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A Primeira Infância Autores: Tiago Silvestre, Susana Silva e Susana Andrade Escola: ESCO - Escola de Serviços e Comércio do Oeste Data de Publicação: 02/07/2010 Resumo do Trabalho: Trabalho sobre a primeira infância (0 - 2 anos), realizado no âmbito da disciplina de Psicologia do módulo "Desenvolvimento Humano. Ver Trabalho Completo Comentar este trabalho / Ler outros comentários Se tens trabalhos com boas classificações, envia-nos, de preferência em word para notapositiva@sapo.pt pois só assim o nosso site poderá crescer.
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Introdução Este trabalho vai ser elaborado pelos alunos Susana Silva nº 1185, Susana Andrade nº 1272 e Tiago Silvestre nº 1187, da escola de Serviços e Comércio do Oeste (ESCO) da turma H5 do Curso de Restauração. No âmbito da disciplina de Psicologia, do módulo 2 “Desenvolvimento Humano” A pedido da professora. O tema deste trabalho é a primeira infância (0-2) anos. Os objectivos deste trabalho são: . Compreender . Explicitar . Regras de alimentação . Regras de comportamento A metodologia utilizada para este trabalho irá ser a Internet. Quem foi Jean Piaget? Jean Piaget (1896-1980) foi um psicólogo e filósofo suíço, conhecido pelo seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil. Piaget passou grande parte de sua carreira profissional interagindo com crianças e estudando o seu processo de raciocínio. Os seus estudos tiveram um grande impacto sobre os campos da Psicologia e Pedagogia. Noção de Estádios de Desenvolvimento A noção de estádio é, de certo modo, artificial e surge como instrumento de análise, indispensável para a explicação dos processos e das características que se vão formando ao longo do desenvolvimento da criança. A criança, à medida que evolui vai-se ajustando à realidade circundante, e superando de modo cada vez mais eficaz, as múltiplas situações com que se confronta. Se uma criança de 3 anos resolve determinado problema, suscitado pelo meio, que não conseguia aos 2 anos, é porque possui, a partir de agora uma determinada estrutura mental diferente da anterior e, de certo modo, superior, porque lhe permite resolver novos problemas e ajustar- se à situação. Os sucessivos ajustamentos da criança ao meio que se vão manifestando ao longo do seu desenvolvimento deve interpretar- se em função desses mesmos estádios. Os vários psicólogos da criança não são unânimes no que se refere à sucessão dos estádios, na medida em que cada um os aplica como instrumentos da sua própria teoria explicativa. Piaget refere-se a estádios não numa perspectiva global, mas cada estádio não comportando todas as funções: mentais, fisiológicas, sociais e afectivas, mas somente funções específicas. Assim considera a existência de estádios diferentes relativamente à inteligência, à linguagem e à percepção. Piaget refere que a aceitação da noção de estádio exige determinados pressupostos, tais como: - Carácter integrado de cada estádio. As estruturas construídas e específicas de determinada idade da criança tornam- se parte integrante da estrutura da idade seguinte; - Estrutura do conjunto. Os elementos constituintes de determinado estádio estão intimamente ligados entre si e contribuem conjuntamente para caracterizar determinada conduta; - Todo o estádio tem um nível de preparação e um nível de consecução .O estádio não surge definido e acabado, mas evolui no sentido da sua superação. - As crianças podem iniciar e terminar determinado estádio em idades diferentes. O período estabelecido para delimitar os estádios é médio. Os estádios de Piaget colocam a tónica na função intelectual do desenvolvimento. Ele não nega a existência e a importância de outras funções, mas delimita e especifica o campo da sua investigação ao domínio da epistemologia genética. A psicologia da criança, em Piaget, quase se identifica com uma psicologia da inteligência. Estádios de desenvolvimento Cada estádio é definido por diferentes formas do pensamento. A criança deve atravessar cada estádio segundo uma sequência regular, ou seja, os estádios de desenvolvimento cognitivo são sequenciais. Se a criança não for estimulada / motivada na devida altura não conseguirá superar o atraso do seu desenvolvimento. Assim, torna-se necessário que em cada estádio a criança experiêncie e tenha tempo suficiente para interiorizar a experiência antes de prosseguir para o estádio seguinte. Normalmente, a criança não apresenta características de um único estádio, com excepção do sensório - motor, podendo reflectir certas tendências e formas do estádio anterior e / ou posterior, Ex. : uma criança que se encontre no estádio das operações concretas pode ter pensamentos e comportamentos característicos do pré-operatório e / ou algumas atitudes do estádio das operações formais. O desenvolvimento cognitivo e emocional da criança nos dois primeiros anos de vida Desenvolvimento: Refere-se às mudanças qualitativas, tais como aquisição e o aperfeiçoamento de capacidades e funções, que permitem á criança realizar coisas novas, progressivamente mais complexas, com uma habilidade cada vez maior. O crescimento termina em determinada idade , quando esta alcança a sua maturidade biológica enquanto que o desenvolvimento é um processo quer acompanha o Homem através de toda a sua existência. O desenvolvimento abrange processos fisiológicos, psicológicos e ambientais contínuos e ordenados, ou seja, segue determinados padrões gerais. Tanto o crescimento como o desenvolvimento produzem mudanças nos componentes físicos, mental, emocional e social do indivíduo, independentemente da sua vontade. As mudanças ocorrem segundo uma ordem invariante. Por exemplo: - antes de falar a primeira palavra a criança balbucia; - Antes de formar uma sentença completa com sujeito, predicado e complemento, usa frases monossilábicas. - Antes de andar, a criança senta-se e gatinha. Estas sequências seguem um padrão de evolução e da mesma forma acontece em outras áreas do desenvolvimento. Embora todas as crianças progridam com certos padrões, a idade em que cada uma se torna capaz de executar actividades novas e a maneira como as executa, varia de uma para outra. Por exemplo: uma criança pode desenvolver-se de uma forma lenta , rápida , regular ou irregular em vários aspectos de sua vida. E esta é uma das várias razões para se afirmar que uma criança não deve ser comparada com outra, pois cada uma segue um estilo próprio e um ritmo peculiar de desenvolvimento. Factores que influenciam o desenvolvimento Há factores que interferem desenvolvimento infantil e que começam actuar mesmo antes do nascimento e continuam durante toda a vida dos indivíduos. 1. Aspectos biológicos e psicológicos da própria criança: . tendências hereditárias (ex.: propensão a determinada doença), . constituição física, sexo (menino ou menina), . tipo de personalidade (ex.: introvertida/extrovertida) 2. Família: . Nível sócio-económico . Religião e cultura . Casamento/Divórcio . Forma de comunicação entre pais e filhos 3. Escola: . Professores . Colegas . Proposta pedagógica e metodologia de ensino . Avaliação da aprendizagem e do comportamento O desenvolvimento cognitivo O desenvolvimento cognitivo é um processo interno, mas pode ser observado e "medido" através das acções e da verbalização da criança. Envolve: O processo de pensamento, o qual inclui as seguintes capacidades: . Compreensão dos factos que ocorrem à sua volta; . Percepção de si mesmo e do ambiente; . Percepção de semelhanças e diferenças; . Memória; . Execução de ordens; . Compreensão de conceitos de cor e de forma; . Compreensão de tamanhos; . Compreensão de espaço; . Aquisição de conceitos e o estabelecimento de relações entre factos e conceitos; . Compreensão de tempo e a relação dos conceitos entre si. O desenvolvimento dá-se de maneira contínua desde os primeiros dias. Piaget descreveu vários estágios do desenvolvimento: Cada estágio é constituído sobre as estruturas do anterior, isto significa que cada etapa superada é uma preparação para o estágio seguinte. Assim, a criança necessita de estimulação visual, auditiva e táctil para que sua inteligência se desenvolva. De acordo com Piaget, no início a criança ainda não representa internamente e não "pensa" conceptualmente. O seu pensamento é constituído pelas suas sensações (sensório) e pelos seus movimentos (motor), ou seja ela descobre as propriedades dos objectos do seu ambiente manipulando-os. 0 - 18/24 meses Estágio sensório-motor . A actividade cognitiva durante este estágio baseia-se, principalmente, na experiência imediata através dos sentidos em que há interacção com o meio (esta é uma actividade prática). . Na ausência de linguagem para designar as experiências e assim recordar os acontecimentos e ideias, as crianças ficam limitadas à experiência imediata (vêem e sentem o que está a acontecer, mas não têm forma de categorizar a sua experiência). O Desenvolvimento Emocional . É nesta fase, dos 0 aos 2 anos, que a criança experiencia o que lhe é próprio, aquilo que é externo, ou seja, quando ela tem consciência do "eu". . A presença da mãe ou de algum adulto é de suma importância para atender as necessidades da criança, fazendo o papel de ego-auxiliar . Isto propicia à criança diferenciar o que faz parte do seu interior e o que faz do mundo exterior No início da consolidação do “eu”, se as necessidades da básicas da criança, quando manifestadas, forem satisfeitas… . Desenvolve o sentimento de confiança básica, . Favorece a aquisição da noção de causalidade e temporalidade . Ou seja, ela tem condições de confiar no adulto mesmo quando este não estiver presente. Alguns aspectos negativos para o desenvolvimento de uma personalidade segura são pais impacientes, hostis, que não atendem as necessidades da criança, o que pode gerar ansiedade, medo, sensação de isolamento e abandono nas crianças. O aspecto fundamental durante a construção do “eu” na infância, está ligado a um clima emocional estável, onde a criança tem condições de receber amor e segurança. Aos 4 meses - Está a aprender que pode adiar o choro olhando à sua volta para se entreter (a sua visão já se ajustou e consegue focar o olhar para além de um rosto próximo, o peito ou o biberão); - Consegue absorver mais do ambiente que o rodeia e pode perder o interesse no leite para se inteirar de tudo o que acontece à sua volta; - Começou a aprender a prolongar os estados de sono e vigília, para adaptar os seus ciclos aos horários dos pais; - Está a desenvolver a capacidade de esperar, de mudar a sua atenção, de se entreter observando o mundo, de usar as suas acções para responder e lidar com os seus sentimentos – fome, cansaço, aborrecimento, solidão. - Consegue pegar num brinquedo e brincar sozinha por breves instantes; Dos 4 aos 5 meses - Sabe que pode chamar os pais a si – ela reconhece as suas necessidades básicas e comunica-as com clareza (uma experiência precoce de auto-afirmação); - Quando alguma coisa não está bem – tem fome, está suja, aborrecida ou só – a criança protesta de forma cada vez mais específica; - já aprendeu com as respostas dos pais aos seus pedidos. Por ex.: quando chora ou faz uma expressão de desconforto, os pais vêm consolá-la; Estas primeiras experiências de expressão das necessidades e de as ver satisfeitas… aumentam a confiança do bebé na sua capacidade de agir sobre o mundo e de saber que a sua acção tem resultados. Ele está a descobrir: “Eu sou importante!” . Já tem consciência da alegria que é interagir com os outros – pelo simples prazer de o fazer; . Desenvolve a capacidade para variar e refinar os choros, os sons as expressões faciais e os gestos para chamar a atenção dos pais. Por exemplo, nesta fase é natural que a criança choramingue muito. Os pais podem pensar que… - Lhe estão a crescer os dentes… - Ou ficam sem saber porque é que ela fica tão inquieta quando não tem ninguém por perto. - Ou que a criança está a manipulá-los, mas… . A criança está a aprender a alegria de reconhecer e lidar com os seus sentimentos. . Está a explorar todas as novas formas de expressar as necessidades e levar os outros a atenderem-nas. Cada vez que se exprime, aprende mais sobre os seus controlos internos e a importância que tem no seu mundo. O que os pais podem fazer? . Devem evitar correr a consolar a criança, dar-lhe de comer ou pegar-lhe ao colo de cada vez que ela soltar um gemido e chorar; . Tentem compreender o que a criança lhes está a pedir e ajudá-la a ser mais clara nos seus pedidos: “Porque estás a chorar? Queres um brinquedo? A bola?” . Ajudem a criança a contrariar a impaciência e a descobrir a motivação para fazer sozinha aquilo que já consegue fazer: “Aqui tens a bola. Consegues vir buscá-la?” Desta forma estão a ajudá-la a: - Ser capaz de esperar… - A desenvolver recursos interiores que ela pode usar para dominar sentimentos como o aborrecimento e a raiva. Quando a criança der gritos agudos… - Perguntem-lhe calmamente: “Que queres?” - Vão explorando várias possibilidades … - Vão observando para ver se o tom vai ficando mais suave à medida que ela a escuta e observa. Mas por outro lado, se os pais ignorarem muitas vezes o choro da criança, se não lhe prestarem atenção suficiente… - A sua auto-estima começa a desmoronar-se… - Em vez de demonstrar aquilo que precisa, a criança espera passivamente pelas refeições e pelo sono; - Vai perdendo a esperança de ver as suas necessidades feitas e desiste de entrar em relação. Dos 8 aos 11 meses . Por volta desta idade, quando os bebés aprendem a gatinhar, encaminham-se logo para objectos proibidos como a televisão, o fogão, a sanita… . As palavras “Não! Não!” são o incentivo para a descoberta do bebé de se movimentar. Ao afirmar-se, o bebé vai querer perceber o que a mãe pensa das suas conquistas; . Ele não consegue apenas expressar-se com maior clareza, mas também interpretar os pensamentos da mãe através da sua expressão facial; Por exemplo, quando começa a gatinhar para longe, olha de relance para os pais, tentando perceber como o seu comportamento faz mudar a sua expressão. Isto fá-lo sentir-se muito poderoso. . O bebé precisa saber que a mãe está perto para o proteger dos seus próprios impulsos, ao explorar o mundo que está cada vez mais ao seu alcance “Não podes fazer isso…””Não mexas no fogão”; . Quando os pais o impedem, grita zangado, mas olha para eles para se certificar de que a estão a escutar e continua determinado a fazer aquilo que estava a fazer. . O bebé precisa que os pais lhe demonstrem a sua determinação – com cara e voz sérias. (O rosto dele suaviza-se e talvez até se aninhe em si); Estes episódios ajudam o bebé a perceber … - o seu poder para fazer reagir os pais - a previsibilidade das suas reacções - a sua prontidão para lhe dar os controlos de que ele necessita para contrabalançar a excitação da exploração - que está seguro e que os pais se importam com ele . o bebé é capaz de estender o braço e o indicador para apontar para aquilo que quer. Usa a linguagem corporal para dizer: “Olha para aquilo. Quero que olhes para lá”. Ou até: “Dá-me aquilo”. . já aprendeu formas de se afirmar e causar agitação. Por exemplo: Se a mãe estiver ao telefone, o bebé gatinha até à ficha e aponta para ela. A mãe larga o telefone e corre para a criança e esta percebe que é capaz de puxar a ficha. Conclusão Ao terminar-mos este trabalho encontra mos alguns aspectos positivos e negativos. Aspectos Positivos: A pesquisa para este trabalho não era muito difícil, o tema do trabalho é interessante e todos os elementos do grupo gostaram de o realizar. Aspectos Negativos: O grupo não esteve muito tempo para a realização do trabalho. Os motivos pelo mesmo são a apresentação de alguns aspectos para a P.A.P. Temos pena por não ter mos conseguido desenvolver um bocado mais o trabalho.
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