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Início » Resumos e Sebentas » Geologia » 10º ano

Geologia - 10º ano

Vulcanismo e Sismologia

Autor: Patrícia Silva

Escola Secundária Domingos Rebelo - S. Miguel, Açores

Data de Publicação: 01/07/2006

N.º de páginas visitadas neste site (desde 15/10/2006):  

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Vulcanismo e Sismologia

 

 

Vulcanologia

 

Vulcanismo primário: caracteriza-se pela ocorrência de erupções vulcânicas.

 

Vulcanismo central: o aparelho vulcânico chama-se vulcão.

 

Cone vulcânico: elevação de forma cónica, resultante da acumulação libertados durante uma erupção.

 

Chaminé vulcânica: canal no interior do aparelho vulcânico, que estabelece a comunicação entre a câmara magmática e o exterior.

 

Cratera: abertura do cone vulcânico, em forma de funil, que se localiza no topo da chaminé, formada por explosão ou por colapso da chaminé.

 

Câmara magmática: local situado no interior da Terra, onde se acumula, que se designa magma. Nem todos os vulcões possuem esta estrutura. Por vezes, o magma ascende directamente da zona onde é formado.

 

Cones secundários: pequenos cones vulcânicos localizados nos flancos do cone principal, alimentados pela chaminé e pela câmara magmática deste.

 

Magma: material rochoso fundido.

 

Lava: magma após ter perdido determinada quantidade de gases (alteração da composição química).

 

Caldeira: forma-se por colapso ou explosão da parte superior do cone vulcânico. Se reter a água das chuvas pode formar uma lagoa.

 

à Como se forma uma caldeira de colapso?

 

Vulcanismo fissural: as erupções ocorrem ao longo de fracturas da superfície terrestre.

 

Piroclastos: materiais resultantes da solidificação de lava.

 

Cinzas: fragmentos muito finos, facilmente transportados pelo vento.

 

Lapilli ou bagacina: pequenos fragmentos angulares arredondados que podem ser expelidos em estado sólido ou plástico (semifundido).

 

Bombas: grandes pedaços de lava solidificada. Têm uma forma muito particular, devido ao seu trajecto aéreo.

 

Escória vulcânica: fragmentos com o mesmo tamanho das bombas, irregulares na forma e pouco densas.

 

à em relação à quantidade de sílica a lava pode ser classificada em:

- básica (pouca sílica)

- intermédia (quantidade intermédia de sílica)

- ácida (grande percentagem de sílica)

 

à a lava pode ser viscosa (temperatura próxima da de solidificação, ácida, rica em gases) ou fluida (temperatura superior à de solidificação, básica, pobre em gases).

 

Solidificação de lavas fluidas:

lavas encordoadas ou pahoehoe : lavas muito fluidas que se deslocam facilmente

lavas escoriáceas ou aa : lavas fluidas que se deslocam lentamente

lavas em almofada ou pillow lavas: lavas fluidas que arrefecem dentro de água

 

Solidificação de lavas viscosas e fenómenos associados:

- agulhas vulcânicas : quando a lava muito viscosa solidifica na chaminé

- domos ou cúpulas : a lava viscosa solidifica sobre a abertura vulcânica, obstruindo a cratera

- nuvens ardentes : massas densas de cinzas e gases, libertadas de modo explosivo e dotadas de grande mobilidade. Muito destrutivas porque se deslocam próximo da superfície terrestre e os gases expelidos combinam-se entre si e com a água formando ácidos tóxicos.

 

Tipos de erupção vulcânica tendo em conta as suas características:

- efusivo : lavas fluidas, que permitem que os gases se escapem lentamente, associam-se a erupções calmas.

- explosivo : lavas viscosas, que retêm os gases, associam-se a erupções violentas que podem destruir, total ou parcialmente, o aparelho vulcânico.

- misto : alternância de episódios efusivos e pouco explosivos.

 

Vulcanismo secundário ou residual: manifestações de actividade vulcânica de modo menos violento que as erupções.

 

Nascentes termais: fontes de libertação de águas quentes, ricas em sais minerais.

 

Águas magmáticas ou juvenis: quando as águas libertadas resultam do arrefecimento e consequente condensação do vapor de água que se liberta do magma.

 

Águas termais: resultam da infiltração e acumulação de água em rochas ou do aquecimento de água pluviais.

 

Fumarolas: emissões de vapor de água. Podem ser sulfataras (emissão de gases ricos em enxofre) ou mofetas (emissão de gases tóxicos).

 

Géiseres: emissões descontínuas de água e de vapor de água a altas temperaturas através de fracturas.

 

Utilização do calor geotérmico libertado pelo vulcanismo secundário:

- balneoterapia/termalismo

- aquecimento ambiente (climatização)

- aquecimento de águas

- piscicultura

- culturas de estufa

- confecção de alimentos

- secagem da madeira

- secagem de alimentos

- conversão do calor em electricidade (fins domésticos, industriais, etc.)

 

Vulcanismo de subducção (O-O): Nas zonas de subducção há formação de magma (pouco profundo e viscoso). Este magma é depois libertado através de episódios eruptivos do tipo explosivo. Originam-se arcos de ilhas vulcânicas.

 

Vulcanismo de subducção (O-C): Nas zonas de subducção há formação de magma (pouco profundo e muito viscoso). Este magma é depois libertado através de episódios eruptivos do tipo explosivo. Originam-se cadeias montanhosas costeiras com actividade vulcânica.

 

Vulcanismo de intraplaca oceânica: Os magmas (profundos) ascendem à superfície no meio de uma placa. Desencadeiam erupções do tipo misto ou efusivo. Originam ilhas no meio das placas oceânicas.

 

Vulcanismo de intraplaca continental: Os magmas (profundos) ascendem à superfície no meio de uma placa. Desencadeiam erupções do tipo misto ou efusivo. Originam vulcões.

 

Vulcanismo de vale de rift: o magma penetra pelas fissuras criadas pelos limites divergentes e ascende até à superfície, onde gera erupções do tipo não explosivo.

 

Distribuição dos vulcões: limites de placas tectónicas, nomeadamente anel de fogo do pacífico, a crista média oceânica, o Rifte Valley africano.

 

Açores: junção tripla de placas.

 

Perigos associados a erupções vulcânicas

Perigo

Danos

Minimização de riscos

Escoadas de lava

- raramente constituem ameaça directa para o Homem

- destruição de estradas, edifícios, terrenos de cultivo

- incêndios

- cortes de vias de comunicação

- identificação de possíveis pontos emissores de lava

- antecipação do padrão de escorrência da escoada

- controlo do avanço das escoadas através de barreiras, canais e arrefecimento de lava com água

Projecção de piroclastos

- destruição de estradas e de edifícios

- incêndios

- problemas respiratórios e oculares

- intoxicações

- perigo para a aviação civil e militar

- as pessoas devem manter-se afastadas do vulcão em actividade

- uso de capacete de protecção

- protecção dos olhos e das vias respiratórias

Libertação de gases

- intoxicação

- envenenamento

- asfixia

- as pessoas devem manter-se afastadas da fonte de emissão dos gases

- protecção das vias respiratórias

Sismos vulcânicos

- colapso das edificações por efeito de fadiga

- construção à prova de sismo

Tsunamis

- inundação das zonas litorais

- suster a construção desenfreada nas zonas litorais

 

 

Sismologia

 

Sismos: movimentos vibratórios com origem nas camadas superiores da Terra, provocados por uma libertação de energia

 

Ressalto elástico: os movimentos tectónicos fazem com que se acumulem, nas fronteiras das placas, grandes quantidades de energia. A determinado momento, as rochas do interior da Terra começam a deformar-se enquanto a sua elasticidade o permitir. Quando as rochas chegam ao seu limite, fracturam e libertam a energia sob a forma de ondas sísmicas e provocam a vibração das partículas. Esta energia faz com que a falha sofra um deslocamento, em sentido oposto ao das forças deformadoras.

 

Sismos quanto às causas que os provocam:

- naturais (vulcânicos, tectónicos ou de colapso)

- artificiais (escavações em minas, enchimento/ esvaziamento de barragens, bombas)

 

Limites convergentes: forças compressivas

Limites divergentes: forças distensivas

Limites conservadores: forças de cisalhamento

 

Abalos premonitórios à Sismo à Réplicas

 

Foco: local do interior da Terra onde ocorre libertação de energia

 

Epicentro: local na superfície terrestre situado na vertical do foco

 

Profundidade focal: distância entre o foco e o epicentro

 

Maremoto: ondas gigantes

 

Raios sísmicos: direcções de propagação das ondas sísmicas perpendiculares à frente de onda

 

Frente de onda: superfície esférica contendo todos os pontos na mesma fase de movimento ondulatório

 

Ondas primárias ou longitudinais (P): ondas com maior velocidade de propagação, têm movimentos de compressão-distensão. As partículas vibram na mesma direcção de propagação da onda. As ondas P propagam-se nos três meios físicos.

 

Ondas secundárias ou transversais (S): ondas com velocidade de propagação menor que a das P, têm movimentos de cima para baixo. As partículas vibram perpendicularmente à direcção de propagação da onda.

 

à Estas ondas são internas.

 

As ondas superficiais ou longas originam-se por intersecção das ondas P e S à superfície.

 

Sismogramas: registo das ondas sísmicas

 

Sismógrafos: aparelhos de precisão que registam as ondas sísmicas

 

Microssismos: vibrações de pequena amplitude

 

Intensidade e magnitude de um sismo: depende da profundidade do foco, da distância ao epicentro, da natureza do subsolo, da quantidade de energia libertada no foco (ou magnitude, medida com a  escala  magnitude de Richter)

 

Escala Internacional ou de Mercalli Modificada: escala utilizada para avaliar a intensidade de um sismo (I a XII).

 

Isossistas: linhas que num mapa unem pontos que apresentaram igual intensidade sísmica.

 

Sismos interplaca: ocorrem nas zonas de fronteira de placas

Sismos intraplaca: ocorrem no interior de placas tectónicas, muitas vezes são consequência da existência de falhas activas.

 

Danos

Minimização de riscos

- formação de fendas no solo

- colapso de edifícios e infra-estruturas

- inundação/destruição de zonas costeiras na sequência da formação de tsunamis

- liquefacção de solos

- escorregamento de terrenos, com possibilidade de soterramento

- vítimas mortais

- falha de electricidade

- destruição da rede de água, esgotos, gás

- incêndios

- identificação das zonas de risco

- identificação das falhas activas

- monitorização das principais falhas sismogenéticas

- elaboração de cartas de isossistas de intensidade máxima

- levantamento das edificações e avaliação do seu risco

- reabilitação/substituição das edificações fragilizadas ou desprotegidas

-aplicação das normas de construção anti-sísmica

 

Métodos para o conhecimento do interior da geosfera:

1. Directos: perfurações e sondagens; materiais expelidos através da actividade vulcânica; materiais da geosfera que chegam à superfície por acção dos movimentos tectónicos; rochas que se formam no interior e que, na sequência da erosão, afloram à superfície.

2. Indirectos: planetologia e astrologia; geofísica (sismologia, densidade, geotermia, gravimetria, campo magnético terrestre).

 

Fluxo geotérmico: Corresponde à transferência de calor do interior para o exterior, dado que o interior da Terra está mais quente do que a superfície

 

Grau geotérmico: O número de metros que é necessário aprofundar para que a temperatura aumente 1º C. (33m/Cº)

 

Gradiente geotérmico: variação da temperatura com a profundidade, ou seja, o aumento da temperatura por quilómetr

Patrícia Silva

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