynebacterium diphteriae. O seu contágio pode ocorrer por transmissão directa ou por um objecto contaminado. Esta doença está directamente ligada às populações de hábitos higiénicos precários, atingindo principalmente crianças.

Na fase inicial os sintomas assemelham-se aos sintomas de uma gripe. Numa segunda fase há uma elevação mais intensa da febre, linfadenite regional e aparecimento de placas branco-acinzentadas nas mucosas da faringe, da boca, e do nariz. Essas placas são pseudomembranas de pus visível que o vírus desenvolve. Em alguns casos a pseudomembrana impede o lúmen do tubo respiratório, levando à morte por asfixia.

Mononucleose Infecciosa

A Mononucleose Infecciosa, conhecida como Doença do beijo, é uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus Epstein-Barr e assim como o nome popular indica transmissível através dos beijos (transmite-se pelo contacto com a saliva alheia).

Numa primeira fase o vírus infecta as células da mucosa da faringe e depois começa a multiplicar-se. Seguidamente o sistema imunitário detecta essa multiplicação e secreta citocinas defensivas que causam febre alta, mau estar, fadiga, faringite e por vezes hepatite moderada e aumento dos gânglios linfáticos do pescoço.

Em crianças esta doença é geralmente subclinica, mas em adultos pode levar a meningoencefalite com disfunção neurológica ou comportamental, obstrução laringeal por edema e asfixia ou ruptura do baço com consequência a morte.

Enfisema Pulmonar

O enfisema pulmonar, também conhecido por DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), é uma doença crónica, na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos. Ela é geralmente causada pela exposição a produtos químicos tóxicos ou exposição prolongada ao fumo do tabaco. A sua principal característica é a falta de ar.

A doença inicia-se com a destruição e diminuição dos alvéolos, diminuído a superfície de absorção do oxigénio. O resultado é uma grave, prolongada e devastadora falta de ar e asfixia, que pode durar anos, até que a grande dificuldade para capturar o oxigénio e de expulsar dióxido de carbono acaba por conduzir à morte.

Sindroma de Insuficiência Respiratória Aguda

A Sindroma de Insuficiência Respiratória Aguda é um tipo de insuficiência pulmonar provocada por diversas perturbações que causam acumulação de líquido nos pulmões. A Insuficiência Respiratória pode ser causada por qualquer doença que afecte directa ou indirectamente os pulmões.

No início o doente sente falta de ar, geralmente com uma respiração rápida e pouco profunda. A pele pode aparecer manchada ou azulada devido à baixa concentração de oxigénio no sangue. Sem tratamento imediato, a falta grave de oxigénio provoca asfixia causando a morte em 90% dos casos.

Asma

A Asma é uma doença inflamatória caracterizada por obstrução crónica ao fluxo de ar nas vias respiratórias, cuja causa não está completamente elucidada. A crise asmática manifesta-se principalmente por 3 sintomas: falta de ar, pieira e tosse seca. Se a vítima não for socorrida a falta de oxigénio pode provocar a morte por asfixia.

Sinais e sintomas

A falta de ar é o sintoma principal da asfixia, mas, além disso, as batidas do coração aceleram e a pele em volta da boca e em baixo das unhas fica arroxeada. Conforme o caso, podem ocorrer também convulsões, contracções musculares e desmaios.

Sinais e sintomas em caso de:

Sufocação: Atitudes que caracterizam dificuldade respiratória; Agitação; Palidez; Midríase (dilatação das pupilas); Respiração ruidosa; Tosse ruidosa; inconsciência; paragem respiratória; Cianose (tonalidade azulada) da face e extremidades (dedos dos pés e mãos);

Afogamento: Agitação; Dificuldade respiratória ou ausência de movimentos respiratórios; Inconsciência; Parada Respiratória; Parada cardíaca;

Crise asmática: Tosse seca e repetitiva; dificuldade em respirar; respiração ruidosa (pieira); Respiração rápida e difícil; Pulso rápido; Palidez; Suores; Apatia;

Traumatismo torácico: Dor local; Ventilação rápida e superficial; Sinais de hemorragias; fracturas; choque;

Primeiros socorros

Primeiros socorros em função da causa

Afogamento

1. Retirar a vítima da água.

2. Se a vítima estiver inconsciente, iniciar imediatamente a respiração de socorro boca a boca dentro de água.

3. Chame rapidamente o médico.

4. Enquanto a ajuda não chega, coloque a vítima deitada de costas (barriga para cima), em declive, com a cabeça mais baixa que o corpo. Cuidado! Não dobre nem vire o pescoço da vítima.

5. Não tente retirar a água dos pulmões!

6. Faça a verificação da respiração.

7. Se a vítima não for capaz de respirar, comece urgentemente a fazer a respiração artificial.

8. Verifique também os movimentos cardíacos. Para sentir a pulsação, coloque as pontas dos dedos indicador e médio na virilha ou no pescoço da vítima, ao lado da traqueia.

9. Se a pulsação estiver ausente é necessário fazer uma massagem cardíaca.

10. Intercale duas respirações para cada 15 massagens cardíacas. Insista na ressuscitação o máximo de tempo que for capaz de aguentar. A vítima pode recuperar mesmo após muito tempo nessa situação.

11. Quando a pessoa recuperar a respiração e os movimentos cardíacos, deixe-a deitada na posição lateral de segurança. Não permita que ela saia do repouso antes da chegada do socorro médico.

12. Aqueça a vítima. Se possível leve o afogado para um local quente. Retire a roupa molhada e cubra-o com toalhas, cobertores ou o que estiver à mão. Friccione vigorosamente os braços e as pernas da vítima, estimulando a circulação. Não tente aquece-la rapidamente com um banho de água quente para evitar um choque térmico.

Inalação de gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigénio

1. Coloque a pessoa num local bem arejado.

2. Aplique a respiração artificial boca a boca.

3. Encaminhe a vítima para o hospital mais próximo.

Soterramento

1. Descubra a cabeça da vítima e limpe bem, desobstruindo seu nariz e sua boca.

2. Inicie, imediatamente, a respiração artificial.

3. Encaminhe a vítima para o hospital mais próximo.

Envenenamento por medicamentos, sedativos ou produtos químicos

1. Leve a vitima para um local arejado sem fumos, gases ou cheiros

2. Aplique, imediatamente, a respiração boca a boca.

3. Encaminhe a vítima para o hospital mais próximo.

Estrangulamento

1. Liberte a vítima da causa do estrangulamento.

2. Aplique, imediatamente, a respiração boca a boca.

3. Encaminhe a vítima para o hospital mais próximo.

Choque eléctrico

1. Não toque na pessoa até que ela esteja separada da corrente eléctrica!

2. Corte a energia retirando a ficha da tomada. Se não puder alcançar a tomada, desligue o quadro.

3. Na impossibilidade de cortar a energia, coloque debaixo dos pés material isolante - por exemplo, uma espessa camada de jornais - e afaste da fonte de energia os membros da vítima com um cabo de vassoura ou uma cadeira de madeira.

Não utilize objectos húmidos ou metálicos!

Em alternativa passe uma corda ou qualquer pano seco em volta dos pés ou por debaixo dos braços da vítima e puxe-a.

Não toque na vítima com as mãos!

Não utilize nada molhado, como por exemplo, uma toalha húmida!

4. Se a vítima estiver inconsciente, ponha-a na posição lateral de segurança

5. Encaminhe a vítima para o hospital mais próximo.

Informe o hospital sobre o período de tempo que a vítima esteve em contacto com a fonte de energia eléctrica.

Crise asmática

1. Desdramatizar a situação. É importante ser capaz de conter a angústia e a ansiedade da vítima, falando-lhe calmamente, e assegurando-lhe rápida ajuda médica.

2. Deve levar a pessoa para um local arejado onde não haja pó, cheiros ou fumos.

3. Colocá-la numa posição confortável que facilite a respiração. Sente-a de forma ligeiramente inclinada para a frente, apoiando o tronco com os braços sobre uma superfície firme.

4. Utilizar o inalador caso a vítima o tenha.

5. Se a vítima piorar ou não tiver o inalador, peça-lhe que inspire e expire profundamente e com calma e dirija-se a um hospital.

Suspeita de ataque cardíaco

1. Chame o 112

2. Se a vítima estiver consciente, coloque-a numa posição reclinada, com a cabeça e os ombros apoiados em almofadas debaixo dos joelhos.

3. Se a vítima perder os sentidos, coloque-a na posição lateral de segurança.

4. Desaperte a roupa no pescoço, tronco e cintura para facilitar a circulação e a respiração.

Não dê de beber nem de comer à vítima!

Não permita que a vítima se mexa desnecessariamente, o que serviria apenas para sobrecarregar o coração!

Traumatismo no torácico

1. Num traumatismo da parede do tórax fazer penso e cobertura.

2. Se existir retalho costal móvel, imobilizar com gravatas.

3. Se traumatismo aberto, tamponar e imepermeabilizar deixando o bordo inferior livre.

4. Colocar a vítima confortavelmente se consciente, PLS quando inconsciente tendo o cuidado de colocar o lado atingido para baixo (libertando o lado não atingido) e chame o 112

Primeiros socorros em função da idade

Manobra de desobstrução das vias aéreas em adultos e crianças (> 1 ano) – Manobra de Heimlich

1. Se a vítima não consegue falar ou respirar, a angústia é visível no rosto, com olhos muito abertos, boca aberta, sinais de exaustão e cianose. Geralmente as mãos agarram o pescoço. Esta situação tem risco eminente de asfixia e, como tal, de paragem ventilatória.

2. Incline a vítima para a frente, coloque-se por trás desta e com a mão plana, dê cinco pancadas secas nas costas entre as omoplatas. Verifique se o corpo estranho saiu.

 

3. Se as pancadas falharem, coloque a sua mão fechada em punho e com o polegar contra o abdómen da vítima, entre o umbigo e o apêndice xifóide, na zona do epigastro. Com a outra mão envolver o punho fechado e efectuar cinco compressões abdominais para dentro e para cima. Devem ser pausadas, seguras e secas (Manobra de Heimlich). Verifique se o corpo saiu pela boca. Repetir esta sequência de pancadas nas costas e compressões as vezes que for necessário até à expulsão do próprio objecto.

Vítimas inconscientes

Se a vítima estiver inconsciente e não conseguir suportar o seu peso, deve colocar a vítima deitada sobre as costas e iniciar a ressuscitação cardio-pulmunar, verificando se algum corpo estranho é expelido removendo-o da boca se necessário. Repetir esta manobra até que seja eficaz.

 

Situações de excepção à aplicação das compressões abdominais:

. Mulheres grávidas

. Vítimas obesas (nas quais o reanimador tem dificuldade em abranger o abdómen da vítima. Neste caso as compressões abdominais devem ser substituídas por compressões esternais que podem ser aplicadas em vítimas conscientes e inconscientes.

. Crianças com menos de um ano de idade.

Manobra de desobstrução das vias aéreas em crianças (<1 ano) - Manobra de Heimlich

1. Observe se a criança consegue chorar, tossir ou respirar.

Se a resposta é negativa, prossiga para o passo seguinte.

2. Coloque a criança de barriga para baixo (decúbito ventral) sobre o seu antebraço com a cabeça inclinada para baixo, efectue 5 pancadas nas costas, na linha média entre as omoplatas (utilize a base da mão, com força adequada ao tamanho da criança).

 

3. Alternadamente, coloque-a de costas (decúbito dorsal) e se necessário sobre uma superfície dura,  execute 5 compressões sobre o esterno, com dois dedos, ou com os polegares ficando os restantes dedos a envolverem o tórax da criança. As compressões devem ser executadas abaixo da linha média intermamilar. Estas devem ser pausadas e seguras.

 

4. Repita os passos 2 e 3. Se a obstrução persistir chame o 112.

Acidentes domésticos em crianças:

Corpos estranhos no nariz

1. Tente fazer a criança respirar pela boca.

2. Aperte a narina desobstruída e peça para a criança se assoar. Esta manobra requer colaboração da criança, o que nem sempre é possível.

Se o objecto não for expelido ou se a criança não quiser colaborar, não insista. Leve-a imediatamente ao Hospital mais próximo.

Aspiração de pó

1. Faça a criança tossir bastante. Estimule a tosse com leves tapas nas costas.

2. Deite a criança na Posição Lateral de Segurança (PLS).

Asfixia com saco plástico

É comum as crianças enfiarem a cabeça em sacos plásticos, provocando a sua própria asfixia.

1. Retire o saco rapidamente, rasgando-o com as mãos. Cuidado para não machucar a criança.

2. Deite a criança de costas, coloque uma das mãos sobre o pescoço e outra sobre a testa, levando a cabeça para trás.

3. Faça a respiração artificial até a respiração normalizar.

4. Dirija-se a um hospital.

SBV (Suporte Básico de vida)

O Suporte Básico de Vida ou Ressuscitação cardiopulmunar é um conjunto de procedimentos de emergência que pode ser executado por profissionais da área de saúde ou por leigos treinados (socorristas).

O SBV consiste essencialmente em quatro etapas:

. A avaliação inicial

. A manutenção das vias aéreas obstruídas

. A ventilação com ar expirado

. A execução de compressões torácicas.

Suporte Básico de Vida (SBV) no adulto

1. Verifique e assegure as condições de segurança. Se tem condições de segurança aproxime-se da vítima.

2. Verifique o estado de consciência. Verifique se a vítima reage (está consciente). Chame por ela abanando suavemente pelos ombros, se não reagir (está inconsciente).

3. Abertura da via aérea. Posicione a vítima deitada sobre as costas com os membros alinhados com o corpo. Ajoelhe-se junto da cabeça da vitima. Levante o queixo da vítima e incline-lhe a cabeça para trás (extensão), de modo a manter as vias aéreas abertas, conforme se indica na figura (não efectuar esta manobra em vítimas com suspeita de traumatismo vértebro-medular - coluna vertebral). Verificar se existem corpos estranhos ou secreções na boca da vítima e remova-os.

 

4. Faça a verificação da respiração (VOS) durante 10 segundos. Verifique se a vítima tem sinais de circulação: Coloque a sua face junto ao nariz e boca da vítima e deve VER se o tórax e abdómen se expandem com os movimentos ventilatórios (Movimentos, incluindo deglutição; Respiração; Tosse), OUVIR se existem ruídos de entrada e saída de ar pela boca e nariz e SENTIR o ar expirado pela boca e nariz da vítima.

 

5. Se não ventila normalmente ligue 112.

6. Posicione as mãos. A compressão torácica externa deve ser realizadas sobre a metade inferior do esterno da vitima, em decúbito dorsal. Deslize os dedos indicador e médio pelo rebordo costal até o entalhe onde as costelas encontram o esterno. O dedo indicador é posicionado ao lado do médio, na extremidade inferior do esterno. A base da outra mão é colocada no esterno ao lado do dedo indicador da outra mão, que seguidamente é apoiada sobre a mão apoiada no esterno de tal maneira que fiquem paralelas entre si, entrelaçando os dedos. Os dedos da mão que está por cima puxam os da que está por baixo assegurando que não é exercida pressão destes sobre as costelas.

 

7. Comprima 30 vezes. Pressione o tórax 30 vezes, fazendo baixar o externo cerca de 4 - 5 centímetros ou 30% do seu diâmetro, sempre com os braços em extensão  perpendicularmente à vítima (sem dobrar os cotovelos). Para manter o ritmo poderá contar "1 e 2 e 3 e 4, .... e 30" comprimindo cada vez que se diz o número e aliviando a pressão cada vez que se diz a conjunção "e" (a um ritmo de 100 por minuto).

 

8. Execute ventilação artificial. Mantendo a via aérea aberta (extensão), tape o nariz abrindo a boca e execute respiração boca-a-boca (duas insuflações de modo a elevar o tórax da vítima, cerca de 1 segundo cada). A ventilação pode ser executada com "máscara de bolso", insuflador manual, etc. No caso de não ter nenhum destes aparelhos pode usar um lenço como filtro por motivos de higiene.

 

9. Se a vitima ficar consciente coloca-la na posição lateral de segurança (PLS).

10. Se a vitima continuar inconsciente continue com 30 compressões e 2 insuflações até que a ajuda chegue.

Suporte Básico de Vida (SBV) em crianças (1-8 anos)

1. Se você estiver sozinho deve executar o SBV durante dois minutos antes de ligar 112.

2. Use uma só mão para efectuar as compressões torácicas.

3. Pressione o esterno e faça-o baixar 2 a 3 centímetros (1/3 do seu diâmetro).

Suporte Básico de Vida (SBV) em crianças (< 1 ano)

1. Chame e abane delicadamente o ombro da criança. Se não houver resposta posicione a criança em decúbito dorsal sobre uma superfície dura.

2. Abra a via aérea, visualize a boca da criança procurando por objectos estranhos. Permeabilize a via aérea, inclinando principalmente o queixo, não inclinar a cabeça demasiado para trás. Verifique se respira.

 

3. Se a criança não respira dê 2 insuflações delicadamente. Tape a boca e nariz da criança com a sua boca e ventile. Cada insuflação deve durar 1segundo. Deve verificar se o peito da criança se expande.

 

4. Execute delicadamente 30 compressões a um ritmo de 100 por minuto. Coloque dois dedos centro do peito da criança logo abaixo dos mamilos. Pressione fazendo baixar o tórax somente 1 a 2 centímetros. Quando executada por dois reanimadores, esta manobra pode ser executada com os polegares ficando os restantes dedos a envolver o tórax da criança.

 

5. Continue com 2 insuflação para 30 compressões. Após dois minutos de repetir este ciclo ligue 112. Volte para junto da criança e continue até chegar ajuda. Se observar sinais de circulação, mantenha ventilação, uma de 3 em 3 segundos e pare as compressões.

6. Se a vitima reassume a respiração e readquire pulso coloca-la na Posição lateral de segurança.

Posição Lateral de Segurança (PLS)

Excepto nos casos de suspeita de fractura da coluna vertebral ou do pescoço, se a vitima respirar, coloca-la na posição lateral de segurança. Esta posição permite um boa observação e acesso á via aérea assim como uma boa drenagem de fluidos pela boca.

1. Ajoelhar-se ao lado da vítima, alinhar-lhe os membros e alargar o vestuário.

2. Colocar o braço mais próximo dobrado ao nível do cotovelo

3. Encostar as costas da outra mão da vítima na bochecha.

4. Flectir a perna da vítima do lado mais afastado.

5. Com uma mão a apoiar a cabeça e a outra a apoiar a perna rodar lentamente o corpo

6. Puxe a testa da vítima para trás, de modo a que a garganta fique direita. Assim, as vias respiratórias manter-se-ão desimpedidas, o que permite que a vítima respire livremente.

 

Quando há fractura de um braço ou de uma perna

Quando há fractura de um braço ou de uma perna ou por qualquer motivo esse membro não puder ser utilizado como apoio da vítima na posição lateral de segurança, coloque um cobertor enrolado debaixo do lado ileso da vítima, o que elevará o corpo desse lado e deixará as vias respiratórias desimpedidas.

Conclusão

A asfixia é a causa de morte em muitas doenças, principalmente doenças respiratórias. Assim que a vítima entre em paragem respiratória deve ser logo socorrida pois 4 minutos sem oxigenação pode ser fatal ou produzir danos irreversíveis no cérebro.

As crianças são as principais vítimas de asfixia geralmente provocada com brincadeiras inocentes, como por exemplo enfiar a cabeça num saco plástico ou pôr na boca ou no nariz objectos que impeçam a circulação do ar nas vias aéreas. É necessário ter muito cuidado com os alimentos e com os objectos com que a criança brinca.

Os primeiros socorros à asfixia devem ser executados por um perito, porém há pequenos gestos básicos que se podem aprender e que podem salvar uma vida. É importante, em qualquer caso, alertar o 112 ou levar a vítima para o Hospital mais próximo.

Bibliografia/ Netografia

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. Sares Rosa, Serra Lídia, Almeida Carla – Saúde e socorrismo – Porto Editora

 

 

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