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Trabalhos de Apoio à Infância

 

Conto Tradicional: ”João e Maria”

Autores: Inês Cristo

Escola: Escola Profissional da Região Alentejo

Data de Publicação: 08/09/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre o Conto Tradicional: "João e Maria", realizado no âmbito da disciplina de Técnica Pedagógica e Intervenção Educativa do Curso Técnico de Apoio à Infância.

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Conto Tradicional: ”João e Maria”

Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Técnica Pedagógica e Intervenção Educativa, com o objectivo de avaliar parte do Módulo 9:”Literatura para a Infância”.

Para a elaboração deste trabalho, fiz pesquisa na Internet e em alguns livros de histórias infantis.

Neste trabalho pretendo mostrar um conto tradicional, acompanhada por ilustrações mais antigas e em seguida mostrar a adaptação desse mesmo conto, auxiliado com as respectivas ilustrações, neste caso já mais actuais. O conto escolhido por mim é “João e Maria”, é a história de dois irmãos filhos de um lenhador, cuja mãe já havia falecido e por isso o pai arranjou uma nova mulher, que por sinal não gostava muito de partilhar as crianças com o marido. Num momento de crise financeira e vendo que não tinha nada para comer, decide abandonar as crianças na floresta, contudo a primeira vez não teve sorte, pois João conseguiu arranjar uma forma de voltar para casa, da segunda esteve perto de conseguir, mas as crianças não desistiram de procurar até que chegaram a uma casa feita de doces, habitada por uma bruxa, durante alguns dias ficaram lá presos e quase morreram, mas a pequena Maria conseguiu salva-los, ao abandonarem a casa trouxeram tudo de valioso lá existente, assim quando conseguiram voltar para casa, já não necessitariam de se preocupara como arranjar dinheiro para comer, tudo o que levavam chegava para os três viverem felizes para sempre, já que a madrasta tivera morrido durante as sua ausências.

Pretendo também, apresentar a biografia e a bibliografia dos autores deste conto, “Os irmãos Grimm”, acompanhado por alguns retratos dos referentes, por fim irei mostrar algumas actividades a desenvolver em contexto de sala de aula, realizadas a partir deste conto.

Conto Tradicional: “João e Maria”

Numa casa perto da floresta vivia um lenhador muito pobre, com os seus dois filhos: João e Maria. A mãe das crianças havia morrido e o lenhador casou-se de novo com uma mulher muito má, que tentava de tudo para conseguir separar as crianças do pai. Uma noite esta queixou-se ao marido, dizendo que a comida tinha acabado e que já não tinham dinheiro para comprar mais.

Fig.1 João e Maria perdidos na floresta. 1

A única coisa que lhes restava era um pedaço de pão para dar às crianças. E só existia uma solução, abandonar as crianças na floresta. O lenhador ao ouvir aquilo nem queria acreditar, pois ele não tinha a intenção de abandonar os seus filhos. No entanto a mulher era feiticeira e por isso ameaçou transformar as crianças em sapos se o lenhador não concordasse. João e Maria ouviram a conversa, e muita assustada Maria começou a chorar com medo de ficar perdida na floresta, mas João acalmou-a dizendo que ia ao quintal arranjar umas pedrinhas para assinalar o caminho e assim saberiam voltar para casa. Ouvindo isso, Maria parou de chorar e sem demora João foi ao quintal, sem fazer barulho, e encheu os bolsos de pedrinhas brancas.

Fig.2 João e Maria, encontram a casa de pão – de – ló.2

Na manhã do dia seguinte João e Maria fingiram que não se estavam a aperceber de nada e como sempre sentaram-se à mesa para comer um pedaço de pão. Enquanto eles comiam a madrasta explicou-lhes que naquele dia iriam com o pai cortar lenha, já que ele tinha que ir para muito longe, por isso deviam guardar um pedaço de pão para comerem ao almoço.

Puseram-se todos a caminho, o pai e a madrasta à frente e os dois irmãos atrás, enquanto caminhavam João ia deixando cair as pedrinhas. Quando chegaram a meio da floresta, a madrasta ordenou às crianças que se sentassem a comer o pedaço de pão, enquanto ela ia com o marido cortar lenha. Assim, o lenhador e a mulher afastaram-se deixando João e Maria sozinhos na floresta, mas como as pedrinhas estavam a assinalar o caminho para casa eles conseguiram lá chegar, para grande espanto do pai e da feiticeira.

No dia seguinte as crianças foram levadas mais uma vez para a floresta. Desta vez João não pôde ir ao quintal buscar as pedrinhas, porque a porta estava trancada às sete chaves. Contudo, isso não foi impedimento para ele não tentar arranjar uma solução. No dia seguinte, as crianças foram levadas mais uma vez para a floresta, desta vez João ia deixando cair migalhas de pão, para marcar o caminho de volta para casa. A madrasta desta vez abandonou as crianças num lugar ainda mais longe, voltado a afirmar que teria que ir com o lenhador cortar mais lenha. João não se preocupava, porque tinha marcado caminho para voltar. Mas, quando ele e Maria procuravam as migalhas de pão, nada encontraram, os passarinhos da floresta tinham comido tudo. João não quis preocupar a irmã, mas ela já tinha começado a chorar, o medo de não conseguir voltar para casa invadiu o coração daquela criança. Por fim, a melhor solução que João arranjou foi ficar a dormitar ali e amanhã procurariam o caminho para voltar.

Fig.3 Bruxa a trancar João dentro do estábulo.3

Durante três dias e três noites as crianças, andaram pela floresta, sem achar o caminho de casa. Quando já estavam sem esperança, encontraram uma casinha feita de pão-de-ló, com o telhado de chocolate e as janelas de pão-de-mel. A fome era tanta, que os pequenos puseram-se a comer a casa, até que de repente, uma voz gritou lá de dentro: - “ Quem é que está a roer a minha casa?” Assustados, os irmãos começaram a fugir. No dia seguinte, voltaram à casa, mas desta vez apareceu uma velhinha que lhes disse, para irem com ela ver os estábulos, depois de entrarem a velha fechou o João lá dentro. E do lado de fora gritou: -“ Agora vais ficar ai, até estares bem gordinho para esta velha feiticeira comer”. Depois dirigiu-se a Maria dizendo que ela teria que cozinhar e fazer todo o serviço de casa. Maria ficou muito assustada e obedeceu. Todos os dias a velha obrigava Maria a levar comida para o irmão e depois perguntava-lhe se ele já tinha engordado. Como a velha não via bem, Maria dizia que ele ainda estava muito magrinho. Com o passar do tempo a velha, já não acreditava na pequena. Por isso, decidiu aquecer o forno, dizendo a Maria que iria fazer pão, mas precisava que ela pose-se a cabeça lá dentro para ver se já estava bem quente. Esta, sabendo quais as intenções da feiticeira, respondeu que a sua cabeça não caberia ali, ao que a velha afirmou que caberia sim, até porque a sua própria cabeça também cabia, a pequena fingiu que não acreditava e quando a velha pôs a sua cabeça no forno, para mostrar que cabia, a menina deu-lhe um empurrão e fechou-a lá dentro. Em seguida, foi rapidamente tirar o irmão do estábulo e contou-lhe tudo o que havia acontecido, mas acrescentou também que a velha tinha debaixo da cama um tesouro escondido. Pegaram no cofre e fugiram levando as riquezas da feiticeira. Depois de andar muito pela floresta, João e Maria conseguiram chegar a casa.

Fig.4 Maria empurra a bruxa para o forno.4

Ao verem o seu pai, a chorar de tristeza devido à sua ausência, abraçaram-no, contentes por estarem novamente juntos. Contaram tudo pelo que tinham passado e mostraram o tesouro que haviam trazido, com o qual não faltaria comida. O pai contou então que a madrasta tinha caído no rio e morrera afogada. Assim os três nunca mais se separaram e viveram felizes para sempre.

1Fonte: http://www.motoca.net/motoca/blog/joao_maria.jpg(05/11/2009)

2Fonte: rjk/s400/11338~Hansel-and-Gretel-Posters.jpg(05/11/2009)

3Fonte: http://volobuef.tripod.com/page_maerchen_grimm_obras.htm(05/11/2009)        

4Fonte: http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&512_2927.jpg&v=E(05/11/2009)

Conto Adaptado: “João e Maria”

Numa imensa floresta, vivia um nobre lenhador com a sua mulher e os seus dois filhos, o menino chamava-se João e a menina Maria. Nunca havia muita coisa em casa para comer, e numa época em que a fome apertava, nem mesmo havia pão que chegasse para toda a família.

Fig.5 Maria e João, encontram a casa de pão-de-ló.5

Uma noite, o lenhador não conseguia dormir e andava às voltas na cama, preocupado, com o que iria ser dos seus filhos. De repente, suspirou e disse à mulher:

- Que será que nos vai acontecer? Como é que vamos poder alimentar os nossos filhos, se nem temos comida que chegue para nós?

A mulher respondeu:

- Amanhã, quando o dia raiar, levamos as crianças para a parte mais fechada da floresta, fazemos uma fogueira e damos a cada um dos dois um pedaço de pão. Depois, dizemos que vamos cortar lenha e deixamo-los lá, assim nunca conseguirão voltar para casa.

- Não, mulher – disse o lenhador. – Não posso fazer isso. Como é que eu vou poder deixar os meus filhos sozinhos no meio da floresta? Os animais selvagens vão dar cabo deles em três tempos.

- Tu és um tolo! – Disse ela – Então, sendo assim vai já preparando as tábuas para os nossos caixões, porque vamos todos morrer de fome.

E não o deixou em paz enquanto ele não concordou com o seu plano.

- Mas, ainda assim me sinto muito triste em saber que vou ter de deixar os meus pequenos filhos na floresta sozinhos. – Disse o lenhador.

Porém, João e Maria não conseguiam dormir, pois a fome era muita e por isso ouviram a conversa que o seu pai havia tido com a sua madrasta. Maria chorando de tristeza disse:

- Estamos perdidos, João!

- Acalma-te, Maria – disse ele. – Não te preocupes, quando o pai e a nossa madrasta adormecerem irei lá fora apanhar umas pedrinhas, para sinalizar o caminho e assim já saberemos voltar para casa.

Na manhã do dia seguinte, antes mesmo de o sol nascer, a mulher veio acordar os dois meninos:

- Levantem-se, preguiçosos. Hoje iremos com o vosso pai buscar lenha à floresta.

Depois, deu a cada um deles um pedaço de pão e disse:

- Guardem-no bem, pois é para o vosso almoço.

Maria guardo o pão debaixo do avental, porque o João tinha os bolsos cheios de pedrinhas.

Depois de terem começado a caminhas, João parou e olhou na direcção da casa. Fez isso, uma, duas, três vezes. Até que o pai perguntou:

- João, porque é que estás sempre a olhar para trás? Assim atrasas-te.

- Então pai – respondeu ele, – estava a olhar para o meu gatinho branco em cima do telhado.

Fig.6 João e Maria, perdidos na floresta.6

A mulher disse:

- És mesmo tonto, não é o teu gato. É o sol da manhã a bater na chaminé.

Mas, João não estava a olhar para nenhum gato. Apenas estava a tirar as pedrinhas do bolso, de cada vez e marcando o caminho.

Quando chegavam a meio da floresta, o pai disse:

- Comecem a catar lenha, que eu vou fazer uma fogueira para vos aquecer.

As crianças apanharam gravetos até formarem um monte. Os foram acesos e quando o fogo já estava bem alto, a mulher disse:

- Agora, deitem-se perto ao fogo e descansem. Eu e o vosso pai, vamos cortar lenha, quando acabarmos, voltaremos para irmos para casa.

João e Maria sentaram-se junto à fogueira e, ao meio-dia, comeram os seus pedaços de pão. Ouviam as pancadas de um machado de minuto a minuto, e pensavam que o pai estava por perto. Contudo não era um machado. Era apenas um galho que ele havia amarrado a uma árvore seca e que o vento sacudia, batendo, de um lado para o outro. Depois de ficarem ali sentados por algum tempo, ficaram tão cansados que os olhos se foram fechando e acabaram por adormecer. Quando acordaram, já tinha anoitecido.

Maria assustada disse:

- Como é que vamos conseguir sair desta floresta?

João consolando-a, respondeu: 

- Não te preocupes, assim que a lua nascer, acharemos o caminho.

Fig.7 Capa de uma das edições de DVD’s “João e Maria”. 7

Quando a lua cheia nasceu, João pegou na mão da sua irmã e seguindo as pedrinhas, que brilhavam como moedas de prata acabadas de serem cunhadas, e mostravam o caminho para casa. Andaram a noite toda e finalmente chegaram a casa do pai, quando o sol já estava a nascer. Bateram à porta e quando a mulher abriu e viu João e Maria, exclamou:

- Então crianças, pensava que iam ficar a dormir na floresta para sempre e não iam voltar nunca mais.

O pai ficou muito contente, porque tinha ficado muito infeliz por abandoná-los.

Passado algum tempo, voltou a haver muita fome no país e as crianças ouviram a madrasta a conversar com o seu pai:

- Já comemos tudo o que havia para comer. Só sobrou meio pão e quando acabar não vai haver dinheiro para comprar mais. As crianças têm que ir embora. Vamos levá-las para a floresta, mas desta vez ainda para mais longe. É a nossa única esperança.

O lenhador ficou com o coração pesado e comentou:

- Preferia dividir a última migalha com os meus filhos.

Mas a mulher não queria prestar atenção a nada do que ele dizia. Apenas, continuava a reclamar e a pôr defeitos em tudo. Por isso, o lenhador acabou por ceder pais uma vez.

Mais uma vez, as crianças estavam acordadas e ouviram toda a conversa. Quando os mais velhos dormiram, João levantou-se para ir buscar pedrinhas mas, desta vez a porta estava trancada e ele não conseguia sair, acabando por se ir deitar.

De manhã, a mulher veio acordar as crianças, deu-lhes pedaços de pão, porém, uma quantidade mais reduzida do que a da outra vez. A caminho da floresta, João foi esmigalhando o pão dentro do bolso. De vez em quando parava e deixava cair algumas migalhas no chão.

A madrasta levou as crianças até ao lugar mais longe da floresta, um lugar onde elas nunca tinham estado. Mais uma vez fizeram uma grande fogueira e ela disse:

- Fiquem aqui. Se estiverem cansados podem dormir, eu e o vosso pai vamos cortar lenha e quando terminarmos, voltamos para vos buscar.

Ao meio-dia, Maria dividiu o seu pedaço de pão com o irmão, e depois adormeceram. Quando acordaram, já havia escurecido e puseram-se a caminho tentando encontrar os pedacinhos de pão, mas nada encontraram, os pássaros tinha comido tudo.

Caminharam a noite inteira e depois o dia todo, da manhã à noite, mas ainda estavam na floresta, e cada vez com mais fome, porque não tinham mais nada para comer, a não ser alguns frutos silvestres. Quando ficaram muito cansados, deitaram-se debaixo de uma árvore e adormeceram.

Fig.8 João e Maria deparam-se com a bruxa. 8

Já era a terceira manhã desde que tinham saído da casa do pai. Voltaram a caminhar mais uma vez, mas cada vez se perdiam mais na floresta. Depois de muito andarem, encontraram uma casinha e ao se aproximarem repararam que era feita de pão, o telhado de chocolate e as janelas de caramelo. As crianças ao verem tanta comida nem sabiam por onde começar. De repente ouviram uma voz suave, que vinha de dentro da casa:

- Quem é que está a comer a minha casa?

A fome era tanta que as crianças nem ligaram. Nisto a porta abriu-se e apareceu uma velha muito velha, apoiada num cajado. Os dois irmãos apanharam um susto tão grande que deixaram cair o que estavam comendo. Mas a velha abanou a cabeça e disse:

- Olá, meninos. Como é que vocês chegaram até aqui? Não tenham medo, entrem e fiquem comigo.

Quando entraram, havia boa comida e camas lavadinhas para eles, então pensavam que estavam no céu. Mas a velha só estava a fingir que era boazinha. Na verdade, ela era uma bruxa malvada, que só queria as crianças para matar, depois cozinhava-as e comia, para ela isso era um grande banquete.

As bruxas têm os olhos vermelhos e por isso, não viam muito bem, mas têm um olfacto muito apurado como se fossem animais. Por isso, quando Maria e João se aproximavam, ela já tinha tudo preparado para os receber.

Na manhã seguinte, enquanto as crianças ainda dormiam, a bruxa levou João para um buraco muito escuro e fechou-o lá dentro. Depois acordou a pequena Maria e ordenou-lhe que fosse preparar comida para o seu irmão, para que ele fosse engordando.

Maria chorou muito, mas foi em vão. Tinha que fazer o que a bruxa malvada mandava.

Todos os dias a bruxa perguntava a Maria se João estava a engordar, mas ela dizia-lhe que não. Um dia já farta de esperar, a bruxa mandou Maria ir aquecer água pois iria cozer João estivesse ele como estivesse.

Depois de a água já estar bem quente a bruxa disse:

- Primeiro, vamos fazer pão. Já acendi o forno e preparei a massa.

E levou a coitadinha da Maria para perto do forno, de onde a essa altura já saiam chamas.

- Vai lá dentro a gatinhar, para ver se já está bem quente – disse a bruxa.

Fig.9 Capa de uma das edições do livro e CD do conto “João e Maria”.9

O que ela queria era fechar Maria dentro do forno e matá-la também. No entanto, a pequena percebeu tudo e disse:

- Eu não caibo aí.

- Claro que cabes! – exclamou a velha – A porta é bem grande. Até eu consigo entrar.

Então a bruxa pôs a cabeça lá dentro. No mesmo instante, Maria empurrou-a lá para dentro. Rapidamente, fechou a porta de ferro. Depois, foi a correr para junto do irmão e depois de lhe contar o sucedido, entraram na casa da bruxa. Em cada canto havia caixas cheias de pérolas e pedras preciosas. João encheu os bolsos e disse:

- Vão ser melhores que pedinhas.

Em seguida, puseram-se a caminho e após andarem algumas  horas começaram a reconhecer a floresta, cada vez mais e finalemente viram ao longe a casa do pai. Começarama correr, entraram pela casa adentro e agarraram-se ao pai. O pobre homem não conseguia passar um só momento feliz desde que tinha deixado os filhos na floresta, enquanto as crianças estavam longe, a sua mulher tinha morrido.

Maria então abriu o aventalzinho e as pérolas e pedras preciosas espalharam-se pelo chão da sala. João punha as mão nos bolsos e tirava punhados e mais punhados de joias. Todas as preocupações deles tinha acabado, e viveram felizes para sempre.

5Fonte:http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&f=2835_1262.jpg&v=E(05/11/2009)

6Fonte: http://www.motoca.net/motoca/blog/joao_maria.jpg(05/11/2009)

7Fonte:http://3.bp.blogspot.com/BH7Q/TiI/JsvW4/s320/joC3%3o+e+maria.jpg(05/11/2009)

8Fonte: http://volobuef.tripod.com/page_maerchen_grimm_obras.htm(05/11/2009)

9Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Irm%C3%A3os_Grimm(05/11/2009)

Biografia: “Irmãos Grimm”

Os irmãos Grimm, Jacob e Wilhelm Grimm, nasceram a 4 de Janeiro de 1785 e 24 de Fevereiro de 1786, respectivamente, foram dois alemães que se dedicaram à escritura de vários contos infantis, ganhando assim grande notoriedade. Também deram grandes contribuições à língua alemã, com “O Grande Dicionário Alemão”, estudos de linguística e ao estudo do folclore.

A família é originária da cidade de Hanau no estado de Hessen. Os seus pais, Philipp Wilhelm e Dorothea Grimm, tiveram nove filhos dos quais apenas Ferdinand, Ludwig Emil, Charlotte, Jacob e Wilhelm Karl sobreviveram. Em 1796, perdem o pai, apenas com 45 anos de idade. A mãe, a fim de assegurar ao filho mais velho todas as hipóteses de conseguir avançar na carreira jurídica, manda os dois filhos para junto da sua tia em Kassel. Jacob frequenta a Universidade de Marburg e estuda Direito, como o pai, enquanto Wilhelm se junta a ele, um ano depois no mesmo curso. Um dos seus professores, Friedrich von Savigny, deixou que os irmãos estudassem na sua biblioteca privada, sabendo das suas capacidades para a literatura. Nessa mesma altura Savigny, trabalhava numa História do Império Romano e iria para Paris em 1804 para fazer as suas pesquisas. Em Janeiro de 1805, convida Jacob a ajudá-lo, o que ele faz de imediato. Nesta época, Jacob afasta-se por vários meses da literatura jurídica, passando a interessar-se ainda mais pela literatura da Alemanha antiga. 

Fig.10 Jacob Grimm.10

Os irmãos decidem então, dedicar-se aos estudos de história e linguística, recolhendo directamente da memória popular, as antigas narrativas, lendas ou sagas germânicas, conservadas pela tradição oral.

Jacob Grimm voltou para Kassel, onde a sua mãe se tinha vindo instalar. Em 1806, Wilhelm termina os estudos em Marburg. E passa também a viver com a mãe em Kassel, Jacob consegue um cargo de secretário na escola de guerra de Kassel. A seguir às guerras Napoleónicas contra a Prússia e a Rússia, começam pouco depois da sua nomeação e que põem Kassel sob a influência de Napoleão, a escola de guerra fecha e ele torna-se o encarregado do abastecimento das tropas combatentes, o que o desagrada e o leva a abandonar o seu posto. Wilhelm Grimm, com a saúde debilitada, estava na época sem emprego. Apesar desse período ser muito sombrio, os irmãos estavam muito motivados, pois datam as primeiras compilações de contos e histórias que nos chegam hoje.

Após o falecimento da mãe a 27 de Maio de 1808, Jacob, sendo o mais velho ficou encarregue de toda a família. Então aceita um cargo de director da biblioteca privada de Jérome Bonaparte (irmão de Napoleão, recentemente feito rei do jovem reino da Vestfália) e ocupa durante o ano de 1809 um cargo de assessor no conselho de Estado, ainda que não tinha sido obrigado a essa posição, aproveitou para dedicar grande parte do seu tempo aos estudos.

Fig.11 Wilhelm Grimm.11

Em 1809, devido à sua doença, Wilhelm faz um tratamento em Halle que deve ter sido financiado por Jacob. Ele passa a residir no castelo de Giebichenstein que havia pertencido ao compositor Johann Reichardt, por fim vai para Berlim onde encontra Clemens Bretano através do qual conhece escritores e artistas berlinenses como por exemplo, Ludwing von Arnim. Durante a volta para Kassel, Wilhelm encontra também Johann von Goethe que aprova os seus “esforços em prol de uma cultura vasta e esquecida”.

Desde 1806, os irmãos Grimm tinha reunido contos e desde 1807 tinham publicado artigos em revistas sobre os mestres trovadores. A partir de 1810, os irmãos encontram-se novamente em Kassel e em 1811, Jacob publica a sua primeira obra sobre os “mestres cantores alemães”.

Em 1813, Jacob Grimm perde o seu cargo de director da biblioteca real, mas rapidamente encontra um novo emprego junto do príncepe, como secretário da legação. Nessas novas funções diplomáticas retorna a Paris onde aplica o seu tempo livre em novas pesquisas na biblioteca.

Durante os anos seguinte os irmãos Grimm publicaram variadas obras, em 1874 Wilhelm, torna-se secretário da biblioteca do museu de Kassel, enquanto Jacob torna a Paris na qualidade de diplomático. Logo depois abandona a carreira diplomática para se dedicar exclusivamente ao estudo, à classificação e ao comentário da literatura e da história.

Em 1815, os irmãos Grimm produzem o segundo volume dos Contos da Criança e do Lar, mas na forma aumentada e outras obras reconhecidas como obras-primas.

Foi apenas após o casamento de Wilhelm com Henrietta Wild em 1825 que o percurso da vida dos dois irmãos veio a ter alguma estabilidade. Continuam a viver juntos apenas até ao nascimento das crianças de Wilhelm. Em 1829, e após a morte do director da biblioteca de Kassel, os dois irmãos demitem-se.

Passam novamente a viver juntos, Jacob trabalhava como professor titular e Wilhelm como bibliotecário e, a partir de 1835 também como professor.

Em 1837, o rei de Hanóver, da Grã- Bretanha e da Irlanda, Gulherme IV morre e a coroa de Hanóver passa para o seu irmão Enest August I. De forma autoritária este, altera a constituição liberal que o seu predecessor havia deixado e que os funcionários haviam prestado juramento. Sete professores da Universidade de Göttingen, entre os quais os irmãos Grimm, assinam uma carta de solene protesto. O rei, manda exilar três deles entre os quais Jacob Grimm.

Fig.12 Jacob e Wilhelm Grimm.12

Os irmãos retornam a Kassel e sem emprego, são convidados pelo rei Frederico Guilherme IV da Prússia convida-os para trabalhar como membros da academia de ciências e professores da Universidade Humboldt. Os dois aceitam a oferta e instalam-se definitivamente em Berlim. Jacob empreendeu, no entanto diversas viagens ao estrangeiro e foi deputado do Parlamento de Frankfurt em 1848, em conjunto com vários dos seus colegas de Göttigen.

Wilhelm Grimm morreu a 16 Dezembro de 1859 e Jacob, sozinho deu continuidade à obra deles até morrer a 20 de Setembro de 1863. Os dois irmãos descansam juntos no cemitério de Mattahäus em Berlim.

10Fonte: http://www.netmenu.pt/receita_ficha.asp?receita_id=201(05/11/2009)

11Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/e/d/d/JacobGrimmasyoung.jpg(05/11/2009)

12Fonte: http://stars.hitflip.de/Wilhelm_Grimm_HF_L_2_88095_4989.gif(05/11/2009)

Bibliografia: “Irmãos Grimm”

Título em Português

Título original em alemão

O rei sapo ou Henrique de Ferro.

Der Froschkönig oder der eiserne Heinrich

A Parceria do gato e do rato.

Katze und Maus in Gesellschaft

 A filha da Virgem Maria.

Marienkind

História do jovem que saiu pelo mundo para aprender o que é o medo.

Märchen von einem, der auszog, das Fürchten zu lernen

O lobo e os sete cabritinhos.

Der Wolf und die sieben jungen Geißlein

João, o fiel.

Der treue Johannes

O bom negócio.

Der gute Handel

O estranho músico.

Der wunderliche Spielmann

Os doze irmãos.

Die zwölf Brüder

O bando de maltrapilhos.

Das Lumpengesindel

Irmãozinho e irmãzinha.

Brüderchen und Schwesterchen

Rapunzel.

Rapunzel

Os três homenzinhos do bosque.

Die drei Männlein im Walde

As três fiandeiras.

Die drei Spinnerinnen

João e Maria.

Hänsel und Gretel

As três folhas da serpente.

Die drei Schlangenblätter

A serpente branca.

Die weiße Schlange

A palhinha, a brasa e o feijão.

Strohhalm, Kohle und Bohne

O pescador e sua mulher.

Von dem Fischer un syner Fru

O alfaiatezinho valente.

Das tapfere Schneiderlein

Cinderela.

Aschenputtel

O enigma.

Das Rätsel

O rato, o pássaro e o chouriço.

Von dem Mäuschen, Vögelchen und der Bratwurst

A senhora Holle.

Frau Holle

Os sete corvos.

Die sieben Raben

Capuchinho Vermelho.

Rotkäppchen

Os músicos de Bremen.

Die Bremer Stadtmusikanten

O osso que canta.

Der singende Knochen

O diabo e os três fios de cabelo de ouro.

Der Teufel mit den drei goldenen Haaren

Piolhinho e Pulguinha.

Läuschen und Flöhchen

A donzela que não tinha mãos.

Das Mädchen ohne Hände

João, o finório.

Der gescheite Hans

As três linguagens.

Die drei Sprachen

Elsa a esperta.

Die kluge Else

O alfaiate no céu.

Der Schneider im Himmel

A mesa mágica, o asno de ouro e o bastão encurralado.

Tischchendeckdich, Goldesel und Knüppel aus dem Sack

O Pequeno Polegar.

Daumesdick

O casamento de Dona Raposa.

Die Hochzeit der Frau Füchsin

Os gnomos.

Die Wichtelmänner

O noivo salteador.

Der Räuberbräutigam

O senhor Korbes (IS8)

Herr Korbes

O senhor compadre.

Der Herr Gevatter

Dona Sombra.

Frau Trude

Madrinha Morte.

Der Gevatter Tod

As viagens do Pequeno Polegar.

Daumerlings Wanderschaft

O estranho pássaro.

Fitchers Vogel

A amoreira.

Von dem Machandelboom

O velho sultão.

Der alte Sultan

Os seis cisnes.

Die sechs Schwäne

A Bela Adormecida.

Dornröschen

O voador.

Fundevogel

Rei Barba de Tordo.

König Drosselbart

Branca de Neve.

Sneewittchen

A mochila, o chapéu e a trompa de caça.

Der Ranzen, das Hütlein und das Hörnlein

Ti-ri-bi-li-tim.

Rumpelstilzchen

O querido Rolando,

Der Liebste Roland

O pássaro de ouro.

Der goldene Vogel

O cão e o pardal.

Der Hund und der Sperling

Frederico e Catarina.

Der Frieder und das Katherlieschen

Os dois irmãos (IS8)

Die zwei Brüder

O pequeno camponês.

Das Bürle

A rainha das abelhas (IS3)

Die Bienenkönigin

As três penas.

Die drei Federn

O ganso de ouro.

Die goldene Gans

O bicho peludo.

Allerleirauh

A noiva do coelhinho.

Häsichenbraut

Os doze caçadores.

Die zwölf Jäger

O ladrão e o seu mestre.

De Gaudeif un sien Meester

Jorinda e Joringel.

Jorinde und Joringel

Os três irmãos afortunados.

Die drei Glückskinder

Os seis que tudo conseguiam.

Sechse kommen durch die ganze Welt

O lobo e o homem.

Der Wolf und der Mensch

O lobo e a raposa.

Der Wolf und der Fuchs

Comadre Loba e o raposo.

Der Fuchs und die Frau Gevatterin

A raposa e o gato.

Der Fuchs und die Katze

 O cravo.

Die Nelke

A esperta Gretel.

Das kluge Gretel

O velho e seu neto.

Der alte Großvater und der Enkel

A ondinha.

Die Wassernixe

A morte da galinha.

Von dem Tode des Hühnchens

O camarada Lustig.

Bruder Lustig

 João jogador.

De Spielhansl

João com sorte.

Hans im Glück

O casamento de João.

Hans heiratet

Os filhos de ouro.

Die Goldkinder

A raposa e os gansos.

Der Fuchs und die Gänse

O pobre e o rico.

Der Arme und der Reiche

Uma andorinha que canta e pula.

Das singende springende Löweneckerchen

A guardadora de gansos.

Die Gänsemagd

O jovem gigante.

Der junge Riese

O rei da montanha de ouro.

Der König vom goldenen Berge

O príncipe sem medo.

Der Königssohn, der sich vor nichts fürchtet

 A alface mágica.

Der Krautesel

A velha do bosque.

Die Alte im Wald

Os três irmãos.

Die drei Brüder

Branca de Neve e Rosa Vermelha.

Schneeweißchen und Rosenrot

A duração da vida.

Die Lebenszeit

Os mensageiros da Morte.

Die Boten des Todes

Nariz de palmo e meio.

Meister Pfriem

Os filhos de Eva.

Die ungleichen Kinder Evas

O gigante e o alfaiate.

Der Riese und der Schneider

O prego.

Der Nagel

A lebre e o ouriço.

Der Hase und der Igel

 O camponês e o diabo.

Der Bauer und der Teufel

O ouriço-do-mar.

Das Meerhäschen

Tamborzinho.

Der Trommler

A espiga de trigo.

Die Kornähre

 A bola de cristal.

Die Kristallkugel

A chave de ouro.

Der goldene Schlüssel

Nota: Esta tabela contem, as obras mais importantes dos Irmãos Grimm.

Actividades a desenvolver em contexto de sala de aula

Actividade 1 – “Pintar um desenho, sobre o conto, com lápis de cor”

Fig.14 Desenho, de João e Maria, com a bruxa e a casa de pão – de - ló, para colorir. 

Fonte: http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&f=10_1262.jpg&v=E(05/11/2009)

Actividade 2 – “ Aprender, uma canção sobre uma bruxa”

A bruxa

Anda de vassoura (vrum vrum vrum)
Mexe o caldeirão (Mexe mexe)
É má e feiosa.


Asa de morcego,
Pata de Aranha,
Pitada de formiga,
Dente de Piranha!

É a bruxa
Muito malvada
Que quer pegar
A criançada!

Mas a bruxa
Tem um segredo
Se gritar com ela (AAAAAAH!)
Ela morre de medo.

Actividade 3 – “Abordagem da cor castanha, devido à casa do conto ter o telhado feito de chocolate, como o chocolate é castanho, a actividade será fazer digitinta com essa cor.

Conclusão

Com a realização deste trabalho, fiquei a conhecer mais um conto que poderei vir a utilizar futuramente, como Técnico de Apoio à Infância em contexto de trabalho. Fiquei a perceber o quão importante são as ilustrações, para uma criança, pois o que lhe mais desperta a atenção numa história são as imagens e especialmente imagens com muita cor e vida. Ao longo dos tempos as ilustrações alteraram-se e na minha opinião, penso que estão mais bonitas e mais criativas. No conto tradicional que apresento, as imagens são muito antigas e não chamam muito à atenção, porque não tem cores muito vivas e até mesmo pelo design dos bonecos que não é divertido. No entanto no conto adaptado as ilustrações são muito coloridas e têm um grafismo muito diferente das tradicionais.

Para além de ficar a conhecer um pouco da vida e obra dos Irmãos Grimm, fiquei com a sensação que eles eram muito desenvolvidos para a época e que deviam ter nascido uns anos mais tarde, consegui ver isso pelos títulos das suas obras.

Por fim, conclui que para além de se contar um conto, tem que se saber trabalhá-lo, não é apenas contar porque sim, é muito importante arranjar actividades para desenvolver para que as crianças trabalhem as suas áreas e domínios.

Netografia

. http://www.motoca.net/motoca/blog/joao_maria.jpg(05/11/2009)

. http://i.s8.com.br/images/dvds/cover/img4/211374.jpg(05/11/2009)

. http://4.bp.blogspot.com/_AsE-yrebysI/Sdu14cAtvPI/AAAAAAAABe4/2KekJyG
-rjk/s400/11338~Hansel-and-Gretel-Posters.jpg(05/11/2009)

. http://3.bp.blogspot.com/_JGTkd6BH_7Q/SJ3n1TvinGI/AAAAAAAAAAk/
WJRJsv59cW4/s320/jo%C3%A3o+e+maria.jpg(05/11/2009)

. http://4.bp.blogspot.com/_LtOUose1Vfo/SqqJ0k0BR-I/AAAAAAAAAg8
/9aL4iZxJmdE/s400/joao+e+maria.jpg(05/11/2009)

. http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&f=62008512_2927.jpg&v=E
(05/11/2009)

. http://linamarin.wordpress.com/category/contos-e-adaptacoes-de-irmaos-
grimm/(05/11/2009)

. http://trabalhodeliteraturainfantil.blogspot.com/2009/04/biografia-dos-
irmaos-grimm.html(05/11/2009)

. http://pt.wikipedia.org/wiki/Irm%C3%A3os_Grimm(05/11/2009)

. http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&f=100249835_1262.jpg&v=E
(05/11/2009)

. http://www.netmenu.pt/receita_ficha.asp?receita_id=201(05/11/2009)

. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/d/d0/JacobGrimmasyoung.jpg
(05/11/2009)

. http://stars.hitflip.de/Wilhelm_Grimm_HF_L_2_88095_4989.gif(05/11/2009)

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